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FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ FECUNDAÇÃO Como ocorre a Fecundação Humana? ▪ Fecundação Humana: - A fecundação humana, que ocorre normalmente na tuba uterina, acontece quando o espermatozoide (gameta masculino) funde-se ao ovócito secundário/óvulo (gameta feminino). - Em seguida o gameta feminino estará pronto para ser fertilizado pelo masculino e inicia- se o processo de formação do embrião. ▪ Fertilização: - É a implantação do embrião na parede do útero, que dá início à gravidez, constituem a concepção. - O processo de fertilização envolve diversos aspectos até que seja formado o zigoto. - Na relação sexual, os espermatozoides são lançados dentro do corpo da mulher e começam uma verdadeira maratona até chegarem ao óvulo. - Os espermatozoides são atraídos por substâncias químicas liberadas pelo óvulo e nadam em busca dele. - Substâncias do sêmen estimulam as contrações da musculatura do útero, que juntamente com os movimentos dos flagelos, levam os espermatozoides até a tuba ▪ Milhares de espermatozoides morrem no caminho, uma vez que o ambiente vaginal é ácido e há células de defesa prontas para eliminar os "invasores". ▪ No entanto, outros milhares de "sobreviventes" continuam juntos a lutar contra as barreiras para entrarem no óvulo. ▪ Ao encostar nas camadas mais externas do óvulo, acontece uma reação no acrossomo dos espermatozoides liberando enzimas digestivas que ajudam a dispersar as células foliculares. ▪ Quando o primeiro espermatozoide atingir a membrana vitelínica, mais interna, impedirá a entrada de outros. Processo de fertilização do óvulo Acontece a Fertilização ▪ Inicia-se o fenômeno chamado fertilização com a fusão das membranas dos gametas, além da secreção dos grânulos corticais que formam barreira à entrada de outros espermatozoides. ▪ Com a entrada do espermatozoide suas estruturas fundem-se ao óvulo, assim os corpos basais do flagelo originam os centríolos do zigoto, o resto do flagelo e as mitocôndrias degeneram. ▪ O ovócito secundário (na verdade, o óvulo é um ovócito secundário, uma vez que a divisão meiótica é interrompida durante a ovulogênese) completa sua divisão, formando um corpo polar secundário e o pronúcleo feminino. ▪ O núcleo do espermatozoide aumenta de volume originando o pronúcleo masculino. ▪ Acontece a união dos conteúdos dos pronúcleos masculino e feminino, processo chamado cariogamia. É nesse momento que é originado o zigoto, a primeira célula do novo ser. ▪ Essa etapa costuma ocorrer nas primeiras 24 horas após a entrada dos espermatozoides no útero. Clivagens do Zigoto ▪ A partir da formação do zigoto começa um processo de divisões celulares que originará muitas células. ▪ Essas segmentações ou clivagens do zigoto marcam o início do desenvolvimento embrionário. ▪ O ovo inicia uma série de divisões que o transformam na mórula ▪ A mórula desce até o útero e vai evoluindo para o estado de embrião ▪ Quando chega a um estágio chamado blastocisto, o embrião poderá se implantar na parede uterina. ▪ A nidação ocorre quando o embrião se implanta na parede do útero. ▪ A primeira clivagem ocorrer cerca de 24 horas após a fertilização, portanto no 2º dia após as relações sexuais e o blastocisto é formado entre o 4º e o 7ºdia. ▪ Se houver implantação ou nidação do blastocisto na parede do endométrio uterino, iniciará a gravidez, caso contrário ele será eliminado junto com a menstruação. ▪ A nidação ocorre por volta de 1 semana após fecundação. Clivagens do zigoto Gêmeos Dizigóticos e Monozigóticos ▪ Eventualmente se a mulher liberar dois ovócitos ou mais durante a ovulação, e ambos forem fecundados, serão formados dois zigotos que originarão dois embriões com características diferentes. ▪ Se os embriões fizerem a nidação e se desenvolverem, nascerão gêmeos dizigóticos, também chamados fraternos ou bivitelinos. ▪ Se um único zigoto durante as clivagens se separar e formar dois embriões, eles terão as mesmas características, sendo chamados gêmeos monozigóticos ou univitelinos. ▪ Dependendo do estágio em que ocorre a divisão do zigoto em dois embriões, eles poderão ter a própria placenta e bolsa amniótica ou compartilhá-la. ▪ Na maioria dos casos, esse processo ocorre entre o 4º e o 10º dias do desenvolvimento embrionário, de tal forma, que cada embrião tem seu cordão umbilical mas compartilham a mesma placenta e bolsa amniótica. ETAPAS DA FECUNDAÇÃO ▪ A fecundação é o processo em que o espermatozoide funde-se ao ovócito secundário. FECUNDAÇÃO HUMANA 1. Capacitação do espermatozoide ▪ A fecundação só acontece após a etapa de capacitação dos espermatozoide, que torna essas células aptas a adentrar o ovócito. ▪ Essa capacitação ocorre dentro do sistema reprodutor feminino por meio das interações entre o espermatozoide e a mucosa da tuba uterina. ▪ O processo em seres humanos dura aproximadamente sete horas. ▪ Várias mudanças ocorrem no espermatozoide durante a capacitação. - Remoção da capa de colesterol do espermatozoide. - Perda de carboidratos específicos da superfície do espermatozoide. Fecundação Óvulo Ovulação Útero Espermatozoides Vagina Fertilização ▪ Etapas da fecundação: dividida em três fases. ▪ Penetração na corona radiata: - Nessa primeira etapa, os espermatozoides que estão capacitados passam livremente pela corona radiata, que possui duas ou três camadas de células foliculares. ▪ Penetração na zona pelúcida: - A zona pelúcida é formada por glicoproteínas que circundam o ovócito. - O espermatozoide, ao atingir essa camada, inicia a reação acrossômica, ( liberação de enzimas e proteínas que ficam na vesícula acrossômica). - Essas enzimas permitem que o espermatozoide entre em contato com a membrana plasmática do ovócito. - Quando a cabeça do espermatozoide entra em contato com o ovócito, os grânulos corticais liberam seu conteúdo, uma situação conhecida como reação cortical. - Isso faz com que a zona pelúcida altere-se e ocorra o bloqueio da entrada de um novo espermatozoide. ▪ Fusão entre as membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide: - O espermatozoide adere-se ao ovócito e, posteriormente, a membrana remanescente do espermatozoide funde-se à membrana plasmática do ovócito. - A cabeça e a cauda do espermatozoide penetram no citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática fica retida na superfície. Após a entrada do espermatozoide, o ovócito completa sua segunda divisão meiótica, formando o segundo corpo polar e o chamado óvulo. No óvulo, os cromossomos estão dispostos em um núcleo denominado de pró-núcleo feminino. O núcleo do espermatozoide expande-se, formando o pró-núcleo masculino, e a cauda degenera-se. O pró-núcleo feminino entra em contato íntimo com o pró-núcleo masculino e forma o zigoto. A partir desse momento, inicia-se o desenvolvimento embrionário. FUSÃO DOS PRÓ-NÚCLEOS MASCULINO E FEMININO Resultados da Fertilização ▪ Restauração do número diplóide de cromossomos ( 2n = 46 cromossomos) ▪ Variação da espécie herança biparental, o evento do crossing over, mistura dos genes, produzindo recombinação aleatória do material genético ▪ Determinação primária do sexo óvulo X e espermatozóide X ou Y (óvulo X + espermtz X = zigoto ; óvulo X + espermtz Y = zigoto ) ▪ Ativação do zigoto início das clivagens. CLIVAGEM (PRIMEIRA SEMANA) BLASTÔMEROS – COMPACTAÇÃO – MÓRULA (GLICOPROTEÍNA DE ADESÃO DE SUPERFÍCIE CELULAR) Duração da fecundação: até 14 dias Ovo ou Zigoto migra pela tuba por aproximadamente 3 dias, quando chega na cavidade uterina e permanece livre por 2 dias Fase do ovo durante este percurso: Mórula (mitoses sucessivas) Nidação: ocorre no 6º dia na fase de blastocisto (ação da protease) Inicia-seo processo de diferenciação celular e continua a intensa mitose Por volta do 9º dia o blastocisto já esta totalmente nidado FASE OVULAR HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE: Causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer. Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando a ovulação. PLACENTA ▪ A fecundação do óvulo ocorre geralmente, na primeira porção da trompa de Falópio. ▪ Um único espermatozóide atravessa sua membrana carregando consigo 23 cromossomos não pareados. ▪ Imediatamente, esses cromossomos isolados combinam-se com os outros 23 cromossomos , também não pareados que existem nesse óvulo, passando a formar um complemento normal de 46 cromossomos , dispostos em 23 pares . ▪ Isso dá início ao processo de multiplicação celular, cujo resultado final é o desenvolvimento de uma criança. ▪ Durante as primeiras semanas após a implantação do ovo, sua nutrição vai depender da digestão trofoblástica e da fagocitose do endométrio. ▪ Contudo em torno da 12ª semana de gravidez, a placenta já se desenvolveu o suficiente para que possa, daí por diante suprir todos os nutrientes que forem necessários ▪ A placenta é formada por um componente materno que é formado por grandes e múltiplas camadas chamadas de seios placentários por onde flui continuamente o sangue materno, e por um componente fetal que é representado , principalmente por uma grande massa de vilosidades placentárias que proeminan para o interior dos seios placentários e por cujo interior circula o sangue fetal. ▪ Os nutrientes difundem desde o sangue materno através da membrana da vilosidade placentária para o sangue fetal, passando por um meio da veia umbilical para o feto. ▪ Por sua vez ,os excretas fetais como o gás carbônico, a uréia e outras substâncias ,difundem do sangue fetal para o sangue materno e são eliminados para o exterior pelas funções excretoras da mãe. ▪ A placenta secreta quantidades extremamente elevadas de estrogênio e de progesterona , cerca de 30 vezes mais estrogênio do que é secretado pelo corpo lúteo e cerca de 10 vezes mais progesterona . ▪ Esses hormônios são muito importantes na promoção do desenvolvimento fetal. ▪ Durante as primeiras semanas de gravidez , um outro hormônio também secretado pela placenta ,a gonadotropina coriônica ,estimula o corpo lúteo, fazendo com que continue a secretar estrogênio e progesterona durante a primeira parte da gravidez . ▪ Esses hormônios do corpo lúteo são essenciais para a continuação da gravidez durante as primeiras 8 a 12 semanas, mas, após esse período a placenta secreta quantidades suficientes de estrogênio e progesterona para assegurar a manutenção da gravidez. ▪ Ao término de aproximadamente nove meses de crescimento e de desenvolvimento, uma criança completamente formada é expulsa do útero pelo processo da parturição ▪ Embora a causa precisa da parturição não seja conhecida, parece resultar, fora de qualquer dúvida, de fatores tais como: (1) estimulação mecânica do útero pelo feto em crescimento (2) alterações na intensidade de secreção dos hormônios placentários, em especial ,do estrogênio e da progesterona. Hormônios da gravidez ▪ Os hormônios desempenham um papel muito importante na gravidez . ▪ A maior parte desses hormônios é secretada pela própria placenta. ▪ ESTROGÊNIO ▪ PROGESTERONA ▪ GONADOTROPINA CORIÔNICA ▪ SOMATOMAMOTROPINA CORIÔNICA HUMANA ▪ Esses hormônios atuam tanto sobre a mãe quanto sobre o feto. ▪ Na mãe ajuda a controlar as alterações do útero e das mamas que são necessárias para assegurar a vida fetal até seu desenvolvimento e de promover a produção de leite. ▪ Ajudam a regular o desenvolvimento do próprio feto, especialmente de seus órgãos sexuais. SECREÇÃO DE ESTROGÊNIO E PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ ▪ As quantidades de estrogênio e progesterona secretadas pelo corpo lúteo aumentado , são , em si mesmas, pequenas , quando comparadas às quantidades desses dois hormônios que serão secretadas pela própria placenta. ▪ A secreção placentária desses dois hormônios começa dentro de poucas semanas após o início da gravidez e aumenta , de forma especialmente rápida, após a décima sexta semana de gravidez , atingindo o seu máximo pouco antes do nascimento do feto. ▪ A secreção de estrogênio aumenta cerca de 30 vezes , e a de progesterona cerca de 10 vezes, em relação às quantidades secretadas durante o ciclo menstrual normal. ▪ Promove o desenvolvimento dos gametas femininos (óvulos), o desenvolvimento de outras características sexuais secundárias e a maturação dos órgãos sexuais femininos. FUNÇÕES DO ESTROGÊNIO DURANTE A GRAVIDEZ Na mãe: provoca rápida proliferação da musculatura uterina; aumento muito acentuado do crescimento do sistema vascular para o útero; dilatação dos órgãos sexuais externos e do orifício vaginal, o que provê uma via adequadamente maior para a passagem do feto, e provavelmente também certo grau de relaxamento dos ligamentos pélvicos que permitem a dilatação do canal pélvico com passagem do feto; promove o crescimento rápido das mamas. Em especial os ductos ficam muito aumentados e as células glandulares aumentam de número. Promove a deposição , nas mamas de quantidade adicional de gordura, em torno de meio quilo. FUNÇÕES DA PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ ▪ A primeira função da progesterona durante a gravidez é a de tornar disponíveis para o uso fetal as quantidades adicionais de nutrientes que ficam armazenadas no endométrio ▪ Isso é realizado para fazer com que essas células do endométrio armazenem glicogênio , gorduras e aminoácidos. ▪ Além disso, a progesterona exerce potente efeito inibidor sobre a musculatura uterina, fazendo com que permaneça relaxada durante toda a gravidez. ▪ A progesterona complementa os efeitos do estrogênio sobre as mamas. ▪ Faz com que os elementos glandulares fiquem ainda maiores e formem um epitélio secretor, e promove a deposição de nutrientes nas células glandulares , de modo que , quando a produção de leite for necessária , todos os elementos que devem participar dessa produção estejam disponíveis. SECREÇÃO E FUNÇÃO DA GONADOTROPINA CORIÔNICA DURANTE A GRAVIDEZ ▪ Se o corpo lúteo degenera ou é removido do ovário durante os 2 ou 3 primeiros meses de gravidez, a perda de estrogênio e progesterona que são secretados por este corpo lúteo faz com que o feto pare de se desenvolver e seja eliminado dentro de poucos dias. ▪ Por esta razão é necessário que o corpo lúteo permaneça ativo , pelo menos , durante o primeiro terço da gravidez. ▪ Além desse período , a remoção do corpo lúteo geralmente não mais afeta o curso da gravidez, devido a que, a esse tempo a placenta já está secretando tanto estrogênio e tanta progesterona quanto estaria o corpo lúteo. ▪ A gonadotrofina coriônica (HCG) começa a ser formada a partir do dia em que os trofoblastos implantam no endométrio uterino. ▪ Sua concentração é máxima aproximadamente durante a oitava semana de gravidez. Dessa forma sua concentração é mais elevada exatamente no período em que é essencial impedir a involução do corpo lúteo. ▪ Nas partes média e tardia da gravidez, a secreção da HCG cai até valores muito menores. ▪ A essa época da gravidez , sua única função conhecida e a de estimular a secreção de testosterona pelo testículo fetal e tem papel muito importante no desenvolvimento do feto masculino. SECREÇÃO E FUNÇÕES DA SOMATOMAMOTROPINA CORIÔNICA HUMANA ▪ É uma proteína pequena que começa a ser secretada a partir da quinta semana da gravidez, aumentando progressivamente durante todo o resto da gravidez. ▪ Quando administrada em grandes quantidades,pode promover o desenvolvimento das mamas, razão usada para justificar o seu primeiro nome - lactogênio placentário. ▪ No ser humano acredita-se que essa função seja extremamente fraca, o que explica a mudança de seu nome. ▪ Um segundo efeito é o de promover o crescimento do feto, semelhante ao efeito do hormônio do crescimento, contudo esse efeito também é fraco. ▪ Sua função mais importante é sobre o metabolismo da glicose e das gorduras da mãe , ao invés de sobre o feto. ▪ Esse hormônio diminui a utilização de glicose pela mãe, tornando mais disponível, e em maior quantidade, pelo feto. Ao mesmo tempo promove uma mobilização aumentada de ácidos graxos dos tecidos adiposos da mãe, de modo que possa usar essa gordura para sua própria energia, em lugar da glicose. ▪ Visto que a glicose é o principal substrato usado pelo feto para energia , a importância desses efeitos hormonais é óbvia, sendo fundamental importância para assegurar uma nutrição adequada para o feto. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO ▪ Inicia após a primeira divisão do zigoto, que então passa a ser chamado de embrião. ▪ Mitoses vão se sucedendo e os grupos de células vão se especializando para formar tecidos e os órgãos do novo ser, processo denominado DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO. ▪ Faz parte da ontogenia ( ONTOGÊNESE). ▪ZIGOTO – MÓRULA – BLÁSTULA – GÁSTRULA - NÊURULA Períodos do desenvolvimento ▪Período pré-embrionário fertilização até final da segunda semana ▪Período embrionário terceira semana até final da oitava semana ▪Período fetal nona semana até o nascimento 5ª SEMANA Começo do desenvolvimento do sistema nervoso aparecimento dos brotos das pernas e braços e aparecimento de movimentos bruscos não perceptíveis Início da fase embrionária: nutrição é feita pela 6ª SEMANA • Formação da boca • Coração (ainda rudimentar) - já apresenta batimentos perceptíveis no ultra-som • Ele mede de 4 a 9 mm coluna Brotos dos braços Brotos das pernas Após a 5ª semana trocas via circulação feto-placentária FASE EMBRIONÁRIA GRAVIDEZ SEMANA A SEMANA GRAVIDEZ SEMANA A SEMANA PERÍODO FETAL O período fetal é definido como o período que vai da nona semana até o nascimento. Ocorre basicamente, o rápido crescimento do corpo e a diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas. VIABILIDADE DOS FETOS ▪A maioria dos fetos que nascem pesando entre 1500 e 2500g sobrevive, mas podem apresentar complicações; são denominados prematuros. A PREMATURIDADE É UMA DAS CAUSAS MAIS COMUNS DE MORTE PERINATAL. ESTIMATIVA DA IDADE FETAL ▪Até o final do primeiro trimestre, o comprimento topo da cabeça-nádegas é o método de escolha para estimar a idade fetal, pois durante este período, há pouca variação no tamanho do feto. ▪No segundo e terceiro trimestre, várias estruturas podem ser identificadas e medidas com o ultra-som. ESTIMATIVA DA IDADE FETAL ▪As medidas mais usadas são: o diâmetro biparietal, a circunferência da cabeça, a circunferência abdominal, o comprimento do fêmur e o comprimento do pé. PERÍODO FETAL NOVE A DOZE SEMANAS: Nove semanas: A cabeça constitui metade do comprimento do feto. A face é larga, os olhos estão muito separados, as orelhas tem implantação baixa e as pálpebras estão fundidas. As pernas são curtas e as coxas pequenas. A genitália externa masculina e feminina assemelham-se até o final da nona semana. O fígado é o principal órgão da eritropoese(formação dos glóbulos vermelhos do sangue). PERÍODO FETAL Doze semanas Centros de ossificação primária aparecem no esqueleto, especialmente no crânio e ossos longos. Os membros superiores quase alcançaram seu comprimento final relativo, mas os membros inferiores ainda não estão tão bem desenvolvidos(curtos). As pálpebras continuam fundidas. PERÍODO FETAL Doze semanas DA DÉCIMA TERCEIRA A DÉCIMA SEXTA SEMANA: O crescimento é muito rápido. A cabeça é relativamente pequena em relação a um feto de 12 semanas e os membros inferiores se alongaram. Com 16 semanas, os ovários já se diferenciaram e contém folículos. A genitais externa já pode ser reconhecida. PERÍODO FETAL PERÍODO FETAL Dezesseis semanas DA DÉCIMA SÉTIMA A VIGÉSIMA SEMANA: Os movimentos fetais já são comumente sentidos pela mãe. A pele está coberta por um material gorduroso que é secretado pelas glândulas sebáceas do feto. O corpo do feto está coberto por uma delicada penugem denominada de Lanugo. PERÍODO FETAL PERÍODO FETAL Vinte semanas DA VIGÉSIMA PRIMEIRA A VIGÉSIMA QUINTA SEMANA: Há um ganho substancial de peso da 21ª a 25ª semana. As células epiteliais secretoras dos septos alveolares do pulmão começam a secretar o surfactante, líquido que mantém abertos os alvéolos pulmonares em desenvolvimento. PERÍODO FETAL Se neste fase ocorra parto será prematuramente, pode sobreviver se receber cuidados intensivos, embora a chance de morrer seja alta devido a imaturidade de seu sistema respiratório. PERÍODO FETAL PERÍODO FETAL Vinte e quatro semanas DA VIGÉSIMA SEXTA A VIGÉSIMA NONA SEMANA: Nesta fase o feto já pode sobreviver caso nasça prematuramente, pois o seu sistema respiratório já consegue respirar o ar. As maiores perdas neonatais acontecem com recém nascidos com baixo peso (entre 1500 e 2500 g). A eritropoese(processo de produção de eritrócitos tambèm denominado como hrmácia ou glóbios vermelhos do sanguem) no baço termina na 28ª semana, época na qual a medula óssea torna-se o principal local deste processo. PERÍODO FETAL PERÍODO FETAL Vinte e oito semanas DA TRIGÉSIMA A TRIGÉSIMA QUARTA SEMANA: Fetos com 32 semanas ou mais, em geral sobrevivem se nascerem prematuramente. O reflexo pupilar dos olhos está presente, a pele é rosada e lisa e os membros inferiores e superiores tem um aspecto rechonchudo. PERÍODO FETAL PERÍODO FETAL Trinta e duas semanas DA TRIGÉSIMA QUINTA À TRIGÉSIMA OITAVA SEMANA: No final da gestação, a maioria dos fetos são roliços, devido a gordura subcutânea acumulada. Os fetos normais pesam cerca de 3400 g e o sistema nervoso está maduro para realizar algumas funções . A preensão palmar é firme e eles exibem uma orientação espontânea para a luz. PERÍODO FETAL PERÍODO FETAL Trinta e oito semanas PERÍODO GESTACIONAL ▪Clinicamente dividimos o período gestacional em três trimestres. ▪No final do primeiro trimestre, já se formaram todos os principais sistemas. ▪No final do segundo trimestre, o feto pode sobreviver caso prematuramente. ▪O feto amadurece durante o terceiro trimestre e atinge um marco importante de seu desenvolvimento com 35 semanas de gestação e com 2500 g. PERÍODO GESTACIONAL GRAVIDEZ SEMANA A SEMANA 3 meses 12 sem 4 meses 16 sem 6 meses 24 sem5 meses 20 sem 7 meses 28 sem 8 meses 32 sem 9 meses 38 sem MÊS SEMANA A SEMANA Anatômicas Hormonais Metabólicas Imunológicas ORGANISMO MATERNO Cria ambiente favorável para o desenvolvimento do concepto MUDANÇAS ADAPTAÇÕES HORMONAIS Alta produção de hormônios (mais de trinta hormônios) Produção de hormônios placentários ADAPTAÇÕES IMUNOLÓGICAS Imunosupressão pelo decréscimo da atividade (tanto número como função) das células matadoras naturais (NK) e pela queda da função dos Linfócitos T Interação mãe-concepto ALTERAÇÕES MATERNAS ALTERAÇÕES MATERNAS Início da gestação Segundo Trimestre Terceiro Trimestre Amenorréia ausência de menstruação - Manchas por alterações hormonais Ganho de peso Sono –progesterona ação inibidor - sono e letargia Movimentos fetais Dificuldade respiratória Estrias Gestação - estiramento excessivo da pele (mais freqüente seios, barriga e coxas) Mudança no centro de gravidade Afastamentos dos pés Azia – pirose – queimação (melhora com dieta fracionada) Náusea e vômitos Sangramento nas gengivas Sialorréia - excesso de saliva Freqüências Urinárias Cãibras Dor nas costas - dor lombar Prática de atividade física ajuda reduz as dores nas costas Constipação Linha nigra Edema nas pernas - inchaço Mudança no caminhar (marcha anserina) Contrações uterinas Produção de secreção láctea ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS / PRIMEIRO TRIMESTRE ( 1 – 12 semanas) ▪ A taxa metabólica aumenta em 10-25% , de modo que o corpo acelera todas as suas funções. ▪ O rítmo cardíaco aumenta e o rítmo respiratório também aumenta à medida que mais oxigênio tem que ser levado ao feto e que mais dióxido de carbono é exalado. ▪ As fibras musculares do útero ficam , rapidamente maiores e mais grossas, e o útero em expansão tende a pressionar a bexiga, aumentando a vontade de urinar. ▪ O tamanho e peso dos seios aumentam rapidamente. ▪ Os seios tornam-se mais sensíveis logo nas primeiras semanas de gravidez. ▪ Surgem novos ductos lactíferos. ▪ As auréolas dos seios escurecem, e as glândulas nelas situados, chamadas tubérculos de Montgomery , aumentam em número e tornam-se mais salientes. ▪ Com o aumento do envio de sangue para os seios, as veias se tornam mais visíveis. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS / SEGUNDO TRIMESTRE ( 13 – 18 semanas) ▪ O útero em expansão ultrapassa a borda da pelve , o que resulta na perda gradual de cintura. ▪ A musculatura do trato intestinal relaxa, provocando diminuição das secreções gástricas; a comida fica mais tempo no estômago. ▪ Á menos evacuação pois o músculo intestinal está mais relaxado que o habitual. ▪ Os seios podem formigar e ficar doloridos. ▪ A pigmentação da pele tende a aumentar principalmente em áreas já pigmentadas como sardas, pintas , mamilos. ▪ As gengivas podem se tornar um tanto esponjosas devido à ação aumentada das hormônios da gravidez. ▪ O refluxo do esôfago pode provocar azia, devido ao relaxamento do esfíncter no alto do estômago. ▪ O coração trabalha duas vezes mais do que o de uma mulher não grávida, e faz circular 6 litros de sangue por minuto. ▪ O útero precisa de mais 50% e os rins de mais 25% de sangue que habitualmente. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS / TERCEIRO TRIMESTRE ( 29 SEMANAS EM DIANTE) ▪ A taxa de ventilação aumenta cerca de 40% , passando dos 7 litros de ar por minuto da mulher não - grávida para 10 litros por minuto , enquanto o consumo de oxigênio aumenta apenas 20%. ▪ A maior sensibilidade das vias respiratórias aos elevados níveis de dióxido de carbono no sangue pode resultar em falta de ar. ▪ À medida que o feto cresce e o abdome aumenta de tamanho, as costelas inferiores da mulher são empurradas para fora. ▪ Os ligamentos inclusive da pelve e dos quadris , ficam distendidos, o que pode causar desconforto ao caminhar. ▪ Mãos e pés inchados , além de causarem desconforto, podem ser um sinal de pré- eclâmpsia. ▪ Podem ocorrer dores nas costas , causadas pela mudança do centro de gravidade do corpo e por um ligeiro relaxamento das articulações pélvicas . ▪ Os mamilos podem secretar colostro. ▪ Aumenta a freqüência e a vontade de urinar. ▪ Aumenta a necessidade de repousar e dormir. ▪ O peso do útero aumenta cerca de 20 vezes durante a gravidez, de cerca de 60 g , antes da gestação , para cerca de 1000 g, ao termo, e aumenta de tamanho de cinco a seis vezes. ▪ As mamas aumentam de tamanho e firmeza, e ficam nodulares. ▪ Frequentemente aparecem estriações na pele. ▪ O aumento é perceptível algumas semanas após a concepção e continua por toda a gestação. ▪ Há também um aumento considerável na vascularização das mamas no início da gravidez, e as veias superficiais ficam mais proeminentes. ▪ Essas alterações são frequentemente acompanhadas por uma sensação de dor, formigamento e peso nas mamas, no início da gestação, e são considerados sinais presuntivos de gravidez. ▪ Os mamilos ficam mais móveis , e será mais fácil para o bebê apreende-los para mamar. ADAPTAÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO espaço pulmonar ( respiração mais profunda e frequente) ADAPTAÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO PULMÕES Os pulmões sofrem muita influência hormonal durante a gestação. Sintomas como dispneia fisiológica e congestão nasal são comuns. Progesterona: aumento da secreção e edema, com quadro de congestão nasal e rinorreia persistentes. Não utilizar vasoconstritores, apenas solução hipertônica e corticoides. Estrogênio: hiperplasia da mucosa nasal com hipertrofia glandular, hipertrofia dos brônquios. Quadro geral: o útero comprime a base pulmonar (atelectasia de base pulmonar por compressão uterina) e, por esse motivo, o corre a hiperventilação. Essa hiperventilação gera estado de alcalose respiratória e aumento do consumo de oxigênio no parto. Indicação de mudança de decúbito e elevação de cabeceira. Aumento FR (devido ao estímulo da progesterona) Aumento da capacidade inspiratória a custa de uma diminuição do volume residual funcional.(para facilitar o transporte de O2 para fet0-placenta). A hiperventilação é responsável por alcalose respiratória presente na gravidez. ADAPTAÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Alterações anatômicas a aproximação do útero gravídico ao diafragma. Padrão respiratório . Aumento no ângulos costais Com aumento do tempo gestacional ocorre a diminuição :capacidade residual funcional,volume residual e volume de reserva expiratória. ADAPTAÇÕES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO Aumento da volemia materna (30% a 40%) plasma – 45% eritrócitos – 33% Débito cardíaco Resistência vascular periférica (PA) ALTERAÇÕES DO APARELHO DIGESTIVO SISTEMA NERVOSO Labilidade emocional Irritabilidade Melancolia Disforia Depressão SISTEMA OSTEOMIOARTICULAR As doenças hematológica têm sido responsável por mais de 50% das complicações ocorridas na gravidez, com uma estreita relação com os níveis fisiológicos mantidos baixos de hemácias, plaqueta e proteínas. ocorre um aumento plasmáticos ,contribuindo para o aparecimento da anemia fisiológica(observado na segunda metade da gravidez.) plama contém 90% de água ,proteinas ,etc... Transporta elementos figurados e tóxicos . SISTEMA HEMATOLÓGICO SISTEMA HEMATOLÓGICO O hematócrito cai em concordância com a hemoglobina.( hematócritos numero de hemácias ou globos vermelhos , no sangue o volume. Podendo ocorre hemorragias e anemia). A anemia por deficiência de ferro e a mais comum, estando associada a dieta e má-absorção. A RECOMENDAÇÃO DE 60MG DE FERRO POR DIA, com a deficiência ocorre partos prematuros e hemorragia pós –parto. SISTEMA URINÁRIO Observa-se aumento no suprimento de sangue renal desde o início da gravidez. Os rins aumentam de peso e tamanho, sofrem dilatação da pélvis renal, aumento da taxa de filtração glomerular no primeiro trimestre e aumento da função dos túbulos. Pré-eclâmpsia é uma situação perigosa e que é caracterizada pela tríade composta por proteinúria (acima de 300 mg na urina 24h), edema e HAS. Dilatação pielocalicial: favorece cálculos e ITU. A ITU é muito comum durante a gestação, sendo a principal causa de parto prematuro e aborto. Em gestantes, é recomendado o tratamento de bacteriúria assintomática. Bexiga: se desloca da posição normal pelo útero que se dilata. Dessa forma, também diminui sua capacidade residual, o que explica as queixas de gestantes a respeito de polaciúria. Além disso, há diminuição do tônus vesical. Uretra: aumentade diâmetro, favorecendo a polaciúria. Todos esses fatores acima citados, juntos, aumentam a quantidade de infecções e formações de cálculos. SISTEMA ENDÓCRINO RELAXINA Relaxa ligamentos e musculatura lisa Diminui a contratilidade uterina PROLACTINA Produção de leite OCITOCINA Contração da musculatura na hora do parto SISTEMA ENDÓCRINO Progesterona Principal hormônio na manutenção da gravidez Diminui o tônus uterino Relaxa musculatura lisa Sonolência devido ao seu efeito no SNC Crescimento das mamas Redução da tonicidade da musculatura lisa em órgãos maternos, levando a alterações no estômago, cólon ,bexiga,ureteres e vasos sanguíneos. Aumenta a temperatura corpóreas. Ajuda na produção do leite materno. Estímulo do centro respiratório, aumentando a frequência e a amplitude respiratória> Estrogênio ▪Retenção hídrica que pode associar-se a ação compensatória de retenção de sódio. ▪Aumento da camada intermediária da mucosa vaginal. ▪Flexibilidade das articulações pélvicas. ▪ Juntamente com a prolactina, sua ação nos ductos mamários prepara para a lactação. SISTEMA ENDÓCRINO GESTAÇÃO PATOLÓGICA Considera-se como gravidez de alto risco toda gestação que representa risco adicional à saúde materna ou de seu filho, ou seja é a gestação que ocorre quando existe qualquer doença materna ou condição sócio biológica que pode vim prejudicar a boa evolução da gestação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 830 mulheres morrem de complicações com a gravidez ou relacionadas com o parto todos os dias. As principais causas de morte são pressão alta durante a gravidez, hemorragia após o parto, infecções e aborto. Quanto mais precária a assistência, a hemorragia acaba sendo a primeira causa de morte materna. Já no grandes centros, a hipertensão acaba se destacando, por causa de uma qualidade de pré-natal não adequado. Gravidez de Risco – Quais os Casos Que São Considerados? ▪ A gravidez de alto risco pode-se enquadrar em vários casos ▪ Uma gravidez tranquila é aquela em que a gestante passa por ela sem maiores problemas, ausência de aumento de pressão, quedas, pré-eclâmpsia e vários outros problemas. ▪ Há casos em que o pré-natal deve ser reforçado porque a gestante pode apresentar problemas de saúde e até mesmo o bebê ter problemas detectados através de exames como a ultrassom. ▪ As doenças que podem tornar a gravidez de risco são cada vez mais comuns, tanto pelo fator das mulheres engravidarem mais tardiamente como pelo modo de vida adotado. ▪ Os problemas de saúde podem aparecer mesmo antes da gravidez e já outras mulheres ficarem doentes durante a gestação. Exemplos de doenças que podem levar à uma gravidez de risco: 1. Hipertensão: • Quando a mulher já apresenta problemas de pressão alta mesmo sem estar gestante, a gravidez se caracteriza de risco. • A pré eclampsia é o maior motivo de preocupação dos médicos em uma gestação de mulheres hipertensas. • Ela acomete 1 mulher em cada 1500 casos no Brasil. • Por isso exames como de proteinúria, uréia, potássio e outros devem fazer parte dos exames de rotina do pré natal de alto risco. 2. Diabetes: • A mulher diabética deve fazer o pré-natal para gravidez de risco. • Controlar rigorosamente a glicemia ameniza consideravelmente problemas que podem aparecer com a diabetes durante a gestação. • Mulheres diabéticas podem dar origem a bebês grandes assim como as mulheres que apresentam diabetes gestacional, exclusiva daquela gravidez. 3. Gestação de múltiplos: Mas nem toda gravidez de risco é causada por problemas de saúde. ▪ Algumas mulheres podem apresentar a gestação de risco devido a particularidade da situação. ▪ Mulheres que estão à espera de gêmeos, múltiplos, são consideradas gravidez de risco pelos médicos. ▪ Isso porque o útero está sobre uma condição diferenciada além da qual estaria preparado para acontecer. ▪ O útero de uma mulher foi projetado para um bebê por vez, e quando há dois, três e algumas vezes mais fetos, a gestação se torna delicada obrigando ao médico o máximo cuidado com a gestante. ▪ Na gravidez múltipla, o útero se expande muito mais do que em uma gravidez de feto único. ▪ Geralmente o útero pode se expandir 20 vezes o seu tamanho original e em gravidez gemelar, pode chegar a 25 vezes o seu tamanho! GESTAÇÃO MULTIPLA Indivíduos gêmeos, trigêmeos e de outros nascimentos múltiplos pesam consideravelmente menos que crianças nascidas de gravidez única. As necessidades totais de dois ou mais fetos excedem o suprimento nutricional disponível pela placenta durante o terceiro trimestre. 4. Mulheres portadoras de úteros em diferentes condições como didelfo (mulher que possui dois úteros e dois colos uterinos), bicorno(é um útero dividido em dois, mas com um colo apenas) útero septado (útero que possui uma parede que o divide ao meio). O maior risco para essas mulheres é não conseguir levar a gravidez até o fim, porém com a evolução da medicina e dos exames, o médico conseguirá descobrir o problema ainda em fase inicial da gravidez e tratar adequadamente a possibilidade de um parto prematuro. 5. Incompetência istmo cervical leva á uma gravidez de risco, pois o colo uterino não tem capacidade suficiente para aguentar o peso da gravidez e se abre precocemente e leva a gestação à um parto prematuro. Repouso absoluto durante toda a gestação 6. Placenta Prévia Se a placenta prévia for completa, impedirá que o parto seja via vaginal. O aumento considerável de líquido amniótico ou queda também pode caracterizar a gravidez como de risco. Para tal o médico deve fazer um controle rigoroso do aumento (polidramnia) e ainda maior em casos de perda do líquido, pois pode levar à um quadro de morte do bebê e risco de infecção para mãe e bebê. ▪ Adolescente muito novas também são consideradas como gravidez de risco, por exemplo uma menina de 12 anos grávida ainda não desenvolveu totalmente seu aparelho reprodutor por isso deve ser monitorada com cuidado. 7. Mulheres Maduras Mulheres acima de 38 anos também são encaradas como passiveis de uma gravidez de risco, devemos lembrar que o corpo está preparado para a gravidez até os 35 anos quando o risco de doenças é menor pela qualidade dos óvulos. Mamães com problemas renais, de coração, portadoras de hepatite e de doenças transmissíveis como HIV e sífilis são consideradas de alto risco. Histórico de aborto de repetição é um prognostico que é levado em consideração e encarado como gravidez de risco pelo ginecologista. Mulheres que possuem trombofilia (doença sanguínea que causa trombose). FATORES QUE INFLUEM O CRESCIMENTO FETAL: Fatores que atuam durante toda a gravidez tendem a ocorrer recém nascidos pequenos (ex: tabagismo e álcool) enquanto que fatores que atuam durante o último trimestre (ex: desnutrição materna) geralmente produzem recém nascidos com peso reduzido, mas com comprimento e tamanho da cabeça normais. TABAGISMO A velocidade de crescimento de fetos de mães que fumam é menor que o normal durante as ultimas seis a oito semanas da gravidez. Em média o peso de crianças cujas mães fumaram muito durante a gravidez é 200g menor do que o normal . FLUXO SANGUÍNEO UTERO PLACENTÁRIO DEFICIENTE: Condições que reduzem o fluxo uteroplacentário podem causar retardo do crescimento fetal (ex: vasos coriônicos ou umbilicais pequenos, hipotensão grave e doença renal). A redução crônica do fluxo sanguíneo do útero pode causar desnutrição fetal, causando. FATORES GENÉTICOS Casos repetidos em uma família indicam que genes recessivos podem ser a causa do crescimento anormal. é acentuado em crianças com síndrome de Down e com trissomia do 18. ASSISTÊNCIA PRÉ-NATALASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a assistência pré-natal é um conjunto de cuidados médicos, nutricionais, psicológicas e sociais, destinados a proteger o binômio mãe-feto durante a gravidez, parto e puerpério, tendo como principal finalidade a diminuição da morbidade e da mortalidade materna e perinatal. A assistência pré-natal se baseia primeiramente em aconselhar, educar e apoiar a gestante. Além disso, há o papel em conduzir pequenos distúrbios (como náuseas e êmese) que ocorrem com a gestante, rastrear continuamente clinica e laboratorialmente (em pacientes de baixo e de alto risco) e a prevenção e detecção precoce, além do tratamento quando possível, de fatores que afetam a saúde materna ou fetal. A assistência pré-natal deve ser iniciada o quanto antes, preferencialmente nos primeiros 120 dias de gestação. ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL ▪ OBJETIVOS DO PRÉ-NATAL Promoção Prevenção Tratamento ▪ DIVISÃO DO PRÉ-NATAL Baixo risco Alto risco ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL CONSULTAS Ocorre mensalmente No mínimo 6 consultas Na gestação de alto risco vai de acordo a gestação Primeira Consulta Diagnostica a gestação Término Finaliza quando a gestação finda ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL PRIMEIRA CONSULTA Identificação QP Anamnese História familiar História Pregressa Patológica História Social História Ginecológica e Obstétrica Exame Físico Deve ser feito um exame físico geral, um específico ginecológico e um específico obstétrico com palpação abdominal, ausculta fetal e toque vaginal. Na ausculta fetal, temos o BCF (batimento cardíaco fetal), que pode ser ouvido pelo USG no momento de 6 -7 semanas ou pelo sonar a partir de 12 semanas (precisa ter um bom aparelho ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL ▪ DIVISÃO DOS TRIMESTRES 1º Trimestre: até 12 semanas; 2º Trimestre: 13 a 26 semanas; 3º Trimestre: 27 semanas em diante. ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL ▪ Exames complementares Classificação sanguínea VDRL Sorologia para rubéola / toxoplasmose / hepatite ELISA ( doenças auto-imunes, alergias, HIV...) Hemograma - anemia Glicemia Sumário de urina US DATA PROVÁVEL DO PARTO A data provável do parto de um feto é de 38 semanas após a fertilização ou 40 semanas após o UPMN ( último período menstrual normal). DATA PROVÁVEL DO PARTO Regra de NÄGELE : Conta-se para trás três meses a partir do primeiro dia do UPMN (último período menstrual normal). Soma-se 7 ao dia e subtrai-se 3 ao mês •DUM (Data da última menstruação ) 10/05/2016 10 + 7= 17 •DPP (Data provável para o parto ) 05 – 03= 02 –17/02/2017 Quando a soma do dia for maior que 30, despreza-se a dezena, considera-se apenas a unidade, e ao invés de diminuir 3 do mês, diminui-se 2. •DUM 25/05/2016 25 + 7= 32 ( > 30) •DPP 32 ( corta o 3 e fica só o 2) = 02 02/03/2017 05 – 02= 03 AVALIAÇÃO DO ESTADO FETAL: Atualmente é possível fazer o tratamento de muitos fetos cujas vidas estão em risco. Os procedimentos diagnósticos mais usados são: AMINIOCENTESE DIAGNÓSTICA(aspiração transabdominal duma pequena quantidade de fluido amniótico probabilidade de deformações genéticas / 15 e 20 semanas ( 13 ) AMOSTRAGEM DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS( diagnosticar eventuais doenças genéticas/ 11- 12º semana) ULTRA-SONOGRAFIA AMOSTRAGEM DE SANGUE POR PUNÇÃO DO CORDÃO UMBILICAL TIPOS DE PARTO E COMPLICAÇÕES • O parto normal é o tipo mais convencional de dar à luz, embora nos dias atuais não seja tão dolorido como era antes, uma vez que as anestesias mais modernas aliviam as dores do parto sem que a mãe seja impedida de participar ativamente do processo. • O parto natural difere do normal no sentido de que não há intervenções, tais como indução, anestesia, episotomia. • O parto cesariano é realizado através de uma cirurgia. • De todos os tipos, o parto cirúrgico é o que apresenta recuperação mais difícil, devido ser esta bem mais lenta e dolorida, além de revelar maiores riscos de infecções. • O parto sem dor, no Brasil, é realizado com a aplicação de anestesia raque ou peridural, pois estes tipos aliviam ou até inibem a dor no período de dilatação e das contrações. • O parto de cócoras ou parto das Índias, • O parto Leboyer, o parto realizado na água • O parto a fórceps. TIPOS DE PARTO E COMPLICAÇÕES Diante de tantos tipos de partos, o humanizado é aquele em que a criança nasce em um ambiente calmo, e é rapidamente colocada junto à mãe. Este parto é recomendado pelo Ministério da Saúde sendo priorizado em hospitais e maternidades de todo o país. Diante disso, nasceu as Diretrizes Gerais e Operacionais da Rede Cegonha que é uma estratégia do Ministério da Saúde, operacionalizada pelo SUS, fundamentada nos princípios da humanização e assistência, onde mulheres, recém-nascidos e crianças tenham seus direitos garantidos (BRASIL, 2012) TIPOS DE PARTO E COMPLICAÇÕES
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