Buscar

TCC EM LETRAS AULAS DE 01 A 10

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

AULA 01 –APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O PAPEL DO PESQUISADOR
Como você pode ter observado, pelo vídeo que assistiu sobre o “mito da caverna” e pela nossa breve introdução, seu papel nesta disciplina será bastante diferente daquele que você vem exercendo em outras ao longo de seu curso. Esperamos que você tenha uma postura muito ativa e que seja curioso na busca das respostas para a investigação que fará no seu TCC. Antes de mais nada, para que você seja bem-sucedido nesta etapa de seu aprendizado, você precisa de duas qualidades primordiais: disciplina e autonomia. Você também irá observar que outra característica muito importante é a persistência e a disponibilidade de receber críticas e sugestões por parte de seu professor orientador. Muitas vezes vocês entrarão em conflito de opiniões, e isso pode gerar algum tipo de estranhamento entre vocês.
Quando isso acontecer, mantenha a calma e busque os recursos que você tenha disponíveis para justificar sua opinião. Como pesquisador, você precisa de evidências que provem seu argumento e que façam seu orientador entender que você pode estar certo. Ao mesmo tempo, não descarte o ponto de vista de seu orientador; procure entender seu ponto de vista e entender que sua interferência tem como objetivo fazer com que seu trabalho final fique consistente e completo. Nada como uma boa conversa: quando o conflito acontecer, aja com paciência e maturidade, argumente a favor de sua posição e escute o que seu orientador tem a dizer. Com certeza a sua decisão final será uma mistura do seu ponto de vista e do dele.
A ORGANIZAÇÃO DO SEU CURSO
Seu curso estará dividido em três blocos, distribuídos ao longo de nove semanas consecutivas. Ao final destas nove semanas, esperamos que você esteja capacitado para finalizar seu trabalho e apresentá-lo para a banca de professores que irá avaliá-lo.
DEFINIÇÃO DO CRONOGRAMA - A primeira parte trata da definição do tema de sua pesquisa e da elaboração do cronograma de trabalho. Esta parte é a parte mais importante de seu trabalho, pois durante esta etapa você terá a oportunidade de escolher o tema sobre o qual irá investigar e se aprofundar sobre este assunto. Durante essas quatro primeiras semanas, você fará uma busca criteriosa da teoria que justifica e dá suporte ao seu argumento de pesquisa. Duas palavras são essenciais neste momento: problema e hipótese. Você verá que a elaboração de um TCC nada mais é do que a descoberta de um problema sobre o qual você se sinta curioso e que queira investigar. Nessa etapa, precisamos falar também sobre a elaboração do cronograma de sua pesquisa. A partir do momento em que definiu seu tema da pesquisa e o que fará para conduzir sua investigação, você precisará se organizar e delimitar prazos, para que isso aconteça dentro do prazo que você tem para entregar seu trabalho. É muito importante que você conheça os prazos estabelecidos pela coordenação de sua faculdade e que os respeite à risca. Elabore seu cronograma de trabalho levando em conta as regras estabelecidas e se atenha a ele. Qualquer problema de atraso no seu cronograma deve ser comunicado imediatamente ao seu professor orientador, que o ajudará a encontrar uma solução adequada.
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ESCRITO: A segunda parte deste curso trata da estruturação das diversas partes do trabalho escrito. Como todo trabalho acadêmico, seu TCC tem regras e devem ser seguidas. Nas três unidades destinadas a esta parte do curso, vamos abordar as diversas partes do trabalho: introdução, fundamentação teórica, metodologia e conclusão. A elaboração formal do trabalho nada mais é do que o relato de toda a investigação que você fez e a avaliação da investigação. Quanto mais embasado você estiver, mais fácil será fazer a descrição escrita de sua pesquisa.
