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transtorno global do desenvolvimento

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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 1 
 
Identificar o transtorno global do desenvolvimento 
Esse grupo de transtornos é caracterizado por anormalidades qualitativas em interações sociais recíprocas e em 
padrões de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Essas 
anormalidades qualitativas são um aspecto invasivo do funcionamento do indivíduo em todas as situações, embora 
possam variar em grau. Na maioria dos casos, o desenvolvimento é anormal desde a infância e, com apenas poucas 
exceções, as condições se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. 
Em alguns casos, os transtornos estão associados, e são presumivelmente decorrentes, a alguma condição médica 
das quais espasmos infantis, rubéola congênita, esclerose tuberosa, lipoidose cerebral e anomalia da fragilidade do 
cromossoma X estão entre as mais comuns. Entretanto, o transtorno deve ser diagnosticado com base nos aspectos 
comportamentais, independente da presença ou ausência de quaisquer condições médicas associadas; qualquer 
condição associada deve, todavia, ser codificada separadamente. 
Ele é caracterizado por déficits em dois domínios centrais: 1) déficits na comunicação social e interação social e 2) 
padrões repetitivos e restritos de comportamento, interesses e atividades. 
Este diagnóstico está reservado a indivíduos com menos de 5 anos de idade, quando o nível de gravidade clínica não 
pode ser avaliado de modo confiável durante a primeira infância. Esta categoria é diagnosticada quando um indivíduo 
fracassa em alcançar os marcos do desenvolvimento esperados em várias áreas da função intelectual, sendo aplicada 
a pessoas que não são capazes de passar por avaliações sistemáticas do funcionamento intelectual, incluindo crianças 
jovens demais para participar de testes padronizados. É uma categoria que requer reavaliações após um período de 
tempo. 
 
CID-10 F84 Transtornos globais do desenvolvimento 
CID-10 F84.0 Autismo infantil 
CID-10 F84.1 Autismo atípico 
CID-10 F84.2 Síndrome de Rett 
CID-10 F84.3 Outro transtorno desintegrativo da infância 
CID-10 F84.4 Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados 
CID-10 F84.5 Síndrome de Asperger 
CID-10 F84.8 Outros transtornos globais do desenvolvimento 
CID-10 F84.9 Transtornos globais não especificados do desenvolvimento 
 
Identificar os subtipos de transtorno global do desenvolvimento, epidemiologia e quadro clínico 
Autismo infantil 
Um transtorno invasivo do desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido 
que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas 
de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. 
Epidemiologia: O transtorno ocorre em garotos três ou quatro vezes mais frequentemente que em meninas. A 
prevalência é estimada em 1 (um) em cada 88 nascimentos dando a comprovação de que o autismo tem se tornado 
um dos transtornos do desenvolvimento mais comum entre outras síndromes. 
Quadro clínico: 
 
 
 
Autismo atípico 
Um transtorno invasivo do desenvolvimento que difere do autismo em termos ou de idade de início ou de falha em 
preencher todos os três conjuntos de critérios diagnósticos. Assim, o desenvolvimento anormal e/ou comprometido se 
manifesta pela primeira vez apenas depois da idade de 3 anos e/ ou há anormalidades demonstráveis insuficientes em 
uma ou duas das três áreas de psicopatologia requeridas para o diagnóstico de autismo (a saber, interações sociais 
recíprocas, comunicação e comportamento restrito, estereotipado e repetitivo), a despeito de anormalidades 
características em outra(s) área(s). O autismo atípico surge mais frequentemente em indivíduos profundamente 
retardados, cujo nível muito baixo de funcionamento oferece pouca oportunidade de exibir comportamentos desviados 
específicos, requeridos para o diagnóstico de autismo; ele também ocorre em indivíduos com um grave transtorno 
específico do desenvolvimento da linguagem receptiva. O autismo atípico, então, constitui uma condição 
significativamente separada do autismo. 
Epidemiologia: 
Quadro clínico: 
 
 
 
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 2 
 
Síndrome de Rett 
Uma condição de causa desconhecida, até então relatada somente em meninas, a qual tem sido diferenciada com 
base em um início, curso e padrão de sintomatologia característicos. Tipicamente, um desenvolvimento inicial 
aparentemente normal ou quase normal é seguido por perda total ou parcial das habilidades manuais adquiridas e da 
fala, junto com uma desaceleração do crescimento do crânio, usualmente com um início entre 7 e 24 meses de idade. 
Estereotipias de aperto de mão, hiperventilação e perda dos movimentos propositais da mão são características 
particulares. O desenvolvimento social e lúdico é interrompido nos primeiros 2 ou 3 anos, mas o interesse social tende 
a ser mantido. Durante a metade da infância, ataxia e apraxia do tronco, associadas a escoliose ou cifoescoliose, 
tendem a desenvolver-se e algumas vezes há movimentos coreoateoides. Prejuízo mental grave invariavelmente é o 
resultado. Convulsões frequentemente se desenvolvem durante o início ou meio da infância. É uma condição 
progressiva que inicia depois de alguns meses daquilo que pode ser considerado um desenvolvimento normal. A 
circunferência da cabeça é normal no nascimento, e os pontos de referência do desenvolvimento são inexpressivos na 
fase inicial da vida. Entre os 5 e os 48 meses de idade, em geral entre 6 meses e 1 ano, ocorre uma desaceleração no 
crescimento da cabeça. 
Epidemiologia: Os dados disponíveis indicam que há uma prevalência de 6 a 7 casos por 100 mil meninas. 
Quadro clínico: A degeneração nas habilidades de comunicação, no comportamento motor e no desempenho social 
inicia por volta da idade de 1 ano. Os sintomas incluem ataxia, caretas, ranger os dentes e perda da fala. 
Hiperventilação intermitente e padrão respiratório desorganizado são características que se apresentam quando a 
criança está desperta. Movimentos estereotípicos das mãos, como perda do uso intencional, são comuns. Perturbações 
progressivas na marcha, escoliose e convulsões são ocorrências frequentes. Em geral, na fase intermediária da 
infância, as crianças apresentam espasticidade grave. Atrofia cerebral ocorre após uma redução na pigmentação da 
substância negra, sugerindo a presença de anormalidades no sistema dopaminérgico nigroestriatal. Durante os 
primeiros 5 meses após o nascimento, as habilidades motoras dos lactentes são compatíveis com a idade, sendo a 
circunferência e o crescimento da cabeça normais. As interações sociais têm a qualidade recíproca esperada. 
Entretanto, no período dos 6 meses aos 2 anos de idade, essas crianças desenvolvem encefalopatia progressiva com 
inúmeras características típicas. Com frequência, os sinais incluem a perda de movimentos manuais intencionais, que 
são substituídos por movimentos estereotipados, como retorcer as mãos; perda da fala previamente adquirida; retardo 
psicomotor; e ataxia. Podem ocorrer outros movimentos estereotipados das mãos, como lamber ou morder os dedos 
e toques ou tapinhas leves. A desaceleração no crescimento da circunferência da cabeça produz microcefalia. Todas 
as habilidades linguísticas se perdem, e as habilidades comunicativas expressivas e sociais parecem estabilizar nos 
níveis evolutivos entre 6 meses e 1 ano de idade. A coordenação muscular é precária, com desenvolvimento de marcha 
apráxica instável e rígida. As características associadas incluem convulsões em até 75% das criançasafetadas, assim 
como descobertas eletrencefalográficas desorganizadas com algumas descargas epileptiformes em quase todas as 
crianças mais jovens com síndrome de Rett, mesmo na ausência de convulsões clínicas. Respiração irregular é uma 
das características adicionais associadas, com episódios de hiperventilação, apneia e falta de ar. A respiração 
desorganizada ocorre na maior parte dos pacientes enquanto estão acordados; via de regra a respiração normaliza 
durante o sono. Muitos pacientes com síndrome de Rett também têm esclerose. Aparentemente, à medida que o 
transtorno progride, o tônus muscular altera de uma condição hipotônica inicial para espasticidade a rigidez. Embora 
as crianças com síndrome de Rett possam sobreviver em torno de uma década após o início do transtorno, depois dos 
10 anos muitos pacientes têm de usar cadeira de rodas, com perda muscular, rigidez e quase nenhuma capacidade 
linguística. As habilidades de comunicação receptiva e expressiva e de socialização permanecem ao nível evolutivo de 
menos de 1 ano de idade. 
 
