Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Modelo Japonês de Administração CURSO: Bacharelado em Administração Período 2º COMPONENTE CURRICULAR: Teoria da Administração II Prof. Núbia Adriane IFTO Campus Paraíso do Tocantins Modelo Japonês de Administração • A partir da década de 70, as idéias japonesas sobre a administração tornaram-se popular em todo o mundo. • A base dessas idéias, que formam o modelo japonês de administração, é o Sistema Toyota de Produção- STP. • Nasceu em 1950, criado por Eiji Toyoda, e desenvolvido por Taiichi Ohno. TOYOTISMO: ORIGEM E CARACTERÍSTICAS • Nos anos 50, relata Wood Jr. (1992), o engenheiro japonês Eiji Toyoda passou alguns meses em Detroit conhecendo a indústria automobilística americana (Rouge da Ford), sistema dirigido pela linha fordista de produção, onde o fluxo normal é produzir primeiro e vender depois quando já dispunham de grandes estoques. Modelo Japonês de Administração • Sistema Toyota de Produção: - Os dois princípios mais importantes do Sistema Toyota são: Eliminação de desperdício; Fabricação com qualidade. Princípios do sistema Toyota: • Eliminação de desperdício: este aplica-se primeiro a fabrica, deu origem à idéia de produção enxuta (fabricar com o máximo de economia de recursos). • Fabricação com qualidade: fabricação com qualidade tendo por objetivo produzir virtualmente sem defeitos (eliminar desperdícios). Modelo Japonês de Administração Princípios do sistema Toyota: ........... • Estes dois princípios possibilitam a fabricação de produtos de alta qualidade e baixo preço. • Mas, para o bom funcionamento destes dois princípios, o sistema Toyota depende do comprometimento e envolvimento dos funcionários, tornando assim este o terceiro elemento do processo decisório. Modelo Japonês de Administração Sistema Toyota Q u a lid a d e P ro d u tiv id a d e Participação MAXIMIANO /TGA – Elementos do sistema Toyota de produção. Princípios do sistema Toyota de produção: Modelo Japonês de Administração Numa fabrica, eliminar desperdícios significa reduzir ao mínimo a atividade que não agrega valor ao produto. Os desperdícios foram classificados em sete tipos principais: - Tempo perdido em conserto ou refugo; - Produção além do volume necessário ou antes do momento necessário; - Operações desnecessárias no processo de manufatura; - Transporte; - Estoque.; - Movimento humano; - Espera. Ineficiências Inevitáveis Desperdícios Atividades que Agregam Valor ao Produto ou Serviço • Espera. • Transporte. • Deslocamentos. • Perdas inevitáveis. • Fabricação de quantidade maior que o necessário. • Refugos. • Tempo perdido em consertar erros. • Estoque. • Realização de operações e atividades de transformação estritamente ligadas ao produto ou serviço. MAXIMIANO /TGA – Desperdícios e agregação de valor. Desperdícios e agregação de valor: Just in Time Racionalização da Força de Trabalho Produção Flexível MAXIMIANO /TGA – Três estratégias para eliminar desperdícios. Eliminação de Desperdícios No STP há Três formas de eliminar desperdícios: Eliminação de Desperdício: • Racionalização da Força de Trabalho: a Toyota agrupou os operários em equipes, com um líder em lugar de um supervisor. • Just in Time: procura reduzir ao mínimo o tempo de fabricação e o volume de estoque. Na linha de produção, o just in time funciona como o procedimento de reposição de mercadorias nos supermercados. • Produção Flexível: no sistema de produção flexível, as máquinas tem múltiplas finalidades e servem para fabricar produtos em pequenos lotes, de acordo com as encomendas dos clientes. Modelo Japonês de Administração Fabricação com Qualidade: • Tem por objetivo primordial identificar e corrigir defeitos e eliminar suas causas. • Esta possui 3 elementos: - Fazer certo da primeira vez; - Corrigir os erros em suas causas fundamentais; - Utilizar círculos da qualidade. Modelo Japonês de Administração Fazer certo da primeira vez Utilizar Círculos da Qualidade MAXIMIANO /TGA – Três princípios para fabricar com qualidade. Fabricação com Qualidade Corrigir causas fundamentais dos erros Princípios para fabricar com qualidade: Fabricação com Qualidade:....... - Fazer