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RECURSO ESPECIAL DE ACORDÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS.
Recurso Especial de Acórdão da Câmara única do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Processo nº............
RECORRENTE: LUCIANO
RECORRIDO: MARIA CAROLINA
Luciano, já qualificado nos autos em referência a Ação indenizatória por danos Matérias e Morais, ajuizada por Maria Carolina, por seu Procurador Judicial ao final subscrito, inconformado, data venha, com o v. acordão proferido em Apelação, vem, com devido respeito, à presença sempre honrada de Vossa Excelência, interpor RECURSO ESPECIAL para o Egrégio Superior Tribunal de Justiça, por entender haver o Tribunal de Justiça negado vigência à lei Federal nº. 10.406/2002 (Código Civil), o que faz com respaldo no artigo 105, III, alínea a, da Constituição Federal de 1988. Pelas razões de fato e de direito a seguir expostas, requerendo desde já admissão e remessa ao Colendo STJ.
O presente recurso é próprio, tempestivo, as partes são legítimas e estão devidamente representadas. Informa ainda o Recorrente que junta neste ato comprovante do recolhimento do preparo.
Termos em que, pede e espera deferimento.
 Uberlândia –MG, 06 de Setembro de 2016.	
Advogado
OAB......
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
 RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL
RECORRENTE: LUCIANO
RECORRIDO: MARIA CAROLINA
ORIGEM:.............................................
PROCESSO Nº ....................................
COLENDA TURMA JULGADORA,
EMINENTES MINISTROS
I - SINTESE DA DEMANDA
Trata-se de Ação Ordinária com Pedido de Danos Materiais e Morais e Pedido de Tutela Antecipada sobre o acidente provocado por Luciano cuja vítima é Maria Carolina, onde impugnou-se em contestação o valor a título de danos morais e recorreu-se em Apelação sustentando que o valor arbitrado a título desta indenização é excessivo e capaz de levar ao enriquecimento ilícito por parte da Recorrida, vez que em casos semelhantes tem sido arbitrado o valor inferior a R$20.000,00 (vinte mil reais). Em observância aos princípios de devido processo legal e contraditório e ampla defesa, insatisfeito com a decisão de segundo grau (acórdão do TJMG) que confirmou a sentença do juiz de primeiro grau mantendo o valor arbitrado a título de indenização.
Tendo em vista que o Recorrente prestou socorro e total assistência à Recorrida, além de ter tentando um acordo pelos danos que causou, e perante os fatos insiste-se no fato de que o valor arbitrado a título de danos morais excede o comumente determinado, de modo que se mantido poderá incorrer em enriquecimento ilícito expressamente vedado pelo Código Civil Brasileiro. 
Apesar do argumento contrariar a regra de aplicação da lei federal nº. 10.406/2002 (Código Civil) e não há questão fática a ser analisada, apenas de direito, o colegiado do Tribunal de justiça de Minas Gerais acolheu os argumentos e confirmou a sentença em primeiro grau.
Desta forma a recorrente se socorre desta alta corte, apontando   a contrariedade a Lei Federal nº10.406/2002 (Código Civil), consubstanciado no artigo 105, III, alínea a, da Constituição Federal de 1988.
II – DO PRÉQUESTIONAMENTO
Para tanto, é importante notar que a matéria debatida gira em torno do valor do ressarcimento pelos danos morais, que ultrapassa o valor geralmente arbitrado e, portanto, seria capaz de levar ao enriquecimento ilícito da Recorrida e prejuízo do Requerente em flagrantemente onerado, de acordo o artigo 884, Código Civil com a transcrição seguinte:
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
Sendo que o enriquecimento ilícito é expressamente vedado pelo nosso Código Civil. Além disso, os artigos 944 e 949, também do Código Civil, tratam da razoabilidade no arbitramento da indenização, de acordo com as transcrições seguintes:
 Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Tratam-se de critérios a serem considerados quando do arbitramento da indenização neste caso, determinando, inclusive, a redução do valor da indenização no caso de desproporcionalidade. Deste modo, é preciso razoabilidade e proporcionalidade no momento de avaliar a medida do dano.
 III – DA INFRIGÊNCIA DE ARTIGO DA LEI FEDERAL
 Verifica-se que a proibição de enriquecimento ilícito está expressamente prevista no art. 884 do nosso Código Civil, norma federal infraconstitucional. Além disso, os artigos 944 e 949, também do Código Civil, tratam da razoabilidade no arbitramento da indenização, leis federais.
Ao Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, cabe o julgamento de questões envolvendo matéria infraconstitucional aplicável em todo o território nacional, ou seja, situações que contrariem leis federais art. 105, inciso III, alínea a, da Constituição Federal.
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
Portanto, trata-se da correta aplicação da lei federal n. 10.406/2002 (Código Civil) e não há questão fática a ser analisada, apenas de direito. Pois há contrariedade a uma Lei Federal.
III - DA CONCLUSÃO E DO PEDIDO
Diante do exposto, patente a ocorrência de admissibilidade do presente recurso especial, com fundamento no artigo 105, inciso III, alíneas “a”, da Constituição Federal, requer o Recorrente o conhecimento deste Recurso Especial e o seu posterior provimento, diante da manifesta afronta aos artigos 884, 944 e 949 do Código Civil e reformando a decisão do colegiado, conforme fundamentado.
Termos em que, pede e espera deferimento.
Uberlândia –MG, 06 de Setembro de 2016.	
Advogado
OAB......

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