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Traumas de Tornozelo Renata Soraya Dois grandes grupos de lesões do tornozelo 1 – Lesões Ligamentares Mais comuns, normalmente por excesso de inversão e flexão plantar que lesiona o complexo ligamentar lateral 2 – Lesões Osteo ligamentares Geradas por traumas de maior energia ou indivíduos de condição óssea desfavorecida Lesões Ligamentares Acomete cerca de 1 / 10.000 habitantes È a lesão esportiva mais comum Conhecido como entorse de tornozelo Anatomia Complexo lateral Ligamento talo fibular anterior Mais comumente lesionado Ligamento calcâneo fibular Pode ser atingido em associação ao primeiro Ligamento talo fibular posterior Raramente acometido Ligamento talo fibular anterior Ligamento calcâneo fibular Ligamento talo fibular posterior Classificação dos Entorses GRAU I - Envolve o alongamento excessivo do ligamento, sem ruptura macroscópica. Pequeno aumento de volume, pouca ou nenhuma dor, sem instabilidade, sem incapacidade funcional ou leve GRAU II – Ruptura parcial macroscópica, com sinais leves e instabilidade pequena GRAU III – ruptura completa, grandes sinais clínicos, grande instabilidade Diagnóstico Rx (AP, Perfil) Rx em testes de estresse (Inclinação talar e gaveta anterior) Exame clínico com investigação dos sinais e teste de gaveta retardado Tratamento Graus I e II Boa evolução para tratamento conservador se bem orientado Grau III Controvérsias, hoje o consenso é para o tratamento funcional (tratamento conservador com possível reparo tardio) Fases do tratamento Pós lesão imediata Crio Compressão e Elevação, associado ao repouso (lesão aguda) Sub aguda (de 48 a 72 horas) Imobilização relativa (uso de Braces e orteses) Sem suporte de carga ou carga parcial Tardiamente Exercícios sem mecanismo lesional Fortalecimento dos fibulares, eversores e flexores dorsais EVOLUÇÃO: 8 dias (I e II) 15 dias (III) Tratamento Funcional Curto período de imobilização, exercícios ativos precocemente (controlados), treinamento neuromuscular progressivo (propriocepção e fortalecimento) A não reabilitação adequada pode desencadear um tornozelo sintomático pós entorse Reforço dos fibulares, exercícios para músculos do pé e perna, Exercícios de propriocepção Sobre propriocepção olhar http://www.cidadedofutebol.com.br/Conteudo Capacitacao/Videos Tratamento Cirúrgico Caso persista a instabilidade Tratamento cirúrgico pode ser necessário Instabilidade: MECÂNICA, onde a mobilidade do tornozelo é acima do esperado (gaveta e inclinação talar positivos) ou FUNCIONAL, sensação de “fuga” do tornozelo nas AVDs e AVEs Etiologia: neural e muscular Nesses casos é feita a reconstrução ligamentar Lesões Osteoligamentares Fraturas de maléolos Fraturas de ossos do pé Lesões da sindesmose Complicações Tratamento • Conservador • Redução incruenta – controle radiográfico no 3º e 10º dia pós gesso. Consolidação 6 a 8 semanas. Tratamento • Cruenta – fraturas desviadas ou com mau resultado conservador • Vantagens: menor tempo e imobilização, redução mais precisa, menos equimose, tratamento de lesões condrais • Desvantagens? Fisio • Objetivos... (Se conservador, tem dor?) • Estimular o processo de consolidação e Vascularização • Recuperar a ADM e flexibilidade • Reestabelecer a força Muscular • Restaurar o mecanismo sensório/ propriocepção • Recuperar a Marcha funcional e independente • Se pós operatório minimizar os efeitos da intervenção • Condutas possíveis? FBE Ruptura de tendão aquileo A degeneração do tendão pode acabar resultando em sua ruptura completa. Acontecem tipicamente em homens entre 30 e 40 anos de idade que se exercitam subitamente em uma tarefa desportiva que envolve mudança rápida de direção. Pode acometer atletas de alta performance. Lesão perfuro contundente Mecanismo lesional Pode ser fruto de uma contração excêntrica brusca e vigorosa dos músculos gastrocnêmio-solear. Atividades de salto e de aterrissagem, nas quais o joelho fica estendido enquanto o tornozelo exibe uma dorsiflexão excêntrica. Sinais Clínicos Dor súbita Impotência funcional Edema Deformidade palpável Hematoma Tratamento Clínico: Tenorrafia Fisioterapêutico??? Neuroma de Morton Descrito por Morton em 1876 Neuropatia dos nervos digitais plantares por compressão das cabeças dos MT Espessamento fibroso do perineuro que predispõe degeneração axonal (por desmielinização) Fatores de risco Diagnóstico Tratamento?? Conservador?? Cirúrgico?? Fraturas de diáfise tibial Comum em crianças e adultos A perna possui 3 compartimentos delimitados. Anterior (aa tibial anterior e n. ciático popliteo externo), posterior (n. tibial posterior e aa fibular e tibial posterior), lateral. TTO – conservador na maioria dos casos Redução incruenta com imobilização TTO CIRÚRGICO Fixador externo Placas e parafusos Hastes intramedulares COMPLICAÇÕES Infecções Retardo da consolidação/ pseudo artrose Consolidação viciosa Gerais do osso longo Fisioterapia A esta altura vocês já conseguem me dizer? não? Vamos discutir? Platô Tibial Sede de cerca de 70% das fraturas do joelho Cerca de 1% das fraturas gerais e 8% no idoso O platô interno, protegido pelo outro membro apenas 12% dos casos A maioria das fraturas acontece por compressão dos côndilos sobre o platô que se desnivela CLASSIFICAÇÃO DE SCHATZKER PARA FRATURAS DO PLATÔ TIBIAL Tipo I - Por clivagem pura. Tipo II - Clivagem combinada com uma depressão. A redução impõe a elevação dos fragmentos com aplicação de enxerto ósseo no orifício resultante na metáfise. A cunha lateral é parafusada à cortical lateral (com parafuso de compressão). Tipo III - Depressão central pura. Não há uma cunha lateral. A depressão também pode ser anterior, posterior, ou pode envolver todo platô. Após a elevação da depressão e aplicação de enxerto ósseo, a cortical lateral será mais bem protegida com uma placa de sustentação continuação Tipo IV - Fratura do côndilo medial tipo partição em cunha ou pode estar esmigalhado e deprimido, o que é mais característico em pacientes idosos com osteoporose. Tipo V - Fratura bicondilar. Na fixação interna ambos os lados devem ser protegidos por placas de sustentação. Tipo VI - Fratura de platô com dissociação da metáfise e diáfise. O padrão de fratura dos côndilos é