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Revisão 6 a 10 Ed. Física

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09/05/2011
 AULA 2
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CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA – REVISÃO AV2
PEDAGOGIA 
Rio de Janeiro, 11 Junho de 2011 
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09/05/2011
 AULA 2
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OBJETIVO
Rever o conteúdo ministrado nas aulas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 da disciplina Conteúdo, Metodologia e Prática de Ensino da Educação Física.
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09/05/2011
 AULA 2
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A EDUCAÇÃO FÍSICA COMO COMPONENTE CURRICULAR E OS DESAFIOS PRESENTES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA – AULA 5
09/05/2011
 AULA 2
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AULA 5
Refletir sobre os desafios presentes na prática da Educação Física Escolar. 
2. Compreender a Educação Física Escolar como componente curricular e de competência ético-profissional.
3. Debater sobre os procedimentos de ensino da Educação Física Escolar como componente curricular. 
09/05/2011
 AULA 2
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Reconhecer as articulações polêmicas referentes às questões da Educação Física Escolar para melhor examinar sua caracterização como componente curricular e, assim, eximir a ideia de “curinga curricular” ou “interferência curricular” e não comprometer o exercício da atividade que exige formação ética e competência profissional.
09/05/2011
 AULA 2
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O reconhecimento da Educação Física Escolar como componente curricular integra o conjunto das demais disciplinas curriculares por assumir responsabilidade com a formação humana e ser ministrada por educadores/as profissionais, conforme os conteúdos e as considerações teórico-práticas aplicadas nas aulas anteriores. 
09/05/2011
 AULA 2
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Refletir sobre os conteúdos da Educação Física Escolar é um desafio da docência diante da sistematização de percepções, representações e conceitos elementares que deverão ser desenvolvidos com perspectivas integradas, vinculando a seleção de conteúdos necessários e desejados conforme a relação dialógica professor-comunidade escolar, a disponibilidade dos recursos materiais e a adequação tempo-espaço.
09/05/2011
 AULA 2
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Educação Física Escolar como prática didático-pedagógica comprometida com um fazer ético e libertador, por uma educação cidadã e emancipatória.
09/05/2011
 AULA 2
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Pensar a Educação Física Escolar como componente curricular com a possibilidade de indicar caminhos qualitativos para o enfrentamento dos desafios presentes na prática pedagógica é um compromisso que implica em trabalhar as questões teórico-político-filosóficas que dificultam o entendimento de importantes variáveis da vida cotidiana no contexto escolar e as ações necessárias para a transformação delas. 
09/05/2011
 AULA 2
*
 
É relevante fazer refletir que, quando se refere à prática educativo-pedagógica as ideias são as mais variadas: 
Por exemplo:
*
É comum excluir as crianças “indisciplinadas” das aulas da Educação Física Escolar por desconhecer a sua competência educativo-pedagógica na construção de regras sociais a partir de jogos cooperativos. A prática escolar, de conservas culturais, compreende a Educação Física Escolar como atividade recreativa dissociada da prática educativa cidadã. 
09/05/2011
 AULA 2
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A Educação Física é uma das áreas do conhecimento humano que objetiva estudar a educação da saúde do corpo integrado e suas implicações na formação básica do ser humano. É, também, um extenso campo de ações socioeducativas direcionadas às práticas humanas em relação ao movimento corpóreo, suas limitações e suas possibilidades. 
*
09/05/2011
 AULA 2
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Até algum tempo atrás, acreditávamos que a educação física deveria seguir o modelo das outras disciplinas escolares, isto é, um modelo de transmissão de conhecimento com avaliações quantitativas. Ainda bem que isso não ocorreu, pois, se a ideia tivesse sido posta em prática, os resultados relativos a essa disciplina seriam tão desastrosos quanto os de quase todas as outras. 
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09/05/2011
 AULA 2
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Atualmente, pensamos que a educação física deve, sim, estar na escola, mas não para repetir os equívocos das demais disciplinas. O objetivo de qualquer disciplina deve ser o de ensinar a viver em sociedade, pensando como sociedade, agindo como sociedade. Em nossa opinião, as oportunidades de agir individualmente não devem deixar de existir e de ser valorizadas, mas não podem ser exclusivas. (FREIRE, João Batista & SCAGLIA, Alcides José, 2003, p. 31-32).
*
09/05/2011
 AULA 2
*
 
A Educação Física Escolar como componente curricular deverá explicitar sua base de conteúdos e suas estratégias de ensino comprometidas com a prática da educação libertadora, como propunha Paulo Freire (1994) ao inovar o processo pedagógico, integrando à metodologia criativa os conhecimentos compartilhados na busca de significados comuns e de solução de problemas de ensino-aprendizagem, para além de “saberes específicos”. 
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09/05/2011
 AULA 2
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*
 A Educação Física Escolar como componente curricular deverá explicitar sua base de conteúdos e suas estratégias de ensino comprometidas com a prática da educação libertadora, como propunha Paulo Freire (1994) ao inovar o processo pedagógico, integrando à metodologia criativa os conhecimentos compartilhados na busca de significados comuns e de solução de problemas de ensino-aprendizagem, para além de “saberes específicos”. 
09/05/2011
 AULA 2
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No plano político, percebe-se que a construção da identidade do profissional da Educação Física ainda é focada na formação do técnico desportivo sem ênfase na formação do(a) educador(a) como agente de transformação social. E a prática pedagógica da Educação Física Escolar ainda é fundada nas estruturas e nos movimentos rituais pouco dinâmicos no que diz respeito à função social da escola.
09/05/2011
 AULA 2
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*
Percebe-se que algumas Unidades Escolares ainda não desenvolveram sua autonomia de competência e ética sobre os objetivos específicos da educação, sobre a necessária formação humana para o exercício da coletividade cidadã. 
09/05/2011
 AULA 2
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Pois o que se constata na educação escolar é que a maioria dos(as) educadores(as) profissionais não tem uma formação técnico-política para participar e intervir nas políticas a que se subordina; seu envolvimento é tímido e de pleno receio frente às possíveis medidas praticadas pelas instâncias hierárquicas.
