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Infecção pelo HIV x Gestação Andréa Oliveira HIV (Human Immunodeficiency Vírus) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA / AIDS) HIV (Human Immunodeficiency Vírus) Infecta células que apresentam a molécula CD4+ em sua superfície – linfócitos T4 e macrófagos; A molécula CD4+ age como receptor do vírus mediando a invasão celular; Diminuição progressiva do número e da atividade dos linfócitos CD4+; Comprometimento da imunidade celular; AIDS: manifestação tardia e avançada do processo. GESTAÇÃO Risco de 5 a 10% TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV PARTO Risco de 10 a 20% ALEITAMENTO Risco de 5 a 20% Na ausência de intervenções : Risco total de20 a 45% Intervenções específicas : Risco total < 2% TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV Virais Carga elevada, diversidade e resistência viral Maternos Estado clínico, imunológico e nutricional. Outras infecções ou DSTs Comportamentais Reinfecção (exposição sexual ou compartilhamento de seringas) Obstétricos Trabalho de parto prolongado, tepo de ruptura de membranas amnioóticas, hemorragia no parto. Recém-nascido Prematuridade, baixo peso ao nascer e tempo de exposição ao aleitamento materno Fatores que afetam a transmissão vertical do HIV TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV EM 2005 •NO MUNDO: 11% DAS GESTANTES INFECTADAS RECEBERAM PROFILAXIA ANTIRRETROVIRAL; •NO BRASIL, CERCA DE 40% DAS GESTANTES INFECTADAS TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO: Aumenta de 3 a 4 vezes o riscode transmissão; •EM PAÍSES POBRES: O aleitamento aumenta o risco de infecção por HIV,mas melhora a sobrevida da criança ; A alimentação com fórmulas lácteas evitam a transmissão, mas aumenta o risco de mortalidade por má-nutrição (condições de vida). TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV AMAMENTAÇÃO: Alto custo metabólico; Risco de morte materna 3 vezes maior •O MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL: Contraindica o aleitamento na infecção materna pelo HIV; Contraindica o aleitamento cruzado; Projeto Nascer Maternidades Prevê disponibilidade de fórmula infantil a todos os revém-nascidos expostos ao HIV até o sexto mês de vida; Determina a inibição da lactação (enfaixamento de mamas, inibidores) TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV FASE MEDIDAS Gestação Tratamento antirretroviral (TARV) a partir da 14ª.SG Parto AZT via venosa durante o trabalho de parto Evitar o contato do concepto co o sangue e secreções maternas (fórceps, amniotomia, episiotomia, limpeza do RN) Evitar o aleitamento materno Criança Administrar AZT (solução oral) até a sexta semana de vida (inicia nas 2 primeiras horas de vida. De 6/6h) Não amamentar Prevenção da transmissão vertical do HIV ESTADO NUTRICIONAL MATERNO x DESFECHOS DA GESTAÇÃO Influencia a saúde e sobrevivência da mulher e do RN; Pode reduzir a transmissão vertical; Reduz a progressão clínica, imunológica e virológica; Reduz o risco de baixo peso ao nascer e de prematuridade; Desnutrição materna: baixas reservas fetais de nutrientes; integridade da placenta; barreira genital e gastrointestinal RISCO DE TRANSMISSÃO VERTICAL RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Assistência Nutricional: considerar gestação de alto risco Avaliação nutricional (idem) Avaliação clínica Avaliação socioeconômica Prescrição de dieta: Ganho de peso adequado e adaptada à sua condição de saúde RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Gestantes assintomáticas: Melhorar hábitos alimentares e qualidade da dieta; Ganho ponderal adequado; Preservação da massa magra; Manutenção da atividade física; Segurança alimentar. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Gestantes com infecção e perda de peso: Minimizar as consequências nutricionais das infecções; Assegurar um consumo dietético adequado na fase aguda e na fase de recuperação; Manutenção da atividade física; Preservação da massa magra RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Gestantes doença avançada: Dar conforto e cuidado paliativo; Modificar a dieta de acordo com os sintomas; Incentivar a alimentar-se; Incluir o manejo da interação droga-nutriente para mulheres com TARV (tratamento anti retro-viral); Manejo dos efeitos colaterais (náuseas e vômitos) A medicação e a alimentação ARV administrado OBSERVAÇÕES ABACAVIR (ABC) Com o alimento pode reduzir irritação gástrica ESTAVUDINA (d4T) - LAMIVUDINA (3TC) - ZALCITABINA (ddC) - ZIDOVUDINA (AZT) Evitar alimentos gordurosos DELAVIRDINA (DLV) - EFAVIRENZ (EFZ) Evitar alimentos gordurosos NEVIRAPINA (NVP) Evitar alimentos gordurosos AMPRENAVIR (APV) Evitar alimentos gordurosos A medicação e a alimentação ARV administrados com alimentos OBSERVAÇÕES NELVINAVIR (NFV) Preferir alimentos gordurosos LOPINAVIR Preferir alimentos gordurosos RITONAVIR Preferir alimentos gordurosos SAQUINAVIR Refeição completa TENOFOVIR Evitar alimentos gordurosos ATAZANAVIR Preferir alimentos gordurosos - Sem alimentos DIDANOSINA 30 min antes ou 2h após INDINAVIR 1h antes ou 2h após RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS ENERGIA: HIV + e Assintomátca: Aumento de 10% do VET de uma gestante saudável Acrescentar o adicional energético HIV + e Sintomática: Aumento de 20% a 30% do VET de uma gestante saudável Acrescentar o adicional energético RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS MACRONUTRIENTES: PROTEÍNAS:Idêntico ao de gestantes de baixo risco; LIPÍDEOS: 30% do VET; CARBOIDRATOS: Complementar o VET • Indivíduos com diarréia podem se beneficiar de redução de lactose da dieta RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS MICRONUTRIENTES: Fe e ácido fólico: Idêntico ao de gestantes de baixo risco; Cálcio: Idêntico ao de gestantes de baixo risco; Vitamina A: Não exceder o recomendado; A suplementação pode aumentar a transmissão vertical. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS MICRONUTRIENTES: Vit E, ácido ascórbico, vit B12, vitamina B6: • Se consumo alimentar é inadequado, suplementar até alcançar 100% da recomendação ; Sódio, Potássio e Cloro: • Repor na ocorrência de diarréia e vômitos RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS • ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS: bases gerais da alimentação saudável; • MANEJO DE INTERCORRÊNCIAS: anorexia, problemas de deglutição, disfagia, náuseas e vômitos, diarréia e intolerâncias alimentares e lipodistrofia. • INTERAÇÃO DE MEDICAMENTOS E ALIMENTOS • SEGURANÇA ALIMENTAR: minimizar risco de infecções
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