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ZOOLOGIA_DE_INVERTEBRADOS_II

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ZOOLOGIA DE INVERTEBRADOS II 
Conteudista: Anderson Dias Cezar
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - PSEUDOCELOMADOS E ANELÍDEOS.	
2.1 - Pseudocelomados
2.2 - Annelida
UNIDADE 2- CARACTERÍSTICAS GERAIS DE ARTHROPODA
1.1- Anatomia 
1.2- Estrutura Interna 
1.3- Classificação
UNIDADE 3- SUBFILO TRILOBITA E UNIRAMIA
2.1- Subfilo Trilobita
2.2- Subfilo Uniramia 
UNIDADE 4- SUBFILO CHELICERATA
3.1- Características Gerais
UNIDADE 5- SUBFILO CRUSTACEA
4.1- Características Gerais
UNIDADE 6- FILO MOLLUSCA
5.1- Características Gerais
UNIDADE 7- FILO ECHINODERMATA
6.1- As características dos equinodermos
6.2- As classes dos equinodermos
UNIDADE 8- INTRODUÇÃO AOS CORDADOS
7.1- Características gerais
Gabarito
Glossário
Referência Bibliográfica
Anexo
Quadro-síntese do conteúdo programático 
	UNIDADES DE PROGRAMA
	OBJETIVOS
	UNIDADE 1 - PSEUDOCELOMADOS E ANELÍDEOS.	
1.1 - Pseudocelomados
1.2 - Annelida
	Permitir ao aluno o conhecimento dos diversos filos dos animais pseudo celomados e dos anelídeos
	2- CARACTERÍSTICAS GERAIS DE ARTHROPODA
2.1- Anatomia 
2.2- Estrutura interna
2.3- Classificação
	Conduzir o aluno ao conhecimento da morfologia de Arthropoda;
Permitir o entendimento da fisiologia do Filo;
Informar o aluno sobre a diversidade do Filo.
	3- SUBFILO TRILOBITA E UNIRAMIA
3.1- Subfilo Trilobita
3.2- Subfilo Uniramia
	Transmitir ao aluno a noção da organização geral dos Subfilos Trilobita e Uniramia;
Transmitir ao aluno as características diagnósticas da Superclasse Myriapoda e sua diversidade;
Transmitir ao aluno as características diagnósticas da Superclasse Hexapoda e sua diversidade.
	4- SUBFILO CHELICERATA
4.1- Características Gerais
	Proporcionar ao aluno o entendimento da diagnose do grupo;
Transmitir ao aluno as características diagnósticas das classes.
	5- SUBFILO CRUSTACEA
5.1- Características Gerais
	Proporcionar a diagnose do grupo;
Transmitir ao aluno as características diagnósticas das classes.
	6- FILO MOLLUSCA 
6.1- Características Gerais 
	Levar o aluno a relacionar as principais características do grupo;
Transmitir ao aluno as características diagnósticas das classes.
	7- FILO ECHINODERMATA
7.1- As características dos equinodermos
7.2- As classes dos equinodermos
	Levar o aluno a relacionar as principais características do grupo;
Transmitir ao aluno as características diagnósticas das classes.
	8- INTRODUÇÃO AOS CORDADOS
8.1- Características gerais
	Levar o aluno a relacionar as principais características do grupo;
Transmitir ao aluno as características diagnósticas das classes.
Contextualização da disciplina 
A disciplina vai apresentar os mais variados grupos de filos dos animais pseudocelomados. Também apresentará os nematóides um grupo de psudocelomados que possui espécies de vida livre e também muitas espécies parasitas do homem e de diversas espécies de animais, constituíndo um grupo de importância médica. Para tanto são apresentados nesta unidade alguns conceitos em parasitologia bem como alguns ciclos biológicos das espécies mais importantes.	
O filo Arthropoda (arthros = articulado + poda = pé) contém a maioria da biodiversidade existente. Estão nesta categoria os insetos, crustáceos, aranhas, escorpiões, centopeias e outros animais menos conhecidos. É um dos filos mais importante ecologicamente, pois domina todos os ecossistemas terrestres e aquáticos em número de espécies, de indivíduos ou ambos.   
Estão descritas cientificamente mais de um milhão de espécies de artrópodes (mais de 890.000 espécies apenas, segundo outros autores), ou seja, mais de 4/5 de todas as espécies existentes, desde formas microscópicas do plâncton com menos de um quarto de milímetro, até animais de grandes dimensões.
Se o número de espécies pudesse ser usado como indicador de sucesso de um grupo animal, os artrópodes poderiam ser considerados os dominadores do mundo, pois superam em diversidade todos os outros grupos animais reunidos. É, portanto, o maior dos grupos zoológicos, tanto em diversidade de formas como em número de indivíduos.
A enorme variedade permite a sobrevivência dos artrópodes em todos os ambientes. É praticamente impossível encontrar um local não habitado por pelo menos um artrópode. Para que se tenha ideia da diversidade de habitats que apresentam, pode-se dizer que foram encontrados artrópodes em montanhas, em grandes altitudes, assim como em profundidades oceânicas. Há formas adaptadas para a vida no ar, na terra, no solo e em água doce e salgada. 
Tradicionalmente, acreditava-se que os artrópodes tenham evoluído a partir de animais tipo anelídeo poliqueta ou que tenha existido um ancestral comum aos dois filos. Apresentam sistema nervoso semelhante à escada de corda. Ambos possuem o corpo segmentado externamente – fenômeno denominado metamerização. Estudos genéticos recentes mostram que os filos mais próximos dos artrópodes são Onychophora e Tardigrada.
Podem apresentar,ainda, os cordados mais primitivos, uma introdução aos cordados, grupo caracterizado pela presença de uma estrutura denominada notocorda, que pode estar presente por toda a vida do animal ou em alguma parte do desenvolvimento embrionário apenas. Entretanto é importante na formação do tubo neural. Veremos os hemicordados, cephalocordados e os urocordados.
Unidade 1 – pseudocelomados e anelídeos
Objetivo específico:
Introduzir a classificação e caracterizar os grupos. 
2.1 - Pseudocelomados
Enfocaremos, agora, um grupo conhecido como Pseudocelomados, que antigamente era utilizado como um grupo natural; mas, atualmente, dividimos os pseudocelomados nos seguintes filos:
Gastrotricha
Rotifera
Kinorhyncha
Nematoda
Nematomorpha
Acanthocephala
Gnathostomulida
Antes de passarmos ao estudo dos filos, vamos definir dois termos muito importantes:
Pseudoceloma: blastocele embrionário persistente, órgãos internos livres sem estarem envoltos por peritôneo.
Filo Aschelminthes: não forma um grupo natural, rejeitado atualmente. 
Filo Gastrotricha
O filo Gastrotricha é representado por cerca de 430 espécies de animais marinhos e de água doce que habitam os espaços intersticiais dos sedimentos do fundo e dos detritos superficiais.
Sendo as superfícies de plantas e de animais submersos e os filmes de água das partículas do solo. Só que centros de pesquisas que trabalham diretamente com os gastrótricos dizem que já se tem 690 espécies. O filo se divide em dois grupos designados como ordens: os Macrodasyida marinhos e os Chaetonotida marinhos e de águas doce. 
	Hermafroditas, com espécies sem aparelho reprodutor masculino (degenerado).
Muitos gastrótricos são microscópicos em tamanho. Variam em comprimento de 50 a 1000µm, embora os membros de algumas espécies possam atingir 4mm. O corpo tem aparência com um "pino de boliche" ou de fita achatado ventralmente e arqueado dorsalmente.
Existe uma cabeça anterior que porta os órgãos sensoriais, o cérebro e a faringe, bem como um tronco alongado que abriga o intestino médio e os órgãos reprodutivos. Toda a superfície ventral pode ser ciliada, ou os cílios podem arranjar-se em faixas longitudinais, fileiras ou remendos transversais ou agruparem-se em cirros, como os dos ciliados hipotríquios.
Na parte posterior o tronco geralmente encontramos dois ou mais órgãos adesivos, e estes tem uma função de adesão temporária ao substrato e contem sistemas glandulares duplos, ou seja, uma glândula viscosa reunida a uma glândula de liberação.
Os tubos adesivos podem ser numerosos e localizar-se por baixo da cabeça, ao longo das laterais do corpo.
O movimento para frente nos gastrótricos resulta do deslizamento ciliar uniforme. No entanto,a ação muscular é importante nos movimentos especializados,tais como as respostas de fuga,a atividade de procura e a copula. Uma resposta de fuga pode ser uma rápida retirada para trásda cabeça e do tronco ate uma ligação feita pelo órgão adesivo posterior ou por uma serie de movimentos semelhante aos de uma lagarta.Durante a copula,os dois animais usam os músculos para retorcer as suas extremidades posteriores juntas como se entrelaçassem as pontas de seus dedos indicadores.
A boca terminal abre-se diretamente na faringe, em alguns quetonotídeos, em uma pequena cavidade bucal revestida com cutícula. A parede faringiana compõe-se predominantemente de células mioepitelias que seria um tubo muscular glandular e alongado. 
Nos macrodasiídeos, a faringe abre-se primeiro ao exterior através de um par de poros antes de juntar-se ao intestino médio. O intestino médio é um tubo cilíndrico celular que se afila para juntar-se ao anus posterior e ventral. Os gastrótricos alimentam-se de pequenas partículas orgânicas mortas ou vivas (tais como bactérias, diatomáceas e pequenos protozoários), todas sendo sugadas para o interior da boca pelo bombeamento da faringe muscular.
A digestão ocorre no intestino médio e é provavelmente uma combinação de processos extra e intracelular. Os gastrótricos têm um cérebro pequeno e um par de nervos longitudinais sendo composto por duas massas ganglionares conectadas dorsal e ventralmente, uma em cada lado da parte anterior da faringe. Cada gânglio lateral origina um cordão nervoso intra-epidérmico que se estende lateralmente ao longo do comprimento do corpo.
Possuem órgãos sensoriais que incluem as estruturas cerebrais cerdas e tufos ciliares (mecanorreceptores), buracos ciliados, apêndices carnosos (quimiorreceptores) e ocelos ciliares simples (fotorreceptores).
Reprodução:
Pode ser sexuada (hermafrodita seqüenciais) ou assexuada (partenogênese – ovos resistentes a ambientes desfavoráveis). Ao contrário dos outros asquelmintos, os gastrótricos são hermafroditos. No Macrodasys marinho,que se aproxima provavelmente do plano primitivo, existe um par de gônadas hermafroditas, cada qual com um testículo anterior e um ovário posterior. O órgão copulatório então funciona como um pênis para transferir o esperma ao parceiro de copula. O esperma é então armazenado dentro de um receptáculo seminal. Os ovos internamente fertilizados são liberados do corpo por ruptura. Toda a espécie tem órgãos reprodutivos acessórios complexos. O sistema masculino dos quetonotídeos de água doce degenerou-se tanto que todos os indivíduos são funcionalmente fêmeas e reproduzem-se partenogeneticamente. Nos quetonotídeos partenogeneticos de água doce, produzem-se dois tipos de ovos, que se prendem ao substrato.
Distribuição Geográfica: 
A observação da espécie de gastrótricos pode ocorrer em vários paises como: Itália, Noruega, Coréia do Sul, Brasil, Israel, Egito, Austrália, USA, França, Espanha, Croácia, Reino Unido e outros mais.
 	Sistemática:
Ordens Macrodasyida e Chaetonotida
Estrutura geral de um Gastrotricha
Fonte: http://tolweb.org/Gastrotricha/2479. Acessado em 02 de fevereiro de 2010
Filo Rotifera
	Aquáticos, formam colônias, sésseis ou livre-natantes. Corpo dividido (região anterior e posterior), corpo coberto por cutícula, projeções laterais posteriores – antenas, órgão anterior na cabeça – corona, boca – faringe (mástax) – glândulas salivares – esôfago – estômago – intestino, presença de cloaca (abertura do intestino + abertura do oviducto), protonefrídios, vesícula excretora, cérebro, cerdas sensoriais e acelos.
	Reprodução: 
Assexuada (partenogênese) ou com a participação do macho. 
Dos ovos fecundados pelos machos podem nascer machos e fêmeas 
