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METALOCERÂMICA Ceramica pura: apresentam uma estética muito natural, porém são friáveis e sujeitas à fratura quando submetidas a altas tensões e tração; Restaurações totalmente metálicas: São resistentes e tenazes, mas do ponto de vista estético, são aceitáveis apenas para restaurações posteriores. Metaloceramica: Combinação de qualidades estéticas dos materiais cerâmicos, juntamente com as metálicas, combinando resistência e tenacidade dos metais para produzir tanto uma aparência natural como propriedades mecânicas muito boas. REQUISITOS PARA OS SISTEMAS METALOCERÂMICOS: As restaurações metalocerâmicas, quando apropriadamente confeccionadas em laboratório e cimentadas em dentes corretamente preparados, têm tido comprovado registro de sucesso (Cho et al., 1996). Isto pode ser atribuído às suas propriedades químicas e físicas, como insolubilidade e resistência ao desgaste, sua compatibilidade biológica e seu potencial estético, que conferem grande versatilidade a essas restaurações. As restaurações metalocerâmicas combinam a resistência e a precisão de um metal fundido com a estética da porcelana. Elas são compostas por uma infra-estrutura metálica que se encaixa sobre o preparo do dente e por uma parte de cerâmica fundida à infraestrutura metálica Temperatura de fusão alta para a liga (>100 graus). A fusão da cerâmica deve ter temperatura baixa (comparadas com as de cerâmica pura) para que não haja distorções do coping (infraestrutura necessária para dar maior resistência à peça) durante a sua confecção. A cerâmica deve molhar a liga rapidamente quando aplicada como pasta para prevenir lacunas que podem se formar na superfície. Uma boa união entre a cerâmica e o metal é essencial, e deve ser alcançada pelas interações da cerâmica com os óxidos metálicos na superfície do metal e pela rugosidade do coping metálico. Os coeficientes de expansão térmica devem ser compatíveis, para que não haja rachaduras da cerâmica durante a sua confecção. Deve haver rigidez e resistência adequadas do núcleo metálico. É importante para as próteses fixas e coroas posteriores. A alta rigidez da liga reduz as tensões na cerâmica pela redução da deflexão (alteração ou desvio da posição natural) e deformação. O preparo deve fornecer a espessura adequada da liga, e também fornecer espaço suficiente para a espessura adequada da cerâmica, a fim de resultar numa restauração estética. A geometria do ombro deve ser reta, com ângulos arredondados, para permitir volume suficiente de cerâmica e evitar fratura nessa área. UNIÃO METAL-CERÂMICA: Em geral, a união é o resultado da quimiossorção (Nela as moléculas ou átomos unem-se à superfície do adsorvente através da formação de ligações químicas) através da difusão entre os óxidos de superfície na liga e na cerâmica. Esses óxidos são formados durante o molhamento da liga pela cerâmica e durante a queima da cerâmica Varios fatores controlam a união: a firmação de uma união química forte, de um embricamento mecânico entre dois materiais e as tensões residuais. A cerâmica deve molhar e fundir a superfície para formar uma interface uniforme sem lacunas. A formação de óxidos (são substâncias formadas pela combinação de dois elementos, sendo um deles obrigatoriamente o oxigênio) na superfície metálica tem contribuído para a formação de uma união forte. Os metais nobres que são mais resistentes à oxidação, devem possuir outros elementos que se oxidem mais facilmente, como o índio e o estanho, para formar óxidos de superfície, assim a união é otimizada. A rugosidade, compreendem grande parte da adesão. A penetração da cerâmica nunca superfície rugosa do metal pode se embricar mecanicamente com o metal, como o velcro, melhorando a união. No entanto, as superfícies rugosas podem reduzir a união, caso a cerâmica não penetre na superfície e nas lacunas que estão presentes na interface, isso pode acontecer com as porcelanas queimadas inadequadamente ou com os metais molhados insatisfatoriamente pela porcelana. Altas tensões residuais entre o metal e a cerâmica podem resultar em falha. Se o metal e a cerâmica apresentarem diferentes coeficientes de expansão térmica, os dois materiais irão se contrair em taxas diferentes durante o resfriamento, resultando em tensões residuais fortes, podendo rachar a cerâmica ou se separar do metal. O molhamento é importante para formar uma boa união metaloceramica. Durante a queima, a cerâmica deve molhar e unir sobre a superfície do metal. O ângulo de contato entre a cerâmica e o metal é uma medida de molhamento e, em certo grau, é a qualidade da união formada (60 gaus). Força de Van Der Waals a soma de todas forças atrativas ou repulsivas, que não sejam forças devidas a ligações covalentes entre moléculas (ou entre partes da mesma molécula) ou forças devido à interação eletrostática de íons.