09/05/2011
 AULA 2
*
*
Estas reflexões desejáveis sobre o como fazer para a contemplação da Educação Física Escolar como componente curricular caracterizam uma abertura dinâmica de construção-reconstrução da consciência da prática pedagógica escolar profissional, propondo mudanças significativas sobre as diretrizes estáticas e definitivas que são impostas pelos modelos de homogeneização da teoria da administração escolar, pela administração especificamente capitalista
09/05/2011
 AULA 2
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Cabe lembrar a fala de Freire (1992) ao ressaltar que “A gente tem que lutar para tornar possível o que ainda não é possível. Isto faz parte da tarefa histórica de redesenhar e reconstruir o mundo.”. 
09/05/2011
 AULA 2
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A prática pedagógica escolar, com isso, torna-se um conteúdo de estudos com identidade e problemáticas próprias diante da realidade e da necessária reconstrução da estrutura curricular da Educação Física Escolar. 
09/05/2011
 AULA 2
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As novas perspectivas vislumbradas para a Educação Física Escolar como componente curricular deverão cuidar do desenvolvimento de propostas que envolvam práticas cooperativas, afirmando as tendências educativo-pedagógicas, fundadas em práticas de produção coletiva e comprometidas com a contextualização dos conteúdos .
Importância dos chamados Jogos Cooperativos
09/05/2011
 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA 5:
A composição curricular da prática pedagógica escolar é organizada a partir da competência e da ética produzida pelos grupos sociais de interesse.A Educação Física Escolar é um componente curricular, produzida pelos sistemas culturais e objetivada pelas proposições educativo-pedagógicas comprometidas com a educação libertadora.
- A Educação Física Escolar como componente curricular movimenta importantes indicadores estruturantes para a construção de uma sociedade cidadã.
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09/05/2011
 AULA 2
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O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA - AULA 6
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09/05/2011
 AULA 2
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AULA 6:
 Reconhecer a integração dos estudos e das práticas da Educação Física Escolar como elo articulador na construção do projeto pedagógico escolar; 
2. Pontuar as contribuições teóricas estruturantes e as práticas da Educação Física Escolar na elaboração do projeto político-pedagógico;
3. Afirmar o papel do(a) educador(a) profissional da Educação Física Escolar como sujeito da história e do movimento sociocultural.
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09/05/2011
 AULA 2
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“...cada um a partir do seu tempo de ser “se compreende e se elucida na relação: o ser humano é um conjunto de relações.” (PEGORARO, 1994). 
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09/05/2011
 AULA 2
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E quando se deseja uma real transformação é imprescindível expor o verdadeiro pensar, que leve ao debate e a novas decisões de grupo. 
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09/05/2011
 AULA 2
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Pode-se conceber a educação como essencial movimento de emancipação humana, da formação do ser humano para o exercício da democracia. Que na relação se compreenda o valor da saudável diferença para a superação do particularismo e elimine a obscena desigualdade presente no contexto social. 
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09/05/2011
 AULA 2
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A produção escolar, quando centrada no plano das ações referenciadas no projeto político-pedagógico, que é construída na relação dos sujeitos integrantes da comunidade escolar, fortalece uma rede legítima de construção e reconstrução da organização social. Pois se percebe, no contexto das prioridades educativo-pedagógicas, que o papel de cada sujeito participativo e a sistematização dos papéis desempenhados pelo coletivo, certamente, influenciam na modalidade de aprendizagem e na prática educativa social. 
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09/05/2011
 AULA 2
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A escola agrega pessoas que vivem em diferentes contextos educativos como a família, a religião, a comunidade local entre outros, pessoas que se desenvolvem a partir de processos circulares num determinado tempo-espaço e convivem no seu cotidiano com contrastes, conflitos, divergências e paradoxos, compreendendo na sua unidade diferença de valores, de padrão de comunicação etc., na sua modalidade de conceber a vida coletiva. 
*
09/05/2011
 AULA 2
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Quando as “ideias” são expostas, examinadas e debatidas, constroem-se novas “ideias” que vão originar novas “perfeições” não individuais, mas cultivadas e lapidadas coletivamente numa verdadeira “perfeição” necessária à formação humana, pela qual a escola é responsável _ o projeto político-pedagógico _ constituindo-se esta garantia, a razão de ser da gestão da educação que expressa um compromisso estabelecido coletivamente. (FERREIRA, Naura Syria C., 2001, p.311).
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09/05/2011
 AULA 2
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Pressupostos básicos para construção de um projeto político pedagógico:
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- Suprimir a ideia de relações verticais (competitivas, segmentadas, autoritárias...) no contexto escolar, garantindo as relações horizontais (cooperativas, integradas, democráticas...)
09/05/2011
 AULA 2
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- Conferir a dialética construtiva no desenvolvimento do processo educativo-pedagógico como movimento de criação, de libertação, de autoridade e de atividade;
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09/05/2011
 AULA 2
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- Ter clareza que todo trabalho desenvolvido na Unidade Escolar precisa estar focado na participação política
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Operários – Tarsila do Amaral
09/05/2011
 AULA 2
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- Buscar a potência e a disponibilidade da comunidade escolar como agentes de diferenciação e de integração de saberes no fazer coletivo escolar;
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09/05/2011
 AULA 2
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- Potencializar as articulações éticas, técnicas e políticas no saber fazer bem do ato educativo escolar;
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09/05/2011
 AULA 2
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Acreditando ser o Projeto Político-Pedagógico um movimento participativo que orienta o processo e o ambiente educativo-pedagógico, pode-se afirmar que sua tarefa é de difícil articulação e que sua função fortalece a integração das diferenças pessoais e contextuais a partir de objetivos comuns e proximais, que dinamizam os procedimentos práticos do processo ensino-aprendizagem.
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09/05/2011
 AULA 2
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O Projeto Político-Pedagógico compreende uma percepção crítica da realidade sócio-histórico-político-cultural do desenvolvimento do sujeito em contexto e norteia a construção de novos caminhos para a efetiva busca de ações assertivas por uma educação emancipatória e integradora dos sujeitos-matrizes de uma determinada comunidade.
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09/05/2011
 AULA 2
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A transposição do saber científico em saber escolar ainda é uma realidade distante no pensar e no fazer da Educação Física Escolar. No processo e no exercício da atividade, percebe-se que o educador profissional da Educação Física Escolar carece de uma supervisão pedagógica que o oriente na ressignificação das práticas do senso comum.
