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Transporte - Bem estar animal

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Transporte de animais de produção
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Importância da qualidade do transporte de animais de produção
 Perdas produtivas causadas por:
Mortes
Ferimentos
Redução da qualidade da carne;
 Comprometimento do bem-estar
Ética 
			
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Transporte de animais de produção:
Tópicos prioritários de bem-estar
 Métodos de embarque/desembarque
 Lotação dos caminhões
 Fadiga e períodos de viagem 
 Ferimentos e inspeção: Padrões do veículo e competência do motorista 
 Estresse por calor e frio
 Fome, desidratação e sede 
 Enjôo de viagem
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Embarque de bovinos
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Embarque/desembarque de suínos
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Superlotação: Suínos
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Tempo de viagem X Aves mortas
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Padrão dos veículos
Transporte de touro nas Filipinas
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Especificações: Quesitos básicos
Ângulo de embarque adequado
Ventilação adequada
Espaço e área para movimentação da cabeça adequados
Sem partes afiadas ou saliências
Piso não escorregadio e resistência adequada
Cama absorvente ou forma alternativa de remoção de fezes
Fácil de limpar e à prova de fugas
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Veículos “alta especificação” - CE
Cama suficiente
Alimento adequado e suficiente
Acesso direto aos animais
Ventilação adequada
Divisores internos móveis
Veículos equipados para conexão com uma fonte de água quando parados
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Competência do motorista
 Responsável “Moral’ e Legal
Conhecimentos:
 Leis do bem-estar animal
 Manejo básico de animais
 Especificações veiculares
 Habilidades: 
 Planejar viagens e solucionar inesperados
 Carregar, operar e controlar o veículo
 Atitudes
 Quando buscar ajuda
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Períodos de viagem
 EUA: Lei das 28 horas (1873)
 Animais transportados por mais de 28 horas devem ser desembarcados por um mínimo de 5 horas para:
 Descanso
 Fornecimento de água e alimentação;
 Austrália – Código de Prática para o Bem-Estar Animal (Modelo):
Transporte terrestre:
 Gado (<48 horas)
 Suínos (<24 horas)
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Períodos de viagem
 Diretiva de Transporte Européia 
8 horas 
Exceto para veículos de “especificação alta”, quando espécie-específicos”
Até 24 horas, com água disponível no caminhão (suínos) ou 29 horas, com uma parada para descanso (bovinos e ovinos adultos) 
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Estresse térmico
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Sede e desidratação
 Problema severo para suínos e aves
 Menos sério para ruminantes – rúmen atua com um reservatório
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Enjôo de viagem: suínos
 26% de 50 suínos de 80 kg transportados em um veículo comercial para animais vomitaram ou mostraram ânsia de vômito
 50% mostraram sinais avançados de espumar ou ranger os dentes
(Randall et al., 1998)
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Assuntos prioritários de bem-estar: bovinos
Embarque e desembarque: uso de bastões, deixando marcas e hematomas, rampas ruins
Mistura de touros jovens
Vacas de leite: requerem ordenha
Vitelos incapazes de deitar: provisão inadequada de cama e lotação alta
Desidratação em vitelos
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Assuntos prioritários de bem-estar: suínos 
Medo durante embarque/desembarque
Uso de bastões
Mistura de grupos sociais
Ângulo das rampas
Veículos escuros e áreas de espera
Estresse calórico e desidratação
Enjôo de viagem
Ferimentos por excesso de lotação
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Assuntos prioritários de bem-estar: aves 
Remoção das aves da granja
Pessoal pago “por unidade”
Dor nas patas em frangos/perus
Fraturas em aves de postura
Estresse por calor em aves de corte
Estresse por frio em aves de postura
Tempo de viagem
Acesso à água e alimentação
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Transportar ou não transportar?
 Emergências e acidentes
 Doenças e ferimentos
 Gestação adiantada
 Recém-nascidos (ex.: bezerro leiteiro macho)
 Animais lactentes
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Nunca transporte animais
Gestação adiantada
 Recém-nascidos
 Animais lactentes
 Que estejam doentes ou feridos
A menos que:
 Seja ferimento pequeno
 Possa suportar seu peso em todas as patas
 Possa caminhar sem ajuda até o transportador
 Para tratamento veterinário emergencial
Por que necessitamos considerar o bem-estar de animais durante o transporte? Deixando à parte as perdas de produção causadas por mortes e desidratação e a redução da qualidade da carne durante condições inadequadas de transporte ou viagens longas, estas condições e viagens longas comprometem o bem-estar animal. 