 
Outro transtorno desintegrativo da infância 
Um transtorno invasivo do desenvolvimento (outro que não a síndrome de Rett) que é definido por um período de 
desenvolvimento normal antes do início e por uma perda definitiva, no curso de poucos meses, de habilidades 
previamente adquiridas em pelo menos várias áreas do desenvolvimento, junto com o início de anormalidades 
características do funcionamento social, comunicativo e do comportamento. Muitas vezes há um período prodrômico 
de doença vaga; a criança se toma irrequieta, irritável, ansiosa e hiperativa. Isso é seguido por empobrecimento e 
então perda da fala e linguagem, acompanhado por desintegração do comportamento. Em alguns casos, a perda de 
habilidades é persistentemente progressiva (em geral quando o transtorno está associado a uma condição neurológica 
progressiva diagnosticável), mas mais frequentemente o declínio que ocorre em um período de alguns meses é seguido 
por um platô e então por uma melhora limitada. O prognóstico é usualmente muito pobre e a maioria dos indivíduos 
evolui para um retardo mental grave. Há incerteza sobre a extensão na qual essa condição difere do autismo. Em 
alguns casos, o transtorno pode ser demonstrado como decorrente de alguma encefalopatia associada, mas o 
diagnóstico deve ser feito pelos aspectos comportamentais. Qualquer condição neurológica associada deve ser 
codificada separadamente. 
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 3 
 
Epidemiologia: Avalia-se que o transtorno desintegrativo da infância seja menos comum que o transtorno do autismo 
diagnosticado anteriormente, embora os dados epidemiológicos tenham sido complicados pela utilização de uma 
grande variedade de critérios diagnósticos. As estimativas de prevalência variam em torno de 1 em cada 100 mil 
meninos. A proporção entre os sexos é calculada entre 4 a 8 meninos para 1 menina. 
Quadro clínico: O diagnóstico baseia-se em características que se enquadram na idade típica de início, no quadro 
clínico e no curso da doença. Os relatos de caso indicam que o início ocorre entre as idades de 1 a 9 anos, mas, na 
maioria, entre os 3 e 4 anos. Ainda que tenha sido previamente diagnosticado como uma entidade separada, o DSM-
5 considera o transtorno desintegrativo da infância um subgrupo do transtorno do espectro autista. O início pode ser 
insidioso durante vários meses ou repentino, com deterioração das capacidades em alguns dias ou semanas. Em 
alguns casos, as crianças se tornam inquietas, aumentam o nível de atividade e de ansiedade antes da perda funcional. 
As características básicas do transtorno incluem perda das habilidades de comunicação, regressão acentuada nas 
interações recíprocas e início de movimentos estereotipados e de comportamentos compulsivos. A presença de 
sintomas afetivos é comum, bem como ansiedade, e também a regressão nas habilidades de autoajuda, como o 
controle do intestino e da bexiga. Para receberem o diagnóstico, as crianças devem apresentar perda de habilidades 
em duas entre as seguintes áreas: comportamento linguístico, social ou adaptativo; controle do intestino ou da bexiga; 
atividades recreativas; e habilidades motoras. As anormalidades devem se apresentar nas duas seguintes categorias: 
habilidades de comunicação social recíproca e comportamentos restritos e repetitivos. Distúrbio convulsivo é a principal 
característica neurológica associada. 
 
Transtorno de hiperatividade associado a retardo mental e movimentos estereotipados 
Esse é um transtorno maldefinido de validade nosológica incerta. A categoria é incluída aqui por causa da evidência 
de que crianças com retardo mental grave (QI abaixo de 50) que apresentam problemas maiores de hiperatividade e 
desatenção, assiduamente mostram comportamentos estereotipados; tais crianças tendem a não se beneficiar com 
drogas estimulantes (ao contrário daquelas com um QI na faixa normal) e podem exibir uma reação disfórica grave (às 
vezes com retardo psicomotor) quando tomam estimulantes; na adolescência, a hiperatividade tende a ser substituída 
por hipoatividade (um padrão que não é usual em crianças hipercinéticas com inteligência normal). E também comum 
a síndrome está associada a uma variedade de atrasos do desenvolvimento, sejam específicos ou globais. 
Epidemiologia: 
Quadro clínico: 
 
