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Principios de Direito Processual do Trabalho - Aula Fabricio

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Princípios de Direito 
Processual do Trabalho 
“Mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição 
fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito 
e servindo de critério para a sua exata compreensão e inteligência, exatamente 
por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo no que lhe confere 
a tônica e lhe dá sentido harmônico.” (Celso Antônio Bandeira de Melo) 
“Os princípios gerais do direito do trabalho, que são fonte do Direito do 
Trabalho, cumprem essencialmente três funções: uma dirigida ao legislador, 
que é a função de ‘fundamentar ou informar’ uma vez que as normas não 
podem se emancipar dos princípios que regem e governam a matéria, e os 
outros dois dirigidos aos juízes, os quais cumprem uma função de 
‘interpretar’ a favor do trabalhador nos casos de dúvida, e outra função 
‘normativa ou integradora’ que conduz a aplicar os princípios da justiça 
social, princípios gerais do direito do trabalho, a equidade e a boa fé em caso 
de carência de normas positivas.” (Roberto Pompa) 
 
“São regras de segundo grau porque auxiliam na interpretação e aplicação 
das demais regras; dirigem-se, primordialmente, aos intérpretes e 
aplicadores do direito, quando não aos próprios legisladores; servem para 
justificar as exceções às regras de primeiro grau; para restringir o alcance 
destas; para justificar a atitude do juiz; e apresentam certa neutralidade, ou 
indiferença de conteúdo.” (Jorge Luiz Souto Maior) 
Princípio do devido processo legal 
 
• Art. 5º, LIV e LV CR/88: ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal . Aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e 
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
 
• Engloba os princípios do juiz natural, proibição de tribunais de exceção, 
duplo grau de jurisdição, recorribilidade das decisões e motivação das 
decisões judiciais. 
Princípio da imparcialidade do Juiz 
• O Juiz deve desempenhar a função jurisdicional sem tendências que 
possam macular o devido processo legal e favorecer uma parte em 
detrimento da outra. 
• Art. 801, CLT: O juiz, presidente ou juiz classista, é obrigado a dar-se por 
suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação 
à pessoa dos litigantes: a)inimizade pessoal; b)amizade íntima; 
c)parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; 
d)interesse particular na causa. 
Princípio da isonomia 
 
• Art. 5o, “caput”, CR/88: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade [...].” (Igualdade formal) 
 
Princípio da motivação das decisões 
 
•Art. 93, inc. IX, CR/88: “todos julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário 
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade (...).” 
 
• Art. 832, CLT: da decisão deverão constar o nome, partes, o resumo do pedido 
e da defesa, apreciação das provas, os fundamentos da decisão, e a respectiva 
conclusão.” 
 
•“A fundamentação analisa as questões de fato e de direito. É a síntese do 
exame das provas e dos fatos alegados pelas partes, os quais são 
imprescindíveis para a formulação do convencimento do órgão jurisdicional.” 
(Franciso Ferreira Jorge Neto e Jouberto de Quadros Pessoa Cavalcante) 
“FUNDAMENTAÇÃO. REQUISITO DE VALIDADE DA PRESTAÇÃO 
JURISDICIONAL. NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO DE TODOS OS 
ARGUMENTOS REGULARMENTE OFERECIDOS PELAS PARTES 
LITIGANTES, SOB O RISCO DE NULIDADE. A completa prestação 
jurisdicional se faz pela resposta a todos os argumentos regulares postos pelos 
litigantes, não podendo o julgador resumir-se àqueles que conduzem ao seu 
convencimento. A omissão quanto aos pontos relevantes pelas partes pode 
conduzir a prejuízos consideráveis, não só pela possibilidade de acesso ou 
derrota, mas também em face das imposições e desdobramentos da 
competência funcional. O imperativo do prequestionamento, para acesso à 
instância extraordinária (Enunciado nº 297 do TST), exige o pronunciamento 
judicial sobre todos os aspectos manejados pelas partes, em suas intervenções 
processuais oportunas, sob pena de se impedir a verificação de pressupostos 
típicos do recurso de revista (CLT, art. 896), sem menção ao manifesto defeito 
de fundamentação (Constituição Federal, art. 93, IX; CLT, art. 832. Agravo de 
instrumento conhecido e provido. Recurso de revista provido.” (TST – 2a T. – 
RR 684428 – Rel. Juiz Conv. Alberto Luiz Bresciani Pereira – DJU 25/05/2001 – 
p. 427) 
 Princípio da publicidade 
 
• Art. 93, inc. IX, CR/88: “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário 
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, 
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a 
seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do 
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público 
à informação.” 
 
Princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário (Ubiquidade ou 
indeclinabilidade da Jurisdição) 
 
• Art. 5o, inc. XXXV, CR/88: a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito. 
 
Princípio da razoabilidade duração do processo 
 
• Art. 5o, inc. LXXVIII, CR/88: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, 
são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a 
celeridade de sua tramitação.” 
PRINCÍPIOS PECULIARES DE DIREITO PROCESSUAL 
COMUM APLICADOS AO PROCESSO DO TRABALHO 
Princípio dispositivo ou da demanda 
• Inércia de Jurisdição 
• Art. 2º do CPC 
• Exceções no processo do trabalho: art. 39 (instauração de RT por ofício 
da SRT); art. 878 (execução “ex officio”); art. 856 (“instauração de 
instância” do dissídio coletivo pelo Presidente do Tribunal) 
Princípio inquisitivo ou do impulso oficial 
• Art. 262, CPC: o processo civil começa por iniciativa da parte, mas se 
desenvolve por impulso oficial. 
• Art. 765, CLT: os juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade 
na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, 
podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento 
delas. 
Princípio da instrumentalidade ou finalidade 
 Art. 154 : Os atos e termos processuais não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se 
válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade 
essencial. 
•Art. 794, CLT: Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho 
só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo 
às partes litigantes. 
• OJ SBDI-I n. 200, TST: MANDATO TÁCITO. 
SUBSTABELECIMENTO INVÁLIDO. É inválido o substabelecimento 
de advogado investido de mandato tácito. 
• Instrumentalidade x Simplicidade 
 
Princípio da impugnação específica 
 Art. 302, CPC: Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre 
os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos 
não impugnados [...]: 
“A resposta deve examinar os fatos com exaustão, com base nas 
informações prestadas pela parte, regra muito geral a empregadora. [...] A 
defesa ‘por negação geral’ ou por negativa inespecífica não produz efeito, 
correspondendo à inexistência de contestação.” (Wagner D. Giglio) 
• Exceções: Ministério Público, advogado dativo e curador especial. 
Princípio da estabilidade da lide 
 Plano subjetivo: art. 41, CPC: Só é permitida, no curso do processo, a 
substituição voluntáriadas partes nos casos expressos em lei. 
 
 Plano objetivo: art. 264, CPC: feita a citação, é defeso ao autor modificar o 
pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as 
mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei. 
 
