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Anamnese e exame físico: Sistema Renal Profª: Drª. Aline Pereire e Dr ª Helane Rocha Aula cedida Profa. Paula Pinheiro 1 ANATOMIA DO SISTEMA RENAL O sistema renal e urinário: rins, ureteres, bexiga e uretra. 2 Rim E Artéria Aorta Veia cava inferior Rim D Ureter BEXIGA Ureteres Ureter ANATOMIA DO SISTEMA RENAL Os rins ficam situados na localização retroperitoneal Medem 12 x 6 x 2,5 cm cada um e pesa entre 120 e 170 gramas; São protegidos pelas costelas, músculos, tecido adiposo e cápsula renal que envolve cada rim; 4 Cada rim é composto de 1 milhão de néfrons, unidades funcionais do rim; Os néfrons formam a urina através de filtração glomerular, reabsorção e secreção tubular; 5 Cada rim é capaz de proporcionar uma função renal adequada, quando o rim oposto é lesionado ou se torna inoperante; Substâncias normalmente filtradas pelo glómerulo, e excretados na urina : sódio, cloro, bicarbonato, potássio, uréia, creatinina e ácido úrico; 6 • Glicosúria : concentração de glicose no sangue que excede a capacidade dos túbulos de reabsorver a glicose; • Glicose é completamente reabsorvidas quando sua concentração é inferior a 200mg/dl; • Proteinúria: em quantidades inferiores a 150mg/dl, é considerada normal 7 • Funções do rim: • Formação da urina; • Excreção dos produtos de degradação; • Regulação dos eletrólitos; • Regulação do equilíbrio ácido-básico; • Controle do equilíbrio hídrico; 8 • Controle da pressão arterial; • Clearence renal (capacidade do rim de depurar os solutos do plasma); • Síntese de vitamina D para a forma ativa; 9 • Dos 180 litros de filtrado produzidos a cada dia pelos rins, 99% são reabsorvidos para dentro da corrente sanguínea, resultando em 1000 a 1500 ml de urina por dia; 10 11 SÓDIO – o sódio excretado além da quantidade ingerida resulta em desidratação; o sódio excretado em quantidade inferior àquela ingerida resulta em retenção do líquido; 12 A regulação da quantidade de sódio excretada depende da ALDOSTERONA, um hormônio sintetizado e liberado a partir do córtex da supra-renal; 13 POTÁSSIO – Íon intracelular mais abundante; Para manter o equilíbrio normal de potássio no corpo, os rins são responsáveis por excretar mais de 90% da ingestão diária total de potássio; A retenção de potássio é o efeito com maior risco de vida da insuficiência renal; 14 -Alta ingestão de líquidos – urina diluída; -Baixa ingestão de líquidos – urina concentrada; -Pessoa normalmente ingere 1 a 2 litros de água por dia – totalidade dessa ingestão é excretada na urina, excetuando-se cerca de 400 a 500ml – este restante é eliminado pela pele, pulmões, respiração e fezes; • A avaliação do sistema urinário e renal é realizada por meio da entrevista e do exame físico (inspeção, palpação, percussão e ausculta); • Entrevista – pesquisar disfunção miccional, infecção urinária, incontinência urinária; 15 ► Queimação, dor, urgência ou hesitação para urinar; ► Presença de sangue na urina; ► Cor e odor da urina; ► Presença de febre nos últimos dias; ► Dores nas costas do lado direito ou esquerdo; ►Dores nas costas que se irradiam para o baixo ventre e seguem em direção às coxas; 16 ►Perdas urinárias aos esforços (tossir, espirrar, carregar peso); ► Sensação de urgência para urinar na ausência de infecção urinária; ► Sensação de que, após ter urinado, ainda resta urina na bexiga; ►Necessidade de acordar frequentemente à noite para urinar; 17 ►OBS: Importante investigar a presença de fatores capazes de desencadear a insuficiência renal, como diabetes, doença renal policística, cálculo renal, doenças cardíacas, anomalias congênitas e uso de medicamentos, como anti-inflamatórios; 18 ►Os rins são indolores, duros, superfície regular, de forma não muito nítida, em virtude de apenas seu pólo inferior ser acessível à palpação; ► O rim direito é mais facilmente palpável, por estar anatomicamente situado mais abaixo do que o esquerdo; 19 ► Nos casos de neoplasia renal com aumento de volume do órgão, o rim torna-se palpável como um tumor duro, geralmente indolor e de superfície nodular; 20 ► Palpação da bexiga – conforto do paciente – palpar após ele ter urinado; ► Inicia aproximadamente 2 cm da sínfise púbica, onde o enfermeiro pode sentir uma região firme e lisa; 21 INSPEÇÃO ☻ Nos grandes aumentos dos rins (hidronefrose e tumores), podem-se observar abaulamentos localizados no flanco e na fossa ilíaca correspondente; 22 INSPEÇÃO ☻ Presença de abaulamentos bilaterais típicos nos casos de rins policísticos; ☻ Deve-se também realizar a inspeção da urina (coloração, aspecto e odor); 23 INSPEÇÃO ☻ Imprescindível