*
PPP e Educação Física Escolar
09/05/2011
 AULA 2
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*
Pois diante da complexidade dos tempos modernos que incentivam e fortalecem a ideia que o ser humano, sozinho, é capaz de “vencer e alcançar sucesso”, de “competir e ganhar dos demais”, verifica-se que a intervenção sociopolítica do pedagogo torna-se providencial e urgente. 
09/05/2011
 AULA 2
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Numa perspectiva objetiva e consciente, o papel da Educação Física Escolar na construção do projeto político-pedagógico da escola integra um fazer crítico e ampliado, que realimenta e transforma a cultura escolar, por envolver na sua prática intencional de produção o movimento corporal e o acesso às práticas da cultura corporal. 
O papel da Educação Física na Escola
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09/05/2011
 AULA 2
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Ratifica-se, portanto, o significado social da Educação Física como área do conhecimento humano que promove ações socioeducativas direcionadas às práticas humanas no seu movimento corpóreo, suas limitações e suas possibilidades, cuidadosamente estruturado para o desenvolvimento do ser humano como ser intelectual, afetivo, sociocultural, solidário, lúdico...
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09/05/2011
 AULA 2
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O pouco que aprendi com vocês sobre a cultura corporal não é o mero exercício do corpo e do caráter, não é só o esporte, a saúde do corpo, a motricidade, as brincadeiras, as danças, as lutas, a formação da personalidade. 
Ela é tudo isso e mais a problematização e a historicização dessas práticas corporais, precisamente para professores e alunos também produzirem cultura corporal.
Libâneo(1997):
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09/05/2011
 AULA 2
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É consenso que o profissional de Educação Física é compreendido pela sociedade como um técnico em questões do corpo em movimento, embora exista uma significativa articulação de profissionais estudiosos e críticos que lutam exaustivamente por mudanças qualitativas na reconstrução da identidade do educador profissional da Educação Física Escolar.
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09/05/2011
 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA 6:
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- A organização escolar agrega pessoas que vivem em diferentes contextos educativos, que se desenvolvem a partir de processos circulares num determinado tempo-espaço e que convivem no seu cotidiano com contrastes, conflitos, divergências e paradoxos compreendendo na sua unidade diferença de valores, de padrão de comunicação... no modo de conceber a vida coletiva. 
09/05/2011
 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA6:
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- O Projeto Político-Pedagógico compreende uma percepção crítica da realidade sócio-histórico-político-cultural do desenvolvimento do sujeito em contexto e que norteia a construção de novos caminhos para a efetiva busca de ações assertivas por uma educação emancipatória e integradora dos sujeitos de uma determinada comunidade.
09/05/2011
 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA 6:
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- O papel da Educação Física Escolar na construção do projeto político-pedagógico da escola integra um fazer crítico e ampliado, que realimenta e transforma a cultura escolar, por envolver na sua prática intencional de produção o movimento corporal e o acesso às práticas da cultura corporal.
09/05/2011
 AULA 2
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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A CULTURA CORPORAL NA DINÂMICA ESCOLAR FAZENDO DIFERENÇA SOCIAL NA VIDA COTIDIANA - AULA 7
09/05/2011
 AULA 2
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1. Identificar práticas da Educação Física Escolar como prática da cultura corporal.
2. Relacionar a cultura corporal e a dinâmica escolar cidadã.
3. Pontuar conteúdos básicos da Educação Física Escolar para a prática na vida cotidiana.
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AULA 7:
09/05/2011
 AULA 2
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O desdobramento dos eventos socioculturais das histórias recentes, pouco a pouco, o influencia e o movimenta no sentido vital da direção para projetar a diferença num futuro-presente. As histórias impõem começos e fins e constantes transformações; elas constroem o desejo de movimento, o desejo de ação, o desejo de ser ou de não ser mais. 
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09/05/2011
 AULA 2
*
As histórias contadas pelos seres humanos sobre o seu desenvolvimento em contexto, apesar de possíveis semelhanças, são histórias de significado peculiar que, certamente, são constituídas de um modo de vida próprio, embora com base e perspectiva na reprodução sociocultural.
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09/05/2011
 AULA 2
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Para além do ato motor, a prática da Educação Física Escolar deverá privilegiar descobertas corpóreas construídas nas e pelas estruturas relacionais entre seres humanos e favorecer práticas socioeducativas que viabilizem as experiências de contato com o que não se conhece - o desconhecido como desafio.
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09/05/2011
 AULA 2
*
O conhecimento origina-se da experiência. Logo, as diferentes práticas corporais vividas pelos sujeitos nas mais diversas e complexas manifestações culturais vão se definir como facilitadoras ou de entraves nos movimentos de assimilação, de acomodação e de adaptação do humano. 
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09/05/2011
 AULA 2
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Uma prática de Educação Física humanista não poderia viver sob qualquer miopia em relação ao gesto corporal. Não há por que desenvolver habilidades (correr, saltar, girar etc.) que não sejam significativas, isto é, que não sejam uma promoção de relações aperfeiçoadas do sujeito com o mundo, de modo a produzir as ações que o tornem cada vez mais humano, isto é, mais presente, mais consciente, testemunha do mundo em que vive. (FREIRE, 1997, p.138-139).
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09/05/2011
 AULA 2
*
“O movimento, o simples movimento corporal, aquele que se vê nos atos, ainda não revela o homem. O que está faltando, numa concepção de Educação Física que privilegie, acima de tudo, o humano, é ver além do percebido: é enxergar o movimento carregado de intenções, de sentimentos, de inteligência, de erotismo. 
*
09/05/2011
 AULA 2
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Para uma compreensão articulada sobre a importância da Educação Física Escolar como disciplina curricular que problematiza questões da cultura corporal, como aspecto da vida cidadã, e que contextualiza a complexidade sociocultural, atribuindo significado ao conhecimento, faz-se condição “sine-qua-non” que o seu objeto de estudo e de intervenção sociopolítica produza transformações qualitativas no fazer cotidiano da comunidade escolar.
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09/05/2011
 AULA 2
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Sem dúvida que os conteúdos que integram os planos de ação da disciplina da Educação Física Escolar ainda não correspondem a uma exigência teórico-prática com base científica e relacionada à construção do conhecimento.