 
Síndrome de Asperger 
Um transtorno de validade nosológica incerta, caracterizado pelo mesmo tipo de anormalidades qualitativas de 
interação social recíproca que tipifica o autismo, junto com um repertório de interesses e atividades restrito, 
estereotipado e repetitivo. O transtorno difere do autismo primariamente por não haver nenhum atraso ou retardo global 
no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem. A maioria dos indivíduos é de inteligência global normal, mas é comum 
que seja marcantemente desajeitada; a condição ocorre predominantemente em meninos (em uma proporção de cerca 
de oito garotos para uma menina). Parece altamente provável que pelo menos alguns casos representem variedades 
leves de autismo, mas é incerto se é assim para todos. Há uma forte tendência para que as anormalidades persistam 
na adolescência e na vida adulta e parece que elas representam características individuais que não são grandemente 
afetadas por influências ambientais. Episódios psicóticos ocasionalmente ocorrem no início da vida adulta. 
A Síndrome de Asperger (SA) é muitas vezes difícil de dissociar do autismo e ainda apresentam dúvidas questionáveis 
ligadas à decisão de causas, não tendo sido confirmado claramente fatores que poderiam responder pelo aparecimento 
de uma ou de outra. As duas patologias têm seus principais sintomas relacionados a complicações nas áreas de 
interação social, da linguagem e do repertório comportamental, principalmente das habilidades sociais. A principal 
modificação, indicado entre ambas as patologias, refere-se ao fato de a SA não incluir desenvolvimento cognitivo e 
deficiência de linguagem. 
Epidemiologia: 
Quadro clínico: caracteriza-se por problemas no relacionamento social e por um padrão repetitivo e estereotipado de 
comportamento sem retardo ou aberração marcante no uso e no desenvolvimento da linguagem. As capacidades 
cognitivas e as habilidades adaptativas mais importantes são compatíveis com a idade, embora existam problemas na 
comunicação social. As crianças com esse transtorno que apresentavam comportamentos repetitivos, como bater 
palmas, caminhar na ponta dos dedos e brincadeiras estranhas, também foram identificadas com transtornos do 
espectro autista em uma idade mais jovem em relação àquelas que não tinham esses comportamentos. O diagnóstico 
anterior do transtorno de Aspergeré caracterizado pela deficiência e esquisitice da interação social, bem como por 
interesses e comportamentos restritos. Ao contrário do antigo transtorno do autismo, no transtorno de Asperger também 
não ocorrem retardos significativos no desenvolvimento linguístico e cognitivo. As características clínicas incluem pelo 
menos duas entre as seguintes indicações de deficiência social qualitativa: gestos comunicativos não verbais bastante 
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 4 
 
anormais e dificuldade para desenvolver relacionamentos com pares no nível esperado. A presença de interesses e de 
padrões de comportamentos restritos é comum; porém, quando forem sutis, podem não ser identificados de imediato 
ou talvez sejam considerados algo diferente em relação aos das outras crianças. De acordo com o DSM-IV-TR, 
indivíduos com o transtorno de Asperger não apresentam retardo linguístico, retardo cognitivo significativo sob o ponto 
de vista clínico ou deficiências adaptativas. Atualmente, o fenótipo clínico desse transtorno é inserido no contexto 
diagnóstico do DSM-5 para transtorno do espectro autista. 
 
 
Outros transtornos invasivos do desenvolvimento 
 
Transtorno invasivo do desenvolvimento, não especificado 
Essa é uma categoria diagnostica residual que deve ser usada para transtornos os quais se encaixam na descrição 
geral para transtornos invasivos do desenvolvimento, mas nos quais uma falta de informações adequadas ou achados 
contraditórios indicam que os critérios para qualquer dos outros códigos F84 não podem ser satisfeitos. 
Epidemiologia: 
Quadro clínico: 
 
 
 
Identificar os critérios diagnósticos (comparar DSM IV e DSM V), evolução e prognóstico dos tipos de 
transtorno global do desenvolvimento 
Autismo infantil 
 
 
Evolução e prognóstico: 
 
 
 
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 5 
 
Autismo atípico 
 
Evolução e prognóstico: 
 
 
 
Síndrome de Rett 
 
Evolução e prognóstico: A síndrome de Rett é progressiva, e os indivíduos que chegam até a adolescência ou a vida 
adulta funcionam em um nível cognitivo e social equivalente ao nível do primeiro ano de vida. 
 
 
Outro transtorno desintegrativo da infância 
 
Evolução e prognóstico: O curso do transtorno desintegrativo da infância é variável, sendo atingido um patamar na 
maior parte dos casos, com uma deterioração progressiva em casos raros e uma melhoria ao ponto de recuperar a 
capacidade de falar por meio de frases em situações ocasionais. A maioria dos pacientes permanece pelo menos com 
um retardo mental moderado. 
 
Transtorno de hiperatividade associado a retardo mental e movimentos estereotipados 
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 6 
 
 
Evolução e prognóstico: 
 
 
Síndrome de Asperger 
 
Evolução e prognóstico: Os fatores associados a bons prognósticos neste subgrupo do transtorno do espectro autista 
são QI normal e mais competências nas habilidades sociais. Os relatos de alguns adultos com transtorno de Asperger 
indicam a persistência de deficiências sociais e comunicativas, que continuam a se relacionar de uma forma tímida e 
aparentam ser socialmente desconfortáveis. 
 
 
Outros transtornos invasivos do desenvolvimento 
 
 
Transtorno invasivo do desenvolvimento, não especificado 
 
Evolução e prognóstico: 
 
 
Descrever a terapêutica medicamentosa para os transtornos do desenvolvimento 
Autismo infantil 
 
 
 
Autismo atípico 
 
 
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 7 
 
 
Síndrome de Rett 
O tratamento é sintomático. A fisioterapia produz alguns benefícios para a disfunção muscular, e o tratamento com 
anticonvulsivantes geralmente ajuda a controlar as convulsões. A terapia comportamental, em combinação com 
medicamentos, pode ser útil para manejar comportamentos autolesivos, como nos casos de tratamento do transtorno 
do espectro autista, bem como facilitar a regulação da desorganização respiratória. 
 
 
Outro transtorno desintegrativo da infância 
O tratamento possui os mesmos componentes do tratamento do transtorno do espectro autista. 
 
Transtorno de hiperatividade associado a retardo mental e movimentos estereotipados 
 
 
Síndrome de Asperger 
O tratamento de indivíduos que atendem aos critérios diagnósticos anteriores para transtorno de Asperger tem como 
foco promover a comunicação social e o relacionamento com pares. As intervenções iniciam com a meta de moldar as 
interações para que se tornem mais compatíveis com as dos pares. É comum crianças com transtorno de Asperger 
serem altamente verbais e apresentarem excelentes conquistas acadêmicas. A tendência a depender de regras e 
rotinas rígidas de crianças e adolescentes com esse transtorno pode se transformar em uma fonte de dificuldades e se 
tornar uma área sujeita a intervenção terapêutica. No entanto, o conforto das rotinas pode ser utilizado para promover 
hábitos positivos e melhorar a vida social das crianças afetadas. Com frequência, as técnicas de autossuficiência e de 
solução de problemas são muito benéficas para esses indivíduos em situações sociais e nos ambientes de trabalho. 
Algumas das técnicas aplicadas no transtorno do autismo provavelmente beneficiem pessoas afetadas pelo transtorno 
de Asperger com deficiências sociais graves. 
 
