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Contexto histórico e principais caracteristicas da CF/1937

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UBM – Centro Universitário de Barra Mansa
Luís Fernando Nascimento Alves / Igor Valente Maciel Furtado
Constituição Federal de 1937
IED 
Docente: Frederico Guilherme Melo Jácome Gurgel
Barra Mansa
2018
Introdução
O presente trabalho é sobre a Constituição Federal de 1937 – dos Estados Unidos do Brasil – durante o período de 1937 ate 1945 marcado pelo fim da Segunda Guerra Mundial e a derrubada do Governo da época, mais concretamente sobre a Carta Constitucional da primeira ditadura instaurada na história do país.
É objetivo desse trabalho informar e relatar como foi estruturada a Constituição e suas principais características, como ela foi utilizada durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas (Estado Novo) e sua legislação de cunho autoritário.
E a metodologia de pesquisa utilizada, foi a de pesquisas bibliográficas através de artigos na internet e livros acadêmicos.
	Constituição de 1937
A Constituição Federal de 1937 é a quarta Constituição do Brasil e a terceira da Republica, sendo outorgada pelo Presidente Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, quando a Câmara dos Deputados e o Senado foram dissolvidos e ocorrera um Golpe de Estado.  A Constituição de 1937, que recebeu apelido de Polaca, por ter sido inspirada no modelo semifascista polonês de 1935 implantado pelo Marechal Josef Pilsudski, era autoritária e concedia ao governo poderes praticamente ilimitados.
Remonta-se o primeiro regime ditatorial do Brasil, quando os brasileiros foram surpreendidos por um golpe de Estado, sob a alegação de que a paz política e social estava conturbada, ante a desordem e a possibilidade de uma guerra civil proveniente da infiltração comunista. (DIAS, 2015)
As tendências políticas contrárias aos ideais burgueses do século XVIII surgiram com o término da Primeira Guerra Mundial na Europa, ou seja, ideais democráticos e liberalistas. (DIAS, 2015)
Nesse momento vivenciavam-se o nazismo e fascismo, onde a esquerda pregava a superação capitalista e almejava a tomada do poder pela classe operária sob a inspiração marxista como a Aliança Nacional Libertadora (ANL), a direita se baseava em regimes ultranacionalistas e ditatoriais com os quais buscavam uma saída para a crise e manutenção daquele sistema como a Aliança Integralista Brasileira (AIB). Tais Alianças aclaravam pontos de vistas delineados marcados pelo antagonismo de classes. (DIAS, 2015)
O Partido Comunista do Brasil fundado no inicio dos anos 20, adotou e resultou na Aliança Nacional Libertadora, redigida por Luís Carlos Prestes. Onde se avaliam da hegemonia partidária e aderia ao governo ditatorial ultranacionalista submisso a um único chefe. Ademais, eram apoiados pelos segmentos mais conservadores da sociedade como a alta hierarquia militar, oligarquia e o clero, em contrapartida organizavam-se as frentes antifascistas. (DIAS, 2015)
O ideal comunista que viria ser denominada “intenta comunista” era disseminado pelo país e tratava-se de uma inspiração de um governo autoritário, oriundo dos movimentos tenentistas realizados no Brasil desde a década de 1920, e reivindicava a abolição da divida externa, a reforma agrária, e o estabelecimento de um governo com bases populares. Diante disso o Presidente Getúlio Vargas, a fim de garantir-se no poder e acessar a revolução “nacional-popular” providenciou a repressão ao Partido Comunista através de intervenção policial (Polícia Especial) invadiu suas sedes e determinou a prisão de seus líderes, impedindo os ativistas mais radicais à clandestinidade. (DIAS, 2015)
Getúlio Vargas e o Governo tiveram o apoio do Congresso Nacional, que decretou o estado de guerra. (LENZA, 2011)
Tal combate fez com que Getúlio Vargas decretasse estado de sítio, em novembro de 1935, o qual promulgou até o ano seguinte, não podendo ser renovado, pois se aproximavam das eleições. A eleição presidencial estava marcada para 1938, e havia dois candidatos: José Américo de Almeida, apoiado pela oligarquia paulista, e Armando de Sales Oliveira, defendido pelos getulistas, entretanto, a referida eleição presidencial não aconteceu. (DIAS, 2015)
Em 30 de setembro de 1937, os jornais noticiaram que o Estado-Maior do Exercito havia descoberto um plano comunista para a tomada do Poder (“Plano Cohen”). Este foi o “estopim” para que o Governo decretasse o golpe como suposta “salvação” contra o comunismo que parecia “assolar” o País. (LENZA, 2011)
