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Fichamento do texto: Problematizar - LEMIEUX, Cyril.

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Ariádny Bruna Cordeiro Dantas – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
2º período – Ciências Sociais - Licenciatura
Fichamento do texto: LEMIEUX, Cyril. Problematizar. In: PAUGAM Serge (org.). A pesquisa sociológica. Petrópolis: Vozes, 2015. p. 33-52.
O objetivo principal do texto é a formulação correta das perguntas, a forma com que a problematização será bem empregada pelo sociólogo para poder suprir a necessidade interrogativa da questão. 
Diante de um objeto de pesquisa, seja ele qual for, as questões, com efeito, se apresentam. No entanto, após um exame rigoroso, muitas delas se revelam defeituosas ou insuficientes do ponto de vista da sociologia, [...], seja porque simplesmente se apresentam como questões descritivas, incapazes por si mesmas de levantar um verdadeiro problema. (p.33).
Aborda o tema das questões que são apenas descritivas, visto que as mesmas existem com finalidade de entender a questão técnica do que está sendo estudado. Dentro do âmbito que são empregadas, “elas são guiadas pela esperança, a mais legítima, de melhor conhecer um setor de atividades ou reunir informações a respeito de um determinado tipo de realidade social.” (p.34). 
O caráter com que o sociólogo faz sua pesquisa, que o mesmo não deveria se focar apenas em perguntas escolásticas ou questões apenas descritivas, assim, eles não conseguiriam compreender com mais facilidade o que há no mundo social. Assim, o autor fala sobre o espírito do sociólogo, que viria ser “tornar problemático o mundo social que vivemos.”. (p.34). A importância do problematizar do sociólogo, ver o que está dentro do âmbito social e colocar em pauta não só o que é visto como está, e sim procurar o caráter que está dentro do que é visto. [1: “As questões escolásticas são uma espécie perniciosa, já que se apresentam o mais frequentemente revestidas das virtudes da “profundidade” e do “fundamental” – adereços capazes de impor respeito a todo trabalhador intelectual.”. (p.33).]
É apresentado o tópico de como tornar enigmático o que parece normal, onde o autor fala os passos que deveriam ser seguidos para que o sociólogo venha a fazer. 
Ela pode ser decomposta em quatro etapas: 1) Apossar-se de uma crença compartilhada ou de uma constatação reconhecida, ambas relativas ao objeto que se pretende estudar. 2) Ressaltar nela uma serie de inferências lógicas ou seus enunciados preditos. 3) Evidenciar um ou vários elementos empíricos que contradizem as inferências lógicas ou as predições feitas. 4) Perguntar-se se as crenças compartilhadas ou as constatações relativas ao objeto são verdadeiras, como estes elementos empíricos podem existir. (p.35).
O objetivo dessas etapas é encontrar a matriz do objeto que está sendo estudar, o autor aponta a questão do estudo de Émile Durkheim e destrincha nesses 4 tópicos, para alegar a importância de ir afundo na pesquisa, detalhando-a, para encontrar não só as respostas procuradas, mas a origem dessas respostas, “É por essa razão que encontrar a matriz em questão significa compreender a problemática do trabalho examinado [...] e, por consequência, apreender seu interesse sociológico.”. (p.37).
O autor descreve o que é essa matriz falada acima:
Esta matriz, em outros termos, não nos fornece apenas um procedimento para tornar enigmático o mundo social que habitamos: ela também oferece chaves para ler de maneira mais perspicaz as obras relativas às ciências sociais que nos aparecem debaixo dos olhos. (p.37).
No texto fala sobre encontrar o que é preciso para estar seguro em obter uma problemática e as ferramentas utilizadas para certificar a seguridade do sociólogo na sua problemática. As ferramentas utilizadas, como o próprio enigmatizar sociológico que foi falado acima, serve para saber se é possível resolver aquilo que está posto em pauta para ser estudado (Lemieux, p.40). 
Em um ponto do texto, o autor fala sobre reconstruir o objeto de estudo, que seria: “O objetivo dessa reconstrução é o de criar um plano analítico no qual a contradição observada não seja mais excluída, mas, ao contrário, evidenciada, mediante uma nova abordagem do tema.”. (p. 41 e 42).
No último ponto do texto é estabelecido a existência de uma empiricidade que é necessária dentro do âmbito de problematizar o objeto que é pesquisado, também volta ao ponto do enigma que é posto na pesquisa, e finaliza o texto com o objetivo desse capítulo do livro organizado por Paugam:
Nosso objetivo aqui, o de indicar como conduzir uma pesquisa empírica, é uma necessidade convocada pela produção de uma problemática autêntica e pela construção de um objeto, à medida que estes exigem uma resposta que não pode ser evidente – uma resposta, dito diferentemente, que não pode ser deduzida do círculo dos fatos já conhecidos. (p. 51).

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