 
Outros transtornos invasivos do desenvolvimento 
 
 
Transtorno invasivo do desenvolvimento, não especificado 
 
 
 
Relacionar outras formas de abordagem terapêutica para os transtornos globais do desenvolvimento 
Intervenções evolutivas e comportamentais intensivas precoces 
1. Modelo com base na UCLA/Lovaas. A base da intervenção manualizada e intensiva são técnicas derivadas da 
análise comportamental aplicada, as quais são administradas separadamente durante várias horas por semana. O 
terapeuta e a criança trabalham na prática de habilidades sociais específicas, no uso da linguagem e em outras 
habilidades-alvo para brincadeiras, com reforço e prêmios para a realização e domínio de habilidades. 
2. Modelo com base no Early Start Denver Model (ESDM). As intervenções são administradas em ambientes 
naturais, como em creches, em casa e durante as brincadeiras com outras crianças. Via de regra, os pais aprendem a 
atuar como coterapeutas e fazem o treinamento em casa, enquanto as instituições educacionais se responsabilizam 
pelas intervenções. O foco principal dessas intervenções é o desenvolvimento de brincadeiras básicas e das 
habilidades de relacionamento, e as técnicas da análise comportamental aplicada são integradas às intervenções. Essa 
abordagem tem como objetivo o treinamento de crianças muito jovens, sendo aplicadas no contexto de suas rotinas 
diárias. 
3. Abordagens de treinamentos para os pais. Essas abordagens incluem o Treinamento de Respostas 
Fundamentais, em que os pais aprendem a facilitar o desenvolvimento social e comunicativo no lar e durante atividades 
focando o domínio, pelas crianças, da via de acesso ou de comportamentos sociais fundamentais, na expectativa de 
que, após a obtenção desse domínio, ocorra uma generalização natural dos comportamentos sociais. Os pais e os 
membros da família são integrados nesse tipo de intervenção. Outras abordagens ao treinamento dos pais focalizam 
a aquisição da linguagem e, especificamente para eles, a frequência pode ser menor, como, por exemplo, uma vez por 
semana; entretanto, depois que os cuidadores forem treinados, as intervenções com a criança ocorrem durante todo o 
dia. Outro exemplo de abordagem detreinamento dos pais é o Hanen More Than Words Program. 
Abordagens às habilidades sociais 
1. Treinamento de habilidades sociais. De maneira geral, esse tipo de treinamento é ministrado por líderes 
terapêuticos para crianças de várias idades no contexto de grupos com pares; elas são orientadas na prática de iniciar 
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 8 
 
conversação social, cumprimentar as pessoas, iniciar jogos e prestar atenção. Com frequência, a identificação e o 
controle das emoções são incluídos na prática por meio do reconhecimento e da aprendizagem sobre como classificar 
as emoções em determinadas situações sociais, como aprender a atribuir reações emocionais apropriadas a outras 
pessoas e como aplicar técnicas de solução de problemas sociais. O objetivo principal é que a prática em grupo permita 
às crianças aplicarem essas técnicas em ambientes menos estruturados e internalizarem estratégias para que possam 
interagir de forma positiva com os pares. 
Intervenções comportamentais e terapia cognitivo-comportamental para comportamentos repetitivos e 
sintomas associados 
1. Terapia comportamental. A análise comportamental aplicada é bastante eficaz para reduzir alguns 
comportamentos repetitivos em crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. Recomenda-se a 
intervenção precoce para os casos de comportamentos repetitivos autolesivos; eventualmente, as intervenções 
comportamentais precisam ser combinadas com tratamentos farmacológicos para possibilitar o gerenciamento dos 
sintomas de forma adequada. 
2. Terapia cognitivo-comportamental (TCC). Há evidências significativas com base em testes randomizados, 
controlados, que confirmam a eficácia das TCCs no tratamento dos sintomas de ansiedade, depressão e transtornos 
obsessivo-compulsivos em crianças. Existem menos testes controlados desse tipo de tratamento em crianças com o 
transtorno do espectro autista, embora haja pelo menos dois estudos publicados em que a TCC foi usada no tratamento 
de comportamentos repetitivos em indivíduos com esse transtorno. 
Intervenções para sintomas comórbidos no transtorno do espectro autista 
1. Neurofeedback. A administração dessa modalidade de tratamento foi uma tentativa de influenciar os sintomas do 
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), a ansiedade e o aumento na interação social por meio de jogos 
de computador ou outros em que o comportamento desejado seja reforçado, enquanto o uso de eletrodos permite 
monitorar a atividade elétrica no cérebro das crianças. O objetivo principal é influenciar a atividade das ondas cerebrais 
para prolongar ou produzir a atividade elétrica durante os comportamentos desejados. Essa modalidade ainda se 
encontra em fase de investigação no tratamento de sintomas do transtorno do espectro autista. 
2. Gerenciamento da insônia no transtorno do espectro autista. A insônia é uma preocupação predominante entre 
crianças e adolescentes com esse transtorno, sendo possível melhorar essa condição por intermédio da administração 
de intervenções comportamentais e farmacológicas. A intervenção comportamental mais comum para insônia no 
transtorno do espectro autista se baseia na mudança do comportamento dos pais, primeiro em relação à criança no 
horário de dormir e durante toda a noite, de modo a remover o reforço e a atenção por estar acordada, e, em seguida, 
extinguindo gradualmente o comportamento de “permanecer acordada”. Vários estudos que utilizaram massagem 
terapêutica antes de dormir nessas crianças entre as idades de 2 e 13 anos melhoraram o adormecimento e a sensação 
de relaxamento. 
Intervenções educacionais em crianças com o transtorno do espectro autista 
1. Tratamento e educação de crianças autistas e com deficiências relacionadas a comunicação (TEACCH) (do 
inglês Treatment and Education of Autistic and Communication- related Handicapped Children). O método TEACCH, 
desenvolvido originalmente na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, na década de 1970, envolve a 
aprendizagem estruturada que se fundamenta na noção de que as crianças com transtorno do espectro autista têm 
dificuldade com a percepção; sendo assim, esse método de ensino incor pora diversos suportes visuais e um programa 
de apresentação de quadros para facilitar a aprendizagem de assuntos acadêmicos e de respostas apropriadas sob a 
ótica social. A organização do ambiente físico serve de suporte para a aprendizagem visual, e as atividades diárias são 
estruturadas para promover autonomia e relacionamento social. 
2. Abordagens de bases amplas. Esses planos educacionais incluem uma mistura de estratégias de aprendizagem 
que utilizam análises comportamentais e focam também a reabilitação da linguagem. O reforço comportamental é 
aplicado aos comportamentos socialmente aceitáveis, durante o processo de aprendizagem de assuntos acadêmicos. 
O método TEACCH pode também ser incorporado a programas educacionais especiais mais amplos para o transtorno 
do espectro autista. 
3. Abordagens computadorizadas e realidade virtual. A aprendizagem com base em abordagens computadorizadas 
e na realidade virtual é centralizada no uso de programas de computador, jogos e programas interativos com a 
finalidade de ensinar a aquisição da linguagem e as habilidades de leitura. Esse método dá às crianças uma sensação 
de domínio e fornece um tipo de instrução com base comportamental em uma modalidade que lhes é atrativa. O 
programa Let’s Face it! é um jogo computadorizado que ajuda a ensinar às crianças com transtorno do espectro autista 
o reconhecimento de rostos. Esse programa consiste em sete jogos computadorizados interativos com foco em 
mudanças na expressão facial, atenção na região facial dos olhos, reconhecimento facial holístico e identificação da 
expressão emocional. Um teste randomizado, controlado, que usou esse programa em crianças com transtorno do 
espectro autista produziu evidências indicando que, após 20 horas de treinamento, em comparação ao grupo-controle, 
as crianças treinadas melhoraram a capacidade de focalizar a região dos olhos de um rosto, assim como as habilidades 
analíticas e holísticas de processamento facial. Diversos estudos que usaram ambientes de realidade virtual para 
 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CAROLINA POBLETE URRUTIA HARMBACHER 9 
 