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09/05/2011
 AULA 2
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*
Com base nos indicadores estruturantes que orientam a pedagogia do movimento e seu desdobramento prático, considera-se a partir desses autores que a escolha dos conteúdos que farão parte dos planos pedagógicos deverá ser coerente e envolver, entre outros, princípios elementares que: 
09/05/2011
 AULA 2
*
*
1 - Levem em conta os pressupostos teóricos que embasam as atividades desafiadoras como o jogo, que não tem de se conformar a algo predeterminado.
09/05/2011
 AULA 2
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2- Valorizem as atividades lúdicas e o exercício corporal como atividades do presente que não se dirige a um futuro previsível.
09/05/2011
 AULA 2
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3- Contemplem as manifestações de jogo que tenham sido incorporadas a essa área de conhecimento ou possam vir a sê-lo.
09/05/2011
 AULA 2
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4- Estejam relacionados ao exercício corporal, um conjunto de tecnologias que objetivam fortalecer, corrigir, prevenir e aperfeiçoar as capacidades e habilidades corporais. 
09/05/2011
 AULA 2
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5- Contemplem atividades que não separam sujeito de objeto, isto é, o praticante dos objetos do jogo. Pois são o desejo, a imaginação e a emoção que tornam o jogo possível.
09/05/2011
 AULA 2
*
*
Portanto, os conteúdos devem compor atividades operativas que organizem e ampliem os horizontes de diferenças.
Esta composição deve favorecer uma maior e real relação participativa dos sujeitos-matrizes com o sistema sócio-político-cultural, ressignificando a compreensão de si mesmo para que possa compreender o outro e o fazer com o outro na relação sociocultural.
09/05/2011
 AULA 2
*
*
Nessa caminhada, o(a) educador(a) profissional da Educação Física Escolar deve garantir na sua proposta didático-pedagógica a inclusão da realidade da comunidade local (manifestações do sentido da existência: cultura, valores...) objetivando conhecê-la e integrá-la na dinâmica educativo-pedagógica de tal forma a ressignificar o conteúdo vigente e movimentá-lo para as transformações possíveis em contexto.
09/05/2011
 AULA 2
*
*
Portanto, em que medida pode o pedagogo intervir no desenvolvimento e na consciência do educador ao profissional da Educação Física Escolar para que a sua prática educativo-pedagógica favoreça mudanças significativas no contexto escolar e social?
09/05/2011
 AULA 2
*
SÍNTESE DA AULA 7:
 A motricidade humana é construída na relação e num tempo cultural.
 A cultura corporal favorece as descobertas de ser e de saber social e sobre a sua importância na dinâmica escolar.
- O conteúdo específico da Educação Física Escolar movimenta saberes estruturantes para a prática na vida cotidiana.
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09/05/2011
 AULA 2
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ATIVIDADES RECREATIVAS E DE LAZER NA PRÁTICA ESCOLAR - AULA 8
*
09/05/2011
 AULA 2
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1. Compreender a dinâmica da produção do lazer destacando a sua relação com o trabalho no processo de industrialização na sociedade capitalista.
2. Analisar o lazer como elemento específico da nossa cultura.
3. Reconhecer a recreação e o lazer como atividades de tendência reflexiva favorável à utilização de uma pedagogia crítica que contribua para formação humana livre e consciente de seu papel na história. 
*
AULA 8:
09/05/2011
 AULA 2
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É importante registrar que a proposta dessa aula potencializa o pensar e o fazer da Educação Física Escolar como prática de transformação social e didático-pedagógica. E, para tal, os conteúdos abordados deverão favorecer a aplicabilidade pedagógica da Educação Física Escolar frente à questão das representações sociais da recreação e do lazer. 
*
09/05/2011
 AULA 2
*
 
A estrutura do conteúdo dessa aula deverá ampliar a ideia da valoração do contexto de jogos, brincadeiras e esporte no cotidiano escolar relacionando as atividades físicas escolares com o seu mundo sociocultural. Correr, pular, jogos de tabuleiro,jogos de quadra... são atividades de origem social que favorecem as aprendizagens integradas. 
*
09/05/2011
 AULA 2
*
 
Estudiosos comprometidos com a dialética do desenvolvimento humano apontam as atividades físicas (brinquedos, jogos, esportes...) como atividades significativas e necessárias, além de afirmarem que as atividades corporais estimulam a prática participativa, a interação entre pares, a problematização das regras de convivência e a potencialização do universo cultural.
*
09/05/2011
 AULA 2
*
 
Brincando, cantando, jogando... a criança e o adolescente constroem significados, diferenciam fazeres das práticas cotidianas e apropriam-se de diferentes papéis sociais, para a compreensão das relações socioafetivas e a internalização de conhecimentos.
*
09/05/2011
 AULA 2
*
 
Percebe-se que, a partir dessas atividades, o mundo concreto do ciclo vital dos adultos, de suas modalidades de comportamento e de comunicação em relação às instituições (família, escola, trabalho...), são representados ludicamente, favorecendo à criança e ao adolescente analisarem e questionarem os aspectos históricos que produzem as convenções entre os sujeitos, e entre estes e a sociedade na sua totalidade.
*
09/05/2011
 AULA 2
*
Na tentativa de permanecer inserido no ritmo acelerado da produção globalizada, o trabalhador tem tido o seu tempo limitado e condicionado, cada vez mais, pelas determinações dessas relações sociais dominantes. Significa que, para o capitalismo, à medida que se apropria do tempo dos seres humanos, é interessante administrar não apenas o tempo que o trabalhador está voltado para produção, mas também, e, sobretudo, o tempo que este trabalhador encontra-se fora da produção. A este tempo chamaremos de tempo livre  ou tempo de lazer. 
X
*
09/05/2011
 AULA 2
*
Foi neste contexto que, segundo alguns estudos, verificaram-se o surgimento do fenômeno do lazer como um contraponto necessário para o controle do trabalhador e intensificação da  jornada de trabalho.
O lazer, nesta perspectiva, é concebido como uma consequência da Revolução Industrial que, ao passar a regulamentar a duração da jornada de trabalho, demandou um tempo útil à recuperação (física ou psíquica) deste trabalhador.
*
09/05/2011
 AULA 2
*
Segundo este último, as atividades do trabalho têm um amplo domínio sobre o tempo livre do trabalhador, determinando-o. Ainda, para estas concepções, o tempo lazer é utilizado pelo capitalismo para a recuperação física e/ou mental do sujeito, adaptando-o às altas intensidades e às novas exigências do tempo do trabalho.
