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Aplicação ao oscilador harmônico Na mecânica clássica, a atividade de uma partícula é determinada pela segunda lei de Newton: F = m ⋅ a F = força que atua sobre a partícula m = massa a = aceleração A força (F) pode depender da posição (x), da velocidade (v = dx / dt) e do tempo (t). De maneira matemática:¹ F = F(x,v,t) Na física, é denominado oscilador harmônico qualquer movimento que seja harmônico de oscilação, onde ocorre um movimento “vai e vem” ao redor de uma posição central, descrito por uma posição harmônica do tempo. Temos como exemplo de oscilação, a deformação de uma mola ou algum objeto elástico, pois quando a deformação não é muito grande, a força será proporcional ao deslocamento mas sempre irá atuar no sentido oposto do mesmo, com o objetivo de voltar naturalmente a sua forma original (repouso). 7 O sistema será chamado de oscilador harmônico simples, se F for a única força atuando nele. Há outros tipos de osciladores, não sendo o foco do trabalho porém possuindo grande importância. São eles: Oscilador harmônico amortecido: caso haja uma força de atrito; Oscilador harmônico forçado: se houver uma força externa (que depende do tempo) atuando sobre ele; Oscilador harmônico forçado e amortecido: quando há a junção de uma força externa com o atrito interno. 4 5 O sistema de oscilação é caracterizado por um movimento de "vai-e-vem" (como citado anteriormente) e seu deslocamento é uma função senoidal do tempo, aproximadamente desta maneira: 7 Gráfico oscilador harmônico simples Fonte: http://efisica.if.usp.br/mecanica/universitario/movimento/ocilador_harm_simples/ Exemplos práticos de osciladores harmônicos: Pêndulo de Newton Massa ligada a mola Vibrações acústicas Brinquedo - mola Corda de violão Fonte: retiradas do google imagens A força que atua sobre a mola é representada pela lei de Hooke: Fx= kx. Porém, Fx e x sempre irão possuir sinais opostos, logo, a força restauradora exercida por uma mola ideal é representado por Fx= - kx, pois dessa maneira, não é importante levar em consideração se o valor de x for positivo, negativo ou até mesmo nulo, pois a constante de mola (k) será sempre positiva.4 Para uma partícula com massa (m), presa a uma extremidade livre de uma mola com constante k, a energia potencial corresponde à lei de Hooke, que é expressa por: U(x) = ½ kx² O gráfico de U(x), mostra a energia potencial do oscilador e é uma parábola de vértice na origem (como mostra a figura a seguir), pois a partícula oscila entre os extremos x = +A e x = -A quando existe uma determinada energia E. O deslocamento máximo em módulo, é |x| = A e chama-se amplitude da oscilação. ² Fonte: Retirada de H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica, vol 1, 5ª edição, 2013 Para descobrir a energia E, aplica-se a seguinte fórmula: ² E = ½ kA² = U (±A) U = energia potencial k = constante de mola A = posição E= energia As imagens a seguir mostram, respectivamente, gráficos de posição, velocidade e energia para o oscilador harmônico: ² (1) Gráfico de posição - oscilador harmônico (2) Gráfico de velocidade - oscilador harmônico (3) Gráfico de energia - oscilador harmônico Fonte: Gráficos retirados de H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica, vol 1, 5ª edição, 2013 Nessas imagens, ocorre a evolução temporal de x (lei horária do movimento) da velocidade, e energias (potencial e elétrica) durante um período de oscilação. ² 4 OBS: Fórmulas estarão mais adiante para facilitar o entendimento. Para melhor compreensão dos gráficos: O sistema partícula-mola é mostrado nas imagens, com intervalos de ¼ de período, ou seja, para t = 0, a mola está em equilíbrio e a partícula se move para a direita com velocidade máxima e energia totalmente cinética. Já para t = τ/4, a velocidade é nula, porém sua distensão é máxima, além de haver uma energia totalmente potencial. Para t = τ/2, a partícula retorna à posição de equilíbrio, porém com velocidade oposta. Quando t = 3τ/4, há uma compressão máxima da mola. E em t = τ é que a mola volta à sua situação inicial. Importante salientar que durante todo esse percurso, a energia total (E) não varia, ela apenas oscila entre a forma de energia cinética e sua forma de energia potencial. ² Fórmulas: ¹ ² 4 Além das fórmulas citadas anteriormente, tem-se outras não menos importantes nas oscilações. (Porém com um foco menor neste trabalho, logo, serão apenas citadas). São elas: ● Parte da oscilação onde a velocidade é positiva V = dx/dt √ (2/m)(½ kA² -½ kx²) = √ k/m √ A² - x² ● Se a partícula se desloca de uma posição inicial x0 para t= 0 até a posição x no instante t, muda-se a fórmula anterior para depois integrar os dois membros ao longo do movimento entre os extremos √k/m dt = dx /√A²-x² ⇒ √k/m dt’ = √k/m t = dx’ /√A²-x’²∫ 0 ∫ x0 ● Lei horária do movimento x = A sen (ωt + φ0) ● Período ᴛ de oscilação ᴛ = 2� / ω = 2� √m/k ● Velocidade instantânea (deriva-se a fórmula de lei horária do movimento) v = dx/dt = ωA cos (ωt +φ0 ) ● Aceleração (derivada segunda da fórmula de lei horária do movimento) a = d²x / dt² = -ω² A sen (ωt + φ0) ● Energia cinética T = ½ mv² ● Energia potencial U = ½ kv² ● Função da elongação para oscilador harmônico x = 0,5 ・ cos ( �/4 ・ t ) ● Trabalho realizado por uma força de mola Ws = (kxi2/2) - (kxf2/2) Exemplo: 6 1) Um oscilador harmônico tem sua elongação descrita pela seguinte equação: x = 0,5 ・ cos ( �/4 ・ t ) Sendo todas as unidades encontradas no SI. Qual a velocidade do movimento nos instantes t=1s, t=4s e t=6s? Utilizando os valores encontrados na equação da elongação tem-se: Para t = 1s: v = -0,5 ・�/4 ・sen ( �/4 ・ 1 ) ⇒ v = - �/8・√2 / 2 ≃ -0,55 m/s Para t = 4s v = -0,5 ・�/4 ・sen ( �/4 ・ 4 ) ⇒ v = - �/8・0 = 0 m/s Para t = 6s v = -0,5 ・�/4 ・sen ( �/4 ・ 6 ) ⇒ v = - �/8・(-1) ≃ -0,39 m/s Exemplo retirado de: http://www.sofisica.com.br/conteudos/exercicios/mhs.php Referências: [1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da física: volume 1: mecânica. 9. ed. [s.l]: Ltc, 1923. 340 p. [2] NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de física básica: 1 mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. 394 p. [3] Young e Freedman. Física I: mecânica. 12. Ed. São Paulo: Person, 2008. 403 p. [4] Young e Freedman. Física II: termodinâmica e ondas. 12. Ed. São Paulo: Person, 2008. 325 p. [5] CHAVES, Alaor; SAMPAIO, J. F.. Física Básica: mecânica. Rio de Janeiro: Ltc, 2012. 308 p. [6] http://www.sofisica.com.br/conteudos/exercicios/mhs.php [7] http://efisica.if.usp.br/mecanica/universitario/movimento/ocilador_harm_simples/
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