ensinar habilidades sociais e interação social a essas crianças comprovaram seu valor. Um dos estudos criou uma 
cafeteria virtual para crianças com o transtorno em que elas tinham a oportunidade de fazer pedidos e de pagar pelas 
bebidas e pela comida navegando com o mouse do computador. 
Intervenções psicofarmacológicas 
O foco principal das intervenções psicofarmacológicas no transtorno do espectro autista é melhorar os sintomas 
comportamentais associados, em vez das características básicas do transtorno. Os sintomas-alvo abrangem 
irritabilidade, incluindo em um sentido amplo, agressão, ataques de mau humor e comportamentos autolesivos, 
hiperatividade, impulsividade e desatenção. 
Irritabilidade. Dois antipsicóticos de segunda geração, risperidona e aripiprazol, foram aprovados pela Food and Drug 
Administration (FDA) nos Estados Unidos para tratamento de irritabilidade em indivíduos com transtorno do espectro 
autista. Observou-se que a risperidona, um antipsicótico com alta potência, em combinação com as propriedades da 
dopamina (D2) e do antagonista do receptor de serotonina (5-HT2), controla os comportamentos agressivos e 
autolesivos em crianças com e sem esse transtorno. Em 2002, o National Institutes of Health tomou a iniciativa e 
patrocinou o teste randomizado, controlado, da Research Units on Pediatric Psychopharmacology sobre a risperidona 
para tratamento de irritabilidadenos casos de transtorno do espectro autista; a partir de então, foram realizados sete 
testes randomizados e controlados; três estudos de reanálise e dois estudos adicionais, os quais convergiram para 
confirmar a eficácia da risperidona, em doses variando de 0,5 a 1,5 mg. Alguns dos participantes desse estudo em fase 
pré-escolar receberam também tratamentos comportamentais intensivos. A risperidona é considerada o tratamento 
medicamentoso de primeira linha para crianças e adolescentes afetados por esse transtorno com irritabilidade grave. 
Apesar de sua eficácia, seu uso foi limitado em alguns indivíduos pelos efeitos colaterais principais de ganho de peso 
e aumento no apetite; efeitos colaterais metabólicos, como hiperglicemia, elevação no nível de prolactina e dislipidemia; 
em combinação com outros efeitos adversos comuns, como fadiga, sonolência, tontura e sialorreia. A risperidona deve 
ser usada com muita cautela em indivíduos com anormalidades cardíacas ou hipotensão subjacente, considerando-se 
que esse medicamento pode contribuir para a incidência de hipotensão ortostática. Estudos adicionais que deram 
prosseguimento à avaliação da risperidona nesses casos constataram uma eficácia e tolerabilidade persistentes em 
um período de 6 meses, com retorno rápido dos sintomas em indivíduos que apresentaram boas respostas, a partir do 
momento da interrupção no uso do medicamento. Outros medicamentos estudados para o tratamento de irritabilidade 
no transtorno do espectro autista incluem o aripiprazol e a olanzapina. Dois estudos de larga escala que utilizaram o 
aripiprazol no tratamento de ataques de mau humor, agressividade e autolesão e crianças e adolescentes com o 
transtorno chegaram à conclusão de que esse medicamento é eficaz e seguro. As doses aplicadas variaram de 5 a 15 
mg por dia. Os efeitos colaterais principais incluem sedação, tontura, insônia, acatisia, náusea e vômito. Embora não 
tenha sido tão significativo quanto no uso da risperidona, o ganho de peso foi considerado um evento adverso 
moderado, com aumentos de 1,3 a 1,5 kg durante o período de 8 semanas em um dos estudos. O ganho de peso foi 
semelhante tanto em doses mais baixas quanto em mais elevadas. A olanzapina, que especificamente bloqueia os 
receptores de 5-HT2A e D2 e também os receptores muscarínicos, foi estudada em crianças e adolescentes com 
transtorno do espectro autista para tratamento de irritabilidade, com tendência a respostas positivas, ainda que tenha 
havido um ganho de peso substancial de cerca de 3,5 kg. Sedação foi o efeito colateral principal. 
Hiperatividade, impulsividade e desatenção. Vários testes randomizados, controlados por placebo, foram realizados 
com o metilfenidato para tratamento de hiperatividade, impulsividade e desatenção em crianças e adolescentes com 
transtorno do espectro autista. O órgão Research Units on Pediatric Psychopharmacology descobriu que o metilfenidato 
é pelo menos moderadamente eficaz em doses de 0,25 a 0,5 mg/kg em jovens autistas e com sintomas de TDAH. 
Nessa população, a eficácia do metilfenidato foi menor do que em crianças com TDAH e sem o transtorno do espectro 
autista, sendo que aquelas com o transtorno do espectro autista desenvolveram efeitos colaterais com maior 
frequência, incluindo aumento na irritabilidade, comparadas às crianças com TDAH. Um estudo sobre o uso do 
metilfenidato no tratamento de hiperatividade e desatenção em crianças na idade pré-escolar com o transtorno autista 
concluiu que esse tipo de estimulante é seguro e relativamente eficaz; metade dessas crianças desenvolveu efeitos 
colaterais, incluindo aumento nos estereótipos, desconforto gastrintestinal, problemas de sono e labilidade emocional. 
Entre os estimulantes, um estudo duplo-cego, controlado por placebo, sobre hiperatividade, impulsividade e 
desatenção usando a tomoxetina em crianças com esse transtorno chegou à conclusão de que o medicamento foi 
significativamente mais eficiente que o placebo. Os efeitos colaterais incluíram sedação, irritabilidade, constipação e 
náusea. O uso da clonidina, um alfa-agonista, também foi avaliado em crianças autistas para tratamento de 
hiperatividade e apresentou resultados mistos. A guanfacina também foi utilizada em alguns casos. 
Comportamento repetitivo e estereotipado. Esses sintomas básicos do transtorno do espectro autista foram 
estudados com antidepressivos à base de inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRSs), antipsicóticos de 
segunda geração (ASGs) e agentes estabilizadores do humor, como o valproato. Um estudo com fluoxetina chegou à 
conclusão de que o grupo do medicamento foi apenas um pouco melhor – e não significativamente melhor – que o 
grupo-placebo em relação aos sintomas-alvo, e outro estudo com escitalopram não encontrou qualquer diferença entre 
os grupos. Entretanto, a risperidona foi considerada eficaz nos tratamentos com foco na irritabilidade, além de ter 
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melhorado os comportamentos restritivos e repetitivos. Um estudo recente, com 12 semanas de duração, que utilizou 
o valproato em 55 crianças autistas com idade média de 9 anos e meio, descobriu que as crianças que reagiram em 
relação à irritabilidade também foram as que consumiram menos tempo em comportamentos repetitivos. 
 