REGRAS ABNT E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO: A terceira e última parte do curso diz respeito às normas que devemos seguir quando escrevemos trabalhos acadêmicos. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece todas as normas que devem ser seguidas no que diz respeito à elaboração de trabalhos de conclusão de curso. ssim que seu trabalho estiver pronto, você deverá apresentá-lo a uma banca de professores, que lhe farão perguntas sobre a sua pesquisa. Nesta apresentação, você terá um tempo para a apresentação do seu trabalho e um tempo para responder às perguntas da banca. Para isso, você precisará elaborar uma apresentação em PowerPoint ou outro aplicativo semelhante. Você terá apenas alguns minutos para apresentar seu trabalho, e por isso, sua apresentação deve ser sucinta e eficaz. Vamos falar sobre isso mais adiante, quando você terá a oportunidade de esclarecer todas as dúvidas.
FONTES DE PESQUISA
Lembre-se sempre que o seu TCC é seu, a ideia é sua, assim como a hipótese e a investigação; logo, o texto deve ser seu também. Somente você será capaz de expressar em palavras tudo o que você pensou, pesquisou e concluiu.
Com toda a facilidade que a idade moderna nos oferece em relação ao acesso às informações, precisamos ser cautelosos com a forma como fazemos uso de nossas fontes. A internet é sem dúvida uma ferramenta fundamental para o pesquisador, e muitas vezes, ao longo de nosso curso, iremos encorajá-lo a usar a internet como fonte de informação. Mas veja bem, a ideia é que seja apenas uma fonte de informação. Como pesquisador, você deverá usar esta informação e adequá-la ao argumento que estiver defendendo. 
AULA 02 TCC EM LETRAS (INGLÊS)
OS TIPOS DE PESQUISA
Uma pesquisa mais profunda sobre os diversos tipos de pesquisa levarão você a uma longa lista de possibilidades. Para fins da nossa disciplina, vamos nos limitar aos seis tipos de pesquisa mais comuns. A seguir, vamos falar sobre cada um deles.
PESQUISA EXPLORATÓRIA: Este tipo de investigação requer do pesquisador uma postura de curiosidade, que possa levá-lo a ter tanta familiaridade com um determinado problema ainda pouco investigado a ponto de poder construir uma hipótese sobre o mesmo. Para que a investigação transcorra de maneira bem-sucedida, é necessário que o pesquisador faça uma ampla pesquisa bibliográfica, conduza entrevistas com pessoas que possam ajudá-lo a entender melhor o assunto e faça uma criteriosa análise dos dados coletados.
PESQUISA EXPLICATIVA: Este tipo de investigação busca respostas para explicar a ocorrência de determinados fenômenos. Trata-se de um tipo de pesquisa que trata das ciências físicas e naturais. De modo geral, parte-se de um objeto de pesquisa e determinam-se as variáveis envolvidas no processo. A partir daí, busca-se a relação entre as variáveis para em seguida buscar sua aplicabilidade para a realidade.
PESQUISA EXPERIMENTAL: Este tipo de investigação é feita através do levantamento das possíveis variáveis que possam influenciar um determinado fato. A partir daí, faz-se o controle de cada uma destas variáveis para que seja possível investigar o efeito que cada uma delas produz, para então chegar a uma conclusão.
PESQUISA DSCRITIVA: Seu objetivo é descrever as características de um determinado fenômeno em uma determinada população. É feita através da coleta de dados, que pode ocorrer através do uso de questionários ou da observação sistemática desta população.
ESTUDOS DE CASO: Este tipo de investigação tem por objetivo o estudo profundo e minucioso de um objeto de pesquisa, de modo a obter um conhecimento amplo e detalhado a seu respeito. Os resultados obtidos por este tipo de pesquisa podem ser limitados, já que refletem uma realidade restrita.
PESQUISA-AÇÃO: Pesquisa realizada através da utilização de uma ação para a resolução de um determinado problema. Neste caso, os participantes da pesquisa e o pesquisador trabalham em conjunto, para chegar a alguma conclusão acerca da solução de um problema.
ASSUNTO E TEMA
ASSUNTO: O assunto de sua pesquisa será algo mais abrangente e poderá ser estudado de diversas formas.
TEMA: Para que você chegue ao tema de seu trabalho, precisará fazer um recorte mais detalhado deste assunto e delimitar com precisão o que será investigado.