Tendo o apoio dos Generais Góis Monteiro (Chefe do Estado-Maior do Exército) e Eurico Gaspar Dutra (Ministro da Guerra), bem como diante de uma nova decretação de “estado de guerra” pelo Congresso Nacional, em 10 de novembro de 1937 Getúlio Vargas dá o golpe ditatorial, centralizando o poder e fechando o Congresso Nacional. (LENZA, 2011)
Além de fechar o Parlamento, o Governo manteve amplo domínio do Judiciário. A Federação foi abalada pela nomeação dos interventores. Os direitos fundamentais foram enfraquecidos, especialmente em razão da atividade desenvolvida pela “Polícia Especial” e pelo “DIP — Departamento de Imprensa e Propaganda”. Para piorar, pelo Decreto-lei n. 37 (Art. 1º §1º) , de 02.12.1937, os partidos políticos foram dissolvidos. (LENZA, 2011)[1: Ficam dissolvidos, nesta data, todos os partidos políticos.	§ 1º: São considerados partidos políticos, para os efeitos desta Lei, tôdas as arregimentações partidarias registadas nos extintos Tribunal Superior e Tribunais Regionais da Justiça Eleitoral, assim como as que, embora não registadas em 10 de novembro do corrente ano, já tivessem requerido o seu registo. (Deputados, 1937)]
Apesar do regime extremamente autoritário, na medida em que o Estado, centralizador, atuava diretamente na economia, não se pode negar o seu importante crescimento nesse setor. (LENZA, 2011)
Buscando atrair o apoio popular, a política desenvolvida foi denominada “populista”, consolidando-se as Leis do Trabalho (CLT) e importantes direitos sociais, como o salário mínimo. (LENZA, 2011)
Algumas características, então, podem ser esquematizadas:
Forma de Governo: nos termos do art. 1º, o Brasil é uma República. O poder político emana do povo e é exercido em nome dele e no interesse do seu bem- -estar, de sua honra, de sua independência e de sua prosperidade. (LENZA, 2011)[2: O Brasil é uma República. O poder político emana do povo e é exercido em nome dele e no interesse do seu bem-estar, da sua honra, da sua independência e da sua prosperidade. (Planalto, 1937)]
Forma de Estado: o Brasil é um Estado federal, constituído pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. É mantida a sua atual divisão política e territorial. Na prática, contudo, as autonomias estaduais foram reduzidas, e podemos dizer que o regime federativo foi simplesmente “nominal”, havendo constante, senão até permanente, assunção dos governos estaduais por interventores federais. Por sua vez, os vereadores e prefeitos eram nomeados pelos interventores de cada Estado. (LENZA, 2011)
Distrito Federal — Capital do Brasil, tendo por sede a cidade do Rio de Janeiro: nos termos do art. 7º, o Distrito Federal, que continuou como capital federal, enquanto sede do Governo da República, era administrado pela União. (LENZA, 2011)[3: A Administração do atual Distrito Federal, enquanto sede do Governo da República, será organizada pela União. (Planalto, 1937)]
Não há mais religião oficial: continuava o Brasil como país leigo, laico ou não confessional, não havendo, contudo, a invocação da “proteção de Deus” no preâmbulo da Constituição. (LENZA, 2011)
Organização dos “Poderes”: a teoria clássica da tripartição de “Poderes” de Montesquieu foi formalmente mantida. Entretanto, na prática, tendo em vista o forte traço autoritário do regime, o Legislativo e o Judiciário foram “esvaziados”. (LENZA, 2011)
Poder Legislativo: nos termos do art. 38, o Poder Legislativo seria exercido pelo Parlamento Nacional com a colaboração do Conselho da Economia Nacional e do Presidente da República. Havia a previsão de composição do ParlamentoNacional por duas Câmaras: a Câmara dos Deputados e o Conselho Federal. Assim, como se percebe, o Senado Federal deixou de existir durante o Estado Novo. (LENZA, 2011)
A Câmara dos Deputados seria composta de representantes do povo, eleitos mediante sufrágio indireto para mandato de 4 anos. Já o Conselho Federal seria composto de representantes dos Estados e 10 membros nomeados pelo Presidente da República. A duração do mandato era de 6 anos. (LENZA, 2011)
Cabe alertar, contudo, que, nos termos do art. 178, foram dissolvidos a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, as Assembleias Legislativas dos Estados e as Câmaras Municipais, marcando-se eleições futuras para o novo Parlamento. Enquanto não se reunisse o Parlamento nacional, o Presidente da República tinha o poder de expedir decretos-leis sobre todas as matérias da competência legislativa da União. Na prática, o Legislativo nunca chegou a se instalar. (LENZA, 2011)[4: São dissolvidos nesta data a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, as Assembleias Legislativas dos Estados e as Câmaras Municipais. As eleições ao Parlamento nacional serão marcadas pelo Presidente da República, depois de realizado o plebiscito a que se refere o art. 187. (Planalto, 1937)]