Definir e caracterizar espectro autista 
Na edição anterior do DSM (DSM-IV), os TEAs incluíam transtorno autista clássico, síndrome de Asperger e transtorno 
global do desenvolvimento sem outra especificação. Esses três transtornos foram agrupados devido a sua ocorrência 
comum em famílias, indicando fatores genéticos relacionados e sinais e sintomas compartilhados. 
Epidemiologia 
 
 
Sinais e sintomas 
Os primeiros sintomas do transtorno do espectro autista frequentemente envolvem atraso no desenvolvimento da 
linguagem, em geral acompanhado por ausência de interesse social ou interações sociais incomuns (p. ex., puxar as 
pessoas pela mão sem nenhuma tentativa de olhar para elas) padrões estranhos de brincadeiras (p. ex., carregar 
brinquedos, mas nunca brincar com eles), e padrões incomuns de comunicação (p. ex., conhecer o alfabeto, mas não 
responder ao próprio nome). Um diagnóstico de surdez é geralmente considerado, mas costuma ser descartado. 
Durante o segundo ano, comportamentos estranhos e repetitivos e ausência de brincadeiras típicas tornam-se mais 
evidentes. Uma vez que muitas crianças pequenas com desenvolvimento normal têm fortes preferências e gostam de 
repetição (p. ex., ingerir os mesmos alimentos, assistir muitas vezes ao mesmo filme), em pré-escolares pode ser difícil 
distinguir padrões restritos e repetitivos de comportamentos diagnósticos do transtorno do espectro autista. A distinção 
clínica baseia-se no tipo, na frequência e na intensidade do comportamento (p. ex., uma criança que diariamente alinha 
os objetos durante horas e sofre bastante quando algum deles é movimentado). 
Os sintomas são frequentemente mais acentuados na primeira infância e nos primeiros anos da vida escolar, com 
ganhos no desenvolvimento sendo frequentes no fim da infância pelo menos em certas áreas (p. ex., aumento no 
interesse por interações sociais). Uma pequena proporção de indivíduos apresenta deterioração comportamental na 
adolescência, enquanto a maioria dos outros melhoram. Apenas uma minoria de indivíduos com transtorno do espectro 
autista vive e trabalha de forma independente na fase adulta; aqueles que o fazem tendem a ter linguagem e 
capacidades intelectuais superiores, conseguindo encontrar um nicho que combine com seus interesses e habilidades 
especiais. Em geral, indivíduos com níveis de prejuízo menores podem ser mais capazes de funcionar com 
independência. Mesmo esses indivíduos,no entanto, podem continuar socialmente ingênuos e vulneráveis, com 
dificuldades para organizar as demandas práticas sem ajuda, mais propensos a ansiedade e depressão. Muitos adultos 
informam usar estratégias compensatórias e mecanismos de enfrentamento para mascarar suas dificuldades em 
público, mas sofrem com o estresse e os esforços para manter uma fachada socialmente aceitável. Quase nada se 
sabe sobre a fase da velhice no transtorno do espectro autista. 
Padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades. Desde os primeiros anos de vida, 
nas crianças com o transtorno do espectro autista, as brincadeiras exploratórias esperadas sob a ótica evolucionária 
são restritas e mudas. Essas crianças não usam brinquedos ou objetos da maneira habitual; em vez disso eles 
costumam ser manipulados de uma forma ritualística, com uma quantidade menor de características simbólicas. Em 
geral, as crianças autistas não apresentam o nível de brincadeiras imitativas ou de pantomima abstrata exibido pelas 
outras da mesma idade, nas quais essas características são espontâneas. As atividades e brincadeiras das crianças 
com o transtorno do espectro autista parecem ser mais rígidas, repetitivas e monótonas em comparação com os pares. 
Os comportamentos ritualísticos e compulsivos são comuns na fase inicial e intermediária da infância. 
Caraterísticas físicas associadas. De maneira geral, elas realmente apresentam taxas mais elevadas de anomalias 
físicas de menor importância, como, por exemplo, malformações nas orelhas, e outras que podem ser reflexo de 
anomalias que ocorreram durante o desenvolvimento fetal dos órgãos, junto com partes do cérebro. Um número maior 
do que a expectativa de crianças com transtorno autista não apresenta destreza manual e lateralidade e permanecem 
ambidestras na idade em que o domínio cerebral costuma ser estabelecido. 
Perturbações no desenvolvimento e uso da linguagem. As deficiências no desenvolvimento da linguagem e as 
dificuldades no uso da linguagem para comunicar ideias não fazem parte dos critérios básicos para diagnosticar o 
transtorno do espectro autista; entretanto, esses problemas ocorrem em um subgrupo de indivíduos com esse tipo de 
condição. Algumas crianças com esse transtorno não se recusam apenas a falar, e suas anormalidades na fala não 
resultam da ausência de motivação. O desvio linguístico, assim como o retardo no desenvolvimento da linguagem, é 
uma característica de subtipos mais graves desse transtorno. As crianças sofrem com a versão grave do transtorno 