O PROBLEMA
Toda investigação científica deve ter como ponto de partida um problema para o qual se busca uma solução. A formulação deste problema, no entanto, não é tarefa fácil e deve ser considerada de maneira muito cautelosa. Para que possamos considerar que um problema seja de natureza científica, este deverá ter variáveis que possam ser controladas e, consequentemente, avaliadas.
Segundo Gil (2002), um problema deve ser:
Claro e preciso
empírico
delimitado
passível de solução
AULA 03 PROJETOS DE PESQUISA 2
PESQUISA QUANTITATIVA E PESQUISA QUALITATIVA
Ao começarmos a elaborar uma pesquisa, devemos levar em consideração a abordagem que iremos usar para coletar os dados e a forma como iremos conduzir sua interpretação. O pesquisador tem ao seu dispor duas abordagens de trabalho, através da utilização de métodos qualitativos, quantitativos ou os dois:
QUALITATIVA: Faz uso da interpretação do pesquisador acerca de dados obtidos através da coleta de dados de uma maneira mais aberta (ex.: entrevistas, questionários com perguntas abertas, entre outros). Para este tipo de abordagem, o pesquisador deverá analisar os dados de forma subjetiva e suas conclusões serão baseadas em sua interpretação acerca do que está sendo analisado. Vamos começar a pensar a respeito das características de cada tipo de abordagem. Baseado no que falamos até aqui, procure identificar os aspectos que caracterizam a pesquisa qualitativa e a quantitativa. Para ajudá-lo, faça a atividade que segue.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Agora que já tratamos das diferentes abordagens que podemos usar em uma pesquisa, vamos passar para um assunto muito importante no que diz respeito a sua investigação: a pesquisa bibliográfica.
A revisão ou pesquisa bibliográfica é uma das partes mais importantes de sua monografia. Ao apresentar uma revisão bibliográfica bem estruturada, você demonstra conhecimento e embasamento suficiente para sustentar seu argumento de pesquisa.
Hoje em dia, por conta da facilidade do acesso à informação, é muito mais fácil fazer uma pesquisa bibliográfica do que há algum tempo. Mas não se engane: apesar de termos computadores e instrumentos de busca que facilitam o nosso trabalho, isso não significa que a revisão bibliográfica deve ser feita com menos atenção ou cuidado.
Você pode e deve fazer da informática um aliado na elaboração de seu TCC. No entanto, você precisa atuar como pesquisador e avaliar minuciosamente cada uma das fontes que escolher incluir em seu trabalho.
Você deve buscar ter acesso a materiais publicados sobre o assunto. Uma visita à biblioteca de sua faculdade pode ser um bom ponto de partida. No entanto, como estamos na era da informática, o uso de uma ferramenta de busca poderá ser o seu ponto de partida.
Ao digitar a palavra-chave de seu tema em uma ferramenta de busca, você receberá como resposta uma infinidade de títulos, autores e materiais que tratam do assunto que você está pesquisando. Delimite o tema de sua busca, para garantir que o recorte feito lhe apresentará títulos que sejam relevantes para a sua pesquisa.
De preferência para os seguintes textos, nesta ordem de prioridade:
Artigos publicados em periódicos nacionais ou internacionais – Geralmente trata-se de trabalhos mais atualizados no campo que estiver investigando.
Livros publicados – Identifique os mais recomendados e procure editoras conhecidas para evitar que se trate de trabalhos sem consistência.
Teses e dissertações
Anais de conferências nacionais e internacionais
Sites da internet (jornais, revistas, entre outros)
É importante ter em mente que a primeira versão de seu texto não será a versão final e que muitas revisões ainda serão necessárias até que você chegue à versão que fará parte do seu trabalho. Em termos práticos, veja com seu orientador o número máximo de páginas que é esperado que sua fundamentação teórica tenha para evitar “retrabalho”. Lembre-se: um TCC não é uma tese de Mestrado ou Doutorado, e certamente o número de páginas deverá ser adequado a uma monografia.