variável, podendo ocorrer de todos os tipos. Se ambos os côndilos estiverem envolvidos, a tíbia proximal deverá ser sustentada por placas em ambos os lados. DIAGNÓSTICO Nas fraturas axiais é simples, mas nas fraturas por compressão as vezes complicado clínica e radiograficamente A hemartrose é um sinal clínico comum, mas as vezes inespecífico O limite entre o tratamento cirúrgico e ou não é de milímetros TC é o exame de eleição para o diagnóstico e escolha terapêutica adequada (RNM, acesso) TTO conservador Indicado em afundamentos isolados e em pequenos cisalhamentos (fraturas ocultas) Repouso associado à tração cutânea com 2 a 3 kg de peso Exercícios dos MMII são indicados (com no máximo 90o de flexão de joelho) tanto ativos como passivos isotônicos e isométricos Apoio com 90 dias de tratamento que podeiniciar parcial (graduação da carga) TTO cirúrgico Indicado nos grandes desvios, nas fraturas bicondileanas e grandes afundamementos Redução e fixação externa com placas e parafusos, fios de kirschiner, barra de compressão e enxerto ósseo Tempo para início da carga geralmente 90 dias. Dependendo do caso pode haver liberação mais precoce, sempre iniciando com carga gradual. TTO cirúrgico e a fisio? Minimizar os efeitos da intervenção (DERRAME, hemartrose em geral, edema...) Ganho de ADM (o mais precoce que for tolerável) Ganho de trofismo (EE, contração isométrica, isotônica concêntrica e excêntrica evolutivamente sem e com resistência) Preparo para deambulação (com estímulo da sensibilidade e propriocepção) Acelerar a consolidação Como? Quais os recursos que disponho? Condutas... DERRAME ARTICULAR Protocolo para derrame articular do CMH: CCE + Bombeamento da tibiotársica + estimulação elétrica (FES) + Masso de fundo de saco supra patelar + Mobilização patelar Condutas... ADM Mobilização patelar CPM, Mobilização passiva, suspensão, movimentação ativa livre... FORÇA Estimulação elétrica funcional contração isométrica Contração isotônica concêntrica e excêntrica (evolutivamente) MARCHA sem órteses (90 dias) Sensibilidade Propriocepção CONSOLIDAÇÃO COMPLICAÇÕES Por ser uma fratura intra articular tem como grande problema o déficit de ADM no joelho Desvio angular A curto, médio e longo prazo gonartrose As complicações gerais de uma fratura (como pseudoartrose, consolidação viciosa, osteomielite, etc) FRATURAS DE PATELA As fraturas da patela representam aproximadamente 1% de todas as fraturas Maior prevalência na faixa etária de 20 a 50 anos e acometem duas vezes mais o sexo masculino. O mecanismo de lesão pode ser direto - o mais frequente - ou indireto Classificação quanto ao tipo de trauma Para diagnosticar as fraturas de patela Exame físico completo Rx Avaliamos a pele, observando se há escoriações, contusões, bolhas (se o tratamento foi retardado), fratura aberta, buscando a história da lesão CLASSIFICAÇÃO PARA FRATURAS DE PATELA Classificação Quanto ao traço em: transversal, ápice, base, cominuta, vertical e osteocondral, e quanto ao grau de desvio em desviadas e não desviadas. As fraturas transversais são as mais comuns, representando 50 a 80% das fraturas patelares, as cominutas representam 30 a 35% e as verticais 12 a 17%. Objetivos do tratamento Baseado no tipo de lesão e visa reconstruir o mecanismo extensor e a superfície articular. Conservador: Para as fraturas fechadas, não desviadas, transversas, estreladas e verticais. Imobilização com gesso por 4 a 6 semanas. Trabalho isométrico do quadríceps e elevações da perna estendida. Após esse período é retirado o gesso e iniciam-se exercícios de flexão ativa progressiva e fortalecimento do quadríceps. O tratamento operatório é indicado para todas as fratura com desvio. Mais Opções terapêuticas Fixação em banda de tensão ou parafuso, cerclagem e patelectomia parcial e total. Historicamente, observa-se que a preservação da patela, sempre que possível, é preferida em relação às técnicas de ressecção patelar, já que ocorre perda significativa do mecanismo extensor quando a patela é parcial ou totalmente excisada. Outras opções terapêuticas Fixação em banda de tensão ou parafuso, cerclagem e/ou patelectomia parcial e total. Evita-se ao máximo retirada da patela para preservar o aparelho extensor!!! ESTUDOS DEMONSTRAM Não é possível identificar um fator isolado que determine o resultado funcional final do tratamento das fraturas de patela. Fraturas transversas ocorrem em indivíduos mais velhos através de mecanismo de baixa energia, são fechadas e tratadas conservadoramente; porém não apresentam, necessariamente, os melhores resultados. As fraturas cominutas costumam ser causadas por trauma de alta energia, em indivíduos jovens, sendo tratadas, preferencialmente, com patelectomia parcial, e não necessariamente apresentam resultados ruins. A mobilização precoce proporcionou bons resultados, pois permite ADM maior, contudo não evitou a dor. A mobilização tardia, sem dúvida, determinou uma rigidez articular maior Acta ortop. bras. v.13 n.5 São Paulo 2005 O tratamento pós operatório Exercícios isométricos (QDPs) e colocação de órtese removível para permitir a deambulação com sustentação do peso com a perna extendida, conforme tolerância do paciente. As dobradiças da órtese podem ser afrouxadas para permitir exercícios ativos de ganho de amplitude de movimento. MOBILIZAÇÃO PATELAR Tratamento A partir da primeira ou segunda semana após a operação são feitos exercícios ativos de extensão e elevação da perna reta (SLRs), visando o fortalecimento do quadríceps. Nos outros planos os SLRs estão precocemente liberados. Após três meses, a fratura já está consolidada, e o quadríceps está forte, pode ser retirada a órtese. Tratamento Quatro a seis meses após operação, depois de realizada toda a seqüência de treino proprioceptivo e gesto esportivo, os esportes e exercícios vigorosos podem ser retomados. As complicações mais comuns são: déficit de ADM, artrose a médio e longo prazo e pseudoartrose além da incapacidade funcional esportiva Joelho Flutuante O Termo foi utilizado pela primeira vez por Blake e Mcbryde, em 1975, para definir fraturas simultâneas das diáfises A incidência dessas tem aumentado Lesão grave, causada por traumas de alta energia, como os acidentes motociclísticos