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Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Conceição do Agreste/CE 
Processo nº... 
JOSÉ PERCIVAL DA SILVA, vulgo “Zé da Farmácia”, nacionalidade..., estado civil..., vereador, CPF..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado..., representado por seu advogado subscrito (procuração em anexo), com endereço profissional em..., vem tempestivamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO proferida pelo Ministério Público do Estado do Ceará, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir. 
 I-Da tempestividade 
Ocorrendo a citação em 04/09/2017, a apresentação desta peça em 15/09/2017 demonstra o estrito cumprimento do prazo legal determinado no art. 396 do CPP. 
II-Dos fatos 
O acusado é presidente da Câmara dos Vereadores do município de Conceição do Agreste, foi surpreendido no dia 03/02/2018 pela abordagem policial determinando sua prisão, de forma totalmente equivocada e sem fundamento. 
Neste dia, o réu estava chegando a Câmara para supervisionar as atividades da Comissão de Finanças e Contratos, pois estava desconfiado das atitudes dos vereadores que compõem esta comissão. 
Por mera coincidência, no mesmo dia ocorreu o flagrante delito dos vereadores acusados nesta denúncia. Sendo assim, o réu estava no local errado e na hora errada, pois não possuí qualquer envolvimento com a prática delituosa denunciada, sendo exposto pelos fundamentos a seguir. 
III-Preliminarmente 
a) Da ilegitimidade de parte (art. 95, IV e 564, II do CPP). 
Inicialmente, cumpre destacar que o acusado é parte ilegítima da lide. Conforme relatado pelo empresário Paulo Matos, delator do esquema criminoso, apenas os vereadores participantes da comissão negociavam a venda de licitações, não sendo citado em nenhum momento a participação do presente acusado. 
O réu nunca negociou valores com qualquer empresário e nunca fez parte da comissão de finanças e contratos, não podendo este ocupar o polo passivo desta denúncia. 
Diante disso, requer-se a exclusão do réu, prosseguindo a denúncia somente com os três envolvidos na prática delituosa, declarando a nulidade da citação realizada, nos termos dos artigos 95, IV e 564, II do Código de Processo Penal. 
IV-Do mérito 
Verificando o juízo que a questão preliminar levantada não é válida, não sendo acolhida, o que não se espera, cumpre o réu tratar adiante sobre o mérito da lide. 
A acusação proferida em desfavor do réu é uma ilação, pois as provas demonstram o não envolvimento do acusado na prática denunciada pelo parquet. 
Ressalta- se o acusado João Santos, visando se evadir de suas responsabilidades, realizou uma colaboração de premiação nula, pois não estava acompanhado de defensor, conforme o artigo 4°,§ 15 da lei 12.850/13 regula: 
Art. O juiz poderá a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daqueles em que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
(...) § 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução da colaboração, o colaborador devera estar assistido por defensor.
Sendo assim, a colaboração não possui validade para o processo, pois não com seus requisitos legais. 
Diante das provas válidas apresentadas nesta lide, mostra-se que o nexo causal não demonstra o envolvimento do acusado no crime, pois o mesmo não negociou com o empresário, e não estava no ato, não devendo este responder pelo delito, conforme regula o Código Penal quando trata da relação de causalidade, tratado no art. 13, expõe-se: 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Por tanto, todo o conjunto probatório já apresentado demonstra a plena inocência do acusado, e o restante da instrução apenas irá fortificar a tese defensiva do réu. Com os esclarecimentos, requer-se a absolvição do réu, pelos fundamentos apresentados.
V- Dos pedidos 
Por todo exposto, requer-se que haja aplicabilidade do artigo 386, VI do CPP onde prevê que o juiz absolverá o réu desde que conheça a existência de circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu da pena (inciso VI) e consequentemente a aplicação do art. 397, I, CPP. 
Caso o juízo entenda pelo não acolhimento da preliminar requer subsidiariamente que seja analisado o mérito da questão no qual demonstrará a inocência do réu. 
Requer que seja feita a oitiva das testemunhas que presenciaram os fatos (rol anexo), além de todos os meios de produção de provas permitidos pelo diploma legal. 
Termos em que pede deferimento. 
Local / Data
Advogado 
OAB

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