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Direito Civil - 2º Semestre (Aula XIII)

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Direito Civil – 2º Semestre (Aula XIII)
Do negócio jurídico
Defeito jurídico
Vícios do consentimento
Estado de Perigo e Lesão
“Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias”.
“Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.”.
Tutela jurisdicional para o Estado de Perigo e Lesão
Deve-se ajuizar ação anulatória com sentença desconstitutiva, produzindo efeitos “ex nunc” (Não retroativo. Negócio válido e produz efeitos até a decretação de anulação, deixando de produzir efeitos e se tornando inválido a partir da sentença de procedência da ação).
Prazo decadencial de quatro anos para mover a ação, contados da data da celebração do negócio jurídico (Incisos II do art. 171 e 178).
Vícios sociais
Fraude contra credor: Vício social caracterizado por atos praticados pelo devedor que o deixa insolvente (falido) ou beirando a insolvência, a fim de prejudicar os credores.
Hipóteses de fraude:
Alienações gratuitas: Transferir propriedade gratuitamente.
Requisitos:
- Anterioridade de crédito a transferência gratuita, ou seja, o crédito daquele que alega a fraude deve ser anterior ao ato de disposição ou oneração do patrimônio pelo devedor;
- “Eventus damni” (evento oneroso): é  todo ato prejudicial ao credor que torna o devedor insolvente, ou que é realizado quando o devedor já esta em estado de insolvência.
“Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos
§ 1º Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.
§ 2º Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.”
Alienações onerosas: Alienação dos bens de forma onerosa.
Requisitos:
- Anterioridade de crédito a transferência gratuita, ou seja, o crédito daquele que alega a fraude deve ser anterior ao ato de disposição ou oneração do patrimônio pelo devedor;
- “Eventus damni” (evento oneroso): é  todo ato prejudicial ao credor que torna o devedor insolvente, ou que é realizado quando o devedor já esta em estado de insolvência.
- “Consilium fraudis” (coluio de má-fé): é a má-fé, a intenção do devedor em prejudicar seus credores.
“Art. 159. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.
A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelo disposto neste Código, arts. 1.518 a 1.532 e 1.537 a 1.553. (Redação dada pelo Decreto do Poder Legislativo nº 3.725, de 15.1.1919).”.
Pagamento antecipado de dívida: Trata-se do pagamento de uma dívida ainda não vencida e assim deixando de quitar aquela que já está vencida. O credor quirografário (credor de uma empresa falida que não possui qualquer tipo de garantia para receber seus créditos) ficará obrigado a repor aquilo que recebeu em proveito do credor anterior, ou seja, aquele que recebeu pagamento de dívida não vencida deverá repor o valor ao credor com dívida já vencida.
“Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.”.
Concessão fraudulenta de garantias: Concessão de garantia real por um devedor insolvente a um credor quirografário, tornando-o credor privilegiado (que tem o seu direito assegurado em virtude da garantia especial de que é titular), visando favorecer tal credor já que as dívidas com garantia real possuem preferência na ordem de pagamento.
“Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.”.
Tutela jurisdicional para a fraude contra credor
Deve-se ajuizar ação anulatória denominada pauliana ou revocatória com sentença desconstitutiva, produzindo efeitos “ex nunc” (Não retroativo. Negócio válido e produz efeitos até a decretação de anulação, deixando de produzir efeitos e se tornando inválido a partir da sentença de procedência da ação).
Prazo decadencial de quatro anos para mover a ação, contados da data da celebração do negócio jurídico (Incisos II do art. 171 e 178).
Estão legitimados a ajuizar ação pauliana (legitimação ativa):
Credores quirografários (art. 158): Essa possibilidade decorre do fato de não possuírem eles garantia especial do recebimento de seus créditos. O patrimônio geral do devedor constitui a única garantia e a esperança que possuem de receberem o montante que lhes é devido.
Credores que o já eram ao tempo da alienação fraudulenta (art. 158): Os que se tornaram credores depois da alienação já encontraram desfalcado o patrimônio do devedor e mesmo assim negociaram com ele. Nada podem, pois, reclamar.
A ação anulatória deverá (e não apenas poderá) ser internada (legitimação passiva) contra:
O devedor insolvente;
O adquirente que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta; e
Os terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé, se o bem alienado pelo devedor já houver sido transmitido a outrem.
A fraude contra credor está caracterizada até a citação do réu na ação. Fraude após a citação do réu em qualquer outra ação por dívida denomina-se fraude a execução.

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