• Art. 294, CPC: Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo 
à sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa. 
• No processo do trabalho: até entrega da defesa (CLT, arts. 846 e 847) 
Princípio da eventualidade 
Art. 300, CPC: compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de 
defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o 
pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. 
EMENTA: QUITAÇÃO. PAGAMENTO. MATÉRIA DE DEFESA. 
OPORTUNIDADE. O princípio da igualdade de tratamento das partes 
no processo imprime ao reclamante o ônus de requerer todos os seus 
pedidos até a citação da parte acionada, cabendo a esta, a partir do 
princípio da eventualidade, apresentar na contestação toda a matéria de 
defesa, não sendo permitida a utilização da via articulada para 
comprovação de pagamentos efetuados ao longo do contrato, sem 
qualquer justificativa para não fazê-lo no momento oportuno. (TRT 5ª 
R. - 00228-2005-018-05-00-3 RO, ac. nº 032273/2006, Rel Desembargador 
CLÁUDIO BRANDÃO, 2ª. TURMA, DJ 14/12/2006) 
Princípio da Economia Processual 
• Obter da prestação jurisdicional o máximo de resultado com o mínimo 
de esforço, evitando-se dispêndios desnecessários para os 
jurisdicionados. 
“Ressalta-se, ainda, ser de notável economia processual o fato de a 
penhora alcançar valor superior ao da execução, na medida em que evita 
repetições de diligências do oficial de justiça, de publicação de editais 
de praça e o seu respectivo custo, de realização de praças e leilões, 
tornando mais célere a consecução do objetivo maior, que é a satisfação 
do crédito alimentar, sem, contudo, prejudicar o devedor, que recebe de 
volta o valor que exceder.” (TRT 3ª R. - 00545-2005-059-03-00-6 AP – 8ª 
T. – Rel. Des. Márcio Ribeiro do Valle – DJMG 21/10/2006) 
Princípio da oralidade 
• Art. 840, § 2º, CLT (reclamatória verbal) 
• Art. 847, CLT (defesa) 
• Art. 850, CLT (razões finais) 
Princípio da identidade física do juiz 
TST, SÚMULA Nº 136. JUIZ. IDENTIDADE FÍSICA 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Não se 
aplica às Varas do Trabalho o princípio da identidade física 
do juiz (ex- Prejulgado nº 7). 
Princípio da concentração 
• Art. 859, CLT (rito ordinário) 
• Art. 852-C, CLT (rito sumaríssimo) 
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS - 
PROVA TESTEMUNHAL PRODUZIDA FORA DOS AUTOS – Na 
sistemática processual vigente, da concepção dualística do processo 
tradicional, a prova testemunhal deve ser produzida nos autos, sob as 
vistas do Juiz, em observância ao princípio da concentração dos atos 
processuais, não se admitindo depoimentos testemunhais, por escritura 
pública, como se pretendeu aqui. (TRT 3ª R. – RO 2822/90 – 1ª T. – Rel. 
Antônio de Miranda Mendonça – DJMG 21/06/1991) 
Princípio da Irrecorribilidade das decisões interlocutórias 
TST, SÚMULA Nº 214. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. 
IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 
14, 15 e 16.03.2005 – Na Justiça do Trabalho, nos termos do 
art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não 
ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) 
de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou 
Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do 
Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso 
para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de 
incompetência territorial, com a remessa dos autos para 
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo 
excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da 
CLT. 
•Art. 893, CLT. 
Princípio da Lealdade Processual ou da probidade 
• Art. 16, CPC (responsabilidade por perdas e danos) 
• Art. 17, CPC (litigante de má-fé) 
• Art. 18, CPC (penalidade) 
PRINCÍPIOS PECULIARES DE DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO 
Princípio da proteção integral do trabalhador 
“A identidade protecionista do Direito do Trabalho deve estar 
resguardada na ordem jurídica pela visão e aceitação do 
conteúdo do princípio da proteção. Ser tutelar é efetivar a 
proteção, garantir o acesso efetivo ao exercício dos direitos 
assegurados, reconhecer o espaço de cidadania real.” (Aldacy 
Rachid Coutinho) 
“Considerando a hipossuficiência do obreiro também no 
plano processual, a própria legislação processual trabalhista 
contém normas que objetivem proteger o contratante mais 
fraco (empregado).” (Renato Saraiva) 
• Art. 789, § 9o CLT (Isenção de pagamento de custas e 
despesas processuais) 
 
• Art. 789, § 10o CLT (Assistência judiciária) 
 
•Art. 899, § 1o CLT (Depósito recursal) 
 
• Art. 844, CLT (Comparecimento das partes) 
EMENTA: COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR - PRINCÍPIO DA 
PROTEÇÃO. A competência ratione loci das Varas do Trabalho é fixada 
pela localidade em que o empregado prestar serviços, (artigo 651, caput, da 
CLT). Todavia, não se pode afastar o entendimento de que o legislador, ao 
dispor sobre o assunto, teve por escopo facilitar o acesso do trabalhador ao 
Judiciário, evitando que este, na busca dos seus direitos, se desloque para 
outra localidade, com visível prejuízo no tocante à produção de provas e 
acompanhamento da demanda judicial. Por tais motivos, nada obsta que o 
empregado aposentado por invalidez, ajuíze ação no foro do seu domícílio, 
ainda que distinto do da prestação dos serviços, quando tal não importar 
prejuízo ao empregador, que detém agência ou escritório em diversas 
cidades do País, inclusive naquela localidade, incidindo, à espécie, a regra 
excepcional do parágrafo 3o, do art. 651, da CLT, sob pena de violação ao 
princípio da proteção e ao preceituado no artigo 5o, XXXIII, da CF/88. 
(TRT 3ª R. – 8ª T. 0033000-61.2006.5.03.0134 RO - Rel. Des. Cleube de 
Freitas Pereira – DJMG 15/07/2006) 
Princípio da finalidade social 
“Na aplicação da lei , o juiz atenderá aos fins sociais a que 
ela se dirige e às exigências do bem comum” (LICC, lei n. 
4.657/1942, art. 5o) 
“Fiel ao princípio da finalidade social, Mozart Victor 
Russomano, fez incluir em seu anteprojeto de Código de 
Processo do Trabalho a seguinte proclamação: ‘Os órgãos 
da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, 
nos limites de sua competência específica atuarão tendo em 
vista o interesse da coletividade, acima dos interesses 
individuais ou de classe, e concorrendo para que a lei 
trabalhista seja interpretada no seu sentido sociológico de 
instrumento de paz nacional.” (Humberto Theodoro Júnior) 
“A diferença básica entre o princípio da proteção e o princípio 
da finalidade social é que, no primeiro, a própria lei confere a 
desigualdade no plano processual; no segundo, permite-se 
que o juiz tenha uma atuação mais ativa, na medida em que 
auxilia o trabalhador, em busca de uma solução justa, até 
chegar o momento de proferir a sentença.” (Carlos Henrique 
Bezerra Leite) 
“Eduardo Couture aponta como o primeiro princípio 
fundamental do processo trabalhista o que se relaciona ao fim 
a que se propõe, qual seja o de representar um ‘procedimento 
lógico de corrigir as desigualdades’, criando, para tanto, outras 
desigualdades. É, aliás, um truísmo a afirmação de que a regra 
fundamental da igualdade consiste justamente em tratar 
desigualmente os desiguais. Ciente dessa verdade, o direito 
processual trabalhista ‘é elaborado totalmente com o propósito 
de evitar que o litigante mais poderoso possa desviar e 
entorpeceros fins da Justiça’.” (Humberto Theodoro Júnior) 
Princípio da extrapetição ou ultrapetição 
“O princípio da extrapetição permite ao juiz, nos casos 
expressamente previstos em lei, condene o réu em pedidos 
não contidos na petição inicial, ou seja, autoriza o julgador a 
conceder mais do que o pleiteado, ou mesmo vantagem 
diversa da que foi requerida.” (Renato Saraiva) 
SUM-211 JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. 
INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO 
TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - Os juros de mora e a 
correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que 
omisso o pedido inicial ou a condenação. 
EMENTA - ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E 
PERICULOSIDADE - OPÇÃO - Em momento algum, o artigo 193 da 
CLT exige que o reclamante faça, no pedido inicial, sua opção pelo 
adicional de insalubridade ou periculosidade. Somente após a 
constatação de agentes nocivos ou perigosos, através do competente 
laudo pericial, e conseqüente apuração dos valores devidos a cada título, 
em liquidação de sentença, é que se pode dele exigir a devida opção. 
Recurso empresário a que se nega provimento. (TRT 3ª R. – 5ª T. - RO 
16070/96 - Rel. Juiz Roberto Marcos Calvo – DJMG 19/04/2007) 
SALÁRIO RETIDO - DOBRA SALARIAL. Reconhecendo, em defesa 
oral, serem incontroversos os salários pleiteados pelo empregado, e 
deixando de efetuar o respectivo pagamento na audiência inaugural, 
sujeita-se o reclamado à dobra salarial prevista no art. 467 da 
Consolidação, independentemente de pedido vestibular, já que a referida 
norma é de ordem pública, de aplicação compulsória. (TRT 3ª R. – 4ª T. 
– RO 10261/90 – Rel. Juiz Nilo Álvaro Soares – DJMG 23/08/1991) 
Princípio da normatização coletiva 
• Art. 114, § 2o da CR/88 
“Dissídios coletivos são aqueles em que se ventilam, imediatamente, 
interesses abstratos de grupo ou de categoria. Há, aí, indeterminação dos 
indivíduos a quem possa interessar. Tal como se dá quando um sindicato 
em nome da categoria que representa, suscita um dissídio para obter 
aumento de salário.” (Délio Maranhão) 
“A Justiça do Trabalho brasileira é a única que pode exercer o chamado 
poder normativo, que consiste no poder de criar normas e condições gerais 
e abstratas (atividade típica do Poder Legislativo), poreferindo sentença 
normativa (rectius, acórdão normativo) com eficácia ultra partes, cujos 
efeitos irradiarão para os contratos individuais dos trabalhadores 
integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato que 
ajuizou o dissídio coletivo’.” (Carlos Henrique Bezerra Leite) 
Princípio da conciliação 
Art. 114, CR/88. Compete à Justiça do Trabalho conciliar e 
julgar os dissídios individuais e coletivos entre trabalhadores e 
empregadores, [...]. (Redação alterada pela EC. n. 45/04) 
•Art. 764, “caput”, CLT 
 
•Art. 846, “caput”, CLT 
 
•Art. 850, “parte final”, CLT 
 
•Art. 831, CLT (condição intríseca de validade da sentença 
trabalhista)

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