e automobilísticos (lesões músculoesqueléticas e viscerais potencialmente letais) Instabilidade cápsuloligamentar Complicações Infecção, perda excessiva de sangue, tromboembolismo, síndrome compartimental, má consolidação, consolidação tardia ou não consolidação, rigidez do joelho, hospitalização prolongada e inabilidade em sustentar peso A estabilização cirúrgica de ambas as fraturas e a mobilização precoce produzem os melhores resultados clínicos Fisioterapia Exercícios respiratórios Ganho e manutenção da ADM das articulações adjacentes e força muscular Se há derrame ou retardo de consolidação... Ganho da ADM do joelho lesado suave e gradualmente Isometria => Isotonia Prognóstico reservado Deambulação com carga axial tardia Lesões Ligamentares Renata Soraya ANATOMIA A articulação do joelho é classificada como uma sinovial complexa (duas condilares entre o fêmur e a tíbia, e por uma em sela entre a patela e o fêmur) Existem 4 grandes ligamentos no joelho: LCA, LCP, LCM, LCL Os dois ligamentos cruzados têm a função de impedir o movimento de translação anterior ou posterior da tíbia em relação ao fêmur (controle do falseio sagital). 1-Fêmur 2-Cápsula articular com bolsa supra patelar 3-Ärea patelar 4-Condilo lateral do fêrmur 5-Menisco lateral do joelho 6-Ligamento colateral fibular 7-Condilo lateral da tíbia (face articular superior) 8-Fíbula 9-Condilo medial 10-Ligamento colateral tibial 11-Ligamento cruzado anterior 12-Menisco medial do joelho 13-Ligamento transverso do joelho 14-Ligamento da patela 15-Inserção comum dos mm. Sartório, semi- tendinoso e grácio16Tíbia 5-ML 7-Platô lateral da tíbia 11-LCA 12-MM 13-Ligamento transverso do joelho 14-Ligamento patelar 17-LCP 18-Platô medial20-Cabeça da fíbula 21-Tendão do músculo semi- membranoso 22-Inserção posterior da cápsula articular ANATOMIA O ligamento cruzado anterior (LCA) assim como o posterior (LCP), são extra sinoviais, apesar de intra-articulares. Eles recebem esta denominação de acordo com sua inserção tibial, e por se cruzarem no centro do joelho. ANATOMIA O ligamento cruzado anterior se insere no centro do platô tibial (no lado externo e a frente da espinha tibial anterior) e na face axial do côndilo externo em sua parte mais posterior ANATOMIA ANATOMIA ANATOMIA A origem femoral do ligamento cruzado anterior, esta localizada na porção postero-lateral do intercondilo. A origem femoral tem uma forma convexa, tendo sua porção ovalada posteriormente e uma porção plana anteriormente. O ligamento se dirige para frente até sua inserção tibial, anterior a espinha da tíbia Inserções do LCA A inserção tibial Ocupa uma área de aproximadamente 30mm, (bem mais resistente que a femoral), tem ramificações para o corno anterior do menisco medial, assim como fibras que se dirigem para o corno anterior do menisco lateral Constituição Fibras de colágeno, multifasciculares e paralelas, com diferentes graus de tensão conforme a flexão do joelho Com o joelho em extensão, as fibras estão paralelas; com o joelho em flexão as fibras anteriores cruzam sobre as fibras posteriores Bandas do LCA em flexão e extensão do joelho BIOMECÂNICA DO LCA As principais funções dos ligamentos do joelho são: estabilização, controle da cinemática e prevenção dos deslocamentos e rotações anormais que podem lesionar a superfície articular. O seu conhecimento é fundamental para o planejamento cirúrgico e reabilitação. Biomecânica Em 1917 Strausser descreveu o sistema de quatro barras do joelho formado pelos: LCA, LCP, fêmur e tíbia, que ainda hoje é utilizado para explicar os princípios da cinemática da flexo-extensão do joelho e a interação dos ligamentos cruzados com a geometria óssea Modelo de 4 barras. As quatro barras representam as conexões formadas pelas inserções tibiais e femorais dos ligamentos cruzados: anterior (A - B ) e posterior (C – D ) Modelo de 4 barras As fibras não alteram ou quase não alteram seu comprimento durante o movimento de flexo–extensão Rolar X Deslizar do fêmur Durante a flexo-extensão, o centro instantâneo de rotação articular (ponto de cruzamento dos ligamentos) move-se posteriormente forçando uma combinação de rolamento e deslizamento entre as superfícies articulares Isso evita que o fêmur “caia” do platô tibial Ponto de Isometria do LCA ANATOMIA Localizados na parte lateral do joelho encontramos os ligamentos colaterais. O colateral medial ou colateral tibial é um ligamento chato, largo, fixando-se nos côndilos mediais do fêmur e tíbia. Fibras do menisco medial estão fixadas neste ligamento, o que contribui para freqüente ruptura do menisco medial quando há estiramento excessivo no ligamento colateral medial ANATOMIA O ligamento colateral fibular, é um ligamento em forma de cordão arredondado, fixa-se no côndilo lateral do fêmur e dirige-se para baixo em direção a cabeça da fíbula, independente de qualquer fixação no menisco lateral. Ele protege a articulação de estiramento excessivo no lado lateral do joelho e é bastante forte, não lesionado freqüentemente (estresse em varo) BIOMECÂNICA Como suas fixações estão deslocadas posterior e superiormente ao eixo de flexão, os ligamentos colaterais tornam-se tencionados durante a extensão, contribuindo para a estabilidade do joelho ANATOMIA Os meniscos medial e lateral são dois discos fibrocartilaginosos em forma de meia-lua, localizados na superfície superior da tíbia. Estão destinados a absorver choques Falaremos mais deles na aula de lesões meniscais Anatomia O propósito de uma bolsa (Bursa) sinovial é reduzir fricção. Há cerca de 13 no joelho Abordaremos as mais comumente atingidas por processos inflamatórios Geralmente o atrito é o fator predisponente da reação inflamatória ROTAÇÃO TERMINAL DO JOELHO Normalmente, quando o joelho move-se em extensão, a tíbia roda externamente mais ou menos 20º sobre o fêmur fixo. Este movimento pode ser observado nos últimos 20º da extensão do joelho, e é denominada rotação terminal do joelho. Evento puramente mecânico que ocorre tanto na extensão passiva quando ativa do joelho, e que não pode ser produzido voluntariamente ROTAÇÃO TERMINAL DO JOELHO Em cadeia cinética fechada, esta rotação terminal é vista como rotação interna do fêmur sobre a tíbia fixada. Oferece aos humanos