Partenogênese (sem a participação do macho) nascem apenas as fêmeas 
	Sistemática:
Classes Seisonacea, Bdelloidea, Monogonta
fonte: http://www.emc.maricopa.edu/faculty/farabee/biobk/biobookdiversity_7.html. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
Filo Kinorhyncha
	Marinhos (fundo lodoso), ausência de cílios externos, cutícula segmentada (zonites), presença de espículas móveis curvas nas laterais de cada segmento (equinódera), círculo de espinhos bucais (verticílios), boca – faringe – glândulas salivares – esôfago – estômago-intestino e ânus, protonefrídios, cérebro, ocelos. Dióicos.
Kinorhyncha constitui cerca de 150 espécies descritas de metazoários marinhos pequenos que escavam a camada superficial de substratos não consolidados ou vivem em seus espaços intersticiais. Eles foram encontrados desde a zona entremarés até milhares de metros de profundidade, normalmente com menos de 1mm de comprimento. O corpo curto é aplainado ventralmente, como o dos gastrótricos, mas os quinorrincos não possuem cílios locomotores e, com exceção da ausência de apêndices pareados, se assemelham superficialmente a copépodes harpaticóides intersticiais, com os quais às vezes são confundidos. Segmentação da cutícula, musculatura da parede do corpo, glândulas epidérmicas e sistema nervoso são características distintivas. O corpo é dividido em 13 segmentos, dos quais o primeiro é o introverte (cabeça) e o segundo é o pescoço. Os 11 segmentos restantes compõem o tronco, freqüentemente triangular em seção transversal. A boca é anterior e terminal, como em outros cicloneurálios e está situada na extremidade de um cone oral protraído. O cone oral pode ser retraído e protraído. A boca é rodeada por um circulo de nove estilos orais cuticulares. O próprio introverte possui 90 escálides – anéis de cerdas cuticulares quitinosas sensoriais e locomotoras – espiniformes organizadas em sete anéis concêntricos ao redor dele. Todo o introverte pode ser retraído para dentro do pescoço ou do primeiro segmento do tronco, daí, o nome Kinorhyncha, significando “nariz móvel”. Um jogo de placas cuticulares, ou plácides, no sefundo ou terceiro segmento, fecha o introverte retraído. Uma epiderme celular uniestratificada fina está abaixo da cutícula e a secreta.
Estrutura geral de um Kinorhyncha
Fonte: http://www.bumblebee.org/invertebrates/KINORHYNCHA.htm
Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
Filo Nematoda
NEMATÓIDES
Como representantes do nematóides, podemos citar os gêneros Ascaris, Trichuris, Ancylostoma e Enterobius.
	Os nematóides são helmintos (vermes) alongados, com simetria bilateral e sistema digestivo completo (boca até ânus). Lúmen (luz ou espaço interno) da faringe trirradiado, corpo coberto por cutícula não celular eliminada quatro vezes (mudas). Protonefrídios ausentes, cílios e flagelos ausentes, na maioria são dióicos (sexos separados) e alguns, hermafroditas. O sistema reprodutor masculino abre-se em uma cloaca.
	Parede do corpo: composta de cutícula, hipoderme e musculatura. O fluido do pseudoceloma é a hemolinfa (eletrólitos, proteínas, carboidratos, enzimas). Presença de celomócitos, que são células aderidas ao pseudoceloma.
	Sistema nervoso: anel nervoso no esôfago.
	Órgãos sensoriais: papilas cefálicas (anfídeos), caudais (fasmídeos) e cervicais (deirídeos).
	Sistema digestivo: boca com lábios e cápsula bucal, esôfago glandular, intestino e ânus.
Sistema reprodutor masculino: um ou mais testículos, vesícula seminal, ducto ejaculatório, espículos copulatórios, gubernáculo (esclerotinização da parede de cloaca), telamon (esclerotinização extra da cloaca), espermatozóides sem flagelos.
Sistema reprodutor feminino: um a seis ovários, poro genital independente do digestivo (sem cloaca), útero com ovijector (porção final muscular), vagina com vulva.
Sistemática:
Classes Aphasmidea e Phasmidea
 Fonte: http://chestofbooks.com/animals/Manual-Of-Zoology/Order-III-Nematoda-or-Nematoidea.html. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
Filo Nematomorpha
	São semelhantes ao nematóides. Adultos de vida livre, os juvenis são parasitos de insetos e crustáceos; corpo filamentoso em forma de fio; sem cabeça definida; corpo composto de cutícula, epiderme e capa muscular. Aparelho digestivo rudimentar (adultos não se alimentam), sistema nervoso com anel nervoso rudimentar. Dióicos.
O ciclo de vida dos nematomorfos inclui uma fasejuvenil parasitária e uma fase adulta de vida livre. Uma vez no insecto, em geral gafanhotos, baratas ou grilos, o nematomorfo cresce comendo o hospedeiro de dentro para fora. Ao atingir um dado tamanho, o nematomorfo segrega uma proteína que induz o insecto a procurar um corpo de água. O hospedeiro morre então afogado e liberta o parasita para a água, onde prossegue como adulto de vida livre. A forma como os juvenis infestam os insectos hospedeiros é desconhecida.
O ordem Nectonematoida corresponde a nematomorfos marinhos e planctónicos, cujas larvas parasitam crustáceos decápodes. A ordem Gordioidea inclui nematomorfos de água doce, ou semi-terrestres, cujas larvas parasitam insectos.
Estrutura geral de um Nematomorpha
Fonte: http://tolweb.org/Nematomorpha/2473. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
Filo Acanthocephala
	Parasitas dióicos sem estágio larval de vida livre. Corpo dividido em colo (pescoço), tronco e probóscide – com tegumento fino com espinhos e presença de saco muscular (receptáculo). Essa probóscide mais o receptáculo formam o presoma. Colo sem espinhos; tronco ou metasoma, com ou sem espinhos. Aquisição de nutrientes pela parede do corpo.
	Parede do corpo: sincício com uma série de canais interconectantes (sistema lacunar). Presença de leminiscos (canais centrais).
	Sistema reprodutor masculino: dois testículos, bolsa copuladora, bolsa de Saefftingen (órgão acessório).
	Sistema reprodutor feminino: ovário fragmentado (bolas ovarianas), sino uterino (órgão seletor de ovos), vagina.
	Sistema excretor: presença de protonefrídios na família Oligacanthorhynchidade; nas demais, excreção por difusão da parede do corpo.
	Ciclo vital: utilizam dois hospedeiros, no mínimo. 
Formas larvares: 
acantor –larva embrionada infectiva para o hospedeiro intermediário; 
acantela – larva desenvolvida na hemocele (cavidade geral) do hospedeiro intermediário;
cistacanto – estágio infectivo para o hospedeiro definitivo, está no hospedeiro intermediário envolto por um envelope hialino.
	Sistemática:
Classes Archiacanthocephala, Palaeacanthocephala e Eoacanthocephala.
��
Fonte: http://people.mokk.bme.hu/~daniel/Heni/regebbi/005%20Gephyrea%20Nemertinea%20Rotatoria%20etc/. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
Estrutura geral de um Acanthocephala
Filo Gnathostomulida
	Animais acelomados, que vivem entre grãos de areia. Têm o corpo transparente e cilíndrico, epiderme ciliada, sistema nervoso epidérmico, cavidade bucal com mandíbulas denteadas e intestino sem ânus. Dióicos ou monóicos.
Animais marinhos intersticiais de vida livre, podendo ser encontrados entre detritos e em ambientes anóxicos. Apesar de pouco estudados, por terem sido descritos recentemente, em 1956, acredita-se que sejam muito abundantes, apresentando distribuição cosmopolita. O corpo é vermiforme, podendo chegar a 3 mm de comprimento, bilateralmente simétrico, e dividido em três partes: cabeça, tronco, e cauda. Alguns são transparentes, enquanto que outros apresentam coloração vermelho vivo. São hermafroditas, apresentando fecundação interna cruzada, e desenvolvimento direto. Alimentam-se principalmente de fungos, protistas e bactérias. Possuem um par de mandíbulas e uma rígida placa basal em forma de pente, utilizada, provavelmente, para raspar o substrato. Estas estruturas constituem um dos caracteres mais marcante do filo. Não há registros de que estes animais tenham sido coletados na costa brasileira.
��
Estrutura geral de um Gnathostomulida
Fonte: http://biodidac.bio.uottawa.ca/thumbnails/filedet.htm?File_name=Gnat002b&File_type=gif. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
Encerrado o estudo dos pseudocelomados 
será visto agora o grupo dos anelídeos.
2.2 - Annelida
Características gerais:
os anelídeos são marinhos (poliquetos), dulciaqüicolas, terrestres e parasitas (sanguessugas), com corpo segmentado (metâmeros). O prostômio (segmento onde se localiza a cabeça) e o pigídio (segmento anal) são segmentos fundidos. Têm sistema digestivo completo, com digestão extracelular, excreção por nefrídios e sistema circulatório fechado.
Dividimos os anelídeos em: 
Classe Polychaeta ou poliquetos
Classe Oligochaeta ou minhocas
Classe Hirudinea ou sanguessuga
CLASSE POLYCHAETA - POLIQUETOS
	Anelídeos marinhos com segmentos corporais cilíndricos, com um par de apêndices (parapódios) por segmento. (Parapódios superiores – notopódios; inferiores – neuropódios). Cabeça com olhos e um par de palpos e antenas, boca ventral entre o prostômio e o peristômio (1º segmento). Dividem-se em dois grupos: os errantes (livres) e os sedentários (tubícolas). Os poliquetos predadores possuem probóscide com mandíbulas e glândulas de veneno. Os poliquetos filtradores não possuem probóscide. A respiração se faz por meio de brânquias ou por difusão através da superfície. Presença de amebócitos no sangue e pigmentos (hemoglobina, clorocruorina, hemeritrina). Presença de cérebro com um par de cordões conectores e um cordão nervoso ventral. Presença de estatocistos e células táteis. Hermafroditas ou dióicos, larva trocófora.
Estrutura geral de um poliqueto
Fonte: http://www.sabedoria.ebrasil.net/db/biologia/estudos/biologia/biologiag/annelida.php.htm. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
Região da cabeça de um poliqueto
Fonte: http://www.bumblebee.org/invertebrates/ANNELIDA.htm. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
CLASSE OLIGOCHAETA - MINHOCAS
	Anelídeos terrestres e dulciaqüicolas sem parapódios e órgãos sensoriais, prostômio atrofiado. Presença de uma zona (glandular) secretora de muco para a cópula, formando um cinturão ou clitelo. Alimentam-se de matéria orgânica morta (terrestres) e algas (aquáticas). Presença de glândulas calcíferas no esôfago (eliminar cácio e manter pH). Respiração através de difusão pelo tegumento. Excreção por metanefrídios (um par por segmento) de amoníaco (aquáticos) e uréia (terrestres). Reprodução sexuada e assexuada.
Estrutura geral de um Oligochaeta
Fonte: http://plpnemweb.ucdavis.edu/nemaplex/Kingdoms/Annelida.htm. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
CLASSE HIRUDINEA - SANGUESSUGAS
	Anelídeos terrestres, marinhos e dulciaqüicolas; parasitas (ectoparasitas hematófagos) ou não. Corpo comprimido dorso-ventralmente, extremidades com ventosas. Presença de clitelo; de brânquias ou troca gasosa pelo tegumento. Possui hemoglobina. Observa-se probóscide ou faringe sugadora e glândulas salivares. Excreção por nefrídios (um par por segmento) de amoníaco. Sistema nervoso ganglionar (sem cérebro). São hermafroditas, com gônadas bem definidas.	
Estrutura geral de um Hirudíneo
Fonte: http://www.marlin.ac.uk/taxonomydescriptions.php. Acessado em 02 de fevereiro de 2010.
	Se os pontos ministrados nesta unidade foram perfeitamente compreendidos, execute as tarefas, a seguir, que ajudarão você a fixar melhor o conteúdo da disciplina. Caso exista, ainda, alguma dúvida, recorra ao tutor da disciplina, que terá o maior prazer em orientá-lo.
	