Como médicos veterinários, nossa primeira missão deve ser proteger o bem-estar dos animais sob nossos cuidados. A visão da Associação Veterinária Britânica e das organizações líderes de bem-estar animal é que os animais devem ser abatidos o mais próximo possível das suas fazendas de origem, e os fazendeiros e produtores devem ser persuadidos da importância disso, tanto em termos de produção quanto por razões de bem-estar. 
Existe pouca razão para se levar os animais a um mercado a dez horas de distância para obter um preço ligeiramente mais alto se você perde animais no caminho ou se a carne recebe classificação inferior ou é rejeitada como inadequada para consumo humano. Como médico veterinário, você pode ser solicitado para aconselhar ou treinar puxadores de gado ou motoristas de caminhões de carga viva ou, até mesmo, como consultor para a redação de legislação ou códigos de prática nacionais novos para o transporte de animais de produção. Para exercer estas funções você precisa saber como proteger o bem-estar animal durante o transporte. 
Os problemas prioritários de bem-estar de qualquer animal de produção durante o transporte são: ferimentos; fadiga de embarque/desembarque; períodos longos de viagem; estresse por calor ou frio; ferimentos causados por partes afiadas e saliências nos veículos, pisos escorregadios, ausência de separação dos animais utilizando-se compartimentalização e má condução do veículo; fome, desidratação e sede em viagens longas; densidade de lotação excessiva ou subótima dos caminhões; e enjôo de viagem.
O que está errado nesta foto? 
Claramente as instalações para embarque neste caso são inadequadas. A cauda está sendo torcida e os testículos esmagados com o objetivo de fazer o animal progredir. Não deve jamais ser necessário aplicar pressão em partes sensíveis de um animal para fazê-lo progredir: se é necessário, então as instalações de embarque devem ser redesenhadas. Neste caso, uma rampa é necessária, preferivelmente com uma inclinação de menos de 20 graus, com um piso não escorregadio e com laterais sólidas de altura adequada. 
Ainda: o veículo é visivelmente inadequado para se transportar um animal.
As rampas para embarque e desembarque de suínos não devem ser escorregadias, devem ter barreiras laterais sólidas e o ângulo da rampa deve ser de menos de 20 graus. Todas as fazendas de suínos devem ter instalações fixas de embarque, as quais devem ser bem mantidas. Feno deve estar disponível nos pontos de embarque e desembarque para encorajar os suínos a progredirem e para prevenir escorregões.
Qual é o maior problema deste veículo? Está superlotado. 
Os suínos em veículos superlotados podem ser esmagados/pisoteados, sufocados ou sofrer estresse calórico. Os animais de instalações intensamente lotadas podem apresentar patas fracas devidas à falta de exercício e podem cair facilmente durante o transporte. Mesmo dentro da taxa de lotação recomendada na CE existe um número significativo de suínos mortos à chegada na usina.
Warris et al. relataram que o número de aves mortas à chegada começa a crescer rapidamente quando o tempo de viagem excede quatro horas. 
É claro que este veículo não é adequado ao transporte de animais por distâncias longas. Porém, como avaliá-lo quanto à adequação para o transporte animal? Primeiramente, devemos listar as características de um veículo de transporte animal que protejam o bem-estar animal.
Se você for solicitado para avaliar um veículo quanto à sua adequação para o transporte de animais de produção,a partir de uma perspectiva de bem-estar animal, você deve assegurar que os seguintes quesitos básicos sejam supridos: deve ter um piso não escorregadio, de força adequada ao peso dos animais a serem carregados; o piso deve ser recoberto com uma cama de material absorvente ou deve existir um método alternativo de remoção de fezes; deve haver espaço e área para movimentação da cabeça adequados, de forma a permitir que os animais a serem transportados possam ficar em pé mantendo suas posturas naturais; deve haver ventilação adequada, ser de fácil limpeza e à prova de fugas. Finalmente, não deve haver partes afiadas ou saliências capazes de causar ferimentos. 