um mecanismo excelente e eficiente em termo de energia para o joelho estendido. Mecanismo de parafuso oferece estabilidade mecânica para o suporte de forças que ocorram no plano sagital LESÃO DO LCA A ruptura do LCA é ligada a atividade esportiva em 85% dos casos, Lesão frequente, invalidante e evolutiva Está relacionada a pratica esportiva em 0,30/1000; em jogadores de futebol 42/1000 e em esquiadores 1,2/1000 por ano O mecanismo de lesão clássico é uma torção com o pé fixo no solo, e em semi flexão, no qual a tíbia se move anteriormente em relação ao fêmur A projeção anterior da tíbia em relação ao fêmur é o principal causador da lesão Importante investigação durante anamnese MECANISMO LESIONAL E TIPOS DE LESÕES O mecanismo de lesão clássico do LCA é de uma torção com o pé fixo no solo, e em semi flexão onde a tíbia se move anteriormente em relação ao fêmur A projeção anterior da tíbia em relação ao fêmur é o principal causador da lesão Importante investigação durante anamnese Mecanismo lesional A ruptura ligamentar pode igualmente ocorrer nos entorses clássicos do joelho, em valgo e rotação externa ou varo e rotação interna. Rotação do corpo com pé fixo. Um estalo é percebido pelo paciente, e uma sensação de deslocamento. A dor tem intensidade variável, que é explicada pelo derrame que tenciona a cápsula articular. QUADRO CLÍNICO No momento da ruptura, dor associada a edema e incapacidade funcional principalmente no primeiro episódio, hemartrose aguda ocorre comumente com poucas horas da lesão. O exame do joelho deve ser repetido em poucas semanas, após a diminuição da hemartrose e da sensibilidade Tardiamente, dor associada a falseio e instabilidade variável DIAGNÓSTICO Baseia-se na história e no exame clínico do joelho. Na lesão recente, o exame é realizado de maneira a não causar dor. Derrame articular, edema, dor, e espasmo dificultam a realização e interpretação dos testes de frouxidão A punção articular com hemoartrose é sugestiva de ruptura ligamentar. Exame físico Deve evidenciar a presença de edema/derrame, trofismo do quadríceps, cicatrizes de traumas ou cirurgias anteriores e ainda alterações na marcha e limitação de ADM (principalmente tardiamente) Na palpação pode estar presente a dor, em várias estruturas, edema, anormalidades na superfície articular e crepitações A história clássica Exame físico Pode ocorrer ainda rigidez, contratura e bloqueio articular. O movimento passivo pode apresentar-se diminuído por algumas das razões citadas acima ou ainda pela frouxidão ou ruptura ligamentar, podendo assim, haver presença de hiper extensão, que deve ser investigada bilateralmente DIAGNÓSTICO Imagem de ressonância magnética de um joelho de perfil: em vermelhopode-se ver um ligamento cruzado anterior são. DIAGNÓSTICO Teste de lachman pode confirmar a ruptura do ligamento cruzado anterior.Tem sido apresentado como de maior confiabilidade. Teste de Gaveta ambos positivos também numa lesão aguda (quando possível examinar) Teste do ressalto ou pivot é difícil de se realizar na fase aguda devido a dor. Analisará o compartimento antero lateral do joelho Está vinculado muitas vezes ao Jerk Test Teste de lachman Teste do ressalto ou pivot-Shift IMPORTANTE!!!!!!! O joelho é a articulação mais complexa do corpo humano Para se tratar de qualquer tipo de lesão deve-se conhecer a anatomia, fisiologia e a biomecânica Tratamento O tratamento da lesão do cruzado anterior é individualizada. Depende do grau de instabilidade, lesões associadas, nível de atividade do paciente, idade, demandas no trabalho e condição médica geral. A associação mais comum é com lesões do menisco medial e/ou ligamento Colateral Medial (tríade infeliz) Tratamento A reconstrução precoce é indicada em atletas de alta performance. A presença de lesão meniscal é uma indicação relativa Pacientes jovens, ativos, que apresentam sinais de instabilidade podem ser beneficiados pela reconstrução, minimizando a chance de futuras lesões meniscais e osteoartrose Com a cirurgia, o paciente pode retornar ao nível de atividade pré-injúria, o que é impossível em um joelho em que o LCA está rompido Tratamento LIGAMENTOPLASTIA A reconstrução é o melhor tratamento. Atualmente existem duas possibilidades de enxerto. A reconstrução adequada é seguida de imediata reabilitação pós-operatória Parte do tendão patelar com um bloco ósseo nas extremidades pode ser utilizado como enxerto ou o enxerto de semitendíneo e grácil. As Complicações mais comuns no 1o enxerto são: dor na região anterior do joelho e disfunção patelofemural. Pode ocorrer ainda ruptura do tendão patelar ou fratura da patela, porém são infrequentes. Enxerto do tendão patelar Colocação do enxerto Vantagens O tendão é resistente e a presença de fragmentos ósseos propiciam uma boa fixação do enxerto. Menor tempo para a recuperação (6 a 9 meses) para retorno esportivo, que depende de mais estabilidade, com diminuição do tempo cirúrgico e melhor aspecto estético, por sua incisão ser pequena. Essas Vantagens em relação à cirurgia aberta Desvantagens Ruptura do tendão patelar; disfunção fêmuro- patelar; alterações radiológicas e outras Isso mudou com o uso cada vez mais freqüente da outra técnica Tratamento LIGAMENTOPLASTIA Os tendões dos músculos grácil e semitendíneo podem ser utilizados como enxerto. VANTAGENS Minimiza os riscos de complicações fêmuro patelares. Tempo de evolução semelhante O enxerto quádruplo dos tendões dos músculos semitendíneo e grácil, tem sido, uma opção cada vez mais comum, devido às complicações do uso do terço central do ligamento patelar. Estudos biomecânicos demonstraram não haver grandes diferenças entre os dois enxertos. (Acta ortop. bras. v.12 n.4 São Paulo out./dez. 2004) VANTAGENS A reabilitação permite ser mais agressiva, devido a um quadro menos doloroso, no pós- operatório e menor morbidade na área doadora quando comparado ao enxerto o terço central do ligamento patelar DESVANTAGENS Déficit de força para flexão (ocasional e normalmente prevenível) Prevê mais perícia médica para sua realização Na nossa experiência (CMH PMPE) causa menor grau de complicações Protocolo de tratamento fisioterapêutico Fase I (1º semana): Controle da dor (principalmente na área doadora), derrame articular e edema, repouso relativo, exercícios isométricos para adutores e Qdps e Isq em cocontração, e mobilização da patela. Marcha com muletas e sem carga nos 1os dias. Assim que possível CCF Protocolo de tratamento fisioterapêutico Fase II (2º a 4º semana): Ganhar ADM (mínimo de 0º a 90º). 