certo da primeira vez: esta filosofia torna o trabalhador responsável pela qualidade de seu trabalho. - Corrigir os erros em suas causas fundamentais: foi dado o poder ao trabalhador de parar a linha de produção sempre que encontrassem um problema que não conseguissem resolver. Modelo Japonês de Administração Fabricação com Qualidade:....... - Utilizar círculos da qualidade:. Os círculos de controle da qualidade (CCQ) foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa e aplicado pioneiramente na Toyota. No formato original, o circulo nada mais é do que um grupo de voluntários de um mesmo setor ou área de trabalho, que se reúnem regularmente para estudar e propor a solução de problemas. Modelo Japonês de Administração MAXIMIANO /TGA – Grupos autogeridos de trabalho, uma idéia popularizada pela Toyota. • Produção flexível. • Máquinas e equipamentos dedicados. • Guerra ao desperdício. • Tamanho é documento. • Parcerias com fornecedores dedicados, produção enxuta, mentalidade just in time. • Verticalização, controle de todas as fontes de fornecimentos, administração de estoques, mentalidade just in case. • Grupos de trabalho autogerenciados. • Linha de montagem móvel, com trabalhadores especializados Idéias Orientais Idéias Ocidentais MAXIMIANO /TGA – Um contraste entre idéias ocidentais e orientais. • Toyota, Mitsubishi, Nissan. • Ford, General Motors, General Electric. • Alta qualidade e baixo preço. • Alto luxo e alto preço. • Círculos da qualidade, aprimoramento contínuo. • Controle da qualidade. • Administração enxuta, empresa enxuta. • Estruturas organizacionais divisionalizadas e hierárquicas. Idéias Orientais Idéias Ocidentais MAXIMIANO /TGA – Um contraste entre idéias ocidentais e orientais. MODELO JAPONÊS DE GESTÃO SISTEMA TOYOTA Q U A L I D A D E P R O D U T I V I D A D E PARTICIPAÇÃO Objetivos: - identificar e corrigir defeitos; - eliminar suas causas. Elementos: - fazer certo da primeira vez; - corrigir causas fundamentais; - utilizar círculos de controle. Eliminar desperdícios: Significa reduzir ao mínimo a atividade que não agrega valor ao produto. Tipos de desperdício: - tempo perdido em consertos; - transporte; - estoque; - movimento humano; - espera; - operações desnecessárias; - produção além do necessário. Diferenças entre os Sistemas Toyota e a Ford Características Ford Toyota Benefício 1. Fluxo de peças unitárias Somente na montagem Interligação do processo e montagem Ciclos curtos, inventário de produtos acabados reduzidos, estoque intermediário pequeno 2. Tamanho do lote Grande Pequeno Redução do estoque intermediário, produção contrapedido 3. Fluxo do produto Produto único (poucos modelos) Fluxo misto (muitos modelos) Redução do estoque intermediário, ajustes para mudanças, promove equilíbrio da carga Fonte:O Sistema Toyota de Produção : do ponto de vista da engenharia da produção. Shingo, Shigeo. • Tanto o Ford como a Toyota utilizam fluxo de peças unitárias nas operações de montagem; • A Ford, no entanto, produz poucos modelos em lotes grandes, com uma operação de fluxo de um único produto na montagem. A Toyota produz muitos modelos, em pequenos lotes, em uma operação de montagem com modelos mistos. • A fabricação de peças e montagem são separados na Ford, mas diretamente interligados na Toyota; • O fluxo de peças unitárias é utilizado apenas no processo de montagem na Ford; as peças são processadas em lotes grades. Na Toyota, toda a produção é feita com pequenos lotes. STP STP • O Sistema Toyota de Produção não se contrapõe ao Sistema Ford. • Para ser mais exato ele é uma evolução progressiva, um sistema voltado ao mercado japonês que produz em massa, em lotes pequenos, e com estoques mínimos. • O objetivo principal do STP consiste na identificação e na eliminação das perdas e na redução dos custos. Bibliografia MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos de Administração: manual compacto para as disciplinas TGA e introdução à administração, 2. edição, São Paulo: Atlas, 2007. SHINGO, Shigeo. O Sistema Toyota de Produção do ponto de vista da Engenharia da Produção. 2 edição. Porto Alegra: Brokman, 1996.
Compartilhar