Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 14: Equac¸o˜es lineares na˜o homogeˆneas. Disciplina: Equac¸o˜es Diferenciais To´pico: Equac¸o˜es lineares na˜o homogeˆneas Professora: Luiza Vidigal Gonc¸alves Se G(t) for um produto de func¸o˜es dos tipos tratados na aula anterior, enta˜o tentamos a soluc¸a˜o como um produto de func¸o˜es do mesmo tipo. Por exem- plo, ao resolver a equac¸a˜o diferencial: y′′ + 2y′ + 4y = t cos(3t) tentamos yp(t) = (At+B) cos(3t) + (Ct+D)sen(3t) Se G(t) for uma soma de func¸o˜es desses tipos, usamos o princ´ıpio da super- posic¸a˜o que nos diz que se yp1 e yp2 forem soluc¸o˜es de ay′′ + by′ + cy = G1(t) e ay′′ + by′ + cy = G2(t) respectivamente, enta˜o yp1 + yp2 e´ uma soluc¸a˜o de ay′′ + by′ + cy = G1(t) +G2(t) Exemplo: Resolva a equac¸a˜o diferencial y′′ − 4y = tet + cos(2t) Observac¸a˜o: A soluc¸a˜o tentativa recomendada yp algumas vezes resulta em uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o complementar e, portanto, na˜o pode ser uma soluc¸a˜o de uma equac¸a˜o na˜o homogeˆnea. Em tais casos, multiplicamos a soluc¸a˜o tentativa recomendada por t (ou por t2 se necessa´rio) de modo que nenhum termo em yp(t) seja uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o complementar. Exemplo: Resolva a equac¸a˜o diferencial y′′ + y = sent Resumo do me´todo dos coeficientes indeterminados: 1 1. Se G(t) = ektP (t), onde P e´ um polinoˆnio de grau n, enta˜o tente yp(t) = e ktQ(t), onde Q(t) e´ um polinoˆmio de grau n (cujos coeficientes sa˜o determinados por substituic¸a˜o na equac¸a˜o diferencial). 2. Se G(t) = ektP (t) cos(mt) ou G(t) = ektP (t)sen(mt), onde P e´ um po- linoˆmio de grau n, enta˜o tente yp(t) = e ktQ(t) cos(mt) + ektR(t)sen(mt), onde Q e R sa˜o polinoˆmios de grau n. Atenc¸a˜o: Se algum termo de yp for uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o complementar, multiplique yp por t (ou por t 2 se necessa´rio). Exemplo: Determine a fo´rmula para a soluc¸a˜o tentativa para a equac¸a˜o diferencial y′′ − 4y′ + 13y = e2x cos(3x) O me´todo das variac¸o˜es dos paraˆmetros: Suponha que apo´s resolver a equac¸a˜o homogeˆnea ay′′ + by′ + cy = 0, escre- vamos a soluc¸a˜o como y(t) = c1y1(t) + c2y2(t) onde y1(t) e y2(t) sa˜o soluc¸o˜es linearmente independentes. Vamos substituir as constantes (ou paraˆmetros) c1 e c2 da equac¸a˜o acima pelas func¸o˜es ar- bitra´rias u1(t) e u2(t). Procuramos por uma soluc¸a˜o particular da equac¸a˜o na˜o homogeˆnea ay′′ + by′ + cy = G(t) da forma yp(t) = u1(t)y1(t) + u2(t)y2(t) Este me´todo chama variac¸a˜o dos paraˆmetros pois variamos os paraˆmetros c1 e c2 tornando-os func¸o˜es. 2 Derivando yp(t) = u1(t)y1(t) + u2(t)y2(t), obtemos: y′p = (u ′ 1y1 + u ′ 2y2) + (u1y ′ 1 + u2y ′ 2) Uma vez que u1 e u2 sa˜o func¸o˜es arbitra´rias, podemos impor duas condic¸o˜es sobre elas. Uma condic¸a˜o e´ que yp e´ uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o diferencial e podemos escolher a segunda condic¸a˜o de tal forma que simplifique os ca´lculos. Consideremos que u′1y1 + u ′ 2y2 = 0 . Enta˜o y′′p = u ′ 1y ′ 1 + u ′ 2y ′ 2 + u1y ′′ 1 + u2y ′′ 2 Substituindo na equac¸a˜o diferencial, obtemos: a(u′1y ′ 1 + u ′ 2y ′ 2 + u1y ′′ 1 + u2y ′′ 2) + b(u1y ′ 1 + u2y ′ 2) + c(u1y1 + u2y2) = G ou u1(ay ′′ 1 + by ′ 1 + cy1) + u2(ay ′′ 2 + by ′ 2 + cy2) + a(u ′ 1y ′ 1 + u ′ 2y ′ 2) = G Mas sabemos que y1 e y2 sa˜o soluc¸o˜es da equac¸a˜o complementar, logo: ay′′1 + by ′ 1 + cy1 = 0 e ay ′′ 2 + by ′ 2 + cy2 = 0 Assim a equac¸a˜o u1(ay ′′ 1 +by ′ 1+cy1)+u2(ay ′′ 2 +by ′ 2+cy2)+a(u ′ 1y ′ 1+u ′ 2y ′ 2) = G torna-se: a(u′1y ′ 1 + u ′ 2y ′ 2) = G . 3 Dessa forma temos um sistema de duas equac¸o˜es nas func¸o˜es desconhecidas u1 e u2: u′1y1 + u′2y2 = 0a(u′1y′1 + u′2y′2) = G Apo´s resolver esse sistema, podemos integrar para encontrar u1 e u2 e enta˜o a soluc¸a˜o particular sera´ dada por: yp(t) = u1(t)y1(t) + u2(t)y2(t). Exemplo: Resolva a equac¸a˜o diferencial y′′ + y = tg(x), 0 < x < pi 2 4
Compartilhar