2º semana: exercícios de propriocepção leve de pé ou sentado. 3º semana flexão ativa (em prono), inicia bicicleta estacionária sem carga se possível retirada de muletas. 4º semana: acrescenta ½ kg de carga nos exercícios isotônicos, menos para QDPs (lembrar CCF). Protocolo de tratamento fisioterapêutico Fase III (2ºmês): Aumentar/ priorizar: ganho muscular e controle motor, alongamento de ISQ, treinamento de marcha com obstáculos leves, carga progressiva nos exercícios isotônicos, evolução dos exercícios de propriocepção e de CCF. Protocolo de tratamento fisioterapêutico Fase IV(3º e 4ºmeses): Incentivar ganho muscular e propriocepção, inicio das atividade em academia de ginástica, exercícios de cadeia cinética fechada com bicicleta, “leg press”, mesa flexora, “stepper”, cadeira imaginária e propriocepção. Exercícios isotônicos e isocenéticos. Protocolo de tratamento fisioterapêutico Fase V (após 4 meses): Treinamento dos exercícios de impacto. Inicia corrida progressiva (esteira ou pista), alongamentos gerais, início do gesto esportivo, evolução máxima do programa proprioceptivo Protocolo de tratamento fisioterapêutico Fase VI (após 6 meses): Treinamento esportivo e programa de manutenção (exercícios aeróbicos e localizados) incentivado o treinamento esportivo sem competição. Retorno ao esporte competitivo caso estável e sem sintomas COMPLICAÇÕES Falhas da reconstrução do LCA acontecem quando o joelho operado volta a apresentar sintomas de instabilidade nas AVDs ou AVPs TRÊS TIPOS 1-Falhas de técnica cirúrgica 2-Falhas biológicas 3-Falhas traumáticas As complicações gerais de cirurgias Posicionamento não anatômico dos túneis ósseos É RESPONSÁVEL por 70 a 80% das falhas técnicas. A localização dos túneis deve ser precisa, nos pontos chamados de pontos isométricos. Um mau posicionamento dos túneis leva a uma tensão excessiva no enxerto provoca duas situações de falha: 1- Artrofibrose – o enxerto fora de posição não permite movimento, dificultando a fisioterapia e provocando dor e disfunção. 2- Afrouxamento – o enxerto fora de posição inicialmente não permite movimento, mas ao ser forçado por uma fisioterapia agressiva, rompe e leva a um quadro de instabilidade. Artrofibrose Extremamente incapacitante, principalmente pela perda da extensão total. CAUSAS: capsulite, patela baixa, cirurgia ligamentar previa, DSR , reabilitação inadequada, imobilização prolongada, tempo entre a lesão e a cirurgia, infecção e erro na técnica cirúrgica (excesso de tensão do enxerto) Artrofibrose Sua incidência tem diminuído devido aos protocolos de reabilitação que permitem ganho de ADM precocemente. Nos casos em que o paciente não consegue obter ADM do joelho nas primeiras quatro semanas, indica-se uma modificação do programa de reabilitação para incentivar o ganho da extensão => DIAGNÓSTICO PRECOCE É A CHAVE Protocolo pós lesão do Colateral medial Fase 1. PO imediato: Controle do derrame e edema (protocolo), Uso de Brace com limitação de -10 a 90º ; Deambulação com muletas; Isometria (tolerância) Fase 2. 3. intermediária: Liberação do Brace: Ganho de ADM, isotônico livre, bicicleta estacionária (acento baixo); CCA todos livres, flexibilização, inicio do mecanismo sensório(2) Caminhada e progressão (3) Fase 4. final AVDs e caminhada sem dor: Treino proprioceptivo intenso, pivot em vários níveis de flexão, liberação. Lesões Meniscais Renata Soraya Lesões Meniscais FunçãoConstituição Fibras de colágeno,fibroblastos (75% de água) Tem a forma de uma cunha de base externa vascularização 1/3 periférica •Melhora da congruência articular •Absorção de impactos (distribuição de forças para proteção da cartilagem articular) •Estabilização e irrigação da cartilagem Mecanismo Lesional Traumáticos Angulares Rotacionais Degenerativos Idosos Sinais Clínicos Trauma Dor Crepitação articular Derrame Bloqueio Articular DIAGNÓSTICO TESTES CLÍNICOS Indicações para tto CONSERVADOR Lesões estáveis (< 3 a 5 mm) Paciente em mal estado clínico e/ou Com poucas perspectivas para retorno à atividade esportiva CIRÚRGICO Lesões obliquas, atletas com lesões degenerativas, lesões complexas Tto cirúrgico Retirar apenas a parte lesionada e que atrapalha a articulação Regularização da parte restante Preservar ao máximo a cartilagem e o menisco Meninsectomia Parcial Sutura A perda meniscal Reduz a área de contato em cerca de 50 – 70%, com aumento do stress tibial e femoral, comprometendo a funcionalidade da articulação As lesões, quando atingem o osso subcondral, não cicatrizam e podem progredir para artrose com o tempo Alternativas terapêuticas: Lavagem articular, com ou sem debridamento (Dor) Perfurações, microfraturas e abrasões regeneram a superfície articular com tecido semelhante à cartilagem hialina (fibrocartilagem) a partir de células mesenquimais medulares com ou sem infiltração de ácido hialurônico Mosaicoplastia (transplante osteocondral autólogo) e transplante autólogo de crondrócitos. http://www.youtube.com/watch?v=aBqalcQnwkg Fisioterapia CONSERVADOR Protocolo para Derrame, flexibilização global, ganho de potência priorizando a CCA, mecanismo sensório. CCF quando? CIRÚRGICO Meninsectomia parcial: Deambulação sem muletas precoce, segue o protocolo, CCF quando? Sutura: Deambulação com muletas, ao menos 21 dias de precaução. Mosaico ainda mais tardio... PATOLOGIA FEMURO PATELAR DOR ANTERIOR DO JOELHO Renata Soraya DOR ANTERIOR DO JOELHO Conjunto de entidades patológicas de diferentes etiologias, que ocorrem na região determinada pela patela, região Troclear condilar, tuberosidade anterior da tíbia e elementos musculares, ligamentares, adiposos, fibrosos e sinovias relacionados a essas estruturas ósseas. DOR ANTERIOR DO JOELHO Patologias capazes de desencadear esse sintoma: Disfunção femuro patelar (hiperpressão ou instabilidade) Plica sinovial sintomática Tendinites (patelar, quadriciptal...) Moléstia de Hoffa Outras mais raras INCIDÊNCIA Mulheres, jovens