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Questões para Revisão Cap. 7 Analista Técnico e do Assessor Judiciário

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Questões para Revisão
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1) Descreva as diferentes peças jurídicas que podem ser elaboradas por assessores
jurídicos, analistas judiciários, e técnicos judiciários.
As peças jurídicas podem ser: despacho de mero expediente, decisões interlocutórias e 
decisões terminativas (sentenças e votos). Os despachos de mero expediente são 
aqueles que não têm nenhum conteúdo decisório e, por isso, não provocam prejuízos as 
partes. Têm como finalidade primordial impulsionar o processo e impedir eventuais vícios 
ou irregularidades. As decisões interlocutórias são atos pelos quais o julgador resolvem 
questões que surgem durante o processo. As decisões terminativas, por sua vez, como o 
próprio nome diz, são a quelas que põe fim ao processo: a sentença e o acórdão. As 
peças jurídicas sempre deverão ser produzidas de acordo a orientação e o intendimento 
do julgador e sob sua supervisão.
2) Os despachos de mero expediente necessitam de fundamentação? Explique.
Não. Os despachos de mero expediente não têm cunho decisório e apresentam como 
finalidade primordial impulsionar o processo e impedir eventuais vícios ou irregularidades.
Portanto os despachos de mero expediente não são decisões judiciais e, por conseguinte,
não se aplica a eles a determinação do art. 93 inciso IX, da CF. Outra característica do 
despacho de mero expediente é sua irrecorribilidade, ou seja, não cabe recurso contra 
esse ato conforme prevê, expressamente o art. 504 do CPC ( art. 1001 do Novo Código 
de Processo Civil Lei n. 13.105/2015). 
3) Segundo determina o art. 458 do CPC (art. 489 do Novo Código de Processo Civil,
Lei n. 13.105/2015), a sentença civil deve apresentar o relatório, em que não 
conterá:
a) Os nomes das partes.
b) A suma do pedido e da resposta do réu.
c) O registro das principais ocorrências havidas no andamento de outros processos 
relativos às partes.
d) Os fundamentos em que o juiz analisará as questões de fato e de direito e o dispositivo
em que o juiz resolverá as questões que as partes lhe submeterem.
4) A redação de comunicações oficiais deve seguir os preceitos explicitados em 
cada órgão do Poder Judiciário, Quais são os aspectos comuns a quase todas as 
modalidades de comunicação oficial? 
a) O emprego dos pronomes de tratamento, forma de redação e identificação signatário.
b) O uso de papel timbrado, numeração oficial e abreviatura do tipo de comunicação.
c) Identificação do destinatário, numeração oficial e data do prazo de respostas da 
comunicação oficial.
d) Forma de redação, uso de linguagem informal e formatação padronizada.
5) Atos processuais são: 
a) Atos das partes.
b) Ato do juiz.
c) Atos dos auxiliares da justiça.
d) Atos das partes, juiz e auxiliares da justiça.
Questões para reflexão
1) Os documentos oficias servem na comunicação e integração entre a 
Administração Pública e a sociedade. Descreva resumidamente, de que forma 
devem ser elaborados, explicando a razão desse critério.
Os documentos pessoais devem caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto 
de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade, atributos decorrentes dos 
próprios princípios que regem a Administração Pública, previstos no art. 37 da CF. 
Um ato normativo, seja ele de qualquer natureza, não pode ser redigido de forma obscura
e que dificulte ou impossibilite a compreensão. A clareza dos sentidos dos atos 
normativos, bem como sua coerência, são requisitos essenciais, pois é inaceitável que um
texto legal não seja entendido por seu destinatário. Aplica-se ainda às comunicações a 
impessoalidade, a clareza, a uniformidade, a concisão e o uso de linguagem formal, de 
modo a permitir uma única interpretação. 
2) Nos atos processuais, temos aqueles que podem ser praticados por servidores 
do Poder Judiciário. Quais são esses atos? Explique-os
Existem os atos de documentação do processo, que são realizados pelo Cartório (Justiça 
Estadual) ou Secretaria (Justiça Federal): mandados (citação, intimação, prisão, alvarás, 
carta precatória, carta de ordem, carta rogatória, carta de arrematação e etc....) Temos, 
ainda, os termos processuais, que são aqueles atos realizados pelo escrivão ou 
serventuários da justiça e destinados à documentação do processo: termo de autuação, 
de juntada, de remessa, de apensamento, de desentramelamento, de vista, de conclusão,
de recebimento, de compromisso (fiel depositário, curador), de audiência (se documenta o
ocorrido na audiência), de interrogatório (interrogatório do réu).
Existe ainda os atos processuais de comunicação, que são realizados com intuito de dar 
ciência às partes, ou seja, dar conhecimento a elas sobre algo ocorrido no processo, 
como a confecção de mandado de citação, a ser cumprido pelo Oficial de justiça, ou o 
encaminhamento de um despacho no órgão oficial para publicação. 
Tais atos processuais são indispensáveis para que os sujeitos do processo, além de 
tomarem conhecimento dos atos ocorridos, possam exercer seus direitos e articular seu 
modo de agir no desenrolar da ação. Os mais frequentes atos de comunicação no 
processo são a citação e a intimação.
Por fim, temos os atos de logística, que são atos de assessoria ao juiz, por exemplo, o 
recebimento e o depósito de valores entregues pelas partes, a presença em audiência 
lavrando termos, assim como as certidões que o escrivão lança, certificando o que ocorre 
à sua presença.

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