AULA 04 ELABORAÇÃO DA HIPOTES DE PESQUISA
Agora que você já definiu o tema de sua pesquisa, chegou a hora de elaborar a sua hipótese. A hipótese nada mais é do que aquilo que você vai investigar. Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, significa “uma suposição que se faz acerca de uma coisa possível ou não e de que se tira uma consequência”. Esta suposição, no entanto, não pode ser uma afirmação gratuita e deve ser embasada em um dos seguintes aspectos:
Leituras acerca de um determinado tema – O pesquisador já leu bastante sobre o assunto e por conta disso é capaz de formular uma hipótese a respeito.
Observação de um determinado fato – O pesquisador usa seu poder de observador e constrói uma suposição baseada na realidade que observa.
Intuição acerca de um determinado fato ou realidade observável – O pesquisador usa seu poder de intuição acerca de um determinado fato ou aspecto observável.
Aplicação de uma determinada teoria ou do resultado de uma pesquisa, em outro contexto diferente daquele que foi investigado originalmente.
INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Agora que você já tem uma ideia de sua hipótese de pesquisa, vamos conversar sobre os instrumentos que você pode fazer uso para conduzir a sua investigação. Dependendo do tipo de pesquisa que você for conduzir, um ou outro instrumento será mais adequado. Os instrumentos de coleta de dados mais comuns são:
QUESTIONÁRIOS: A elaboração de um questionário deve ser bastante cuidadosa, para evitar influenciar o respondente na hora da coleta de dados. As perguntas devem ser elaboradas de modo a manter a neutralidade da investigação e permitir que o respondente forneça as informações de modo bastante natural.
ENTREVISTAS: A condução de entrevistas é outra maneira bastante comum de buscar dados para uma pesquisa. Para que as informações obtidas através deste sistema sejam válidas, é importante que as perguntas sejam elaboradas de maneira imparcial e que evitem revelar ao entrevistado o que o pesquisador deseja investigar com a entrevista. Dessa forma, a resposta dada será genuína e a informação contribuirá eficazmente para o desenvolvimento da pesquisa.
FORMULÁRIOS: A utilização de formulários é outra forma de coleta de dados e devido à sua natureza encontra-se entre os questionários e as entrevistas. Os formulários diferenciam-se dos questionários na medida em que o primeiro deve ser conduzido pelo pesquisador e o outro pode ser respondido sem a presença do mesmo.
PRÉ-TESTAGEM DE INSTRUMENTOS DE PESQUISA
Ao definir um determinado instrumento de coleta de dados, é muito importante que o pesquisador teste este instrumento. Essa testagem se dá através da utilização do instrumento com um potencial entrevistado, para que ele possa avaliar se as perguntas estão claras e se há algum tipo de ambiguidade. Também é uma forma de se verificar se as perguntas estão tendenciosas ou se levam a respostas que não são o foco da pesquisa. É fato que os sujeitos que tiverem sido usados para a testagem do instrumento de pesquisa não poderão participar da pesquisa em si, já que estarão influenciados pelas perguntas da pré-testagem.
AULA 05 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Vamos dividir esse momento de planejamento em duas etapas:
No primeiro, a que vamos chamar de pré-planejamento, vamos considerar a escolha de seu orientador e o que falta para que esta etapa esteja concluída.
Num segundo momento, falaremos da construção do cronograma de uma maneira mais ampla.
PRINCIPAIS ESTAPAS DA PESQUISA
Fundamentação teórica;
Desenho da investigação;
Coleta de dados;
Interpretação dos dados;
Redação final do trabalho;
Entrega da primeira versão para seu orientador;
Revisão do trabalho;
Entrega da versão final;
Confecção das copias para a banca;
Preparação da apresentação da defesa;
Apresentação da monografia.
É importante observar que a fundamentação teórica para um TCC não pode ser muito extensa, devido à limitação do número de páginas que seu trabalho pode ter (40 no máximo). Por conta disso,
cabe a você fazer uma distribuição criteriosa de páginas para cada etapa de seu trabalho. A escolha dos títulos para embasar sua pesquisa deve ser bastante criteriosa e, como você dispõe de um espaço restrito para descrevê-la, não pode se deixar levar por muitos títulos e muitos autores. Procure, assim, autores que reconhecidamente tenham pesquisado o assunto que irá abordar e que tenham trabalhos expressivos na área. Sua fundamentação deve conter indícios de que você fez as leituras certas e apropriadas relativas ao tópico que está pesquisando.