*
09/05/2011
 AULA 2
*
Um exemplo disso pode-se ter nas contribuições de Dumazedier que, embora seja reconhecido como um dos principais autores a discutir o lazer, ainda assim, os elementos trazidos por seus estudos não são aceitos de forma unânime. 
POR QUE?
*
Estudos sobre lazer pode trazer visões antagônicas
09/05/2011
 AULA 2
*
Principalmente porque, para a maioria dos críticos, os estudos de Dumazedier não levam em consideração as determinações do trabalho (mediado pela lógica capitalista) sobre o lazer.
*
09/05/2011
 AULA 2
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Ao contrário disso, argumentam as concepções críticas, Dumazedier apresenta um lazer que parece não trazer marcas da sociedade industrial e, justamente por este motivo, fala de um indivíduo abstrato, livre das pressões e das necessidades históricas que esta sociedade lhe impõe. Esse indivíduo “livre” de Dumazedier pode, por assim dizer, exercer sua autonomia ao escolher as atividades culturais e/ou esportivas, etc, que pretenda desenvolver em seu tempo livre.
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09/05/2011
 AULA 2
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Hoje, teoricamente, o lazer existe para todos e é reconhecido como direito natural semelhante aos demais direitos sociais. No entanto, a realidade evidencia que nem todos os cidadãos têm acesso ao lazer como descanso, recuperação de forças físicas e psíquicas, e momentos de descontração.
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09/05/2011
 AULA 2
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Marcellino (1993, p. 26, apud. MACHADO), o autor diz que “atualmente, os trabalhadores de todas as classes sociais vivem o paradoxo entre a necessidade de trabalhar cada vez mais para ganhar mais dinheiro e a aspiração de trabalhar menos para ter mais tempo para o lazer'” (p. 6). 
X
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09/05/2011
 AULA 2
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O lazer é um Direito Social, garantido constitucionalmente, cabendo ao poder público implementar políticas e ações que garantam ao cidadão o pleno exercício deste direito. Entretanto, nem sempre isso acontece, basicamente em função de três fatores: 
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 AULA 2
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O primeiro refere-se à falta de acesso da maior parte da população ao lazer;
O segundo, à pequena oferta de ações de educação para e pelo lazer;
O terceiro, à escassez de profissionais capacitados para o gerenciamento e a execução das atividades.
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 AULA 2
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Entende-se, que no atual momento histórico – no qual há um processo avançado de naturalização do consumismo, do individualismo e todo tipo de desagregação social entre os seres humanos –, faz-se urgente a necessidade de atividades que, promovidas no tempo livre ou no tempo de lazer, assumam um papel fundamental no resgate da expressão mais essencial da dimensão humana: “o prazer de brincar, de jogar, do compartilhar de tempo e espaço para expressões do corpo e cultura, livre de obrigações do trabalho. 
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 AULA 2
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Como já foi abordado, é no seu tempo livre que as pessoas têm seu tempo de lazer. Quando cria-se as condições concretas para que uma pessoa experimente um estado de espírito favorável, uma vontade de se dedicar a alguma atitude voltada para o lúdico, essa pessoa se encontra numa situação de lazer.
O lúdico é toda ação que pode levar uma pessoa a se divertir, se entreter, se alegrar, tendo por objetivo maior o de deixar o tempo passar. 
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09/05/2011
 AULA 2
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Machado alerta, ainda, para a importância do brincar como elemento de formação para o ser humano. No entanto, de um modo geral, a sociedade e, de modo específico, as escolas, não se dão conta disso. 
Na tentativa de esclarecer essas lacunas, algumas teorias tentam explicar a função do brincar, individualmente e/ou coletivamente, e sua importância tanto para crianças como para adultos.
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09/05/2011
 AULA 2
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A palavra recreação vem do latim recreatio, que significa recriar, restaurar. Muitos autores não distinguem diferenças entre lazer e recreação, pois acreditam ser a mesma coisa. Outros autores definem a recreação como uma função do lazer, isto é, a recreação seria o momento ou a atividade em que o indivíduo está se autoexpressando, mostrando suas possibilidades, faculdades, sendo, enfim, ativo.
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09/05/2011
 AULA 2
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A recreação se utiliza principalmente do Jogo, que vem do latim jocus, que significa brincadeira, divertimento, zombaria, desafio, representação. No grego, a mesma palavra é conhecida como ludus (Ibid.).
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 AULA 2
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“Deve ser um Fazer para Ser” (Ibid.). “Alguns acreditam que a diferença da recreação para o lazer é que a recreação procura uma satisfação imediata, é uma atividade, ao passo que o lazer é um processo mais amplo, com mais variáveis, como, por exemplo, diferentes conteúdos culturais, influência das mídias, descanso” (Ibid., p.4). 
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 AULA 2
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Mediante o contexto apresentado, parece importante perceber que é quase  uma unanimidade defender a presença do lúdico, do jogo ou do brincadeira na cultura do lazer. Nesse sentido, ao tomar-se a discussão trazida por Bracht (2003), é fundamental que se compreenda o lazer como parte constitutiva da cultura na sua dimensão criativa e produtiva.
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 AULA 2
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Nesta perspectiva, entende-se a escola também como um espaço responsável pela produção desta cultura e, portanto, também dar vida à cultura da ludicidade. 
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 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA 8:
Analisadosob uma perspectiva crítica, o fenômeno do lazer apresenta-se como uma marca específica da cultura, própria da sociedade capitalista;
 As diferentes concepções teóricas de lazer têm a ver com as diferentes formas de analisar a sociedade na qual o lazer emergiu;
Existem aspectos relevantes que introduzem a recreação e as atividades recreativas como conteúdos escolares;
 Os conteúdos podem ser indispensáveis a um processo pedagógico que tenha por pretensão educar o ser humano para alcançar uma consciência criativa, emancipada e humanizada.
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 AULA 2
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09/05/2011
 AULA 2
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 Mostrar a relevância da disciplina na formação do Pedagogo. 
 Inaugurar uma discussão reflexiva sobre o corpo humano e suas potências histórico-sociais, numa visão de totalidade, e relacioná-lo a uma concepção de Educação Física Escolar de prática de liberdade.