O veículo também necessita de um ângulo/rampa de embarque adequados, para permitir que os animais entrem no veículo de forma segura e confortável.
O papel principal do médico veterinário é assessorar o desenho apropriado dos veículos e a forma de utilização de cada veículo.
Obviamente os animais em viagens longas têm uma chance maior de sofrer fome ou sede, desidratação, fadiga ou ferimentos que animais em viagens curtas. O padrão dos veículos tem de ser necessariamente mais alto para viagens longas com vistas à proteção do bem-estar animal. 
Na Comunidade Européia (CE), este fato foi reconhecido através do requerimento de veículos de “alta especificação”, que estabelece exigências adicionais àquelas de um veículo padrão para viagens mais longas. Estas exigências foram determinadas com base na evidência proveniente da ciência do bem-estar animal e incluem – cama suficiente, alimento adequado e suficiente, acesso direto aos animais, ventilação controlável e divisores internos móveis. O veículo deve ser equipado para conexão com uma fonte de água quando parado.
O bem-estar dos animais durante o transporte também é afetado pela competência do motorista do veículo com carga viva. 
Como médico veterinário, talvez você seja consultado para assessorar ou treinar motoristas de veículos com carga viva ou até assessorar a redação de leis ou códigos de prática nacionais novos com relação à competência do motorista de veículo com carga viva. Muitos motoristas não percebem que suas ações afetam o bem-estar e a saúde dos animais sob sua responsabilidade; você, como médico veterinário, deve assegurar que eles estejam cientes disso. 
Em alguns países, como na CE, o motorista tem não somente uma responsabilidade moral com os animais, mas também uma responsabilidade legal, podendo ser processado por deixar de proteger o bem-estar dos animais que transporta. É essencial que motoristas de veículos de transporte de animais entendam os requerimentos legais envolvendo o transporte de animais de produção e que tipo de licença ou autorização é necessário em todos os países através dos quais ele transportará animais. Ele deve saber avaliar um veículo quanto à sua adequação para suprir as necessidades do bem-estar dos animais a serem transportados, pela distância a ser viajada. Ele deve saber como planejar as viagens e fazer planos circunstanciais no caso de atrasos inesperados ou outras emergências, como preencher qualquer documentação necessária, como carregar, operar e controlar o veículo para proteger o bem-estar e, mais importante, quando e onde buscar ajuda.
O motorista deve entender como manejar os animais durante o embarque e desembarque para prevenir ferimentos e as necessidades espécie-específicas, tais como o uso de pranchas para movimentar suínos e a necessidade de suprimento de água no caminhão durante o transporte de suínos. Ele deve saber quantos animais podem ser carregados de maneira segura em seu veículo, assim como o tamanho máximo do grupo de animais adequado ao seu veículo em termos de espaço para movimentação da cabeça. Ele deve entender o efeito do clima no estresse por calor e frio e ser capaz de ajustar a ventilação para prevenir esses tipos de estresse. Também deve saber como e quando limpar e desinfetar seu veículo. Ele deve saber reconhecer sinais de estresse e comprometimento da saúde e como cuidar de animais em condições ruins ou feridos. É essencial que ele entenda quaisquer restrições sobre o transporte de animais acidentados/mortos. 
Começaremos observando alguns controles legais visando à proteção animal durante o transporte através do mundo. Nos EUA a Lei das 28 Horas, decretada em 1873, requer que animais transportados por mais de 28 horas e cruzando fronteiras estaduais sejam desembarcados por um mínimo de 5 horas para descanso, fornecimento de água e alimentação. A duração da viagem pode ser estendida para 36 horas sob solicitação do proprietário ou tratador dos animais. Esta lei originalmente se aplicava somente a transporte via férrea, porém foi emendada em 1994 para incluir veículos em estradas de rodagem.
Na Austrália existe somente um Código de Prática para o Bem-Estar Animal como modelo, que não tem força de lei. Este código cita como aconselháveis “períodos de privação de água” de menos de 48 horas para o transporte terrestre de gado e menos de 24 horas para suínos. 
A Diretiva de Transporte Européia limita, com força de lei, o período de viagem a 8 horas, mas estende este período em veículos altamente especificados. Estes veículos têm melhores instalações, tais como cochos de água e alimentos, e uma suspensão melhor. Em tais veículos suínos podem viajar até 24 horas com água a bordo, bovinos e ovinos adultos podem viajar por até 29 horas, com uma parada para descanso de uma hora após 12 horas, e bezerros e cordeiros novos podem viajar por até 19 horas, com uma parada para descanso após 9 horas. Cavalos podem ser transportados por um máximo de 24 horas, durante as quais devem receber líquido e, se necessário, alimentação a cada 8 horas. Não existe uma limitação na Europa para o transporte de aves, apesar de que estados membros individuais possam ter limites legais. No Reino Unido, por exemplo, viagens de aves são restritas a menos de 12 horas. 
Em julho de 2003, a Comissão Européia adotou uma proposta de regulamentação do transporte de animais que reformaria de maneira radical as regras de transporte animal na Europa. Ela identifica a cadeia de todos os envolvidos no transporte animal e introduz regras estritas de aplicação e fiscalização. Também introduz regras muito mais estritas para viagens de mais de 9 horas. A regulamentação proposta reconhece que a maior parte do estresse sobre os animais acontece graças ao embarque e desembarque e, desta forma, introduz regras para regulamentar situações antes e após o transporte, por exemplo, em abatedouros e portos.
Os números na projeção mudarão se esta regulamentação for aprovada pelo Conselho de Ministros para um máximo de 9 horas de viagem, seguidas de um mínimo de 12 horas de descanso para todas as espécies animais. A seqüência pode ser repetida, não sendo necessário um campo de parada, pois os animais descansarão no veículo. Também haverá proibição de viagens de animais jovens ou em gestação. 
Infelizmente não existe um limite total para o tempo de viagem em transporte de longa distância nesta proposta. 
Controles legais efetivos devem ser baseados em ciência de primeira qualidade. Vamos dar uma olhada na ciência com base em um aspecto muito importante do bem-estar animal durante o transporte: estresse por frio e calor. 
Enquanto o estresse por frio e calor pode ser um problema para todas as espécies de animais de produção, é importante reconhecer que algumas são mais tolerantes a temperaturas extremas que outras. Diferenças fisiológicas capacitam ruminantes e eqüinos a tolerarem temperaturas tão baixas quanto 10oC ou tão altas quanto 30oC sem sofrimento; suínos e aves mostrarão sinais de estresse por frio a menos de 20oC e sinais de estresse por calor acima de aproximadamente 23oC. Obviamente estas são temperaturas aproximadas; ruminantes e eqüinos jovens terão uma amplitude menor de temperaturas ótimas e diferentes tipos de aves terão amplitudes diferentes. Aves de corte, que crescem rapidamente e têm um metabolismo muito rápido, produzem uma quantidadeconsiderável de calor e sofrem prontamente de estresse calórico em temperaturas relativamente baixas. Aves de postura, em fim de vida produtiva, tendem a ter uma cobertura de penas comprometida e sofrem prontamente de estresse por frio, sendo mais tolerantes a temperaturas mais altas. 
A desidratação e a sede durante o transporte podem ser um problema severo para aves e suínos, porém é menos sério para ruminantes, uma vez que o rúmen atua como um reservatório e libera água para o organismo à medida em que seja necessária.
 
Em um estudo de Randall et al., 26% de 50 suínos de 80 kg, transportados em um veículo comercial para animais, vomitaram ou mostraram ânsia de vômito e 50% mostraram sinais avançados de espumar ou ranger os dentes.
RANDALL et al., 1998: “Vehicle motion and motion sickness in pigs”. Animal Science 66: 239-245 Part 1
Os principais problemas de bem-estar para bovinos são: o uso de bastões durante embarque e desembarque, causando dor e estresse; agressão, medo e ferimentos quando touros jovens de diferentes cercados são misturados; úberes de vacas em lactação demasiadamente cheios por não serem ordenhadas durante viagens longas; quedas, ferimentos e desconforto de vitelos incapazes de se deitar em razão do provimento inadequado de cama e lotações altas e desidratação em vitelos. 
Os principais problemas de bem-estar de suínos durante o transporte incluem medo durante embarque/desembarque, estresse calórico e desidratação, como discutido anteriormente, enjôo de viagem e veículos superlotados, nos quais os animais podem ser esmagados/pisoteados ou sufocados. 
Suínos provenientes de instalações intensivamente lotadas podem apresentar patas fracas devidas à falta de exercício e podem cair facilmente durante o transporte. Mesmo dentro das taxas de lotação recomendadas na CE, de 0,35 m2/100 kg, existe um número significativo de suínos mortos à chegada na usina. 
O estresse durante o embarque/desembarque pode ser devido a uso de bastões para a movimentação dos suínos; mistura de grupos sociais de diferentes cercados causando lutas, medo e agressão; rampas muito inclinadas, escorregadias; veículos escuros e áreas de espera. Suínos amedrontados pela escuridão são de difícil progressão para a frente, o que aumenta o uso de bastões pelas pessoas que manejam os animais, causando dor e medo adicionais. Existem muitos estudos mostrando a susceptibilidade dos suínos a enjôos de viagem.
O estresse durante o transporte também pode ter impactos negativos significativos na qualidade da carne. Isto pode ter implicações econômicas. Por exemplo, estresse agudo em suínos pode produzir carne pálida, suave e exsudativa (PSE). Estresse mais crônico em bovinos pode levar à carne dura, firme e seca (DFD).
Até aqui, estudamos os problemas genéricos principais de bem-estar animal encontrados durante o transporte de animais de produção e algumas soluções práticas, assim como uma breve exposição a alguns controles legais. Vamos agora examinar problemas específicos para cada uma das principais espécies de animais de produção. 
Os problemas principais em aves são: ferimentos, dor e estresse durante a remoção das instalações; estresse calórico em aves de corte e estresse por frio em aves de postura, como discutido anteriormente, e viagens longas sem acesso a água e alimentação, causando desidratação e sede. A remoção das aves de granjas grandes e com alta densidade de animais é geralmente realizada de forma muito rápida e sem cuidado. As pessoas são geralmente pagas pelo número de aves que pegam em vez de pelo tempo gasto. Como são pagas uma “taxa por unidade”, o incentivo é para se fazer o trabalho o mais rápido possível – aves de corte podem ser carregadas pelas patas, de cabeça para baixo, 3 ou 4 aves em uma das mãos. Isto exacerba a dor nas aves, que geralmente já sofrem dores nas patas em razão do crescimento rápido associado a patas fracas. 
A remoção rápida de aves de postura, em fim de vida produtiva, das gaiolas ou espaços apertados em poleiros causa fraturas ósseas, uma vez que essas aves estão freqüentemente sofrendo de osteoporose, devida à alta produção de ovos. Em um estudo conduzido por Wilkens et al., no Reino Unido, 98% das galinhas chegando à usina de processamento tinham pelo menos um osso fraturado. 
Os produtores, o poder legislativo e as companhias de revenda podem solicitar assessoramento ao médico veterinário sobre quais animais acidentados, se há algum, podem ser transportados. As pressões econômicas são para que esses animais sejam transportados. Entretanto, como regra, nenhum animal que tenha sofrido um acidente de caráter emergencial, esteja doente ou ferido, em adiantado estado de gestação ou que ainda mame deve ser transportado. As questões que aparecem neste contexto incluem: “quão emergencial”, “quão severo o acidente”, “quão doentes ou feridos”, “quão adiantados na gestação” e “quão recente o nascimento”.
Ninguém deve transportar animais que estejam doentes ou feridos, a menos que se trate de doença ou ferimento de importância menor, que possam suportar seu peso em todas as patas e possam caminhar sem auxílio até o transportador. Um animal também pode ser transportado para tratamento veterinário emergencial. 
Novamente existe discordância acerca do significado de “importância menor”, mas existe pouca dúvida sobre a habilidade de um animal em suportar seu peso em todas as patas e caminhar sem auxílio até o veículo. O tipo de ferimento que não impediria o transporte de um animal é representado por ferimentos na pele ou pequenos abscessos e hérnias, doenças respiratórias não graves ou hematomas circunscritos.

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