Muitas vezes de ocorrência bilateral O tipo de ocorrência influenciará na incidência ANATOMIA O Joelho é uma articulação de carga, de grande ADM, sua estrutura permite movimentos de deslizamento, rolamento e rotação interna e externa A Femuro Patelar (AFP) faz parte de 2 sistemas articulares no joelho: Patela/ Tróclea (início da flexão) e Patela/ côndilo (ao final do movimento) ANATOMIA ANATOMIA Superfícies articulares A patela é um osso sesamóide situado no prolongamento do tendão quadriciptal Forma triangular Revisar Anatomia do Joelho e Patela CARACTERÍSTICAS Faceta externa maior e mais alta, a interna menor e mais baixa A interna tem uma sub divisão (faceta de Odd) que se articula com o côndilo interno quando o joelho ultrapassa os 90 graus de flexão O ângulo rotuliano é formado entre as duas faceta e seu valor é de 130 graus (120 a 140) O ângulo rotuliano ÂNGULOS Ângulo interno Ângulo externo Ângulo de Odd) CARACTERÍSTICAS Segundo esse ângulo a faceta pode ser classificada em três tipos: Tipo I- faces interna e externas praticamente iguais (10%) Tipo II- Face externa > interna (65%) Tipo III- Face interna quase inexistente (cerca de 25%) PRUDÊNCIA na análise por Rx, imagem plana FUNÇÃO Melhora desempenho do aparelho extensor Centralizadora das forças do aparelho extensor Proteção dos côndilos Relação entre a profundidade da tróclea e da patela MEIOS DE ESTABILIZAÇÃO Cápsula articular: Prolongamento fibroso tenso que vai da parte superior da tíbia a inferior do fêmur. Limite superior, fundo de saco quadriciptal; lateral, fundo de saco laterais; inferior, ligamento adiposo Membrana sinovial mais forte do corpo MEIOS DE ESTABILIZAÇÃO Músculos e ligamentos: Divididos em longitudinais e transversais Longitudinais: QDPs, outras estruturas ativas e tendão patelar Transversais: elementos internos (retináculo interno, fibras de inserção do VMO, ligamentos patelo femural e tibial interno), elementos externos (retináculo externo, ligamentos patelo tibial e femural externos) MEIOS DE ESTABILIZAÇÃO QDPs: formado pelo reto anterior, vasto intermédio, vasto lateral, vasto medial e vasto medial obliquo (VMO) Reto, se origina na EIAI, é biarticular e representa grande papel relativo à coordenação e propriocepção das articulações VI, ¾ superior da face anterior e lateral do fêmur VL, ¾ superior da face lateral (â de 30 a 45o) VM, ¾ superior Do fêmur VMO, parte inferior da linha áspera (distal) , possui fibras dos adutores e com ângulo de 65o ESTABILIZADOES DINÂMICOS MEIOS DE ESTABILIZAÇÃO Músculo geno articular: origina-se na face anterior do 1/3 distal do fêmur e se insere no fundo de saco do Qdps A banda Ileotibial se origina no TFL e se insere na face lateral da tíbia MEIOS DE ESTABILIZAÇÃO CONSTRITORES DO MOVIMENTO Os elementos que restringem o movimento são: as superfícies de contato e as forças que atuam no nível das superfícies articulares CONTATO: quanto > a flexão mais superior e > será a superfície de pressão As forças que atuam estão relacionadas aos três planos de movimento Forças do plano sagital (MAQUET) A resultante(R5) é resultado da força do QDPs (Fq) sobre a patela e aforça do ligamento patelar sobre a tíbia (Fr) Forças do plano Frontal (Maquet) A resultante do peso corporal passa medialmente em relação ao joelho quando apoiado A resultante forma um ângulo que tende a “jogar” a patela para fora Quanto mais valgo > a força e o ÂNGULO Q Forças do plano Horizontal (Maquet) Somatório das outras forças que tende a “jogar” a patela (desviar) em direção a tróclea femural Qualquer sobrecarga causada por modificações anatômicas ou biomecânicas pode levar a degenerações ou instabilidades patelares Disfunção patelar Ocorre quando agregamos diversos fatores predisponentes a fatores desencadeantes Os fatores predisponentes estão relacionados a disfunções anatômicas, biomecânicas, etc Os desencadeantes tornam o joelho silente, sintomático Devem ser investigados no exame clínico FATORES PREDISPONENTES Relação entre o VMO e o VL Desequilíbrios de trofismo dos dois músculos FATORES PREDISPONENTES Rotação da TAT Fixação mais lateral Joelho valgo (normal entre 5 e 15 graus) INCLINAÇÕES ÂNGULO “Q” DISPLASIA PATELAR É um dos fatores que vai influenciar na evolução da disfunção para Hiper pressão ou instabilidade Quanto mais rasa maior atendência para fuga DISPLASIA TROCLEAR FATORES PREDISPONENTES HIPERLASCIDÃO LIGAMENTAR HISTÓRIA Um trauma pode ser um fator desencadeante ouagravante do problema EXAME CLÍNICO - ATROFIA VMO Aumento do ângulo Q e desvios do pé QUANTO MAIOR O ÂNGULO Q EXAME CLÍNICO TESTES CLÍNICOS TESTES CLÍNICOS Pontos importantes do exame AVDs e AVEs, Sinal do cinema, dor para subir descer escadas Dor na região anterior do joelho, acompanhada de falseio (instabilidade) ou travamento (hiperpressão) Creptação ou estalidos Se instabilidade descrição do 1o episódio Sinal de camelo, altura da patela Torções de tíbia Situação do retináculo TFL e TIT OUTROS TESTES Observação da flexo-extenção ativa Palpação das facetas articulares Mobilidade a 30 e 40 graus (mínima) Teste de Smillie (apreensão) Medição do ângulo Q (importante!!!) Encurtamentos muscularaes (QDPs, ISQ, TFL e TS principalmente) Perimetria (pesquisa de atrofias) Teste de Smillie ou apreensão EXAME RADIOLÓGICO EXAME RADIOLÓGICO EXAME RADIOLÓGICO TTO CIRÚRGICO Realinhamento patelar MAQUET TTO CIRÚRGICO REALINHAMENTO DISTAL Elmslie Trillat TTO CIRÚRGICO Trocleoplastia Realinhamento Distal Release PATELECTOMIA Exame complementar COMPLICAÇÕES Condromalácia Patelar Artrose Patelo femural Perda da ADM para flexão Dor recorrente Luxação medial (rara) Recorrência da luxação Tendinites secundárias TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO OBJETIVOS?? Como alcança-los??? Conservador ou cirúrgico??? TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Trabalhar em cadeia cinética fechada e angulações controladas Priorizar fortalecimento de VMO e adutores (como?) Priorizar Alongamento de TIT, TFL, GM, retináculo lateral, QDPs, TS Abordagem terapêutica Objetivo geral: Restaurar a biomecânica normal do aparelho extensor, reequilibrando as forças laterais e mediais. Recuperar a flexibilidade e estabilidade do complexo do quadril/joelho FLEXIBILIZAÇÃO Isquiotibiais Quadríceps Tensor da fascia lata Tríceps sural Retináculo lateral Trato ileotibial Lesão de superioridade e lateralidade da patela Técnica de energia muscular para Isquiotibiais Técnica de energia muscular para Quadríceps Técnica de energia muscular para Tensor da Fáscia Lata Técnica de energia muscular para Gastrocnêmios (TS) Flexibilizações miofasciais FORTALECIMENTO VMO/ADUTORES Considerações sobre os exercícios mais populares na prática clínica Extensão final do joelho (sem adução associada) Ineficaz segundo EMG (SPERANDEI, 2005; BEVILAQUA GROSSI et al, 2004; BESSA et al, 2008) Exercícios amplamente difundidos na prática clínica Eficácia atualmente contestada!!!! Ineficaz segundo EMG (SPERANDEI, 2005; BEVILAQUA GROSSI et al, 2004; BESSA et al, 2008) FORTALECIMENTO VMO/ADUTORES Controverso Semi – agachamento (wall slide) Eficácia afirmada por Oliveira et al (2007); Bevilaqua Grossi (2005); Alves (2009); Gramani-Say (2006) e contestada por Bessa (2008). Combinação de movimentos Identificados por Passos e Cerqueiro (2003); Propostas: diagonal e ponte com adução em cadeia cinética fechada Exercícios seletivos do VMO (Combinados) PROPOSTAS Fortalecimento Complexo póstero lateral do quadril Trabalho de ganho de extensão do quadril Controle do Valgo dinâmico COMPLICAÇÕES Artrose Patelo femural Perda da ADM para flexão Dor recorrente Luxação medial (rara) Recorrência da luxação Tendinites secundárias LESÕES DE PELVE FRATURAS E LUXAÇÕES DE FÊMUR RENATA SORAYA CLASSIFICAÇÃO Fraturas por avulsão ou arrancamento (mecanismo indireto) Da EIAS Da EIAI Da apófise isquiática Fraturas isoladas do anel pélvico Fraturas do Ilio, do sacro e do Coccix Luxações isoladas Disjunção da sínfise Púbica Subluxação Sacro ilíaca Fraturas por avulsão ou arrancamento Da EIAS pela ação do Sartório (pequeno fragmento, geralmente sem desvio) Da EIAI pela ação do reto femural (pequeno fragmento, geralmente sem desvio) Da apófise espinhosa pela ação dos isquiotibiais (atletas jovens com cartilagem epifisária – 25 anos) Fraturas isoladas do anel pélvico Fratura da asa do ilíaco: Causada por forças de compressão lateral, geralmente com dor à abdução do quadril e podem ter Trendelemburg+, raro desvio. TTO repouso Fraturas de ramos ílio e isquiopúbicos: comum em idosos, evoluem bem com repouso relativo. Fraturas de sacro: trauma direto, geralmente com hematoma e equimose que ajuda no diagnóstico. Fraturas de Coccix:Quedas sentada ou obstétricas. Dor ao sentar, defecar, etc Tratamento Clínico? Tratamento Fisio? TIPOS De Cabeça (fig.1), de Colo (fig.1 – metade inferior), TIPOS Diáfise femural (fig. 2), TIPOS Fratura Intertrocantérica (fig.3) TIPOS Fratura subtrocantérica (fig.4) MECANISMO LESIONAL Acidentes de automóvel, de motocicleta, quedas de plano elevado, tiro, esmagamento ou atropelamento, frequentemente com pacientes politraumatizados, sendo mais comum em pessoas jovens. Osteoporose, predominante nos idosos. 24% dos pacientes queixam-se de dor crescente na virilha antes da perna “ceder”. Esse tipo de fratura também é muito comum em dependentes funcionais. A fratura pode ocorrer também devido a uma metástase de carcinoma (frat. Patológicas) Fisioterapia Controle do edema distal dos MMII e EG do paciente ADMs de todas as articulações periféricas Trofismo mesmo antes da carga axial Estímulo da consolidação Transferências de peso progressivas Treino de marcha assim que o calo ósseo ou material de síntese permitir Propriocepção Fraturas de colo do fêmur O crescimento da expectativa de vida têm aumentado o número de casos As grandes complicações são a necrose da cabeça femural e a não consolidação Incidência vai depender: Gravidade do deslocamento Qualidade da redução Estabilidade da fixação Classificação A) Quanto à estrutura em: impactada, não- deslocada e deslocada B)quanto À causa em: traumática, por sobrecarga e patológica CLASSIFICAÇÃO AO PARA FRATURAS DO COLO DO FÊMUR Tipo B1 - Fratura da cabeça, subcaptal sem ou com pequeno desvio Tipo B2 - Fratura da cabeça, transcervical Tipo B3 - Fratura da cabeça, subcaptal, sem impactação, desviada : Vascularização Parte da cabeça femural é metafisária, e o suprimento sanguíneo vem dos vasos retinaculares Mecanismo traumático Trauma direto sobre o tecido trabecular Forças transmitidas ao longo do eixo do fêmur Movimento de rotação externa com abdução das fraturas impactadas (osteoporose) Diagnóstico Fraturas impactadas A queixa pode ser somente dor na virilha, ou referida no joelho, pode haver claudicação Detectada por TC Diagnóstico Fraturas deslocadas A clínica é evidente e a dor é intensa. Necessário o exame radiológico para escolha adequada de tratamento e modos cirúrgicos Tratamento Normalmente cirúrgico, salvo: deambulação do paciente há mais de 2 semanas ou falta de condições cirúrgicas do paciente. Osteossíntese com parafuso é a escolha comum Rapidez da conduta é determinante na evolução Complicações As grandes são a necrose da cabeça femural Não consolidação A solução muitas vezes é a prótese de quadrilNecrose avascular Afeta cerca de 15% do pacientes com fraturas impactadas e não desviadas, e cerca de 30% dos pacientes com fraturas desviadas. A lesão do suprimento arterial é causada pelo desvio da fratura impossibilitando que o sangue passe pela região afetada Estudos mostraram que a incidência é mais alta em adultos jovens com lesões de “alta energia”, indivíduos com densidade óssea normal tem maior risco de ser acometido por esta complicação. Mais complicações Uma necrose avascular ou uma imobilização inadequada também pode levar o paciente a um quadro de Pseudo-artrose , ou seja, não ocorre a consolidação da fratura. Uma Osteoartrose pode ocorrer como uma complicação tardia decorrente da ruptura das superfícies articulares Prótese coxo-femural Artroplastia Parcial Paciente acima de 70 anos, pouca atividade, sem lesão prévia do quadril, estado geral comprometido, com necessidade de mobilização precoce, patologias neurológicas ou fraturas patológicas Desvantagem pode ser necessária nova cirurgia Prótese coxo-femural Artroplastia total Pacientes acima de 60 anos, com fratura complexa, história prévia ou contra-lateral Complicações Precoces Fraturas de fêmur- no manuseio Luxações de coxa- cuidar do posicionamento da prótese Infecção Tardias Dor Afrouxamento Calcificação ectópica GERAIS: TVP, infecção, retardo de consolidação, desgaste articular... TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO A Fisioterapia sempre varia um pouco entre cada paciente Fatores que influenciam este aspecto Abordagem Cirúrgica As preferências do cirurgião Limitações do paciente (antecedentes clínicos e Expectativa em relação á cirúrgica ). ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL NO PROGRAMA PRÉ-OPERATÓRIO Instrução de exercícios respiratórios para o P.O. Lições para a movimentação no leito Segurança para as transferências (sentar e levantar) associada a orientações Exercícios de coordenação e força PARA quadríceps, Abdutores e extensores de quadril (isometria e isotonia) quando tolerado Exercícios para a circulação dos membros inferiores (bombeamento da Tibio-tarsica - reduzidos se houver meias elásticas, anti coagulantes, Compressão pneumática intermitente) programa de profilaxia da TVP ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL NO PROGRAMA Pós-OPERATÓRIO Abordagem lateral: Manter o quadril em abdução (Previne a luxação de cabeça femural) e neutro ou discreta rotação externa com o mesmo objetivo Quando mobilizar o paciente não permitir a adução. Situação de risco é quando o paciente é transferido para a cadeira ou se vira para o lado não afetado, visto que o membro de cima naturalmente entra em Adução. ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL Abordagem posterior : A cápsula é suturada no final da cirurgia e permanece vulnerável pelo tempo de cicatrização de 4 á 6 semanas, neste período não devemos fazer flexão de quadril acima de 45 graus, o que deslocaria posteriormente a prótese com risco de luxação posterior do quadril. ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL BILATERAL Escolher qual o membro conserva mais força e coordenação os quais farão exercícios bilateralmente mas será mais utilizado como apoio nos treinos de marcha, subida e descida de escadas, etc... Em todos os casos tratar dos efeitos da intervenção cirúrgica (cicatriz, aderências, fibrose, edema...). Recursos disponíveis??? TRABALHO DE ELETROESTIMULAÇÃO FASES DE TRATAMENTO Mobilizações Passivas de Joelho e quadril Trabalho com FNP Utilizando ombro oposto ao quadril operado. Tardiamente o quadril Contrações Isométricas De Quadríceps, Ísquio- tibiais, Glúteos, abdutores, etc O programa de Reabilitação é decidido pelo Cirurgião. Normalmente permanência ao leito maior. Incentivamos o paciente a realizar exercícios de todos os membros para manter a boa circulação e reduzir tendência ao desenvolvimento de TVP. Isometria de QDPs e dos glúteos no membro lesado Exercícios ativos para membro contra-lateral e nos membros superiores, depressores do ombro e extensores do cotovelo para adaptar-se posteriormente ao uso de órteses. Adaptação do protocolo normal se possível . PROTOCOLO Fase I – 1o. e 2o. Dia PO. Uso de espuma ou travesseiro no tornozelo para abdução Exercícios para tornozelo ativo ou CPM Educação ao paciente sobre as precauções Isometria de quadríceps e glúteos Exercícios respiratórios Treino de mobilidade no leito Treino de transferência Treino de marcha 2o. Dia com andador. Rehabilitation for the postsurgical Orthopedic pacient – Mosby – 2001 2a Fase entre 3o e o 7o dia P.O. Progressão da fase I – tolerância Deslizamento do calcâneo durante a marcha (Abd), extensão de joelho , exercícios para MMSS. Maior independência nos treinos no leito Início de transferência para o carro, se necessário treino de marcha para escadas * Subida com membro São * Descida com operado Aparelhagem em casa Fase que dura de 1 á 6 semanas Progressão da fase II ( tolerância ) Controle de segurança em Casa Controle nos treinos de transferência e performance no leito. Exercícios em cadeia fechada Hidroterapia em piscinas Esteira, SLR, Abdução do quadril Luxação de Quadril Lesões de alto impacto associadas a poli traumatismos e com lesões de órgãos e pelve e ou abdominais. A redução deve ser urgente A não redução precoce aumenta o risco de necrose avascular e artrose pós traumática Em 10% dos casos pode haver compressão do ciático pela cabeça que tem boa evolução quando tratado adequadamente CLASSIFICAÇÃO A) CENTRAIS B)ANTERIORES C)POSTERIORES As posteriores são as mais comuns e pode ou não ser acompanhada de fratura do rebordo e da cabeça, cominutas ou com apenas um fragmento. Podem ser deslocadas ou não. Diagnóstico Para boa escolha terapêutica as imagens radiográficas e a TC são a escolha para perfeita identificação dos fragmentos e tipo da luxação Antes e depois de feita a redução para comparação REDUÇÃO: Manobra de Allis, tração associada a repouso ou cruenta depende do tipo e das lesões associadas COMPLICAÇÕES PRECOCES Lesão do ciático Impossibilidade de redução Recidiva TARDIAS Artrose pós traumática Necrose avascular Miosite ossificante COMPRESSÃO DO CIÁTICO NA LUXAÇÃO POSTERIOR LUXAÇÃO DO QUADRIL LUXAÇÃO COM FRATURA DO REBORDO ACETABULAR LUXAÇÃO COM FRATURA DE CABEÇA FEMURAL Impacto isquiofemoral A diminuição do espaço entre a tuberosidade isquiática e o trocânter menor, com consequente impacto isquiofemoral durante a movimentação repetida do quadril, pode ser responsável pela lesão do músculo quadrado femoral Quadro Clínico: Dor Diagnóstico diferencial: Sinovite de quadril Sinal Clínico Etiologias: aumento no diâmetro e altura do trocânter menor, estreitamentos congênitos, redução do alinhamento nas artroplastias, colo femoral valgo, P.O. de osteotomias valgizantes, consolidação viciosa de fraturas intertrocanterianas, coxartrose. Bursite trocanteriana A causa mais freqüentemente associada à bursite trocantérica é o microtrauma repetitivo causado pelo uso ativo dos músculos que se inserem no grande trocânter, resultando em mudanças degenerativas dos tendões, dos músculos, ou de tecidos fibrosos Tratamento Analgesia e controle da inflamação Alinhamento e correção de lesões de rotação anterior e posterior Flexibilização de músculos chave do quadril (?) Correção de lesão de rotação interna ou externa de quadril Correção de anteversão pélvica
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