ORIGINALIDADE DA MONOGRAFIA
Não poderíamos encerrar este tema sem falarmos de um assunto muito importante: a originalidade da sua monografia. Nesta seção, falamos do uso do trabalho de outros autores para trazer validade ao seu trabalho, e até sugerimos que você trouxesse citações de outros autores para reforçar seu argumento.
Uma citação, no entanto, não significa copiar o trabalho de outro autor e inseri-lo no corpo de seu trabalho como se você mesmo o tivesse escrito. Isso é chamado de plágio e é proibido pelas instituições de ensino. Você deve ser criativo e autônomo o suficiente para desenvolver seu trabalho com originalidade, sem ter que copiar o trabalho de outros autores. Caso isto aconteça, você será reprovado nesta matéria e estará jogando fora meses de trabalho.
Por fim, vale lembrar que quem teve a ideia do problema que desejava investigar foi você; por isso, somente você será capaz de estabelecer as conexões necessárias para embasar seu argumento. Provavelmente, nenhum outro autor fez a mesma conexão, e se fez, a sua aplicação do problema será feita em um contexto totalmente diferente. Aí está a sua originalidade.
AULA 06 METODOLOGIA
METODOLOGIA E RESULTADOS DA PESQUISA
Quando começamos a conversar sobre o seu TCC, o grande dilema que você tinha pela frente era sobre o tema que iria investigar em sua pesquisa. Definido esse impasse, o problema passou a ser “como” o tema que havia escolhido seria desenvolvido, para que lhe permitisse chegar a respostas consistentes. Isto certamente tomou um bom tempo de seu planejamento.
Levando em conta a sequência estabelecida nessa figura, podemos definir que o capítulo de metodologia será dividido em três partes:
Na primeira, trataremos da delimitação do seu problema de pesquisa, a justificativa para conduzir a investigação e as perguntas que busca responder.
Em um segundo momento, trataremos da descrição de sua investigação, o tipo de pesquisa que conduziu e quais foram seus instrumentos de coleta de dados.
Por fim, falaremos dos resultados obtidos com a investigação.
PARTE 1: PROBLEMA, JUSTIFICATIVA E PERGUNTAS DE PESQUISA
No momento em que desenvolveu a sua fundamentação teórica, tema que discutimos na aula anterior, você abordou detalhadamente o problema que havia identificado e justificou sua escolha, trazendo vis-à-vis a literatura disponível para embasar sua escolha. Ao falar sobre este tema no capítulo de metodologia, você estabelece um vínculo com o que foi escrito anteriormente e dá um passo adiante ao definir suas pergunta(s) de pesquisa explicitamente em seu trabalho.
Sendo assim, logo no início desse capítulo faça uma breve conexão entre o que foi desenvolvido em sua fundamentação teórica e defina suas perguntas de pesquisa.
PARTE 2: TIPO DE PESQUISA E COLETA DE DADOS
A descrição do tipo de pesquisa que você irá realizar e a forma como irá coletar os dados para a condução de sua pesquisa constituem uma das partes mais importantes de sua investigação. A esta altura do nosso curso, imaginamos que você já tenha definido qual tipo de pesquisa será mais adequada a investigação que esta conduzindo e possa justificar sua escolha. Além disso, você já deve ter decidido na abordagem que irá adotar, se qualitativa, quantitativa ou uma triangulação das duas, conforme já discutimos em nossa aula 3. Tudo isso deverá estar descrito no seu capitulo de metodologia. Desta forma, desenvolva seu trabalho de modo a explicar os seguintes aspectos:
1 – Tipo de pesquisa escolhida e a justificativa de sua escolha;
2– Abordagem de pesquisa a ser seguida e a justificativa de sua escolha.