sentem uma grande dificuldade para organizar as frases de uma forma inteligível, mesmo que tenham um vocabulário 
amplo. Nas situações em que as crianças com o transtorno e com retardo no desenvolvimento linguístico aprendem a 
conversar fluentemente, a conversação pode transmitir informações sem prosódia ou inflexão típicas. 
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Deficiência intelectual. Em torno de 30% das crianças com transtorno do espectro autista apresentam um nível 
intelectualmente incapaz no desempenho intelectual. Entre esse grupo, cerca de 30% apresentam desempenho na 
faixa variando de leve a moderado, sendo que quase 40 a 50% são grave ou profundamente deficientes sob o ponto 
de vista intelectual. As pontuações do quociente de inteligência (QI) desse transtorno em crianças com deficiências 
intelectuais tendem a refletir os problemas mais graves nas habilidades de sequenciamento e abstração, com forças 
relativas nas habilidades visuais e espaciais ou na aprendizagem de memória. Esse tipo de descoberta mostra a 
importância dos defeitos nas funções linguísticas. 
Irritabilidade. Esses sintomas costumam ser produzidos por situações do dia a dia em que esses jovens mudam de 
uma atividade para outra, permanecem sentados na sala de aula ou ficam quietos quando sentem vontade de sair 
correndo. Nos casos de crianças afetadas pelo transtorno com desempenho mais baixo e com deficiências intelectuais, 
o instintivo agressivo pode surgir de forma inesperada, sem um desencadeador ou propósito óbvio, sendo observados 
também comportamentos autolesivos, como bater a cabeça, beliscar a pele e se morder. 
Instabilidade no humor e no afeto. Algumas crianças com transtorno do espectro autista apresentam mudanças 
repentinas de humor, com explosões de riso ou de choro, sem nenhuma razão óbvia. A melhor compreensão desses 
episódios se torna ainda mais difícil nas situações em que elas não conseguem expressar pensamentos associados 
ao afeto. 
Resposta a estímulos sensoriais. Observa-se que crianças com transtorno do espectro autista respondem de forma 
intensa a alguns estímulos e fraca a outros estímulos sensoriais (p. ex., ao som e à dor). É uma ocorrência comum que 
elas aparentem ser surdas; em geral, respondem muito pouco ao som da voz de uma conversa normal; no entanto, a 
mesma criança poderá demonstrar um interesse intenso pelo som de um relógio de pulso. Algumas crianças 
apresentam um limiar alto para dor ou respostas alteradas para ela. Na realidade, algumas não respondem a uma 
lesão com choro ou busca de conforto. Alguns jovens autistas persistem em alguma experiência sensorial; por exemplo, 
com frequência cantarolam uma música ou cantam a canção de algum anúncio comercial, antes de expressar palavras 
ou de usar a fala. Outros gostam particularmente da estimulação vestibular – rotação, oscilação e movimentos para 
cima e para baixo. 
Hiperatividade e desatenção. Níveis de atividade abaixo da média são menos frequentes; nesse caso, há alternância 
com excesso de atividade. Comportamentos como déficit de atenção e incapacidade para se concentrar em uma tarefa 
específica também interferem no desempenho diário. 
Habilidades precoces. Alguns indivíduos com o transtorno do espectro autista têm habilidades precoces ou 
dissidentes de grande proficiência, tais como habilidade prodigiosa para cálculos e aprendizagem de memória, 
geralmente além das capacidades dos pares normais. Outras habilidades precoces potenciais em algumas crianças 
autistas incluem hiperlexia, uma capacidade precoce para leitura (mesmo que não entendam aquilo que estão lendo), 
memorização e declamação e habilidades musicais (cantar ou tocar; ou reconhecer peças musicais). 
Insônia. Insônia é um problema frequente do sono entre crianças e adolescentes com o transtorno do espectro autista, 
e as estimativas indicam que ocorre em 44 a 83% das crianças em idade escolar. 
Infecções menores e sintomas gastrintestinais. Os sintomas gastrintestinais observados em crianças com o 
transtorno do espectro autista em geral incluem arrotos excessivos, constipação e movimentos intestinais soltos. 
Observa-se também um aumento na incidência de convulsões febris. Algumas crianças não apresentam elevações na 
temperatura na presença de enfermidades infecciosas de menor importância e podem não sentir a indisposição típica 
de quem está doente. Em outras, os problemas comportamentais e as condições relacionadas aparentam melhorar 
significativamente nos casos de enfermidades menos graves, e essas mudanças podem ser indicações da presença 
de alguma enfermidade física. 
 
Critérios diagnósticos 
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O transtorno do espectro autista engloba transtornos antes chamados de autismo infantil precoce, autismo infantil, 
autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra 
especificação, transtorno desintegrativo da infância e transtorno de Asperger. 
 
Diagnósticodiferencial 
Síndrome de Rett. Uma ruptura da interação social pode ser observada durante a fase regressiva da síndrome de Rett 
(em geral, entre 1 e 4 anos de idade); assim, uma proporção substancial das meninas afetadas pode ter uma 
apresentação que preenche critérios diagnósticos para transtorno do espectro autista. Depois desse período, no 
entanto, a maioria dos indivíduos com síndrome de Rett melhora as habilidades de comunicação social, e as 
características autistas não são mais grande foco de preocupação. Consequentemente, o transtorno do espectro 
autista somente deve ser considerado quando preenchidos todos os critérios diagnósticos. 
Mutismo seletivo. No mutismo seletivo, o desenvolvimento precoce não costuma ser acometido. A criança afetada 
normalmente exibe habilidades comunicacionais apropriadas em alguns contextos e locais. Mesmo nos contextos em 
que a criança é muda, a reciprocidade social não se mostra prejudicada, nem estão presentes padrões de 
comportamento restritivos ou repetitivos. 
Transtornos da linguagem e transtorno da comunicação social (pragmática). Em algumas formas de transtorno 
da linguagem, pode haver problemas de comunicação e algumas dificuldades sociais secundárias. O transtorno 
específico da linguagem, porém, não costuma estar associado a comunicação não verbal anormal nem à presença de 
padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Quando um indivíduo apresenta prejuízo 
na comunicação social e nas interações sociais, mas não exibe comportamentos ou interesses restritos ou repetitivos, 
podem ser preenchidos critérios para transtorno da comunicação social (pragmática) em vez de transtorno do espectro 
autista. O diagnóstico de transtorno do espectro autista se sobrepõe ao de transtorno da comunicação social 
(pragmática) sempre que preenchidos os critérios para transtorno do espectro autista, devendo-se indagar 
cuidadosamente sobre comportamento restrito/repetitivo anterior ou atual. 
Deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) sem transtorno do espectro autista. Pode 
ser difícil diferenciar deficiência intelectual sem transtorno do espectro autista de transtorno do espectro autista em 
crianças muito jovens. Indivíduos com deficiência intelectual que não desenvolveram habilidades linguísticas ou 
simbólicas também representam um desafio para o diagnóstico diferencial, uma vez que comportamentos repetitivos 
frequentemente também ocorrem em tais indivíduos. Um diagnóstico de transtorno do espectro autista em uma pessoa 
com deficiência intelectual é adequado quando a comunicação e a interação sociais estão significativamente 
prejudicadas em relação ao nível de desenvolvimento de suas habilidades não verbais (p. ex., habilidades motoras 
finas, solução de problemas não verbais). Diferentemente, a deficiência intelectual é o diagnóstico apropriado quando 
não há discrepância aparente entre o nível das habilidades de comunicação social e outras habilidades intelectuais. 
Transtorno do movimento estereotipado. Estereotipias motoras estão entre as características diagnósticas do 
transtorno do espectro autista, de modo que um diagnóstico adicional de transtorno do movimento estereotipado não 
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é feito quando tais comportamentos repetitivos são mais bem explicados pela presença do transtorno do espectro 
autista. Quando as estereotipias causam autolesão e se tornam um foco do tratamento, os dois diagnósticos podem 
ser apropriados. 
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Anormalidades de atenção (foco exagerado ou distração fácil) são 
comuns em pessoas com transtorno do espectro autista, assim como o é a hiperatividade. Um diagnóstico de transtorno 
de déficit de atenção/hiperatividade deve ser considerado quando dificuldades atencionais ou hiperatividade excedem 
o tipicamente encontrado em indivíduos de idade mental comparável. 
Esquizofrenia. Esquizofrenia com início na infância costuma desenvolver-se após um período de desenvolvimento 
normal ou quase normal. Há descrição de um estado prodrômico no qual ocorrem prejuízo social, interesses e crenças 
atípicos que podem ser confundidos com os déficits sociais encontrados no transtorno do espectro autista. Alucinações 
e delírios, características definidoras da esquizofrenia, não são elementos do transtorno do espectro autista. Os 
clínicos, entretanto, devem levar em conta que indivíduos com transtorno do espectro autista podem ser concretos na 
interpretação de perguntas sobre aspectos-chave da esquizofrenia (p. ex., “Você ouve vozes quando não há ninguém 
por perto?” “Sim [no rádio]”). 
 
 
 
 
Prognóstico: Os melhores fatores prognósticos estabelecidos para as evoluções individuais no transtorno do espectro 
autista são presença ou ausência de deficiência intelectual e comprometimento da linguagem associados (p. ex., 
linguagem funcional por volta dos 5 anos de idade é um sinal de bom prognóstico), bem como outros problemas de 
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saúde mental. Epilepsia, como um diagnóstico de comorbidade, está associada a maior deficiência intelectual e menor 
capacidade verbal. 
 
Tratamento: As metas principais dos tratamentos de crianças com transtorno do espectro autista são focar 
comportamentos básicos para melhorar as interações sociais e a comunicação; ampliar as estratégias de integração 
escolar; desenvolver relacionamentos significativos com os pares; e aumentar as habilidades para viver uma vida 
independente no longo prazo. As intervenções nos tratamentos psicossociais têm como foco principal ajudá-las a 
desenvolver habilidades nas convenções sociais, estimular comportamentos socialmente aceitáveis e prossociais com 
os pares e diminuir os sintomas de comportamentos estranhos. Muitos casos exigem soluções linguísticas e 
acadêmicas. Além disso, as metas dos tratamentos costumam incluir a redução de comportamentos irritáveis e 
disruptivos que possam surgir na escola ou em casa e ser exacerbados nos períodos de transição. Crianças com 
incapacidade intelectual precisam de intervenções comportamentais apropriadas sob a ótica evolutiva para reforçar 
comportamentos socialmente aceitáveis e incentivar habilidades de autocuidado. É frequente também que os pais de 
crianças com o transtorno se beneficiem da educação psicológica, do suporte e da orientação para otimizar o 
relacionamento e a eficiência com suas crianças. O tratamento amplo e detalhado do transtorno do espectro autista, 
incluindo programas comportamentais intensivos, treinamento e participação dos pais e intervenções acadêmicas ou 
educacionais, produziu resultados bastante promissores. 
 
 
Identificar as organizações civis de apoio ao autismo e a importância do acolhimento dos familiares e 
acometidos 
AMA – Associação de amigos do autista: Proporcionar à pessoa com autismo uma vida digna: trabalho, saúde, lazer 
e integração à sociedade. Oferecer à família da pessoa com autismo instrumentos para a convivência no lar e em 
sociedade. Promover e incentivar pesquisas sobre o autismo, difundindo o conhecimento acumulado. 
ABRA – Associação Brasileira de autismo: é uma entidade civil sem fins lucrativos, com sede e foro em Brasília-DF, 
mas com funcionamento itinerante. Originalmente destinada a congregar Associações de Pais e Amigos de Autistas, 
hoje tem por finalidade a integração, coordenação e representação, em nível nacional e internacional, das entidades 
voltadas para a atenção das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). 
GAIA – Grupo de Apoio ao individuo com autismo: O Grupo de Apoio ao Indivíduo com Autismo | GAIA é umaassociação civil, pessoa jurídica de direito privado de fins não lucrativos, fundada por pais, como resposta à exclusão 
social sofrida pelas pessoas que são acometidas de uma alteração no processo de desenvolvimento humano, 
classificadas como apresentando TEA (no qual se inclui o autismo e outros processos patológicos relacionados).

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