verificar a presença de sinais de insuficiência renal (edema periorbital, sacral e de extremidades, mudança na coloração e turgescência da pele, estado mental, arritmias, alterações de peso e volume urinário....); 24 PERCUSSÃO ☻ Os rins não são delimitáveis pela percussão dígito-digital; ☻ Nos processos inflamatórios agudos, renais e perirrenais – pesquisa pela punho-percussão; ☻ Sinal de Giordano – positiva na presença de dor e negativa na ausência; 25 PERCUSSÃO ☻ Para avaliar cada rim, peça ao paciente para sentar – Posicione a palma da mão sobre o ângulo costovertebral direito e percuta sua mão com a superfície ulnar do punho de sua outra mão; ☻ Repita a manobra sobre o ângulo costovertebral esquerdo; 26 PERCUSSÃO ☻ A percussão direta com o punho sobre cada ângulo costovertebral também pode ser utilizada; ☻ Percussão da bexiga – 5 cm da sínfise púbica – som timpânico; Som maciço – bexiga cheia; 28 29 PALPAÇÃO ☻ Método semiológico que oferece melhores informações sobre o rim; - MÉTODO DE DEVOTO -Realizado com o paciente em decúbito dorsal e joelhos levemente fletidos; 30 PALPAÇÃO - MÉTODO DE DEVOTO - Coloca-se uma mão contrária ao rim a ser examinado, no ângulo lombocostal, exercendo pressão de trás para a frente, enquanto a outra mão, espalmada sobre o abdome abaixo do rebordo costal, procura sentir e pinçar o polo inferior do rim na sua descida inspiratória; 31 PALPAÇÃO - MÉTODO DE ISRAEL – - Paciente posicionado em decúbito lateral, oposto ao lado do rim que será palpado; - Posição de sims - Coloca-se uma das mãos no ângulo lombocostal, fazendo pressão de trás para a frente; 32 PALPAÇÃO - MÉTODO DE ISRAEL – - Com a outra mão espalmada sobre o abdome, logo abaixo do rebordo costal, o enfermeiro procura pinçar o rim na sua descida inspiratória; 33 34 AUSCULTA • Útil somente na identificação de sopros abdominais, caracterizados por sons murmurantes de baixa intensidade, sugestivos de estenose da artéria renal; 35 Insuficiência Renal Aguda IRA Perda súbita e quase completa da função renal durante um período de horas a dias; Manifesta-se como Oligúria (menos de 400 mL/dia), Anúria (menos de 50mL/dia) ou volume urinário normal; 36 Insuficiência Renal Crônica Conceito: Progressiva e irreversível da função renal em que a capacidade do corpo de manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico falha; Necessário diálise ou transplante renal para manter a sobrevida do paciente. 37 Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Insuficiência Renal Avaliar o estado hídrico (Pesar diariamente, equilíbriode ingestão e excreção, turgor cutâneo, presença de edema, Ingurgitamento das veias do pescoço, PA, Frequência e ritmo cardíacos, frequência e esforços respiratórios); Limitar a ingestão hídrico; 38 Identificar as fontes hídricas potenciais (medicamentos, líquidos usados para tomar medicamentos orais ou endovenosos e alimentos); Explicar ao paciente e à família a justificativa para a restrição; 39 Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Insuficiência Renal Ajudar o paciente a lidar com os desconfortos das restrições hídricas e explicar isto ao mesmo e à família (explicando a relação com a doença); Avaliar o estado nutricional (peso, medidas antropométricas e valores laboratoriais – uréia, creatinina, eletrólitos, ferro); 40 Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Insuficiência Renal Avaliar quanto aos fatores que contribuem para a ingestão nutricional alterada (náuseas, vômitos, dieta inadequada,); Proporcionar as preferências alimentares dentro das restrições da dieta; Encorajar os lanches ricos em calorias e pobres em proteína, sódio e potássio; 41 Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Insuficiência Renal Avaliar os fatores contribuintes para a fadiga(anemia, desequilíbrios hidroeletrolíticos, retenção de produtos de degradação e depressão); Promover independência nas atividades de autocuidado; 42 43 44 45 ALTERAÇÕES NA ELIMINAÇÃO URINÁRIA • ANÚRIA DÉBITO URINÁRIO INFERIOR AO VOLUME DE 50ML/DIA • OLIGÚRIA DIMINUIÇÃO DO DÉBITO URINÁRIO, GERALMENTE INFERIOR A 400ML/DIA • POLIÚRIA AUMENTO DO VOLUME URINÁRIO ACIMA DE 1.800ML/DIA • POLACIÚRIA URINA VÁRIAS VEZES EM CURTO INTERVALO DE TEMPO EM PEQUENA QUANTIDADE. • NICTÚRIA NECESSIDADE DE URINAR DURANTE A NOITE • ENURESE PERDA INVOLUNTÁRIA DE URINA DURANTE O SONO – FISIOLÓGICA ATÉ 3 ANOS DE IDADE; • HEMATÚRIA PRESENÇA DE SANGUE NA URINA • PIÚRIA PRESENÇA DE PUS NA URINA, TORNANDO-A TURVA E COM PRESENÇA DE SEDIMENTOS. • DISÚRIA É A MICÇÃO ACOMPANHADA DE DOR, QUEIMAÇÃO. Obrigada! 49
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