É importante ter em mente que, embora esta seja a parte mais importante do seu trabalho, o número de páginas que tem disponível é limitado. Por isso, o espaço a seu dispor é sempre restrito.
PARTE 3: RESULTADOS OBTIDOS
O terceiro e último aspecto que deve fazer parte do desenvolvimento de seu TCC diz respeito aos resultados obtidos com sua investigação. Você desenvolveu uma hipótese, fez suas perguntas de pesquisa, elaborou um estudo para respondê-las e agora deve avaliar sua investigação.
Essa avaliação significa apresentar os dados obtidos e interpretá-los à luz do que foi levantado em sua revisão bibliográfica.
Na verdade, essa é a parte mais rica de seu trabalho e de onde virá seu amadurecimento como pesquisador. Nessa etapa, você deverá tecer conexões entre o que havia pensado que aconteceria (sua hipótese de pesquisa) e o que realmente aconteceu, levando em conta o universo que escolheu investigar.
É muito importante que você tenha uma postura isenta e analise os dados de maneira totalmente imparcial, para que os resultados sejam válidos.
AULA 07 INTRODUÇÃO E CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO: A introdução é o primeiro capítulo de seu trabalho, e é nele que você terá a oportunidade de explicar ao seu leitor sobre o tema que desenvolverá ao longo do trabalho. Trata-se de um capítulo muito importante, pois muitas vezes o leitor irá lê-lo para ver se o tema a ser tratado lhe interessa e então continuar a leitura. Uma boa introdução dá ao leitor um panorama do assunto a ser tratado e atrai a sua atenção para que continue a leitura dos demais capítulos.
CONCLUSÃO: O outro capítulo de que trataremos é a conclusão. Como o nome já sugere, trata-se do final de sua monografia, em que você usa toda a informação que tiver coletado ao longo de sua pesquisa, para tirar as conclusões sobre o tema que decidiu abordar.
Para finalizar nossa discussão, trataremos do resumo, que deve ser apresentado no início de seu trabalho, e faremos uma sugestão sobre o número de páginas que deve conter cada etapa dele, de modo a não ultrapassar o que é esperado pela instituição de ensino.
A CONCLUSÃO
O primeiro assunto que vamos abordar diz respeito à conclusão de seu trabalho. Você deve estar se perguntando por que vamos começar pelo fim e não pelo começo, mas você vai entender a razão mais adiante. Vamos começar fazendo uma breve recapitulação sobre os temas que foram abordados em sua monografia. 
Até aqui, falamos da fundamentação teórica, da metodologia e do capítulo sobre os resultados da pesquisa. Ao final deste capítulo, o seu TCC deve estar elaborado na seguinte ordem: INTRODUÇÃO >>>FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA; METODOLOGIA; RESULTADOS DA PESQUISA>> CONCLUSÃO
Sendo assim, os capítulos de fundamentação teórica, metodologia e resultados da pesquisa formam uma sequência de pensamento que vai lhe ajudar a chegar à conclusão acerca do tema que estiver abordando.
A conclusão será a finalização de todo o seu trabalho, e neste capítulo você deve fazer o fechamento do que foi discutido até então, costurando toda a sua pesquisa. É um momento bastante enriquecedor para o pesquisador, uma vez que ele tem a oportunidade de alinhar a teoria que discutiu sobre o tema da pesquisa com o desenho da investigação que traçou, incluindo a teoria, o tipo e abordagem de pesquisa, e os instrumentos de coleta de dados para chegar à sua conclusão.
CAPÍTULO QUE DESCREVE O RESULTADO DA PESQUISA X CONCLUSÃO
De acordo com o que vimos, qual seria então a diferença entre o capítulo que descreve os resultados da pesquisa (sobre o qual falamos na aula anterior) e a conclusão do trabalho?