Não deixe que as dúvidas tirem o seu estímulo. Estar estimulado é um dos requisitos necessários para o seu sucesso no ensino a distância. 
Leitura complementar:
	Para você saber mais a respeito da classificação e caracterização dos grupos, leia os capítulos de pseudocelomados e anelídeos do livro Zoologia dos invertebrados, de Barnes.
	Parabéns!!!
Você chegou ao final de mais esta unidade, que fecha a disciplina. Esperamos que você tenha aproveitado e seguido todas as indicações feitas neste instrucional e que o tutor da disciplina tenha tirado todas as dúvidas que porventura tenham surgido no decorrer dos seus estudos.
Neste módulo, você teve a oportunidade de estudar as características anatômicas, ecológicas e comportamentais dos pseudocelomados e anelídeos, bem como conceitos de parasitologia.
Exercícios de fixação
1 – Caracterizeo corpo dos Nematóides.
2 – Como se apresenta o sistema digestivo dos Oligochaetas ?
3 – Quais os pigmentos encontrados no sangue dos anelídeos?
4 – Apresente a divisão corporal dos acantocéfalos.
5 – Cite o grupo que era utilizado para reunir os pseudocelomados. 
	
Lembre-se de que você ainda terá uma prova final. Dessa forma, é bom ir se preparando para recordar tudo o que você estudou e continuar comunicando-se com o tutor da disciplina.
Bom estudo e sucesso!
UNIDADE 2: CARACTERÍSTICAS GERAIS DE ARTHROPODA
2.1- Anatomia (título 2)
Têm simetria bilateral e corpo segmentado com vários apêndices articulados. Os apêndices estão especializados para a alimentação, para a percepção sensorial, para defesa e para a locomoção. São estes "pés articulados" que dão o nome ao filo. Nos artrópodos, os segmentos ou metâmeros, durante o desenvolvimento embrionário, podem ser agrupados de acordo com a função exercida em regiões do corpo, denominadas tagmas, tipicamente:
Cabeça - tagma sensorial; 
Tórax - tagma locomotor; 
Abdômen - tagma visceral. 
Pode ocorrer junção de alguns tagmas: cabeça + tórax (cefalotórax) e tórax mais abdome (tronco).
Todas as superfícies externas do corpo são revestidas por um exoesqueleto orgânico contendo quitina (especialmente), proteínas, ceras e lipídeos. Nos crustáceos, pode ser ainda mais endurecido por impregnação de carbonato de cálcio, formando uma carapaça. O exoesqueleto apresenta, externamente, tricobótrios que são pelos e cerdas sensoriais e, internamente, dobras e pregas internas (apódemas), que servem de apoio aos músculos.
O exoesqueleto fornece suporte ao corpo, permite a movimentação dos apêndices, apoio aos músculos, protege contra choques mecânicos e perda de água, o que explica seu sucesso em meio terrestre. No entanto, o exoesqueleto acarreta dificuldades pois é rígido, limitando o crescimento. Devido às dificuldades de crescimento impostas pelo exoesqueleto, os artrópodes necessitam realizar mudas periódicas (ecdise). Crustáceos e quelicerados realizam mudas ao longo de toda a vida, enquanto os insetos param de sofrer esse processo após a maturidade sexual. 
Processo de Ecdise ou Muda
O exoesqueleto é dividido em três camadas: epicutícula, exocutícula e endocutícula. O principal hormônio envolvido é a ecdisona O exoesqueleto velho é “solto” por enzimas e vai sendo dissolvido de dentro para fora (endocutícula), enquanto um novo é formado por baixo dele. A endocutícula é absorvida pela epiderme. Quando o novo está formado, o exoesqueleto velho (epicutícula e exocutícula) fende-se em locais predeterminados e o animal emerge. Enchendo o corpo de ar ou água para expandir ao máximo, o animal espera que o novo exoesqueleto endureça, enquanto cresce. O período entre duas mudas é denominado instar e o material eliminado é denominado exúvia. 
2.2- Estrutura interna (título 2)
Sistema nervoso ganglionar ventral e órgãos dos sentidos bem desenvolvidos. Apresentam antena que contém grande percepção olfativa e olhos compostos, permitindo respostas rápidas a estímulos. 
O sistema circulatório é aberto, composto por um vaso dorsal simples, com zonas contrácteis que funcionam como um coração tubular, donde o sangue (denominado hemolinfa com pigmento respiratório hemocianina) passa para uma aorta dorsal anterior. Após este vaso o sangue espalha-se por espaços denominados hemoceles, banhando os tecidos. É importante esclarecer que o sangue distribui apenas os nutrientes, não tendo nenhuma relação com a oxigenação dos tecidos que é realizada diretamente pelo sistema respiratório. 
O sistema respiratório pode ser de diversos tipos, dependendo do meio em que o animal vive. Os artrópodes terrestres possuem canais ramificados de quitina, denominados traqueias, por onde o ar circula. As traqueias, túbulos que se comunicam com o exterior através de aberturas denominadas espiráculos, promovendo a troca de gases.  Espécies aquáticas possuem brânquias, ligadas ao sistema de traquéias, enquanto outras respiram pela superfície do corpo. 
	O celoma é reduzido e ocupado pelos órgãos reprodutores e excretores. Esse fato, possivelmente, está relacionado com o abandono da locomoção por pressão hidrostática existente em anelídeos.
  	O sistema digestivo é completo com glândulas digestivas. Peças bucais formadas por apêndices modificados e adaptadas para diferentes tipos de alimentação. O sistema excretor é formado por túbulos de Malpighi, composto por uma rede de túbulos mergulhados na cavidade celômica e em contato com o sangue, de onde removem as excreções. Estes tubos comunicam com o intestino, onde lançam esses produtos, que são eliminados com as fezes. Dependendo da posição anatômica e do grupo taxonômico o sistema excretor pode ser denominado glândulas coxais, antenais ou maxilares. 
A reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Os artrópodes apresentam sexos separados, com fecundação interna nas formas terrestres e interna ou externa nas aquáticas. Os ovos são ricos em vitelo e o desenvolvimento é quase sempre indireto, passando os animais por metamorfoses.
2.3- Classificação (título 2)
	Filo
	Arthropoda
Pés articulados e exoesqueleto quitinoso
	Subfilo
	Trilobita
	Chelicerata
Cefalotórax e abdome, quelícera e sem antenas.
	Crustacea
Apêndice birreme, cefalotórax e abdome, mandíbula e 2 pares de antenas.
	Uniramia
 Apêndice em ramo único, mandíbula e um par de antenas.
	Superclasse
	