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AULA 1:
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 AULA 2
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 A disciplina Conteúdo, Metodologia e Prática de Ensino da Educação Física vislumbra uma favorável compreensão do corpo humano como lugar de aprendizagem.
 Importância do corpo para a aprendizagem de diferentes tipos: cognitiva, afetiva, psicimotora.
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 AULA 2
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 Desnaturalizar a idéia de corpo-máquina.
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 AULA 2
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Mostrar a relevância da Educação Física como área do conhecimento capaz de refletir e promover a educação pelo resgate da história e da cultura corporal.
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 AULA 2
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 Concepções de corpo(Gaiarsa,1986):
“Corpo é o que eu vejo, no outro ou em mim (num espelho...); alma é o que eu sinto, misturado com o que penso, imagino, quero, desejo, temo e mais coisas, todas elas fundamentalmente ligadas e dependentes do corpo.” (p. 15).
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 AULA 2
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“O corpo, além de ser um escravo relapso, é deveras um delator.” (p. 18).
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 AULA 2
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Cultura corporal
Presente em todo percurso da civilização humana
Assimila marcas de cada período histórico
Reconstruindo novas base e referências de expressões e manifestações culturais
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 AULA 2
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Desnaturalização de alguns conceitos como, por exemplo, o de que a competitividade individualista dos tempos atuais é inata ao ser humano.
Cultura corporal
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 AULA 2
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O corpo em movimento que vive, percebe e representa sua condição de existente no mundo está em constante processo de aprendizagem, fundamentada em concepções distintas sobre a política, a ética, a estética...
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 AULA 2
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Ninguém escapa da educação.
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 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA 1:
Aprendemos:
-Diferenciar a existência de um corpo que em si mesmo é biológico e social, individual e coletivo;
-Observar que o corpo não é único, que conta diferentes histórias e que se produz e se reproduz mediante aos encontros sociais; 
-Identificar que o corpo como objeto da Educação Física pode se constituir como sujeito da história.
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 AULA 2
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A IMAGEM DO CORPO: AS INTERPRETAÇÕES HISTÓRICAS DO CORPO HUMANO E SUAS PRÁTICAS COTIDIANAS – AULA 2
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 AULA 2
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AULA 2:
 Reconhecer que o corpo é construído na e pela cultura e que conta histórias marcadas em diferentes tempos e espaços.
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 AULA 2
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 O corpo é formado dia a dia no movimento sociopolítico e vai registrando sua história diante do que lhe é apresentado e atribuído nas relações socioculturais.
 O corpo humano existe na totalidade dos elementos que o compõem e se constitui socialmente a partir do comportamento e das relações estabelecidas com os outros humanos, definindo-se como sujeito histórico de um grupo de pertencimento
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 AULA 2
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O homem é, portanto, um ser plenamente biológico, mas, se não dispusesse plenamente da cultura, seria um primata do mais baixo nível. A cultura acumula em si o que é conservado, transmitido, aprendido, e comporta normas e princípios de aquisição. (MORIN, 2001, p. 52). 
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 AULA 2
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São muitas as histórias que jorram dos múltiplos contos curiosos e misteriosos sobre a construção cultural do corpo, desde as culturas primitivas em que “o indivíduo não tinha consciência de possuir um corpo que interage num mundo de corpos e objetos” (GALLO, 1997) até as culturas alienantes de “culto ao corpo”, geradoras de descaminhos sintomáticos.
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 AULA 2
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O corpo humano por séculos está fadado à servidão e à obediência ditadas pelo domínio de poder vinculado às características da civilização pertencente.
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 AULA 2
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Dessa forma, é fundamental que o corpo humano seja referenciado na sua construção histórica, que compõe um cenário diferenciado para cada tempo e condição humana.
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 AULA 2
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A realidade sociocultural tem produzido contradições e numerosos descaminhos de alienação que violenta a humanidade enquanto corpo sociocultural.
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 AULA 2
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O ser humano enquanto cidadão tem sofrido progressivamente tensões subordinadas a critérios clientelistas, impondo a cultura tecnoconsumista, submetendo a sociedade a situações de pressão intolerável, conflitando valores sociais e paralisando-a, afetiva e culturalmente, para lidar com a realidade.
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 AULA 2
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Desde a cultura primitiva até o tempo presente, o corpo humano sofre mudanças significativas produzidas pelos humanos em movimento que, a partir de novas descobertas, transformam idéias em realizações concretas.
O corpo é moldado pela interação social. (biblioteca, TV, filmes, jornais, revistas, brinquedos, anúncios, videogames, livros, esportes, etc) 
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09/05/2011
 AULA 2
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A cada tempo, surgem novas exigências fundadas nos apelos imediatos e manipuladas pelo poder mercadológico que afirmam o corpo como objeto de uso diante do domínio econômico, político e ideológico.
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 AULA 2
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A influência dos pertencimentos culturais e sociais na formação do corpo não desconhece a adaptabilidade que, algumas vezes, permite ao ator integrar-se em outra sociedade (migração, exílio, viagem) e nela construir, com o passar do tempo, suas maneiras de ser calcadas em outro modelo. 
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 AULA 2
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Se a corporeidade é matéria de símbolo, ela não é uma fatalidade que o homem deve assumir e cujas manifestações ocorrem sem que ele nada possa fazer. Ao contrário, o corpo é objeto de uma construção social e cultural. (LE BRETON, 2006, p. 65).
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 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA 2:
Aprendemos a:
 Reconhecer que o corpo humano é sempre um corpo histórico e que, integrado ao seu tempo e espaço, conta história aproximada da sua condição de existente neste mundo. 
- Compreender que o corpo é marcado pelos processos educativo-pedagógicos instituídos pela sociedade organizada.
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 AULA 2
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METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃOFÍSICA – AULA 3
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 AULA 2
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 Explicitar as circunstâncias gerais de estabelecimento da sociedade capitalista que, na busca por sua perpetuação, vale-se de elementos para a intensificação da alienação humana, em detrimento da sua emancipação;
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AULA 3:
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 AULA 2
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A essência da filosofia liberal é a crença na dignidade do indivíduo, em sua liberdade de usar ao máximo suas capacidades e oportunidades de acordo com as suas próprias escolhas.
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ESCOLA BOA 
X 
ESCOLA RUIM
COMO????