RESULTADOS DA PESQUISA: No capítulo que trata dos resultados da pesquisa, o pesquisador poderá fazer referência à fundamentação teórica para tentar explicar o que foi observado durante a coleta de dados. Trata-se de uma análise do que foi observado com os dados coletados vis-à-vis o que
era esperado (a hipótese da pesquisa). A descrição dos resultados da pesquisa, conforme conversamos, é o momento no qual o pesquisador responderá as suas perguntas de pesquisa e verá o que descobriu com a sua investigação. Ele fará uso de quadros comparativos, gráficos e outros elementos que o ajudarão a chegar ao desfecho de seu trabalho.
CONCLUSÃO: A conclusão, por outro lado, será o fechamento de todo o raciocínio usado para o desenvolvimento da pesquisa. Será ainda a oportunidade que o pesquisador terá para fazer referência à sua hipótese de pesquisa e validá-la ou não, fazendo todas as ressalvas que achar necessário.
A INTRODUÇÃO
Caso o autor siga a sugestão de deixar para escrever a introdução somente após ter terminado a coleta de dados/ escritura do texto, deve tomar cuidado para não contar tudo para seu leitor, ou correrá um sério risco de fazer com que o leitor perca o interesse pelo seu texto. Sendo assim, uma breve descrição de cada estágio/ etapa da pesquisa será suficiente para a introdução, de modo que a informação mais completa e detalhada seja guardada para ser revelada no momento apropriado da dissertação.
No entanto, a introdução não é apenas um resumo “econômico” do trabalho; ela precisa chamar a atenção do leitor, para que este continue lendo o trabalho e se interesse pelo tema sendo abordado, a ponto de querer saber aonde a investigação levou o pesquisador.
O RESUMO
Aproveitando o fato de que estamos falando da introdução do seu TCC, vamos abordar outro texto introdutório que deve fazer parte de seu trabalho: o resumo. Esse breve texto deve ser apresentado logo no início de seu trabalho e serve para dar uma visão geral do que ele será. Ao ler o resumo, o leitor pode mostrar interesse pelo seu trabalho ou não, e decidir se vai dar prosseguimento ou não à leitura.
O que acabamos de descrever se assemelha bastante com o que descrevemos na seção anterior quando falamos da introdução, não é mesmo? A diferença está no fato de que um resumo conta tudo que foi feito para a condução da pesquisa e os resultados que foram obtidos com o estudo. No entanto, por se tratar de um “resumo”, como o nome já diz, trata-se de um texto bastante resumido e dá um panorama bem sucinto do que foi feito durante a investigação.
Esse resumo deve conter entre 200 e 500 palavras e será o primeiro texto ao qual o leitor terá acesso. Quanto mais claro e interessante for o resumo, maiores serão as chances de ele se interessar por seu estudo e continuar a leitura do mesmo.
AULA 08 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS E TEXTUAIS
(PESQUISAR DEPOIS).
AULA 09 ELEMENTOS NÃO-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais são aqueles apresentados logo após a conclusão do trabalho. São considerados elementos pós-textuais as seguintes partes do trabalho: BIBLIOGRAFIA, APêNDICES, ANEXOS, GLOSSÁRIO.
De todos esses elementos, somente a bibliografia é uma parte obrigatória de seu trabalho, pois nela serão apresentadas todas as fontes bibliográficas que foram citadas ao longo do trabalho.
Por fim, é interessante observar que, mesmo em se tratando de elementos pós-textuais, o número das páginas deve ser incluído e sua referência incluída no sumário de seu trabalho. No entanto, nenhum elemento pós-textual deve ser numerado como sequência ao corpo do TCC, mas como elementos avulsos presentes ao final deste.
VARIAÇÕES ENCONTRADAS EM UMA REFERÊNCIA
Livro com mais de um autor
a) Até três autores: os três deverão ser citados na ordem na qual aparecem no livro;
b) Mais de três autores: somente o primeiro deverá ser citado e deverá ser seguido da expressão et al.
Artigo de periódico
AUTOR. Título do artigo. Título do periódico, local de publicação, ano ou volume, número ou fascículo, páginas inicial-final do artigo, mês e ano de publicação.
Exemplo:
Frankenberg-Garcia, A. Pedagogical uses of monolingual and parallel concordances. ELT Journal. Oxford, v 59, n 3, pp. 189 – 198, July 2005.
