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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Ferramentas da Qualidade Profª Drª Veruschka Franca Visão Geral do Módulo Temas do Módulo Ferramentas ligadas ao controle da qualidade: Diagrama causa-efeito; Folha de verificação; Histograma; Gráfico de Pareto; Diagrama de correlação; Fluxograma; Gráfico de controle. 2 Folha de verificação Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Definição Folha de verificação é a tabela ou a planilha estruturada para registro de dados que são usados para inspecionar, controlar ou monitorar um processo. É a ferramenta da qualidade mais utilizada para coletar dados, podendo determinar diferentes formatos de coleta. Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Quais as vantagens ? É o método mais simples para se coletar dados; Cria dados fáceis de serem compreendidos, podendo ser aplicado a qualquer área de desempenho; A coleta da informação é realizado no momento em que o fato ocorre. Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Quais as desvantagens ? Os equipamentos de medida podem não estar aferidos; O processo de coleta pode se tornar lento conforme o número de itens analisados; Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Características Possui formato simplificado; Quando bem estruturada, faz coleta de dados rapidamente; Detecta tendências; Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Exemplos Figura 1: Folha de verificação de tipos de defeitos em lotes Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Figura 2: Folha de verificação de vendas de biscoitos por semana Exemplos Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Figura 3: Folha de verificação do quantitativo de lotes aprovados ou rejeitados Exemplos Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Exemplos Figura 4: Folha de verificação da avaliação feita em uma conexão fundida, para a localização de bolhas. Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Exemplos Figura 5: Folha de verificação para a localização de bolhas num para-brisa. Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Exemplos Figura 6: Folha de verificação para causa de defeitos. Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Como fazer ... Chegue a um acordo sobre a definição geral do projeto (o que deve ser observado); É necessário tempo e conhecimento adequado para coletar os dados; Deve-se coletar os dados durante um período de tempo suficiente; Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Planeje um formulário de folha de verificação que seja claro e fácil de se utilizar e compreender; É extremamente importante que o coletor de dados se sinta seguro em anotar pontos negativos; Colete os dados com precisão e clareza. Aplicação das ferramentas de qualidade – folha de verificação Estratificação Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação ...O que é estratificar? Só é possível estabeler características de qualidade quando os produtos relacionados possuem a mesma origem, são fabricados pela mesma máquina, com o mesmo operador e método. Caso contrário é necessário estratificar... Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação Estratificar é o mesmo que dividir um todo heterogêneo em subgrupos homogêneos (estratos), sendo que o critério dessa divisão pode ser uma característica qualquer. Ex: Uma empresa tem um arsenal de parafusos e deseja-se realizar uma estratificação pelo diâmetro dos mesmos. Figura 5: estratificação da população de parafusos conforme seu diâmetro. Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação Figura 7: visão da ferramenta estratificação Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação Para que serve a estratificação? Analisar dados a fim de encontrar oportunidades de melhoria; Dividir o produto em categorias relevantes com o objetivo de melhorar a eficácia e eficiência da produção; Identificar a origem dos problemas e assim solucioná-los; Enfatizar a padronização do produto. Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação Exemplos Os dados sobre acidentes ocorridos numa área são registrados em folhas de verificação, onde os mesmos podem aumentar ou diminuir com o passar do tempo. Entretanto, o número registrado é a soma do total dos acidentes, que poderia ser estratificado por: Por tipo: corte, queimadura, etc. Por local afetado: olhos, mãos, cabeça, etc. Por departamento: manutenção, expedição, laboratório etc. Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação Estratificação como ferramenta A estratificação deve ser descrita nas folhas de verificação, onde serão definidos os estratos para que haja comparação entre eles. Caso seja do interesse do produtor saber se há variação entre produtos confeccionados por operadores diferentes, é necessária a obtenção dos dados da produção de cada operador e anotar na folha de verificação. Nesse caso, o estrato seria o operador. Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação A empresa D é uma empresa que fornece refeições industriais. Nos últimos três meses, observou-se que as sobras nos pratos dos usuários atendidos em um refeitório de uma fábrica aumentaram de forma considerável, conforme apresentado no quadro a seguir. Estudo de caso A quantidade de restos vem aumentando mês a mês. Mas por que isto está acontecendo? Na busca por maiores informações, pode-se estratificar estes dados. Tabela 1: dados da folha de verificação da empresa D. Período Janeiro Fevereiro Março Total de sobras 50 70 80 Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação Estudo de caso Tabela 2: primeira estratificação de dados da empresa D. Não existe uma regra para o tipo de estratificação a ser realizado. A empresa D realizou uma primeira estratificação por turno de trabalho, para verificar se o aumento das sobras ocorria em todos os turnos de forma homogênea, conforme mostrado no quadro abaixo. Esta estratificação mostrou que o problema é mais relevante com o pessoal do turno da noite. Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação Desta forma, a empresa D tem agora o problema melhor definido, tornando-se mais fácil determinar e tratar sua causa. A empresa pode estratificar novamente, na busca de compreender melhor o problema. Esta segunda estratificação mostra que o maior volume de desperdício ocorre no jantar das sextas-feiras. Assim, fica mais fácil verificar a causa do problema: alguma coisa está acontecendo nas sextas-feiras à noite. A estratificação permitiu isolar o problema, tornando mais fácil a sua solução. Tabela 3: segunda estratificação de dados da empresa D. Aplicação das ferramentas de qualidade – estratificação Exemplo– Em qual fornecedor atuar? Figura 8: visão da ferramenta estratificação em gráfico Diagrama de Pareto Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Origem do nome “Diagrama de Pareto” No final do século XIX, o economista italiano Pareto estudou a distribuição da renda e concluiu que a maior parte da renda encontrava-se em posse de poucas pessoas (relação 80/20). No século XX, Joseph Juran, estudioso na área de qualidade, desenhou uma figura mostrando que poucas causas levavam à maioria das perdas. A figura obtida por Juran era semelhante a distribuição de renda de Pareto, por isso o mesmo resolveu adotar este nome. Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto A Utilização do Diagrama de Pareto O diagrama de Pareto busca: a) Verificar a existência de perdas em processos de fabricação; b) Identificar as causas da maioria dessas perdas; c) Dar suporte na eliminação dessas causas; d) Redução de desperdícios. Qual causa eliminar primeiro? Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Determineo tipo de perda que você quer estudar; Especifique o aspecto de interesse do tipo de perda que você quer determinar; Organize uma folha de verificação e preencha a mesma minuciosamente; Faça as contagens, organize as categorias por ordem decrescente de frequência, agrupe aquelas que ocorrem com baixa frequência sob a denominação “outros” e calcule o total. Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Como Fazer um Diagrama de Pareto Tipos de frequência Frequência absoluta (Fi): é dada pela quantidade de elementos medidos em uma distribuição qualquer, num estrato qualquer; Frequência relativa (Fr): é dada pela relação entre os elementos específicos de uma distribuição e o total de elementos; Frequência absoluta acumulada (FA): é dada pela quantidade acumulada de elementos medidos em uma distribuição; Frequência relativa acumulada (FRA): é dada pela relação entre o acúmulo da distribuição elementos específicos de uma distribuição e o total de elementos; Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Tipos de frequência Frequência absoluta (Fi) Frequênciarelativa (Fr) Frequênciaabsoluta acumulada (FA) Frequência relativa acumulada (FRA) Tabela 4: fórmulas relativas a cada tipo de frequência Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Fazendo um diagrama de Pareto Uma empresa fabrica e entrega seus produtos para várias lojas de varejo e quer diminuir o número de devoluções. Para isto, investigou o número de ocorrências geradoras de devolução da entrega no último semestre, conforme apresentado na tabela abaixo: Tabela 5: Ocorrências geradoras de devoluções Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Fazendo um diagrama de Pareto Calculou-se a frequência acumulada e o percentual acumulado (frequência acumulada) de cada ocorrência e dispõe-se esses dados em forma de tabela. Tabela 6: Distribuição de frequências geradoras de devoluções Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Fazendo um diagrama de Pareto Plota-se o gráfico correspondente Figura 9: Gráfico de Pareto correspondente às devoluções da loja Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Fazendo um diagrama de Pareto Observa-se portanto que o atraso na entrega e o atraso da transportadora constitui o maior número de causas de devoluções na empresa. Necessita-se uma análise mais detalhada (diagrama de causa e efeito) para a investigação do porquê da ocorrência dessas causas. Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Exemplos Figura 10: Gráfico de Pareto correspondente a causas de perdas Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de Pareto Histograma Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma Um histograma é uma ferramenta de análise e representação de dados quantitativos, agrupados em classes de frequência que permite distinguir a forma, o ponto central e a variação da distribuição, além de outros dados como amplitude e simetria na distribuição dos dados. Histograma Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 39 Como se faz um histograma? Primeiro é preciso organizar os dados em uma tabela de distribuição de frequências. Depois, siga os seguintes passos: a) Trace um eixo horizontal; b) Marque os intervalos de classe nesse eixo, mas adote uma escala conveniente**. Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 40 c) Trace um eixo vertical para apresentar as frequências, mas deixe – entre o eixo e o extremo da primeira classe – uma distância igual a pelo menos um intervalo de classe. d) Desenhe retângulos com bases iguais aos intervalos de classe e alturas iguais às respectivas frequências. Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma Como se faz um histograma? 41 e) Se quiser, feche a figura. A distância entre o extremo superior da última classe e o eixo vertical deve ser igual a pelo menos um intervalo de classe. Se quiser, escreva as frequências relativas nesse segundo eixo vertical; f) Coloque título e legenda. Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma Como se faz um histograma? 42 Tabela 7: Distribuição de frequências para o diâmetro interno de uma peça. Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma Como se faz um histograma? 43 Figura 11: Histograma do diâmetro interno de uma peça Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma Como se faz um histograma? 44 Adotando uma escala conveniente Adotando uma escala conveniente Limites das classes: os limites das classes serão dados pelo valor de H, se H não for um número inteiro, arredonde esse valor para o número inteiro superior; Construa uma tabela de classes e frequência, verificando quantas vezes os valores contidos no intervalo dessa classe aparecem na amostra. A soma das frequências deve ser igual ao total de dados da amostra (n). Interpretação de um Histograma? Qual é a forma da distribuição? A distribuição é simétrica? Existe um ponto central bem definido? Existe apenas um pico? Quão grande é a variação? Quais conclusões que você pode tirar sobre o desempenho do processo em relação à característica estudada? Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 47 TIPOS DE HISTOGRAMA Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 48 Histograma simétrico Processo geralmente sob controle, somente causas comuns estão presentes; Processo usualmente está estável. Figura 12: Histograma simétrico Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 49 Histograma assimétrico O valor médio está localizado fora do centro; Negativo: Limite superior é controlado ou quando não ocorrer valores acima de certo limite; Positivo: Limite inferior é controlado ou quando não ocorrer valores abaixo de determinado limite. Figura 13: Histograma assimétrico e com único pico Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 50 Histograma Plateau Aspecto possível quando há mistura de várias distribuições com médias diferentes; Ocorre quando dados de duas distribuições, com médias não muito diferentes, são misturados. Figura 14: Histograma de Plateau Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 51 Despenhadeiro O processo não atende às especificações e uma inspeção 100% é realizada para eliminar produtos defeituosos. Figura 15: Histograma do tipo despenhadeiro Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 52 CONCLUSÃO O histograma mostra a quantidade de variação que todo processo traz dentro de si; Ao observar um histograma note sempre: a) Forma; b) Dispersão; c) Centralização. Aplicação das ferramentas de qualidade – histograma 53 Diagrama de causa e efeito Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Conceito: Representação gráfica e estruturada sobre as causas prováveis de um determinado efeito e suas interconexões; Ferramenta da qualidade utilizada na investigação das causas prováveis de um problema em um determinado produto ou processo. Diagrama de causa e efeito Figura 16: Esquema do diagrama de causa e efeito com aspecto de “espinha de peixe”. Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Originalmente proposto por Kaoru Ishikawa, guru da qualidade na década de 60, é bastante utilizado nas empresas como instrumento de melhoria da qualidade do produto e processo de produção; Diagrama de causa e efeito Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Benefícios Ajuda no enfoque do aperfeiçoamento do processo; Registra, visualmente, as causa potenciais que podem ser revistas ou atualizadas; Diagrama de causa e efeito Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito 1º Passo: Identificar o problema a ser investigado; 2º Passo: Escreva o problema a ser resolvido dentro de um retângulo, ao lado direito no final de um eixo como mostra oexemplo; Passo-a-passo do diagrama de causa e efeito Figura 17: Passo-a-passo da montagem do diagrama de causa e efeito Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito 3º Passo: Escrever as “causas primárias” do problema sob investigação em retângulos e dispor em torno do eixo. Ligar esses retângulos ao eixo por segmentos de reta: Passo-a-passo do diagrama de causa e efeito Figura 18: Inscrição das causas primárias no diagrama de causa e efeito Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito 4º Passo: Identificar as “causas secundárias” dentro de cada causa primária. Escrever essas causas ao redor da respectiva causa primária: Passo-a-passo do diagrama de causa e efeito Figura 19: Inscrição das causas secundárias no diagrama de causa e efeito Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Causas primárias: Modelo do 4M/6M: materiais, métodos, máquinas, mão-de-obra (4M); E mais recentemente acrescida de meio ambiente e medidas (6M); Desdobramento de causas Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Figura 20: Diagrama de causa e efeito do modelo 6M´s (a) Definir o problema que você pretende investigar de forma precisa, isto é, evitar termos abstratos e ideias muito genéricas. Usar vocabulário simples e direto; (b) Identificar as causas do problema sob investigação em reuniões ou em sessões de brainstorm. Reunir todas as pessoas envolvidas no processo. Com isso, aumenta-se a probabilidade de identificar todas as causas do problema; (c) Resumir as sugestões em poucas palavras; (d) Concentrar-se nas causas passíveis de serem sanadas; Regras básicas Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Muitas vezes a solução de um problema exige o uso combinado de duas ou mais ferramentas. Exemplo: Gráfico de barras + Diagrama de causa e efeito Ilustração: Perdia-se muito um produto por defeitos de fabricação. Durante dois meses consecutivos, todos os produtos com defeitos foram classificados segundo o tipo de defeito que apresentavam. Foi plotado o gráfico de barras correspondente e descobriu-se que o defeito mais comum era a dimensão da peça. Combinação de ferramentas Figura 21: Gráfico de Pareto do defeito mais comum da ilustração Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Foram levantadas as causas que poderiam afetar a variação da dimensão das peças. A dimensão das peças pode ser afetada por diversas causas. Mas qual a importância de cada uma delas? Combinação de ferramentas Figura 22: Representação das causas primárias e secundárias utilizando o método dos 4M ilustradas em um diagrama de causa e efeito Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Foram levantadas as causas que poderiam afetar a variação da dimensão das peças e chegou-se a conclusão diversas causas influenciavam-na. Mas qual a importância de cada causa e como quantificá-las ? Gráfico de Barras Combinação de ferramentas Figura 23: Qualificação e quantificação das causas que influenciam a dimensão de uma peça utilizando o gráfico de barras. Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Foi examinada cada peça que apresentava dimensão errada para que se pudesse identificar a razão do defeito. Obteve-se como causa de maior efeito sobre a dimensão da peça o mau ajuste da máquina. Combinação de ferramentas Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Feito o reajuste necessário, obteve-se novos dados sobre tipos de defeitos e foi construído novo gráfico de barras. O novo gráfico posto ao lado do anterior sobre itens não-conformes mostra que o reajuste da máquina levou a uma diminuição de perdas. Combinação de ferramentas Figura 24: Comparação de gráfico de barras antes/depois dos ajustes necessários Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de causa e efeito Diagrama de dispersão Aplicação das ferramentas de qualidade – diagrama de dispersão Contextualização Ferramenta da qualidade que estuda a relação entre duas variáveis, estas, que podem ser: Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Uma característica da qualidade e um fator que cause efeito no mesmo Duas característicos de qualidade Dois fatores que possam ter efeito sobre o mesmo característico 70 As variáveis podem ser classificados em métricas e não- métricas. 71 As variáveis não-métricas indicam a presença ou ausência de uma característica. Ex2: Marque numa escala a sua satisfação sobre três produtos fornecidos pela empresa ZETA. Muito satisfeito Nada satisfeito A C B Ex1: Marque 1 se for uma empresa de capital aberto e 0 se for uma empresa de capital fechado. Escala não-métrica nominal Escala não-métrica ordinal 72 Os dados métricos são utilizados quando indivíduos diferem em quantidade ou intensidade em relação a um atributo. Ex3: 40ºF é igual a 4,4ºC. Mas 80ºF é 26,7ºC ao invés de 4,4ºC x 2. Nesse caso, não é possível afirmar que qualquer valor nessa escala é um múltiplo de outro ponto da escala. °C = (°F - 32)/1,8 °F = °C × 1,8 + 32 Ex4: A empresa DELTA precisa analisar o impacto da quilometragem do veículo no preço de vendas (R$ e U$) e para isso vai fazer um estudo dos seus dados. Escala métrica intervalar Escala métrica de razão 73 Integração com outras ferramentas Deve ser usada quando se necessita visualizar o que acontece com uma variável quando outra variável se altera, podendo identificar uma possível relação de causa e efeito entre elas. Ex.: o aumento da temperatura numa praia, faz com que a quantidade de sorvetes vendidos na mesma seja maior. Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Passo-a-passo da construção Segundo VIEIRA (1999), para fazer um diagrama de dispersão aceitável deve-se seguir os seguintes passos: 1) Colete pelo menos 30 pares de dados das variáveis X e Y que se pretende estudar; Indivíduo Variável X Variável Y A 2 3 B 5 4 ... ... ... N (30 ou >) n n Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Tabela 8: Indivíduos e suas variáveis Passo-a-passo da construção 2) Trace um sistema de eixos cartesianos e represente uma variável em cada eixo; 3) Estabeleça as escalas de maneira a dar ao diagrama o aspecto de um quadrado, para isso: Calcule a amplitude do eixo X e a amplitude do eixo Y. Com isso dê a essa diferença comprimentos iguais Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Passo-a-passo da construção Exemplo: Tempo de exposição direta ao sol (minutos) - X Aumento da sede (likertquantificado) - Y 0 0 5 1 10 2 20 3 30 4 50 6 Amplitude = 50 – 0 = 50 Amplitude = 6 – 0 = 6 Num quadrado de 10 cm: Cada minuto do eixo X terá: 10/50 = 0,20 cm Cada like do eixo Y terá: 10/6= 1,67 cm Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Tabela 14: likert de sede associado ao tempo de exposição ao sol Passo-a-passo da construção 4) Escreva o nome das variáveis nos eixos correspondentes e indique suas graduações. Assim como escreva o título, e onde e quando os dados foram obtidos; 5) Faça um ponto para representar cada par de valores x e y. OBS: Esses são passos recomendados, porém cabe ao analista identificar quais são pertinentes à sua análise. Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Passo-a-passo da construção Altura (cm) Peso Dispersão entre altura e peso dos alunos do colégio Riviera Ano: 2009 Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Figura 44: Exemplo de diagrama de dispersão Correlações no diagrama de dispersão Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão O valor do coeficiente de correlação varia entre 1 e -1, sendo os valores próximos de 1 relacionados a uma correlação positiva e os valores próximos a -1 a uma correlação negativa. Não existem coeficientes de correlação commagnitude superior a |1|, quando isso ocorrer, reveja seus cálculos. Quando r for igual a |1| diz-se que a correlação do sistema é perfeita. Correlações no diagrama de dispersão Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Correlações no diagrama de dispersão r Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Tabela 15: Interpretação do grau de correlações Interpretação do diagrama de dispersão Interpretar um gráfico de dispersão é simples, basta-se observar a dispersão dos pontos em relação os dois eixos. Se ainda sim não for visível (casos raros ou especificações muito específicas), calcula-se o r correspondente. Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Interpretação do diagrama de dispersão Correlação positiva Diz-se que uma correlação é positiva quando ambos os eixos (X e Y) crescem no mesmo sentido. Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Interpretação do diagrama de dispersão Correlação negativa Diz-se que uma correlação é negativa quando ambos os eixos (X e Y) crescem em sentidos opostos. Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão Interpretação do diagrama de dispersão Correlação nula Diz-se que uma correlação é nula quando um eixo cresce e o outro varia ao acaso. Aplicação das ferramentas de qualidade - diagrama de dispersão REFERÊNCIAS LUGLI, Djair. Diagrama de dispersão. [S.l.]: [s.n.], Fev. 2008. Disponível em: <http://www.lugli.com.br/2008 /02/diagrama-de-dispersao/> Acesso em 20/08/2014. MARTINS, Rosemary. Diagrama de dispersão ou correlação. [S.l.]: [s.n.], Fev. 2013. Disponível em: <http://www.blogdaqualidade.com.br/diagrama-de-dispersao-ou-de-correlacao/> Acesso em 20/08/2014. SHIMAKURA, S.E. Interpretação do coeficiente de correlação. Curitiba: UFPR – Laboratório de Estatística e Geoinformação, Ago. 2006. Disponível em: <http://leg.ufpr.br/~silvia/CE003/node74.html> Acesso em 20/08/2014. VIEIRA, Sonia. Estatística para a qualidade: como avaliar com precisão a qualidade em produtos e serviços. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999. xv, 198 p. 87 REYES, Andre E.L. Gráfico de controle. CIAGRI/USP. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/qualidade/mod4/pag1_4.htm>. Acesso 10 de Agosto. RIBEIRO, José Luis Duarte. Controle Estatístico do Processo. Série Monográfica de Qualidade. FEENG/UFRGS. Porto Alegre 2012. Disponível em: http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/disciplinas/388_apostilacep_ 2012.pdf>. Acesso 16 agosto 2014. COSTA, A. F. B., EPPRECHT, E. K., CARPINETTI, L. C. R. Controle estatístico de qualidade. São Paulo: Atlas, 2005. KUME, H. Métodos Estatísticos para Melhoria da Qualidade. São Paulo: Editora Gente, 1993.
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