	
	
	Hexapoda
Cabeça, tórax e abdome;
3 pares de pernas.
	Myriapoda
Cabeça e tronco, várias pernas.
	Classe
	
	Arachnida
Pycnogonida
Merostomata
	Remipedia
Cephalocarida
Brachiopoda
Ostracoda
Maxillopoda
Mallacostraca
	Insecta
	Protura 
Diplura 
Colembola
	Diplopoda
Chilopoda
Pauropoda
Symphyla
Exercícios (título 3)
1) Quais as características diagnósticas de Arthropoda?
2) Quais as vantagens e desvantagens do exosesqueleto?
3) Explique como é feita a oxigenação dos Arthropoda:
4) Quais os Subfilos de Arthropoda e suas características diagnósticas?
5) Diferencie as Superclasses de Uniramia.
Atividades Complementares (título 3)
Pesquise sobre as vantagens e prejuízos que os Arthropodas trazem ao homem.
UNIDADE 3: SUBFILO TRILOBITA E UNIRAMIA
3.1- Subfilo Trilobita (título 2)
	O vocábulo vem do latim trilobito = formado por três lobos + grego morpha = forma. Grupo que surgiu no período Cambriano e desapareceu no Permiano. Todos marinhos, com corpo dividido em três tagmas: cabeça, tórax e pigídio. Dois sulcos dorsais dividiam o corpo em três lobos. Cabeça com antenas, olhos compostos, boca e apêndices birremes. Tórax e pigídio com apêndices birremes contendo uma parte locomotora (telopodito), outra branquial (epipodito) e uma estrutura mastigadora na base (gnatobase). Deslocavam-se por rolamento do corpo.
Fonte: http://www.upv.es
3.2- Subfilo Uniramia (Atelocerata) (título 2)
	Os uniramia são considerados classicamente como um subfilo do filo Arthropoda. São animais principalmente terrestres, caracterizados pela presença de apêndices não ramificados em animais mandibulados. O nome Atelocerata refere-se à perda de um par de antenas. Apresentam como características diagnósticas a presença de quatro apêndices cefálicos (um par de antenas, um par de mandíbulas e dois pares de maxilas), sistema respiratório traqueal, excreção por túbulo de Malpighi e ausência de carapaça. 
Superclasse Myriapoda (título 3)
	Agrupa animais segmentados com um elevado número de pernas, como as lacraias e gongolos. São tradicionalmente divididos em quatro classes: Chilopoda (lacraias), Diplopoda (piolho-de-cobra), Puropoda e Symphila e agregam aproximadamente 13.000 espécies.
	Apresentam corpo constituído por uma cabeça e um tronco (junção de tórax + abdome) alongado que contém muitos segmentos portadores de pernas. Na cabeça existe um par de antenas e olhos laterias simples.Esses estão constituídos por alguns omatídeos frouxamente agrupados, mas não existe cone cristalino. Symphila e Pauropoda não apresentam olhos.
	Há higrorreceptores e/ou quimiorreceptores denominados órgãos de Tömösváry, localizados na cabeça. Pode possuir glândula repugnante que secreta substância nociva para sua defesa. Sistema repiratório traqueal e a excreção ocorre pelos túbulos de Malpighi, mas nefrídios saculiformes (glândulas coxais) de função incerta também estão presentes. O coração é um tubo dorsal que se estende por todo o comprimento do tronco e apresenta um par de óstios em cada segmento, mas artérias ramificadas raramente estão presentes.
	Sistema nervoso não fortemente cefalizado. Os sexos são separados, a fertilização é interna e a transferência indireta de espermatozoides por espermatóforos está amplamente desenvolvido.
Classe Chilopoda (título 3)
	Os membros dessa classe são conhecidos, vulgarmente, como centopeias ou lacraias. São animais alongados, achatados ou vermiformes com 15 ou mais pares de pernas (15 a 117 pernas e o corpo está dividido em duas regiões: cabeça e tronco. O tronco apresenta um par de pernas por segmento. A maioria das centopeias tem hábitos crípticos e/ou vida noturna. Esse hábito não representa não somente uma proteção contra predadores, mas também contra dessecação. São predadores ativos, distribuídos por todo o mundo, que vivem principalmente em zonas úmidas e quentes, escondendo-se de dia e saindo à noite para perseguir as suas presas, geralmente outros artrópodes, embora centopeias grandes possam capturar pequenos vertebrados, como rãs, aves, cobras etc. São animais ativos e correm muito. Alimentam-se de aranhas, insetos, e outros animais pequenos. Todos os quilópodes são venenosos, embora em graus variáveis. 
Anatomia externa
 	A cabeça pode ser convexa ou achatada, com as antenas localizadas na margem frontal. A base da mandíbula é alongada e encontra-se na região ventro-lateral da cabeça. Os lobos gnatais são portadores de vários dentes grandes e de uma espessa franja de cerdas. Debaixo das mandíbulas, há um par de primeiras maxilas, que forma um lábio inferior funcional. Um par de segundas maxilas sobrepõe-se ao primeiro. Cada primeira maxila tem um palpo curto. 
Cobrindo todos os outros apêndices bucais, há um grande par de garras de veneno, também chamadas de maxilípedes ou forcípula, pois são, na verdade, os apêndices do primeiro segmento do tronco, envolvidos na alimentação. Cada garra é curvada em direção à linha mediana ventral, e termina num gancho pontiagudo, que é a saída do ducto da glândula de veneno, localizada dentro do apêndice. É a esses apêndices que se refere o nome Chilopoda. 
Atrás do primeiro segmento do tronco, que possui as garras de veneno, encontram-se 15 ou mais segmentos portadores de pernas. As coxas das pernas estão inseridas lateralmente em cada placa esternal. Entre o último segmento com pernas e o telson terminal, estão dois pequenos segmentos sem pernas - os segmentos pré-genital e genital. Além das garras de veneno, há outras adaptações para proteção. O último par de pernas nas centopeias é o mais longo e podem ser usadas na defesa através de "beliscões". Alguns possuem glândulas repugnantes.
 
Alimentação 
Acredita-se que a classe, como um todo, é predadora. Pequenos artrópodos formam a maior parte da dieta, mas algumas centopeias alimentam-se de minhocas, caracóis e nematoides. A presa é detectada e localizada por contato através das antenas, ou com as pernas e, então, é capturada e morta, ou atordoada com as garras de veneno. Certas espécies não se alimentam quando desprovidas de suas antenas.
Após a captura, a presa é sustentada pelas segundas maxilas e garras de veneno, enquanto as mandíbulas e as primeiras maxilas desempenham a ação manipuladora requerida para a ingestão. O trato digestivo é um tubo reto, com o intestino anterior ocupando de 10 a 70% do comprimento, dependendo da espécie. O intestino posterior é curto. As secreções salivares são fornecidas pelas glândulas associadas em cada um dos apêndices alimentares.
Grandes centopeias são frequentemente temidas, mas o veneno da maioria delas, embora doloroso, não é suficientemente tóxico para ser letal ao homem. O efeito é geralmente similar à picada de uma vespa. Registros de mortes humanas causadas por Scolopendra gigantea não foram comprovados. A espécie Scolopendra heros, além da picada, faz pequenas incisões com suas pernas ao andar; quando o animal é irritado, derrama nessas feridas um veneno produzido perto das coxas, causando inflamação.
Trocas gasosas, circulação e excreção
 	As trocas gasosas são efetuadas através de um sistema traqueal. Com poucas exceções, os espiráculos encontram-se na região pleural membranosa acima e logo atrás das coxas. Basicamente, há um par por segmento. O espiráculo, que não pode ser fechado, abre-se em um átrio revestido de pelos cuticulares (tricomas) que podem reduzir a dessecação ou impedir a entrada de partículas de pó. Os tubos traqueais se abrem na base do átrio e terminam em pequenos tubos cheios de líquido que fornecem oxigênio diretamente para vários tecidos.
Geralmente há um único par de túbulos de Malpighi, que consistem de um ou dois pares de tubos delgados ramificados. Os detritos passam do sangue, através das finas paredes dos túbulos, para o lúmen, e depois para o intestino. Grande parte dos detritos nitrogenados é excretada como amônia e não como ácido úrico. Os quilópodos requerem ambiente úmido para manter um balanço hídrico apropriado, pois o tegumento não possui a cutícula cerosa dos insetos e aracnídeos.
 