Poder Executivo: nos termos do art. 73, o Presidente da República, autoridade suprema do Estado, coordenava a atividade dos órgãos representativos, de grau superior, dirigia a política interna e externa, promovia ou orientava a política legislativa de interesse nacional, e superintendia a administração do País. (LENZA, 2011)[5: O Presidente da República, autoridade suprema do Estado, dirige a política interna e externa, promove ou orienta a política legislativa de interesse nacional e superintende a Administração do País. (Planalto, 1937)]
A eleição indireta foi estabelecida para a escolha do Presidente da República, que cumpriria mandato de 6 anos. (LENZA, 2011)
Poder Judiciário: nos termos do art. 90, eram órgãos do Poder Judiciário: a) o Supremo Tribunal Federal; b) os Juízes e Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; c) os Juízes e Tribunais militares. A Justiça Eleitoral foi extinta e, conforme já visto também os partidos políticos. (LENZA, 2011)
O Judiciário, contudo, foi “esvaziado”. Como exemplo, nos termos do art. 96, parágrafo único, no caso de ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei que, a juízo do Presidente da República, fosse necessária ao bem-estar do povo, à promoção ou defesa de interesse nacional de alta monta, poderia o Presidente de a República submetê-la novamente ao exame do Parlamento: se este a confirmasse por 2/3 dos votos em cada uma das Câmaras ficaria sem efeito a decisão do Tribunal. (LENZA, 2011)[6: Só por maioria absoluta de votos da totalidade dos seus Juízes poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do Presidente da República. (Planalto, 1937)]
Outra demonstração de “força” do poder central está no art. 170, ao estabelecer que, durante o estado de emergência ou o estado de guerra, os atos praticados em virtude deles não poderiam ser conhecidos por qualquer Juiz ou Tribunal. (LENZA, 2011)[7: Durante o estado de emergência ou o estado de guerra, dos atos praticados em virtude deles não poderão conhecer os Juízes e Tribunais. (Planalto, 1937)]
Declaração de direitos: não houve previsão do mandado de segurança nem da ação popular. Não se tratou dos princípios da irretroatividade das leis e da reserva legal. O direito de manifestação do pensamento foi restringido, já que, nos termos do art. 122, n. 15, “a”, com o fim de garantir a paz, a ordem e a segurança pública, a censura prévia da imprensa, do teatro, do cinematógrafo, da radiodifusão podia ser exercida, facultando-se à autoridade competente proibir a circulação, a difusão ou a representação. (LENZA, 2011)
Nenhum jornal poderia recusar a inserção de comunicados do Governo, nas dimensões taxadas em lei (art. 122, n. 15, “b”). (LENZA, 2011)
Nos termos do art. 122, n. 13 (e em sua redação determinada pela Lei Constitucional n. 1, de 16.05.1938), além dos casos previstos na legislação militar para o tempo de guerra, a pena de morte poderia ser aplicada para crimes políticos e nas hipóteses de homicídio cometido por motivo fútil e com extremos de perversidade. (LENZA, 2011)
Nos termos do art. 177, que vigorou durante todo o Estado Novo, embora o seu prazo inicial tenha sido limitado a 60 dias (tendo em vista a faculdade trazida pela Lei Constitucional n. 2, de 16.05.1938), o Governo poderia aposentar ou reformar, de acordo com a legislação em vigor, os funcionários civis e militares cujo afastamento se impusesse a juízo exclusivo do “Governo”, no interesse do serviço público ou por conveniência do regime. (LENZA, 2011)
Nos termos do art. 186, foi declarado o estado de emergência, que, suspendendo direitos e garantias individuais, só veio a ser revogado pela Lei n. 16, de 30.11.1945. (LENZA, 2011) 
Nos termos do art. 139, a greve e o lock-out foram proibidos, tendo sido declarados recursos antissociais nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis com os superiores interesses da produção nacional. (LENZA, 2011)[8: Para dirimir os conflitos oriundos das relações entre empregadores e empregados, reguladas na legislação social, é instituída a Justiça do Trabalho, que será regulada em lei e à qual não se aplicam as disposições desta Constituição relativas à competência, ao recrutamento e às prerrogativas da Justiça comum. A greve e o lock-out são declarados recursos anti-sociais nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis com os superiores interesses da produção nacional. (Planalto, 1937)]