09/05/2011
 AULA 2
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As inúmeras transformações implementadas pelo modo de produção social capitalista, desde a sua origem aos dias atuais, mantêm íntima relação com os rumos políticos, econômicos, ideológicos e culturais adotados mundialmente.
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09/05/2011
 AULA 2
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Os ideólogos do capitalismo, defendem que trata-se de transformações concebidas naturalmente por um mundo que pretende-se “globalizado”, inclusivo e livre.
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 AULA 2
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Se por um lado a globalização diminui as distâncias entre os povos, facilitando o comércio e a circulação de mercadorias em suas múltiplas expressões, de outro aprofunda a distância entre ricos e pobres, gerando condições de vida cada vez mais inseguras. 
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 AULA 2
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A globalização e o avanço das políticas neoliberais, têm favorecido a desigualdade social e a segregação de seres humanos.
 Seja em função das profundas desigualdades inerentes à própria dinâmica capitalista ou, dentre outros inúmeros aspectos, pela descaracterização das manifestações histórico-culturais.
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 AULA 2
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Dado este novo cenário, vê-se impondo um novo padrão de Homem, de corpo, de beleza, etc.
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 AULA 2
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Tais circunstâncias,se estabelecem na medida em que favorecem o surgimento de mecanismos que insistem em desconhecer, por um lado, as especificidades culturais e históricas do homem e, por outro, em negar aquilo que é inerente a sua própria condição de ser humano:
A perpetuação da vida social pela emancipação e para a liberdade.
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 AULA 2
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Diante do contexto exposto
Problematizações
Até que ponto a globalização capitalista tem atuado sobre o processo de alienação do homem,fragmentando-o entre corpo e mente?
Em que medida tem sido útil ao avanço técnico-científico dos mercados globalizados a implementação de uma pedagogia que privilegie a educação de Corpos Humanos treinados, adestrados e dóceis,do útil ao que se adaptem às exigências de um mundo cada vez mais veloz e submisso ao Deus mercado?
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 AULA 2
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E a Educação Física nesse contexto?
 Superar a ideia de uma Educação Física serviçal da concepção tecnicista de formação humana
 Faz-se urgente o resgate de uma práxis pautada no âmbito das pedagogias críticas
 Desempenhar uma ação pedagógica fundamentada pela reflexão crítica do Corpo histórico e de suas reais possibilidades no mundo.
 Educar para a conscientização deste Corpo, destacando a sua relevância enquanto condutor da história.
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 AULA 2
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Cultura Corporal do Movimento 
(COLETIVO DE AUTORES, 1992),
 O ser humano, ao tomar consciência do significado de sua intervenção nos rumos da história, possa optar por sua efetiva participação no processo de libertação de toda humanidade.
Contribuições à formação de um ser humano em busca da produção de sua emancipação
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 AULA 2
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Século XIX corpo simétrico e ereto, nada de solto ou largado formação do corpo para uma sociedade industrializada A ginástica é constitutiva desta mentalidade pelo seu caráter ordenativo, disciplinador e metódico produção de um corpo que passa a ter os seus movimentos tecnicizados, mecanizados. 
Educação Física higienista e militarista
Breve resgate histórico - Ginástica
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 AULA 2
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E hoje ?
Os avanços científicos e tecnológicos também contribuem para que possamos fazer as coisas de forma mais rápida, produzindo mais e mais. 
Não significa, necessariamente, que tenhamos mais tempo para nós mesmos, para nos dedicarmos ao lazer.
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 AULA 2
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Se as máquinas estão aí para facilitar a vida dos seres humanos, por que precisamos trabalhar tanto? 
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 AULA 2
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Se for possível produzir mais em menos tempo, menor será o custo da produção.
....precisa ser e manter-se cada vez mais treinado, para exercer tal função com competências e habilidades cada vez maiores. A estes processos pode-se denominar de “alienação” humana (KARL MARX). 
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 AULA 2
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Por fim, a emancipação humana também deve ser construída pela “Cultura Corporal do Movimento”, porém, na perspectiva de uma emancipação humana plena. Nesse sentido, dar relevância a uma práxis educativa emancipatória e libertadora do Ser Humano deve constituir-se apenas como uma das esferas humanas imprescindíveis à sua tão esperada emancipação. 
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 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA 3:
Aprendemos:
- Entender que foi na Europa do século XIX, sob os impactos da Revolução Industrial, que consolidou-se a ideia da necessidade de formação de um novo Corpo, para um novo homem, para atender às demandas da sociedade capitalista emergente.
- Compreender que o fenômeno da “globalização” atua sobre o Corpo do homem contemporâneo, interferindo na própria ação educativa.
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 AULA 2
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EDUCAÇÃO FÍSICA:HISTÓRIA E PRÁTICA PEDAGÓGICA – AULA 4
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 AULA 2
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 Verificar a trajetória da Educação Física no Brasil enquanto uma necessidade social concreta;
 Identificar a influência das “Teorias não críticas”, das “crítico-reprodutivistas” e da “Pedagogia histórico-crítica” nas práticas pedagógicas na Educação Física brasileira.
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AULA 1:
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 AULA 2
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Evolução da Educação Física e a sua função sociopolítica, marcada pelos interesses da classe hegemônica de cada período histórico (higienista, militarista, pedagogicista e competitivista). 
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 AULA 2
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A atividade docente deve ressaltar que a prática pedagógica da Educação Física Escolar resulta do sistema de ensino característico da sociedade burguesa e que ainda conserva a cultura disciplinar, hierárquica e de desenvolvimento de aptidão física dos alunos. 
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 AULA 2
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Saviani (2008) 
Teorias não críticas” representam um conjunto de abordagens ou tendências pedagógicas que buscam explicar os problemas da educação brasileira, sob uma perspectiva conservadora. Compõem este conjunto de abordagens: 
Pedagogia Tradicional
Pedagogia Nova
Pedagogia Tecnicista
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 AULA 2
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São concepções pedagógicas que entendem a educação apenas pelo seu caráter de serviçal do sistema social (o capitalismo). 
Descaracterizam, assim, aquela que deveria ser a primeira função da educação, qual seja:
A de promover o desenvolvimento do ser humano, bem como a satisfação de suas necessidades individuais e coletivas.
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 AULA 2
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Outro conjunto de teorias que, contrariando as primeiras, exercem a crítica rigorosa sobre a sociedade vigente.
Teorias crítico-reprodutivistas.
Para Saviani, este grupo de teorias:
(…) concebe a sociedade como sendo essencialmente marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicas que se relacionam à base da força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da vida material. 
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 AULA 2
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No entanto, eles não encararam a escola “como palco e alvo da luta de classes” . 
E também
Não construíram nenhuma proposta pedagógica, elas apenas queriam explicar os mecanismos de funcionamento da escola enquanto instituição que é determinada pelo capitalista.
Com isso
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 AULA 2
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Saviani se empenhou em construir uma outra teoria pedagógica. Foi assim que – partindo da crítica às teorias pedagógicas já existentes e, ao mesmo tempo, negando aquilo que não era útil à educação da classe trabalhadora, mas, conservando o que aquelas teorias tinham de positivo a seus interesses – Saviani lançou as possibilidades reais  de construção de uma nova teoria pedagógica. Nasce, assim, a:
 Pedagogia histórico-crítica. 
09/05/2011
 AULA 2
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A Educação Física é entendida como uma prática pedagógica e que, portanto, encontra-se mediada pelas mesmas contradições. Teve a sua entrada no contexto brasileiro cercada de necessidades sociais concretas, que estiveram presentes num determinado período da história do país.
Higienista ---- Educar o corpo para a produção significa promover saúde e educação para a saúde (hábitos saudáveis, higiênicos).
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 AULA 2
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O mundo vivia em fins do século XIX e início do século XX inúmeras transformações, abrangendo desde inovações técnicas a novas concepções de progresso  e do acúmulo de riquezas. Mesmo que tardiamente em relação aos países centrais, oBrasil inicia o seu processo de industrialização, principalmente, nas primeiras décadas do século XX. O país vai deixando de ser um país prioritariamente agro-exportador para adentrar o mundo da industrialização, impulsionando o desenvolvimento do hábito do consumo.Um “novo homem” para uma nova indústria
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 AULA 2
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a Educação Física escolar era entendida como atividade exclusivamente prática, contribuindo para não diferenciá-la da instrução militar. “Destaca-se que até essa época, os profissionais de Educação Física que atuavam nas escolas eram instrutores formados pelas instituições militares”. (COLETIVO DE AUTORES, op.cit., p. 53). 
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 AULA 2
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A educação física escolar começou a ser vista como importante instrumento de aprimoramento físico dos indivíduos, proporcionando-lhes força física, promovendo saúde e deixando-os aptos a contribuir para o desenvolvimento da indústria, dos exércitos e, consequentemente, para a soberania da Nação. 
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 AULA 2
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Este discurso fazia parte de uma ideologia de sustentação do Estado Novo que tinha como justificativa a introdução da educação física no sistema escolar, “desenvolver e fortalecer física e moralmente os indivíduos”. (COLETIVO DE AUTORES, op. cit. p. 52). 
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 AULA 2
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As origens do debate crítico no campo da educação física no Brasil.
Após a II Grande Guerra Mundial, o Brasil assimilou outra concepção de Educação, a chamada Educação Humanista, também conhecida como “Pedagogia da Escola Nova” (que compõe o conjunto das teorias classificadas  por Saviani como “Teorias não críticas”), o que na Educação Física convencionou-se chamar de “Educação Física Humanista” ou “Educação Física Desenvolvimentista”. Inicia-se com a introdução da concepção humanista, os primeiros movimentos no sentido da crítica à Educação Física Tradicional. 
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 AULA 2
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Nessa concepção, a pessoa, o educando, passa a ser o centro do processo educacional que se realiza através das atividades físicas e esportivas, havendo, então, uma predominância do psicológico sobre o lógico, ou seja, as experiências tornam-se mais importantes que os conteúdos (CAVALCANTI, op.cit., 1985, p. 26) 
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 AULA 2
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Mais tarde, sob as circunstâncias impostas pela ditadura militar, foi possível observar o domínio de outra teoria pedagógica na educação brasileira. Trata-se da “Pedagogia Tecnicista” que marcou também a Educação Física a partir da década dos anos de 1970. 
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 AULA 2
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Nota-se que “a discussão epistemológica na área da educação física vai se acentuar na década de 1980, década na qual instaura também o debate em torno da ‘crise’ da educação física” (BRACHT, 2003, p.10). Neste momento, tendo em vista as contribuições trazidas pela “Pedagogia histórico-crítica”, possibilitou-se a construção dos primeiros passos no campo da Educação Física, em direção ao debate crítico sobre a sua “função sociopolítica conservadora no interior da escola.” (COLETIVO DE AUTORES, op. cit., p. 49). 
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 AULA 2
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Ganha força neste momento o caráter progressista da Educação Física, fundado na Pedagogia histórico-crítica (desenvolvida por Dermeval Saviani) 
Pedagogia crítico-superadora
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 AULA 2
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O objeto da área de conhecimento Educação Física passa, sob esta concepção, a ser identificado como a “Cultura Corporal do Movimento”. 
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 AULA 2
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Sendo assim, a perspectiva da Educação Física que defende a reflexão de seu objeto de estudo como a cultura corporal aponta para características curriculares muito diferentes daquelas anteriores, que defendiam a Educação Física enquanto aptidão física, higienismo ou o desenvolvimento dos aspetos psicomotores do indivíduo. 
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 AULA 2
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Segundo o Coletivo de Autores (1992), sob uma concepção da “Cultura Corporal do Movimento” busca-se pela Educação Física o desenvolvimento de: 
uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente  criadas e culturalmente desenvolvidas. 
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 AULA 2
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SÍNTESE DA AULA 4:
- As Teorias Não Críticas serviram de fundamentação teórica às tendências pedagógicas da Educação Física que ficaram conhecidas como: Educação Física Tradicional ou Higienista; Educação Física Humanista ou Desenvolvimentista; e Educação Física Tecnicista;
- As Teorias Crítico-Reprodutivistas exerceram forte influência no Brasil nos anos de 1970   e 1980, servindo como subsídios para os autores brasileiros que tentaram explicar as práticas esportivas enquanto mecanismos de controle e adestramento social; 
- A Teoria histórico-crítica subsidiou o que na Educação Física brasileira ficou conhecida como Pedagogia crítico-superadora, passando a entender que o objeto a ser conhecido e refletido pela Educação Física é a Cultura Corporal do Movimento. 
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Outros materiais