Órgãos sensoriais
Alguns habitantes de cavernas não possuem olhos e outros quilópodos possuem de poucos a muitos ocelos. Em algumas espécies, os ocelos estão agrupados e organizados de modo que formam olhos compostos. Entretanto, não há evidência de que esses olhos compostos funcionem mais do que na simples detecção do claro e escuro. Muitos quilópodos são negativamente fototrópicos.
Um par de órgãos de Tomosvary está presente na base das antenas. Cada órgão sensorial consiste de um disco com um poro central, para o qual convergem as extremidades de células sensoriais. Os poucos estudos sobre os órgãos de Tomosvary sugerem que eles detectam vibrações, talvez auditivas. O último longo par de pernas de muitos quilópodos tem uma função sensorial, elas estão modificadas para formar um par de apêndices anteniformes, dirigidos para trás. 
Reprodução e desenvolvimento
O ovário é um órgão tubular único localizado acima do intestino e o oviduto se abre numa saída mediana ventral do segmento genital posterior, sem pernas. A abertura feminina é ladeada por um pequeno par de apêndices, chamados de gonópodos. Nos machos há de 1 a 24 testículos, localizados acima do intestino médio. Os testículos estão ligados a um único par de ductos espermáticos que se abrem através de um gonóporo mediano no lado ventral do segmento genital. O segmento genital possui pequenos gonópodos.
A transmissão de espermatozoides é indireta nos quilópodos, como nos outros miriápodos. Em geral, o macho constrói uma pequena teia de fios de seda secretada por uma fiandeira localizada no átrio genital. Um espermatóforo, de até vários milímetros, é colocado na teia. A fêmea apanha o espermatóforo e o coloca na sua abertura genital. Os gonópodos de cada sexo auxiliam na manipulação do espermatóforo.
O macho geralmente só produz um espermatóforo ao encontrar a fêmea, e frequentemente há um comportamento inicial de corte. Cada indivíduo pode apalpar a extremidade posterior do parceiro com as antenas enquanto o casal se move em círculos. Este comportamento pode durar até uma hora antes de o macho depositar o espermatóforo. O macho então "sinaliza" para a fêmea (ex.: mantendo as pernas posteriores ao lado do espermatóforo enquanto gira a parte anterior do corpo e toca nas antenas da fêmea). Ela responde rastejando-se em direção do macho e apanhando o espermatóforo.Fonte: http://animaldiversity.ummz.umich.edu (Se possível, reescrever os nomes do desenho acima)
 Classe Diplopoda (título 3)
O vocábulo vem do grego diplo = duplo; poda = pé, apêndice. Seus membros são conhecidos vulgarmente como piolhos-de-cobra, gongolos ou imbuás. Esses artrópodos são encontrados em todo o mundo, especialmente nos trópicos. Em geral têm hábitos crípticos e evitam a luz. Vivem debaixo de folhas, pedras, cascas de árvores e no solo. Alguns habitam antigas galerias de outros animais, como minhocas; outros são comensais de ninhos de formigas. Um grande número de diplópodos habita cavernas. A maioria dos diplópodos tem cor preta ou marrom; algumas espécies são vermelhas ou alaranjadas, e não são raros os padrões manchados. Alguns diplópodos são luminescentes.
 
Anatomia externa
Apresenta segmentos duplos no tórax (diplossegmentos) derivados da fusão de dois somitos originalmente separados. Cada diplossegmento tem dois pares de pernas, de onde deriva seu nome. A condição de segmentação dupla é também evidente internamente, pois existem dois pares de gânglios ventrais e dois pares de óstios cardíacos dentro de cada segmento.
A cabeça tende a ser convexa dorsalmente e achatada ventralmente, com o epistômio e o labro estendendo-se para frente das antenas. Os lados da cabeça estão cobertos pelas bases convexas das mandíbulas muito grandes. Distalmente, a mandíbula porta um lobo gnatal que possui dentes e uma superfície raspadora. O assoalho da câmara pré-bucal é formado pelo primeiro par de maxila denominada gnatoquilário. O segundo par está ausente. 
O tronco pode ser achatado ou essencialmente cilíndrico. O segmento típico (diplossegmento) é coberto por um tergo dorsal convexo que, em muitas espécies, estende-se lateralmente como uma saliência, chamada carena ou paranoto. Ventrolateralmente, existem duas placas pleurais, e ventralmente, duas placas esternais. Também é comum a presença de uma placa esternal mediana. As placas esternais são portadoras de pernas. 
Os segmentos anteriores diferem consideravelmente dos outros e não são, provavelmente, diplossegmentos. O primeiro (colo) é desprovido de pernas e forma um grande colarinho atrás da cabeça. Os segundo, terceiro e quarto segmentos possuem apenas um par de pernas. O corpo termina no télson, no qual o ânus se abre ventralmente.
O tegumento é duro, particularmente os tergitos e, como o tegumento dos crustáceos, está impregnado com sais de cálcio. 
O tamanho dos diplópodos varia muito. Alguns são minúsculos, algumas espécies medem 2,0 mm de comprimento, outras medem menos que 4,0 mm, mas a maioria dos membros desta subclasse tem vários centímetros de comprimento.
Proteção
Para compensar a falta de velocidade na fuga de predadores, muitos mecanismos protetores evoluíram nos diplópodos. O esqueleto calcário protege as regiões superiores e laterais do corpo. E protegem a superfície ventral mais vulnerável, enrolando o tronco em espiral quando em repouso ou perturbados. 
As glândulas repugnantes estão presentes em muitos diplópodos. Geralmente há apenas um par de glândulas por segmento, embora elas estejam totalmente ausentes em alguns segmentos. As aberturas se encontram nos lados das placas tergais, ou nas margens dos lobos tergais. Cada glândula consiste de um grande saco secretor, que se esvazia em um ducto para o exterior através de um poro externo. O principal componente da secreção pode ser um aldeído, quinona, fenol ou cianeto de hidrogênio. A secreção é tóxica ou repelente a pequenos animais, e em algumas espécies tropicais grandes é cáustica à pele humana. O fluido é geralmente exsudado lentamente, mas algumas espécies podem liberá-lo como um jato de 10 a 30 cm de distância. 
 
 Alimentação
 	Quase todos os diplópodos são herbívoros, alimentando-se principalmente de vegetação em decomposição. O alimento é umedecido por secreções e mastigado ou raspado pelas mandíbulas. Entretanto, algumas famílias exibem um progressivo desenvolvimento de peças sugadoras, com degeneração das mandíbulas, culminando com a formação de um rostro perfurante para sugar seiva vegetal. Curiosamente, uma dieta carnívora foi adotada por algumas espécies, e as presas mais comuns incluem opiliões, minhocas e insetos. Como as minhocas, alguns diplópodos ingerem solo do qual a matéria orgânica é digerida.
O trato digestivo é tipicamente um tubo reto com um longo intestino médio. As glândulas salivares se abrem na cavidade pré-bucal. O par anterior está localizado na cabeça, e o par posterior fica ao redor do intestino anterior. 
 
 Trocas gasosas, circulação e excreção
 	Os diplópodos respiram por um sistema traqueal. Existem quatro espiráculos por diplossegmento, localizados logo na frente e lateralmente a cada uma das coxas. Cada espiráculo se abre em uma bolsa traqueal interna da qual surgem numerosas traqueias.
O coração é situado na parte posterior do tronco, mas na parte anterior uma curta aorta continua até a cabeça. Existem dois pares de óstios para cada segmento, com exceção dos segmentos anteriores, nos quais há um único par. Os túbulos de Malpighi surgem de cada lado da junção dos intestinos médio e posterior e frequentemente são longos e enrolados.
Como os quilópodos, os diplópodos não possuem uma epicutícula cerosa, e a maioria das espécies é muito sensível à dessecação. Os poucos quilópodos que vivem em áreas muito secas possuem sacos coxais que aparentemente absorvem água, como gotas de orvalho.
  
Órgãos sensoriais
 	Os olhos podem estar totalmente ausentes ou pode haver de 2 a 80 ocelos. Estes estão dispostos perto das antenas em uma ou várias fileiras, ou em grupos laterais. A maioria dos diplópodos é fototrópica negativa, e mesmo as espécies sem olhos têm fotorreceptores no tegumento. As antenas contêm pelos tácteis e outras projeções supridas de quimiorreceptores. O animal tende a bater com as antenas no substrato enquanto move. Como nos quilópodos, os órgãos de Tomosvary estão presentes em muitos diplópodos e podem ter função olfativa.
  Reprodução e desenvolvimento
 	Um par de longos ovários tubulares fundidos encontra-se entre o intestino médio e o cordão nervoso ventral. Dois ovidutos se estendem para frente até o terceiro segmento, onde cada um se abre em um átrio ou vulva. As vulvas são bolsas protáteis que se abrem na superfície ventral, perto das coxas. Quando retraída, a vulva é coberta externamente por uma peça esclerotizada em forma de capuz, e internamente um pequeno opérculo cobre a abertura do oviduto. Na base da vulva, um sulco leva até um receptáculo seminal.
Os testículos ocupam posições correspondentes as dos ovários, mas são tubos pares com conexões transversais. Na parte anterior do corpo, cada testículo se abre em um ducto espermático, que se dirige até um par de pênis, perto da coxa do segundo par de pernas, ou se abre em um único pênis mediano.
A transferência de esperma nos diplópodos é indireta, por não haver introdução direta de peças do aparelho reprodutor masculino na fêmea. Entretanto, há necessidade de acasalamento, para que o macho "entregue" seu esperma à fêmea. As aberturas genitais são localizadas na parte anterior do tronco, entre o segundo e terceiro segmentos. Os órgãos copuladores geralmente são apêndices do tronco modificado (gonópodos). Na maioria dos diplópodos, um ou ambos os pares de pernas do sétimo segmento agem como gonópodos. Quando o macho carrega os gonópodos com espermatozoide, ele insere os dois pênis coxais do terceiro segmento através de um anel formado por estruturas em forma de foice chamadas telopoditos. 
Os machos comunicam sua identidade e intenção à fêmea de diversas maneiras. O sinal é táctil na maioria, quando o macho sobe no dorso da fêmea por meio de almofadas especiais das pernas. Contato das antenas, batidas com a cabeça e estridulação são outros métodos usados. Algumas espécies produzem feromônios que estimulam o comportamento de acasalamento.
Durante o "acasalamento", o corpo do machoestá enrolado sobre ou estendido ao lado do corpo da fêmea, de modo que os gonópodos estão opostos à vulva, e o corpo da fêmea é sustentado pelas pernas do macho. Os gonópodos estão protraídos e os espermatozoides são transferidos através da ponta do telopodito ao interior da vulva. 
Os ovos dos diplópodos são fecundados no momento da postura e, dependendo da espécie, são produzidos de 10 a 300 ovos de uma só vez. Alguns depositam os ovos em grupos no solo ou húmus.
Fonte: http://cas.bellarmine.edu
Classe Pauropoda (título 3)
	Vocábulo do grego pauro = pequeno + poda = pés. São pequenos, medindo menos de 2,0 mm, com corpo simples e mole. Vivem em solo úmido, húmus ou vegetação em decomposição. Tem um par de antenas ramificadas. Não tem olhos, porém tem um par de estruturas sensoriais que se assemelham a olhos (pseudóculo). O primeiro par de maxilas é transformado em gnatoquilário e o segundo par não existe. Também possui um colo. O tronco tem doze segmentos e alguns deles são parcialmente fusionados como diplosegmentos, pois cada dois segmentos são cobertos por uma placa tergal. Não tem sistema circulatório e respiratório. A fecundação é indireta através de espermatóforo.
Fonte: httpwww.ipm.uiuc.edu
Classe Symphyla (título 3)
	Vocábulo do grego sym = junto + phylon = tribo. São pequenos, medindo de 2,0 mm a 10,0 mm de comprimento, com corpo mole. Vivem em solo úmido, húmus e entre raízes. Algumas espécies podem ser pragas de plantas. Também não têm olhos, as antenas são simples, têm órgão de Tömösvary bem desenvolvido. Dois pares de maxilas. O tronco possui 14 segmentos, possui fiandeiras e sistema respiratório reduzido, com apenas um par de espiráculos na cabeça.
Fonte: http://biodidac.bio.uottawa.ca
Superclasse Hexapoda (título 3)
	São artrópodes mandibulados com apêndices unirremes e seis pernas. Tem corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. A cabeça apresenta um par de antenas.
Classificação
	As primeiras classificações de insetos dividiram a Classe Insecta em duas subclasses: Pterygota e Apterygota, insetos com e sem asa, respectivamente. Termo Apterygota introduzido por Aristóteles para insetos sem asas e mais tarde o nome foi utilizado para reunir Collembola, Protura, Diplura e Thysanura. Na década de 1970, a partir de estudos detalhados, a pesquisadora Manton considerou que a classe Insecta, da forma como era tratada, não formava um grupo monofilético, sugerindo o termo Hexapoda para incluir cinco subclasses. 
Nas últimas décadas do século XX, foi adotada a visão que os Collembola, Protura e Diplura formavam um grupo monofilético denominada Entognatha. Os entognatos apresentam crescimento das peças bucais por dobras orais da parede cranial e as mandíbulas e maxilas crescem, então, em bolsas internas. Apresentam túbulo de Malpighi reduzido e olhos compostos ausentes ou degeneradas. Por ter uma relação mais estreita, Collembola e Protura são reunidas na classe Ellipura ou Parainsecta. 
Entre os insetos ectógnatos, estudos posteriores mostraram que os membros da família Machilidae de Thysanura possuem mandíbulas monocondilares, isto é, que se articulam com a cabeça em um único ponto, enquanto os membros da família Lepismatidae possuem mandíbulas dicondilares, ou seja, com dois pontos de articulação, portanto mais relacionado aos Pterygota. 
Em 1981, Hennig separou as duas famílias e utilizou o nome Archaeognatha, para os Machilidae e Thysanura s. str, para Lepismatidae. Dycondylia foi criado para reunir Thysanura e Pterygota. 
Entre os pterigotos, são reconhecidos dois grupos: Paleoptera e Neoptera. Paleoptera reúne insetos alados mais primitivos como Efemeroptera e Odonata, com base nas ninfas aquáticas e asas incapazes de dobrar para trás no adulto. Neoptera são os que têm capacidade de flexionar as asas para trás.
Morfologia
	Um inseto tem o corpo dividido em três tagmas básicos: a) cabeça formada pela fusão de 6 segmentos com os respectivos apêndices e órgãos sensoriais (olhos ompostos e antenas); b) o tórax é formado por três segmentos (protórax, mesotórax e metatórax), cada um deles ligados a um par de pernas e os dois últimos ligados a um par de asas cada um, sendo, por isso, denominado pterotórax; c) o abdome, integrado por 10 a 12 segmentos.
Fonte: http://www.consulteme.com.br/atropode/insetos.htm
Cabeça
Antenas - São apêndices que podem funcionar como órgão olfativo, auditivos, gustativos e tácteis. Uma antena típica apresenta 3 regiões distintas: escapo, pedicelo e flagelo. Sua forma varia de espécie para espécie.
Filiforme – semelhante a um fio. Ex: Baratas e esperanças;
Clavada – dilatada na extremidade. Ex: Borboletas; 	
Setácea – em forma de seta. Ex: Odonata;
Lamelada – em camadas ou lamelas. Ex: Besouro da família Scarabaeidae;
Aristada – Flagelo contendo um pelo. Ex: Moscas;
Plumosa – semelhante a uma pluma. Ex: Pernilongos;
Geniculada – flagelo dobrado em ângulo próximo a 90. Ex: Hymenoptera;
Pectinada – semelhante a um pente. Ex: machos de Mariposa.
Olhos – Há dois tipos de fotorreceptores: olhos compostos ou simples. Os olhos compostos são formados por unidades denominados omatídeos que formam imagens. Os olhos simples são denominados ocelos e têm percepção apenas para claro e escuro.
Aparelho bucal – Conjunto de apêndices que funcionam na manipulação do alimento. Entre as peças de aparelho bucal. O tipo básico é o tipo mastigador, adaptado para ingestão de alimentos sólidos. O aparelho bucal é formado por um par de mandíbulas, 2 pares de maxilas, labro (lábio superior), lábio (lábio inferior), epifaringe (abaixo do labro) e hipofaringe (em forma de língua).
Mastigador – mandíbulas fortes. Ex: barata, besouro, lavadeira, louva-deus
Picador – peças bucais modificadas em estiletes. Ex: cigarra, pernilongo, piolho, mosquito, pulga, etc.
Lambedor – peças bucais modificadas como esponja de absorção. Ex: mosca doméstica.
Sugador – peças bucais modificadas em espirotromba sugadora. Ex: borboleta.
Tórax
 A parte superior é denominada tergo ou noto; a parte ventral, esterno; e a parte lateral, pleura. O tórax está relacionado à locomoção. De acordo com a consistência, as asas são classificadas.
Élitro – Mais rígida, serve para a proteção. Ex: 2º par de asas dos besouros;
Hemiélitro – Metade é rígida como um élitro e a outra metade flexível como uma asa membranosa. Ex: 2º par de asas dos percevejos;
Membranoso – Asa mole e flexível. Ex: moscas;
Tégmina – Asa de consistência intermediária. Ex: barata.
 
 As pernas têm forma adequada ao tipo de função desempenhada. As partes da perna são: coxa, trocanter, fêmur, tíbia, tarso e garras. Os tipos de pernas são:
Cursorial – Serve para andar ou correr. Ex: barata;
Saltatorial – Serve para saltar. Ex: gafanhoto;
Coletora – Serve para coleta de pólen, pois apresenta uma escavação onde essa substância é armazenada para o transporte. Ex: abelha;
Raptorial – Serve para a captura de presas. Ex: louva-deus;
Natatorial – Serve para a natação. Ex: insetos aquáticos;
Fossorial – Serve para escavação. Ex: cachorrinho do mato.
Abdome
	Caracterizado pela segmentação típica e ausência geral de apêndices locomotores. Constituído de 11 segmentos, sendo os terminais modificados para copulação ou postura de ovos. Ao longo do lado inferior do tórax e abdome há pequenas aberturas, os espiráculos, ligados ao sistema respiratório. Na extremidade posterior há 3 filamentos caudais, os dois laterais são os cercos e o central é o filamento mediano. 
Fisiologia e Anatomia interna
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inseto#Anatomia_Interna
Anatomia de um insecto
A- Cabeça   B- Tórax   C- Abdômen
1. antena
2. ocelo (inferior)
3. ocelo (superior)
4. olho composto
5. cérebro (gânglios cerebrais)
6. protórax
7. artéria dorsal
8. tubos traqueais e espiráculos
9. mesotórax
10. metatórax
11. asa (1ª)
12. asa (2ª)13. intestino médio (mesêntero)
14. coração
15. ovário
16. intestino posterior (proctodeo)
17. ânus
18. vagina
19. gânglios abdominais
20. túbulos de Malpighi
21. tarsômero
22. garras tarsais
23. tarso
24. tíbia
25. fêmur
26. trocanter
27. intestino anterior (estomodeo)
28. gânglios torácicos
29. coxa
30. glândula salivar
31. gânglio subesofágico
32. peças bucais
Nutrição
	A maioria se alimenta de sucos e tecidos vegetais (fitófagos ou herbívoros, respectivamente). Outros são carnívoros, predadores, caçando outros insetos e animais. Os que sugam sangue são chamados hematófagos. Muitos são saprófagos, vivendo em matéria orgânica em decomposição, ou são coprófagos se alimentando de dejetos. Muitos são parasitas e outros sofrem hiperparasitismo, ou seja, são parasitas parasitados por outros parasitas. Quando as larvas vivem dentro de outros animais parasitando-o e levando-o a morte temos o parasitoide. Apresentam sistema digestivo completo, consistindo de um tubo que vai de boca a ânus, com glândulas anexas.
Trocas gasosas e distribuição dos gases
	O sistema respiratório típico é o traqueal que permite rápida troca de gases sem perda de água. Entretanto, alguns organismos são aquáticos e apresentam adaptações para captura de gases nesse ambiente. Em alguns, o sistema traqueal é completamente fechado, sem espiráculos e os gases passam por difusão através da cutícula, internamente há uma rede de traqueias. Outros apresentam sistema branquiotraqueal, copm ramificações da parede do corpo formada por cutícula fina e ramificações do sistema traqueal. Os insetos aquáticos que apresentam espiráculos, para evitar entrada de água, apresentam pelos ao redor do espiráculo que se fecham quando submersos ou apresentam sifão respiratório que mantém na superfície. É sempre bom lembrar que o sistema respiratório é responsável pela distribuição dos gases que não têm nehuma relação com o sistema circulatório.
Sistema circulatório
	Sistema circulatório aberto ou lacunar responsável pela distribuição de nutrientes e retirada de excretas.
Sistema excretor
	Os excretas são removidos do intestino através de túbulos de Malpighi.
Ciclo de vida dos insetos
	Normalmente, ao eclodir do ovo, os insetos apresentam características diferentes do que se observa nos adultos e necessitam sofrer transformações para atingir essa fase. O conjunto de transformações sofrido por esses organismos é chamado metamorfose.
 Tipos de Metamorfose
a) Ametábolo - Eclodem do ovo igual ao adulto, necessitando apenas crescer sem metamorfose . Ex: Traças. 
b) Metamorfose Incompleta  
Paurometábolo - Assemelha-se ao adulto morfológica e biologicamente, com algumas diferenças como, por exemplo, não desenvolvimento de asas e apêndices genitais. As formas imaturas recebem o nome de ninfa. Ex: percevejos, gafanhotos, baratas etc.
Hemimetábolo - Iguais aos paurometábolos, porém as formas jovens são aquáticas, recebendo o nome de náiades. Ex: libélulas. 
c) Holometábolo - Eclodem do ovo com uma forma completamente diferente do adulto. Passam por fase de ovo, larva (que sofrem mudas) e pupa (onde sofrem profunda metamorfose originando o adulto). Ex: insetos das ordens Lepidoptera, Coleoptera, Hymenoptera, Diptera, Siphonaptera, etc. 
Obs.: Em lepidópteros a pupa recebe o nome de crisálida. 
Classificação taxonômica
Entognatha
Protura - Vivem em locais úmidos, no solo, serrapilheira, musgos etc. Alimentam-se de matéria orgânica em decomposição. Não apresentam olhos compostos ou ocelos, cercos, antenas ou asas. Têm aparelho bucal sugador e apresentam pseudóculos, que são estruturas sensoriais semelhantes aos órgãos de Tomosvary.
Diplura - Vivem em locais úmidos, no solo, serrapilheira, sob tronco ou pedras etc. São carnívoros ou herbívoros. Não apresentam olhos compostos ou ocelos e asas. Têm aparelho bucal mastigador. Apresentam antenas e cercos.
Collembola - Vivem em locais úmidos, no solo, serrapilheira, vegetação herbácea etc. Alimentam-se de matéria orgânica em decomposição. Não apresentam olhos compostos, cercos e asas. Porém, possuem ocelos e antenas. Têm aparelho bucal mastigador. Apresentam fúrcula para saltar e colóforo para aderir a superfícies lisas.
 
a) Protura b) Diplura c) Collembola
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
Insecta (título 3)
Primitivos
Archeognatha - Apresenta padrão de mandíbula primitivo (monocondilar) e não possuem asas. São de vida livre e noturnos, escondendo-se sob cascas de árvore ou fendas, alimentando-se de liquens e detritos vegetais. Possuem olhos compostos, ocelos, antenas e cercos. O aparelho bucal é mastigador e são ametábolos. 
Thysanura s. str. - Apresenta padrão de mandíbula novo (dicondilar) e não possuem asas. São de vida livre e noturnos, escondendo-se sob cascas de árvore, pedras ou serrapilheira, alimentando-se de papel, cola ou tecidos (traças de 
livro). Possuem olhos compostos, cercos e antenas, mas não possuem ocelos. O aparelho bucal é mastigador e são ametábolos. 
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
Paleoptera
Ephemeroptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas membranosas (asa anterior bem maior que posterior). São de vida livre, vivem poucas horas, apenas para o voo de cópula e postura dos ovos, suas náiades têm hábito escavador. Possuem olhos compostos e ocelos, cercos longo e antenas. O aparelho bucal é mastigador nas náiades e vestigial nos adultos. São hemimetábolos. 
Odonata - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas membranosas subiguais. São de vida livre, tanto adulto quanto imaturos (náiades) são vorazes predadores. Possuem olhos compostos e ocelos, cercos curtos, abdome longo e antenas pequenas. O aparelho bucal é mastigador. São hemimetábolos.
a) Ephemeroptera b) Odonata
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
Neoptera
Ortopteroides - Hemimetábolos ou Paurometábolos de aparelho bucal mastigador.
Plecoptera - Apresenta padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas membranosas alargadas e dobradas em leque. Vivem próximo à água doce e são bons caçadores, náiades herbívoras ou carnívoras. Possuem olhos compostos, cercos multisegmentados, pernas cursoriais e antenas longas. O aparelho bucal pode ser vestigial.
Blattaria - Apresenta padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas anteriores tipo tégmina e posteriores membranosas. Vida noturna, escondendo-se em fendas, folhas e troncos. Possuem olhos compostos, cercos com um ou multisegmentos, pernas cursoriais e antenas longas. Corpo achatado dorsoventralmente.
Isoptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), podem ou não possuir asas membranosas de mesmo tamanho e com uma fratura na base. São insetos sociais. Possuem olhos compostos, cercos curtos, pernas cursoriais e antenas curtas.
Mantodea - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e possuem asas anteriores tégminas e posteriores membranosas. Fêmeas com asas reduzidas ou ausentes. Predadores se alimentam de insetos ou aranhas. Possuem olhos compostos, cercos curtos, pernas raptoriais e antenas curtas.
Grylloblattodea - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e não possuem asas. Vivem em ambientes frios e úmidos. Olhos compostos pequenos ou ausentes, cercos longos, segmentados e flexíveis, pernas cursoriais e antenas longas. Apenas 12 espécies conhecidas.
Dermaptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), não possuem asas ou apresentam asas curtas, sendo as anteriores coriáceas e posteriores membranosas. Vivem em ambientes úmidos, são noturnos, alimentam-se de matéria vegetal ou animal, viva ou morta. Olhos compostos presentes ou vestigiais. Cercoslongos em pinça para defesa e para ajeitar a asa. Pernas cursoriais curtas e antenas longas. 
Orthoptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas anteriores tipo tégmina e posteriores membranosas. Porém, há espécies braquípteras ou ápteras. Olhos compostos presentes, cercos não segmentados, pernas posteriores saltatoriais e, nas paquinhas, pernas anteriores fossoriais, e antenas longas. Há duas subordens: Ensifera (grilo, esperança e paquinhas) – atritam uma asa na outra para estridular, tímpano na base da tíbia, grilos cantam de dia e de noite e esperança, à noite; e Caelifera (gafanhotos) estridulam com as pernas na asa, tímpano no 1º segmento abdominal, só cantam de dia. 
Phasmatodea - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar) e a maioria não possui asa, nos alados a asa é desenvolvida apenas nos machos (anterior tégmina e posterior membranosa). Vivem em folhagens e caule. Olhos compostos presentes, cercos curtos, pernas cursoriais e corpo semelhante a gravetos ou folhas. 
Embioptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), machos alados ou ápteros e fêmeas aladas. Vivem em galerias de seda construídas por eles. Olhos compostos presentes, cercos curtos, pernas cursoriais curtas e antenas. 
Zoraptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), geralmente, não possuem asas ou apresentam asas membranosas com poucas nervuras. Vivem em ambientes terrestres, são gregários, vivem em colônias sob cascas de árvores, ninhos de cupins etc. Olhos compostos presentes, cercos curtos, pernas cursoriais curtas e antenas. 
Mantophasmatodea - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), não possuem asas. Vivem em ambientes terrestre, são predadores. Olhos compostos presentes e sem ocelos. Cercos não segmentados e antenas longas. Apenas duas espécies na Namíbia e Tanzânia.
a) Plecoptera b) Blattaria c) Isoptera
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
d) Mantodea f) Dermaptera g) Orthoptera
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
e) Grylloblattodea
Fonte: http://www.discoverlife.org/nh/tx/Insecta
h) Phasmatodea i) Embioptera
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
Zoraptera k) Mantophasmatodea
Fonte: http://www.cals.ncsu.edu/course/ent425
Hemipteróides – Paraneoptera – Paurometábolos sem cerco
Psocoptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas que se ajustam em telhado, podendo ser braquíptero ou áptero. Vivem em folhagens, serrapilheira, produtos estocados, coleções entomológicas etc. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos forte ou fracamente desenvolvidos, pernas cursoriais, antenas longas e glândulas de seda labiais.
Phthiraptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), asas secundariamente ausentes. Ectoparasitas de mamíferos, corpo dorsalmente achatado, olhos compostos reduzidos. Aparelho bucal mastigador ou sugador perfurante, pernas cursoriais com tarsos adaptados para agarrar e antenas curtas.
Thysanoptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas curtas, estreita e franjada ou ausente. Vivem em folhagens, brotos, botões florais e frutos, fitófagos. Aparelho bucal sugador-raspador. Olhos compostos pequenos, pernas cursoriais e antenas curtas. 
 
Hemiptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas ou asa anterior tipo hemiélitro. Aparelho bucal sugador-picador. Olhos compostos presentes, pernas cursoriais, antenas longas ou curtas. Há três subordens: Heteroptera com rostro surgindo na parte anterior da cabeça (Ex: percevejo), Auchenorryncha com rostro surgindo da parte posterior da cabeça (Ex: cigarra) e Stenorryncha com rostro surgindo entre as pernas (Ex: pulgão).
a) Psocoptera b) Phitiraptera c) Thysanoptera
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
d) Hemiptera
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
Endopterigotos – Holometábolos
Strepsitera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas anteriores reduzidas e coriáceas e posteriores membranosas nos machos, fêmeas ápteras. Endoparasitas de Hemiptera e Hymenoptera, machos de vida livre quando adultos. Aparelho bucal mastigador reduzido. Olhos compostos e antenas presentes nos machos e pernas cursoriais. Fêmeas larviformes.
Coleoptera - Apresenta padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem anteriores em élitro e posteriores membranosas. Hábitos variados. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas de forma variada.
Megaloptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas similares com muitas nervuras. Vivem na vegetação marginal de riachos, larvas aquáticas e predadoras. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas longas.
Raphidioptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas similares com muitas nervuras. Adultos predadores e larvas capturando pequenos insetos no solo. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais, antenas longas e protórax alongado.
Neuroptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas similares com muitas nervuras. Vivem em habitat variado, larvas aquáticas, semiaquáticas ou em casca de árvores. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas longas.
Mecoptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas vestigiais ou ausentes, se presentes membranosas similares com muitas nervuras. Vivem na vegetação densa próxima a cursos d’água, larvas saprófagas. Aparelho bucal mastigador. Olhos compostos, pernas cursoriais, antenas longas e cabeça projetada formando um rostro.
Siphonaptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), asas secundariamente ausentes. Ectoparasitas de aves e mamíferos. Aparelho bucal sugador-picador. Olhos compostos ausentes, ocelos laterais, pernas longas para o salto, antenas curtas e larva vermiforme.
Diptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem apenas o 1º par de asas membranoso e funcional, o segundo é transformado em estrutura de equilíbrio denominado halter. Hábitos variados. Aparelho bucal lambedor ou sugador-picador. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas variáveis.
Trichoptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas, anterior maior. Vivem próximos a riachos, larvas aquáticas que constroem “casas”. Aparelho bucal mastigador modificado para absorver fluidos. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas.
Lepidoptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas cobertas por escamas. Fitófagos. Aparelho bucal sugador com espirotromba. Olhos compostos, pernas cursoriais e antenas. Larvas com falsas pernas abdominais.
Hymenoptera - Apresentam padrão de mandíbula novo (dicondilar), possuem asas membranosas com nervação reduzida. Hábito variado. Aparelho bucal mastigador ou lambedor. Olhos compostos, pernas cursoriais, antenas longas e 1º segmento do abdome associado ao tórax por uma constricção.
a) Strepsiptera b) Coleoptera c) Megaloptera
Fonte:http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
d) Raphidiopptera
Fonte: http://www.hmyz.net/Raphidioptera.jpg
e) Neuropterag) Siphonaptera
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
f) Mecoptera
Fonte: www.nhc.ed.ac.uk/images/collections/insecta/Mecoptera.jpg
h) Diptera i) Trichoptera j) Lepidoptera
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
k) Hymenoptera
Fonte: http://www.ento.csiro.au/Ecowatch/Invertebrate_key/key_images
Exercícios (título 3)
1) Quais as características diagnósticas de Uniramia?
2) Quais as características diagnósticas de Chilopoda?
3) Quais as características diagnósticas de Diplopoda?
4) Quais as características diagnósticas de Symphyla?
5) Quais as características diagnósticas de Pauropoda?
6) Quais as características diagnósticas de Insecta?
7) Caracterize as ordens mais comuns de insetos.
Atividades Complementares (título 3)
Dê uma caminhada em uma área de mata, observando e coletando os insetos que encontrar.
UNIDADE 4: SUBFILO CHELICERATA
	
4.1- Características Gerais (título 2)
	Esse subfilo inclui as classes Arachnida (aranhas, escorpiões, opiliões etc.), Merostomata (subclasse Xifosura - límulo e a extinta Eurypterida - escorpiões marinhos) e Pycnogonida (aranhas-do-mar). Todos têm o corpo dividido em duas partes ou tagmas:
Prossoma - o anterior composto do ácron presegmentar + oito segmentos - cefalotórax. 
Opistossoma - o posterior com 12 segmentos - abdôme. 
Prossoma ou cefalotórax
Possuem seis pares de apêndices uniramosos (não ramificados):
Um par de quelíceras; 
Um par de pedipalpos; 
Quatro pares de perns locomotoras. 
Obs.: Ao contrário dos restantes dos artrópodes, eles não têm mandíbulas nem antenas e, com excepção do límulo, possuem apenas ocelos.
Sistema digestivo
Há intensa digestão extracorpórea, para posterior ingestão do material liquefeito. São generalistas. Há diversas estratégias de captura de presas. Sistema digestivo igual aos dos outros artrópodes, tendo, entretanto um estomodeu (tubo digestivo anterior) frequentemente composto por áreas especializadas (papo, moela ou órgão de bombeamento), um mesodeu para digestão química e absorção e um proctodeu para elimenação de dejetos.
Sistema circulatório
	Não existe muita diferença do plano básico dos artrópodes, porém osistema arterial pode ser mais desenvolvido. O “sangue” possui capacidade de armazenamento e defesa contra micro-organismos, além de poder ajudar no endurecimento da cutícula.
Sistema respiratório 
	As trocas gasosas ocorrem através de brânquias-em-livro em xifosura, fornecendo grande contato entre o oxigênia da água do mar e as lamelas dessa estrutura. Em aranhas, traquéias e pulmões-livro são as principais estruturas. Em animais de pequeno porte, como ácaros, as trocas gasosas se dão através da cutícula.
Sistema excretor
	As principais estruturas de excreção são as glândulas coxais e os túbulos de Malpighi, embora em Pycnogonida a eliminação de excretas ocorra por difusão.
Sistema nervoso e órgãos sensoriais
	Mesmo plano básico de artrópodes. Como estruturas sensoriais temos: cerdas (mecanorreceotoras), tricobótrios, órgão em fenda – liriformes (georreceptores, receptores de som etc), ocelos (claro e escuro) e olhos compostos (visão em Xiphosura).
Reprodução
	São dioicos. A presença de órgão masculino específico para cópula não é comum. Desenvolvimento direto, alguns ovíparos, outros ovovivíparos e víviparos. A transferência de espermatozoides pode se dar de forma indireta através de espermatóforo.
4.2- Classe Pycnogonida(título 2)
	Ocorrem em profundidades maiores que 3000 m e são abundantes em mares polares. São pequenos, com tagmatização diferente: a região anterior possui uma probóscide, a segunda região contém as pernas e um tubérculo dorsal, provavelmente, representa o opistossoma ou abdome. Na probóscide há quatro olhos simples, os quelíforos, palpos, 1º par de pernas locomotoras e ovígeras (pernas modificadas que carregam ovos). Na segunda região há o 2º e 3º par de pernas e no opistossoma há o 4º par de pernas.
Fonte:http://mek.oszk.hu/03400/03408/html/img/brehm
4.3- Classe Merostomata(título 2)
	São marinhos, possuem prossoma coberto por carapaça e o opistossoma pode ser dividido ou não em mesossoma e metassoma. Pedipalpo semelhante à perna locomotora e telso em forma de lança.
Subclasse Eurypterida
	Grupo extinto que podia alcançar 3,0 m de comprimento. Último par de apêndices do prossoma alargado em remo. O opistossoma segmentado apresentava um mesossoma mais alargado com apêndices e metassoma estreito. Quelíceras reduzidas em algumas espécies e desenvolvidas em outras, podendo ser queladas.
Fonte:http://www.palaeos.com/Invertebrates/Arthropods/Eurypterida/euryptmorphology.gif&imgrefurl=http 
Subclasse Xiphosura
	São os límulos que vivem em águas calmas e rasas da costa do Atlântico Norte. A carapaça que recobre o prossoma tem forma de ferradura, apresenta 2 olhos compostos laterais, dois ocelos medianos. Seis pares de apêndices lamelares locomotores. Flabelo para limpar as brânquias. Opistossoma com 5 pares de brânquias-livro.
 
Fonte: http://www.maine.gov/dmr/rm/aquarium/teachers_guide/horseshoe
4.4- Classe Arachnida(título 2)
	
Possuem prossoma coberto por uma carapaça, ocelos e terrestres.
Ordem Scorpiones
	Apresentam o corpo alongado, dividido em prossoma e opistossoma (mesossoma e metassoma). No primeiro, encontramos um par de quelíceras e um par de pedipalpos bastante desenvolvidos que termina em forma de pinças. O abdome é formado por duas regiões distintas: uma porção anterior larga e achatada, constituída por 7 segmentos que é denominado pré-abdome (mesossoma); e uma porção posterior, cilíndrica e estreita, formada por 5 segmentos, denominada pós-abdome (metassoma). Ventralmente, no segundo segmento ocorre uma placa sensorial denominada "pente", com função sensorial. O último segmento do pós-abdome recebe o nome de telson e sua extremidade distal termina em um ferrão onde desemboca a glândula de veneno (aguilhão).
	Habitam regiões quentes e secas, escondendo-se durante o dia em vários locais protegidos, saindo à noite para capturar suas presas representadas, principalmente, por insetos e aranhas que capturam com os pedipalpos e matam com o ferrão.
	
Fonte:http://ag.arizona.edu/pubs/insects/az1223
Ordem Uropygi
 	São os escorpiões vinagre, pois eliminam um odor semelhante ao ácido acético. Podem alcançar 8,0 cm, são noturnos e vivem sob pedras e serrapilheira. Prossoma coberto por carapaça, opistossoma dividido, metassoma com telso em forma de chicote. O primeiro par de pernas tem função sensorial e funciona como uma antena.
Fonte: http://www.nmpest.com/images/WhipscorpionT.JPG
Ordem Schizomida
	Todos menores que 1,0 cm. Possuem prossoma dividido em propeltídeo coberto por caracpaça e dois segmentos (mesopeltídeo e metapeltídeo). Primeiro par de pernas sensitivas e glândulas repunantes.
Fonte: http://web.pdx.edu/~smasta/Images/schizomid72dpiHigh.jpg&imgrefurl
Ordem Amblypygi
	Prossoma não dividido, coberto por carapaça e conectado ao opistossoma por pedicelo estreito. Pedipalpos grande não quelados, primeiro par de pernas anteniforme.
Ordem Palpigradi
 	Possuem prossoma dividido em proterossoma, coberto pelo propeltídeo seguido por dois segmentos conectados ao opistossoma por pedicelo estreito. São diminutos.
Ordem Aranae
	Prossoma não dividido coberto por carapaça e concetado ao opistossoma por pedicelo. Maioria com 8 olhos, queliceras com dente inoculador de veneno, com glândulas produtoras de seda e fiandeira.
Fonte: http://www.bumblebee.org/invertebrates/images/spider.
Ordem Ricinulei
	Têm menos de 1,0 cm de comprimento, vivem