Nos termos do art. 173 e na sua redação determinada pela Lei Constitucional n. 7, de 30.09.1942, estabeleceu-se a possibilidade de declarar o “estado de guerra”, com restrição a direitos fundamentais e, ainda, o julgamento de crimes cometidos contra a estrutura das instituições, a segurança do Estado e dos cidadãos pela Justiça Militar ou pelo Tribunal de Segurança Nacional. Este último só veio a ser extinto pela Lei Constitucional n. 14, de 17.09.1945. (LENZA, 2011)[9: O estado de guerra motivado por conflito com pais estrangeiro se declarará no decreto de mobilização. Na sua vigência, o Presidente da República tem os poderes do art. 166 e os crimes cometidos contra a estrutura das instituições, a segurança do Estado e dos cidadãos serão julgados por Tribunais militares. (Planalto, 1937)][10: O estado de guerra motivado por conflito com País estrangeiro se declarará no decreto de mobilização. Na sua vigência, o Presidente da República tem os poderes do art. 166 e a lei determinará os casos em que os crimes cometidos contra a estrutura das instituições, a segurança do Estado e dos cidadãos serão julgados pela Justiça Militar ou pelo Tribunal de Segurança Nacional. (Planalto, 1937)]
A tortura foi utilizada como instrumento de repressão, situação essa simbolizada pela entrega de Olga Benário, mulher de Luís Carlos Prestes, líder comunista no Brasil, que viria a ser assassinada em campo de concentração nazista na Alemanha. (LENZA, 2011)
Nacionalização formal da economia e conquista de direitos e vantagens trabalhistas: muito embora essa “triste” realidade ditatorial, durante o período houve inegável “nacionalização formal da economia”, bem como “controle sobre certas áreas estratégicas de produção, como mineração, aço e petróleo”, configurando, assim, importante “expansão capitalista”. (LENZA, 2011)[11: Luís Roberto Barroso, O direito constitucional e a efetividade de suas normas, p. 23.]
Podemos lembrar as seguintes estatais criadas durante o período: CSN (1941, mas sua operação só iniciou-se em 1946), Companhia Vale do Rio Doce (1942), Companhia Nacional de Álcalis (1943), Fábrica Nacional de Motores (1943) e Companhia Hidroelétrica de São Francisco (1945).
Também tivemos avanços no campo trabalhista. Contudo, como anota Barroso, nesse contexto, “... a Constituição não desempenhou papel algum, substituído pelo mando personalista,intuitivo, autoritário. Governo de fato, de suporte policial e militar, sem submissão sequer formal à Lei maior, que não teve vigência efetiva, salvo quanto aos dispositivos que outorgavam ao chefe do Executivo poderes excepcionais”. (LENZA, 2011)[12: Luís Roberto Barroso, O direito constitucional e a efetividade de suas normas, p. 24. Pinto Ferreira, Curso de direito constitucional, 10. ed., p. 57]
Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, as ditaduras direitistas internacionais entraram em crise e o Brasil sofreu as consequências da derrocada do nazi fascismo. Getúlio Vargas tentou, em vão, sobreviver e resistir, mas a grande reação popular, com apoio das Forças Armadas, resultou na entrega do poder ao então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Linhares, após a deposição de Vargas, ocorrida em 29 de outubro de 1945. (PONTUAL, 2013)
O novo presidente constituiu outro ministério e revogou o artigo 167 da Constituição, que adotava o estado de emergência, acabando também com o Tribunal de Segurança Constitucional. Ao fim de 1945, as eleições realizadas para a Presidência da República deram vitória ao general Eurico Gaspar Dutra, empossado em 31 de outubro de 1946, que governou o país por decretos-lei, enquanto preparava-se uma nova Constituição. (PONTUAL, 2013)[13: Cessados os motivos que determinaram a declaração do estado de emergência ou do estado de guerra, comunicará o Presidente da República à Câmara dos Deputados as medidas tomadas durante o período de vigência de um ou de outro. (Planalto, 1937)Parágrafo único - A Câmara dos Deputados, se não aprovar as medidas, promoverá a responsabilidade do Presidente da República, ficando a este salvo o direito de apelar da deliberação da Câmara para o pronunciamento do País, mediante a dissolução da mesma e a realização de novas eleições. (Planalto, 1937)]
Conclusão
Neste trabalho foi abordada a Constituição de 1937, de como ela foi aplicada no país e sua história ao longo do seu período de existência, suas bases e princípios.
Cumprimos com todos os objetivos que foram propostos neste trabalho, uma vez que, é essencial que tenhamos conhecimento dessa Carta para em alguma oportunidade futura falarmos sobre com a devida propriedade e saber, pois foi uma Constituição importantíssima na aquisição dos direitos sociais (como o salário mínimo e a CLT), além de determinada legislação da mesma julgada como inconstitucional nos dias de hoje para que haja a nossa crítica sobre.
E este trabalho foi muito importante para nós, pois aprofundou o nosso conhecimento no tema, uma vez que, permitiu-nos aperfeiçoar competências relacionadas ao direito constitucional no que se refere à parte histórica.

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