[1] Existem três interações distintas: CERÂMICAS UTILIZADAS: As cerâmicas utilizadas para as restaurações de porcelana devem preencher 5 requisitos: Simular a aparência de um dente natural; Se fundir em temperaturas relativamente baixas; Possuir coeficientes de expansão térmica compatíveis com os metais utilizados para a união metaloceramica; Suportar o ambiente oral; Não devem desgastar indevidamente os dentes opostos. A primeira camada aplicada é o opaco, que consiste de cerâmica, rixa em óxidos opacificadores. O seu papel é de mascarar a cor escura da infraestrutura metálica oxidada para alcançar estética adequada. A primeira camada também fornece a união da cerâmica com o metal. O próximo passo é de confeccionar as cerâmicas para a dentina e o esmalte, a fim de obter uma aparência estética semelhante àquela do dente natural. A fim de possibilitar a associação das porcelanas aos metais, viabilizando a confecção de restaurações metalcerâmicas, foi necessário incorporar maior concentração de leucita nas porcelanas feldspáticas para aumentar o coeficiente de expansão térmica, tornando-o semelhante ao das ligas fundidas, minimizando o estresse térmico residual. As cerâmicas utilizadas para a confecção de restaurações metal-cerâmicas possuem translucidez semelhante aos dentes, são resistentes à compressão, apresentam baixa temperatura de fusão, o que diminui o potencial de distorção do coping metálico, não corroem e são resistentes aos fluidos orais. No entanto, apresentam baixa resistência à flexão (60 MPa) e elevada dureza, a qual poderá provocar abrasão dos dentes opostos. São indicadas como material para faceta das coroas metal-cerâmicas e próteses parciais fixas. LIGAS UTILIZADAS: Seleção da Liga: A seleção da liga metálica deve ser baseada em dados clínicos observados por longos períodos, potencial estético, propriedades físicas e dados laboratoriais da força de adesão metalocerâmica e compatibilidade térmica com as porcelanas. As ligas de Ni-Cr são preferíveis pois resistem à oxidação, apresentam bom escoamento, biocompatibilidade, estética adequada e integridade estrutural. A forma do coping metálico com liga de Ni-Cr, deve seguir a anatomia final do dente, ter ângulos arredondados, sulcos pouco pronunciados, espessura entre 0,3 mm e 0,5 mm, garantindo resistência e possibilitando que seja aplicada uma camada uniforme de porcelana. Ligas metálicas nobres: LIGAS DE OURO-PALÁDIO-PRATA: Apresentam excelente resistência ao deslustre à corrosão; -Baixa sensibilidade da técnica; -Associada a adesão à porcelana; -Diferenças na contração térmica -> contribui com o sucesso clínico a longo prazo. Ela tem baixo custo. Desvantagem: Potencial de descoloração da porcelana quando o vapor de prata é liberado e depositado na superfície da mesma. LIGAS DE OURO-PALÁDIO -Foi desenvolvida para superar o problema de descoloração da porcelana (pois é livre de prata); -Coeficiente de contração térmica menor LIGAS DE PALÁDIO-OURO LIGAS DE PALÁDIO-OURO-PRATA: Coeficientes de contração térmica muito variáveis (aumentam a medida que o conteúdo de prata aumenta) Ligas metálicas básicas LIGAS DE PALÁDIO-OURO: Livres de prata (nãocausam descoloração da porcelana) LIGAS DE PALÁDIO-OURO-PRATA: -Estanho e/ou índio são geralmente adicionados para aumentar a dureza e promover a formação de óxidos para uma adequada adesão da porcelana ; Menor coeficiente de contração térmica. LIGAS DE PALÁDIO-PRATA LIGAS DE PALÁDIO-COBRE-GÁLIO: Apresenta problemas estéticos e por isso não foram bem aceitas na odontologia. LIGAS DE NÍQUEL-CROMO(mais utilizada em prótese fixa): Resistência à perda de brilho e à corrosão; Mais duras que as ligas de metais nobres, porem possuem geralmente baixos limites convencionais de escoamento; Alto modulo de elasticidade; Densidade muito mais baixa e temperatura de fundição mais altas LIGAS DE COBALTO-CROMO (base de prótese removível – leve): Resistência à perda de brilho e à corrosão; Mo auxilia na diminuição do coeficiente de expansão termina; Ru otimiza a fundição; Mais fortes e mais duros que as ligas de metais nobres e Ni-Cr. LIGAS DE TITÂNIO (implantes – biocompatibilidade): -Dificuldade de processamento -> temperatura de fundição; facilidade de oxidação; -Proprieades mecânicas baixas; Densidade mais baixa e temperaturas de fundição mais altas; Boa união cerâmica-liga. Para realizar uma restauração metalocerâmica satisfatória, deve ser considerada a rigidez das infraestruturas de sustentação; o controle das forças de tensão e compressão; a forma, função e estética; a biocompatibilidade com a vitalidade do dente e do periodonto; o coeficiente de expansão térmica; a espessura correta da porcelana; o acesso à manutenção da higiene bucal e o desenho das regiões marginais. A porcelana deve estar fortemente aderida ao metal por meio de uma união química e mecânica; o metal precisa ter ponto de fusão mais alto que a porcelana, ou seja, entre 134 e 244º C; a diferença do coeficiente de expansão térmica dos materiais deve ser o menor possível para manter a porcelana sob compressão na interface metal-porcelana, formando assim o “sanduíche de vidro”. Espessura de porcelana: A infra-estrutura deve ter forma adequada, a fim de evitar sobrecontornos e permitir um perfil de emergência. A espessura do metal deve possibilitar que seja aplicado de 1,5 a 2,0 mm de porcelana. A camada de porcelana deve ser uniforme para obtenção de resistência e estética adequada e controle na contração. Espessura superior a 2,0 mm perde a ação de abraçamento ao metal, podendo ocorrer fratura, além de contração excessiva.
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