Capítulo de livro
Reichardt, C. & COOK, T. Beyond qualitative versus quantitative methods. In: Reichardt, C & COOK, T (eds), Qualitative and Quantitative Methods in Evaluation Research. Beverly Hills, California: Sage Publications, 1979.
Texto de página na internet
OLIVEIRA, R. P. Da universalização do ensino fundamental ao desafio da qualidade: uma análise histórica. Educação e sociedade. Campinas, V. 28, n.100 – Especial, p. 661-690, out. 2007. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em 5 mar. 2013.
Existem outras possíveis fontes que podem ser usadas em seu TCC, e não temos a intenção de esgotá-las aqui. Para qualquer outro tipo de referência, consulte seu professor orientador ou as normas da ABNT. É importante mencionarmos que toda bibliografia deve ser apresentada em ordem alfabética, e não na ordem em que aparecem no trabalho.
Quando acontecer de mais de um trabalho de um mesmo autor ser citado na bibliografia, não se deve repetir o nome do autor e sim digitar uma linha sobrescrita contínua no lugar do nome:
FREIRE, M. A formação permanente. In: Freire, P. Trabalho, comentário, reflexão. Petrópolis: Vozes, 1991.
_______, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
Dissertações e teses
DANTAS-LONGHI, S. Como os jogos podem revelar outras dimensões do trabalho do professor de língua estrangeira? 2013. Dissertação (Mestrado, Letras). USP, São Paulo.
Artigo de jornal
AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, Local, dia mês ano. Seção, caderno ou parte do jornal, páginas inicial-final.
Exemplo:
AMORIM, M. O currículo de 2014. O Globo, Rio de Janeiro, 24/08/2014. Caderno Boa Chance, 1 – 3.
Quando não houver a indicação do autor ou a indicação da seção ou caderno do jornal, a paginação deve preceder a data da publicação.
OS APENDICES
Os apêndices são elementos opcionais de um TCC, que podem ser apresentados no formato de documentos ou textos e que servem para consolidar a argumentação proposta no corpo do trabalho. É importante observar que os apêndices apenas complementam o que foi dito no trabalho.
Sendo assim, nenhum documento que seja fundamental para a compreensão do argumento do autor deve ser colocado como um apêndice, sob o risco de comprometer o entendimento do leitor. Tenha em mente que o apêndice é apenas uma forma a mais de ilustrar o argumento, e não uma continuação do trabalho.
OS ANEXOS
São textos escritos por outros autores, que podem ser usados para complementar, fundamentar ou ilustrar a argumentação defendida ao trabalho. Por não se tratar de um elemento essencial do trabalho, deve ter seu uso avaliado com cuidado e ser usado somente se tratar de um material realmente importante. No que diz respeito à formatação, o(s) anexo(s) deve(m) ser numerados por letras. Veja o exemplo:
Anexo A – Lei 1.229 de 15 de maio de 2009;
Anexo B – Poemas de Fernando Pessoa sob o heterônimo de Álvaro de Campos citados.
No que diz respeito à formatação, o anexo deve ser escrito na mesma fonte e tamanho de letra que tiver sido usada ao longo do trabalho, com espaçamento 1,5 e orientação do texto. A formatação das margens permanece a mesma do restante do trabalho, e a numeração das páginas segue a sequência do trabalho.
O GLOSSÁRIO
O glossário é outro elemento pós-textual, que apresenta uma listagem em ordem alfabética de alguns termos técnicos de significado pouco conhecido que foram utilizados ao longo do trabalho e que são apresentados para facilitar o entendimento por parte do leitor. Podem fazer parte do glossário palavras de significado pouco difundido, termos estrangeiros e termos técnicos.
No que diz respeito à formatação, o glossário deve ser escrito na mesma fonte e tamanho de letra que tiver sido usada ao longo do trabalho, com espaçamento 1,5 e orientação do texto. A formatação das margens permanece a mesma do restante do trabalho, e a numeração das páginas seguem a sequência do trabalho.
AULA 10 APRSENTAÇÃO ORAL DO TCC

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando