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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I CARLA LORENA SILVA CARDOSO ESTUDO DA DECOMPOSIÇÃO QUÍMICA DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (𝑯𝟐𝑶𝟐) (Ordem da reação) BELÉM-PA 2018 CARLA LORENA SILVA CARDOSO ESTUDO DA DECOMPOSIÇÃO QUÍMICA DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (𝑯𝟐𝑶𝟐) (Ordem da reação) Relatório 2 apresentado à disciplina: Laboratório de Engenharia Química I do curso de Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará. Docente: Prof. José Carlos de Araújo Cardoso Filho BELÉM-PA 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3 2. OBJETIVOS.............................................................................................................3 3. MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................3 3.1 MATERIAIS............................................................................................................3 3.2 MÉTODOS.............................................................................................................5 4. RESULTADO E DISCUSSÕES...............................................................................6 5. CONCLUSÃO..........................................................................................................9 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................9 3 1. INTRODUÇÃO O H2O2 é instável, incolor, tem um odor característico, totalmente miscível em água, de rápida decomposição não inflamável e vendido como solução aquosa. Cuidados devem ser tomados no manuseio de tal componente pois a inalação de vapores causa inflamação das vias respiratórias. Não sendo considerado naturalmente explosivo, quando combinado com substâncias orgânicas a determinadas concentrações, pode, sim, se transformar num componente explosivo e, portanto, bastante perigoso. O peróxido de hidrogênio é um dos oxidantes mais versáteis que existe, superior ao cloro, dióxido de cloro e permanganato de potássio; através de catálise, H2O2 pode ser convertido em radical hidroxila (•OH) com reatividade inferior apenas ao flúor.(de Mattos et al, 2002.) Podendo ser usado na forma combinada ou na isolada, ele tem diversas aplicações, com para tratamento de água, onde pode ser utilizado para oxidar um determinado poluente ainda que na presença de outro, sendo utilizado para tal há, pelo menos, 25 anos. Na forma isolada, pode ser utilizado para controle de odores e controle de corrosão. Na forma combinada, pode ser utilizado para procedimentos de floculação ou precipitação, por exemplo. 2. OBJETIVOS Estudar ordem da decomposição do peróxido de hidrogênio, com base na leitura da variação da altura em função do tempo. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 MATERIAIS • 5 mL de solução de KI • 30 mL de solução de 𝐻2𝑂2 33% • Água destilada • Pipeta • Tubo manométrico • Cronômetro • Balão volumétrico 4 Figura 1: Especificações do peróxido de hidrogênio Figura 2: Especificações do iodeto de potássio 5 3.2 MÉTODOS Experimento: 𝐻2𝑂2 → 1 2 𝑂2 + 𝐻2𝑂2 Mecanismo proposto: 𝐾𝐼 + 𝐻2𝑂2 → 𝐾𝐼𝑂 + 𝐻2𝑂 𝐾𝐼 + 𝐻2𝑂2 → 𝐾𝐼 + 𝑂2 + 𝐻2𝑂 (Etapa1)No laboratório, inicialmente, foi colocado na pipeta 30 mL de 𝐻2𝑂2 30% e diluiu-se com água destilada até a mistura atingir 500 mL. Em seguida, pegou-se 100 mL de 𝐻2𝑂2 e adicionou-se 5 mL de KI a 0,5 mol/L, formando-se uma mistura amarelada.(Etapa2) Fechou-se a válvula eu permitia a entrada e controle de pressão e, a cada centímetro que ia aumentando a coluna de água no manômetro, olhava-se no cronômetro quanto tempo demorou para isso acontecer. Na repetição, abriu-se a válvula e esperou-se nivelar o nível de água, posteriormente, fechou-se a válvula para começar de novo a Etapa2. Figura 3: aparato experimental montado 6 4. RESULTADO E DISCUSSÕES No sistema CGS, a unidade de pressão padrão é o bar, onde 1 atm= 1,01325 bar; 1 bar=106dyn/cm²=106g/cm.s². Usando como referência (no sistema CGS) a massa específica da água ρágua = 1 g cm3 , a gravidade 𝑔 = 981 𝑐𝑚/𝑠2, 𝑃𝑂2 0 = 1013250 g/cm.s². Para calcular cada 𝑃𝑂2, será utilizada a equação: 𝑃𝑂2 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + ρáguagh (Equação 1) H (cm) Experimento 1 (s) Experimento 2 (s) PO2 (dyn/cm²) Ln(PO2/PO2°) 1/PO2(cm²/dyn) 1 7,51 10,46 1014231 0,0009677 9,8597E-07 2 16,14 20,96 1015212 0,00193447 9,8502E-07 3 24,1 30,48 1016193 0,00290031 9,8407E-07 4 34,47 41,06 1017174 0,00386521 9,8312E-07 5 42,81 51,25 1018155 0,00482918 9,8217E-07 6 52,1 63,53 1019136 0,00579222 9,8122E-07 7 60 74,52 1020117 0,00675434 9,8028E-07 Tabela 1: dados utilizados para calcular as ordens das reações • Teste para a reação de ordem zero: 𝑑𝑃𝑂2 𝑑𝑡 = 𝐾 (Equação 2) ∫ 𝑑𝑃𝑂2 𝑃𝑂2 𝑃𝑂2 0 = 𝐾 ∫ 𝑑𝑡 𝑡 𝑡0 (Equação 3) 𝑃𝑂2 = 𝐾𝑡 + 𝑃𝑂2 0 (Equação 4) 7 Gráfico 1: Gráfico do teste para reação de ordem 0 • Teste para a reação de primeira ordem: 𝑑𝑃𝑂2 𝑑𝑡 = 𝐾𝑃𝑂2 (Equação 5) ∫ 𝑑𝑃𝑂2 𝑃𝑂2 𝑃𝑂2 𝑃𝑂2 0 = 𝐾 ∫ 𝑑𝑡 𝑡 𝑡0 (Equação 6) 𝐿𝑛𝑃𝑂2 − 𝐿𝑛𝑃𝑂2 0 = 𝐾𝑡 → 𝐿𝑛 ( 𝑃𝑂2 𝑃𝑂2 0 ) = 𝐾𝑡 (Equação 7) Gráfico 2: Gráfico do teste para reação de ordem 1 y = 110,63x + 1E+06 R1² = 0,9992241 y = 92,037x + 1E+06 R2² = 0,998103 1013000 1014000 1015000 1016000 1017000 1018000 1019000 1020000 1021000 0 20 40 60 80 P O 2 ( d yn /c m ²) TEMPO (s) ORDEM ZERO Experimento 1 Experimento 2 Linear (Experimento 1) Linear (Experimento 1) Linear (Experimento 2) Linear (Experimento 2) y = 0,0001x + 0,0002 R1² = 0,9992281 y = 9E-05x + 9E-05 R2² = 0,998758 0 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006 0,007 0,008 0 20 40 60 80 Ln (P O 2 /P O 2 °) TEMPO (S) ORDEM UM Experimento 1 Experimento 2 Linear (Experimento 1) Linear (Experimento 1) Linear (Experimento 2) Linear (Experimento 2) 8 • Teste para a reação de segunda ordem: 𝑑𝑃𝑂2 𝑑𝑡 = 𝐾𝑃𝑂2 2 (Equação 8) ∫ 𝑑𝑃𝑂2 𝑃𝑂2 2 𝑃𝑂2 𝑃𝑂2 0 = 𝐾 ∫ 𝑑𝑡 𝑡 𝑡0 (Equação 9) 1 𝑃𝑂2 = 𝐾𝑡 + 1 𝑃𝑂2 0 (Equação 10) Gráfico 3: Gráfico do teste para reação de ordem 2 De acordo com os gráficos 1, 2 e 3, que representam os testes como se fosse uma reação de ordem zero, ordem um e ordem dois, é possível verificar que o gráfico em que os R² mais se aproximaram de 1, onde, para o Experimento 1 foi de R1² = 0,9992281 e para o Experimento 2 R2² = 0,998758, foi o gráfico dois, que representa uma reação de primeira ordem, comprovando, assim, quese trata de uma reação de primeira ordem, com as constantes de velocidades K1 e K2, respectivamente, 10−4 𝑠−1 e 9.10−5 𝑠−1. y = -1E-10x + 1E-06 R1² = 0,9992 y = -9E-11x + 1E-06 R2² = 0,9987 9,79E-07 9,8E-07 9,81E-07 9,82E-07 9,83E-07 9,84E-07 9,85E-07 9,86E-07 9,87E-07 0 20 40 60 80 1 /P O 2 (c m ²/ d yn ) TEMPO(s) ORDEM 2 Experimento 1 Experimento 2 Linear (Experimento 1) Linear (Experimento 1) Linear (Experimento 2) Linear (Experimento 2) 9 5. CONCLUSÃO Através da realização do procedimento experimental do estudo da decomposição do peróxido de hidrogênio pôde-se classificar como sendo uma reação de primeira ordem, com base na leitura da variação da altura em função do tempo, pôde-se ter conhecimento de como calcular as constantes de velocidades, ditas K1 e K2. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SKOOG, D. A., WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R..Fundamentos de química analítica. Tradução da 9ª edição norte-americana. Editora Cengage Learning. São Paulo, 2015. ATKINS, P.W., Físico-Química e Fundamentos, 3 Ed., Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científi cos Editora S.A., 2003. DE MATTOS, I. L.; SHIRAISHI,K. A.;BRAZ, A. D.; FERNANDES, J. R..peróxido de hidrogênio: importância e determinação. Revista Quimica Nova, Vol. 26, No. 3.
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