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ÉTICA NAS EMPRESAS

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________________ 
¹ Tecnólogo em Redes (UNIARARAS), cursando MBA em Administração e Marketing (UNINTER) 
² Mestre em Administração (UFPR), professora e orientadora de TCC (UNINTER) 
 
ÉTICA NAS EMPRESAS 
ALVES, Rafael Jesus (aluno)¹ 
DIÓGENES, Carla Gomes Beuter (professora)² 
 
RESUMO 
Ética, palavra forte muito comentada e discutida nos dias atuais, 
principalmente no Brasil. Corrupção e fraudes, envolvendo governo e muitas 
empresas despertaram ainda mais a chamada ética e moral. Todos 
envolvidos entre o bem e o mal, sem saber quem realmente é profissional, 
quem segui seu código de ética profissional, dentro e fora das empresas, e 
nos negócios, surgindo os conhecidos dilemas éticos. Toda essa 
complexidade, faz as empresas criarem seus códigos de ética e se 
preocuparem ainda mais com a responsabilidade social empresarial. Diante 
disso surgem desafios, falando dos gestores e executivos, com tomada de 
decisão, seja ela por convicção ou responsabilidade. E os funcionários a 
seguir o objetivo da empresa. Os negócios não são fáceis, sem a ética nos 
negócios se tornam arriscados para as empresas continuarem operando. A 
ética está nas empresas, assim como as empresas têm a ética, basta saber 
se está sendo praticada ou não, assim também na sociedade. Algo que não 
tem como medir, pois ética não é um dado, é um valor. 
 
Palavras chave: Ética. Ética nas Empresas. Código de Ética. Negócios. Ética 
Profissional 
 
2 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Neste artigo vamos analisar a ética, seus valores, seus conceitos no mundo 
das empresas e seus negócios. As dificuldades enfrentadas para implementar 
e praticar no dia a dia de cada indivíduo dentro e fora da empresa. 
Falaremos sobre a moral e seu significado, que não é ética, mas faz parte 
dela. 
E realmente, a ética é aplicada nas empresas? Como ser ético? Como seguir 
o código de ética profissional? Como reagir aos dilemas éticos e o que fazer? 
Veremos que as decisões éticas e seguir um código de ética podem ajudar na 
sobrevivência e no fortalecimento das empresas e seus negócios em um 
mundo cada vez mais competitivo e globalizado. E como a ética pode se 
tornar uma eficácia na administração. 
Tudo que envolve a ética nas empresas, será brevemente apresentado, 
analisado e definido, como a ética do profissional, ética interna e externa, o 
código de ética, a ética nos negócios e o dilema ético. 
Além disso, colocaremos a ética em questão da sociedade, para nós, seus 
valores e praticá-los, assim ter um ambiente melhor, seja no empresarial, em 
grandes corporações ou também em nosso próprio ambiente. 
 
 
3 
 
 
 
2 ÉTICA E MORAL 
Afinal, o que é ética? O que é moral? Primeiramente vamos abordar sobre a 
ética. O termo “ética”, muito utilizado nos meios de comunicação, nas 
empresas e em vários outros contextos, vem muito às vezes sem uma 
definição correta. A palavra ética já virou uma gíria, um adjetivo e um termo 
normal sem sentido para alguns. 
Na verdade a ética é um substantivo, vem do termo grego “ethos”, que é 
modo de ser, hábito, caráter humano. Assim, segundo Vasquez: “a ética é a 
teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou 
seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano.” 
(VASQUEZ, 2011, p. 20). 
Já Ponchirolli a defini: “Ética é a reflexão sobre a ação humana, para extrair 
dela o conjunto excelente de ações.” (PONCHIROLLI, 2011, p. 12). 
Ética é consciência, liberdade e responsabilidade na ação. 
E agora moral, o que é? A palavra moral vem do termo latim “mores”, que 
significa costumes, tradições. Enquanto a ética é filósofa, a moral é a vida real 
concreta. Assim para Boff (2009), moral é entendido como: 
 
“na morada, os moradores têm costumes, tradições, hábitos, 
maneira e usos de organizar as refeições, os encontros, as festas, 
os estilos de relacionamento, que podem ser tensos e competitivos, 
ou harmoniosos e cooperativos.” (BOFF, 2009, p.39) 
 
Para Vasquez: “Moral é o conjunto de normas e regras destinadas a regular 
as relações entre indivíduos numa comunidade social dada”. (VASQUEZ, 
2004, p. 37). 
A moral é a prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos 
cotidianos e valores consagrados. Neste sentido, uma pessoa pode ter um 
comportamento moral, mas não necessariamente ético. Podemos dizer, que a 
moral é o estudo da ética. É a prática da teoria chamada ética. 
 
4 
 
 
 
3 ÉTICA PROFISSIONAL 
Como já dito anteriormente, a ética é muito falada no mundo atual. E quando 
se fala no lado profissional, é extremamente importante o indivíduo ser 
responsável em aplicar a conduta ética de acordo com o seu campo 
profissional. 
Quem nunca ouviu a expressão: “aquele profissional não foi ético”. Atos que 
podem marcar uma carreira, puxando para o lado negativo, prejudicar para o 
resto da mesma. Por isso, o profissional ao se formar, faz um juramento e 
compromete-se com sua categoria profissional que escolheu ingressar. Para 
Glock e Goldim, este ato “caracteriza o aspecto moral da chamada ética 
profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas 
como sendo as mais adequadas para o seu exercício” (GLOCK e GOLDIM, 
2003, p.2). 
As relações de trabalho devem conter uma conduta condizente com os 
princípios éticos da classe profissional escolhida. O autor Antonio Lopes de 
Sá (2001, p.137) cita algumas modalidades que podem ser observadas no 
comportamento dos profissionais, como: 
• perante o conhecimento; 
• perante o cliente; 
• perante o colega; 
• perante a classe; 
• perante a sociedade; 
• perante a pátria; 
• perante a própria humanidade como conceito global. 
Sá ainda completa que os deveres do profissional são “todas as capacidades 
necessárias ou exigíveis para o desempenho eficaz da profissão” (SÁ, 2001, 
p.148). Vale ressaltar que cada profissão tem uma determinada ética, sendo 
algumas mais simples e outras mais complexas ou restritas. O profissional 
deve ter conhecimento e qualidade para exercer a profissão de forma 
5 
 
 
 
adequada. E também deve gostar de que faz, se sentir bem, como relata Sá: 
“precisa fluir como algo que traz bem-estar, e não uma obrigação imposta que 
se faz pesada e da qual se deseja logo se livrar” (SÁ, 2001, p.150). 
O autor ainda assinala: “Quando a seleção da tarefa está de acordo com uma 
consciência identificada com a escolha, dificilmente ocorrem as transgressões 
éticas, porque estas seriam violações da vontade, contrárias ao próprio ser” 
(SÁ, 2001, p.150). Ou seja, quando fazemos o que realmente queremos fazer 
profissionalmente, as chances de erros éticos são mínimas. 
O profissional deve ter honestidade, competência, sigilo e ter uma visão geral 
que o cerca: 
 
Quando a consciência profissional se estrutura em um trígono, 
formado pelos amores à profissão, à classe e à sociedade, nada 
existe a temer quanto ao sucesso da conduta humana; o dever 
passa a ser uma simples decorrência das convicções plantadas nas 
áreas recônditas do ser, ali depositadas pelas formações 
educacionais sadias. (SÁ, 2001, p.159) 
 
Já o profissional empregado tem sua ética compromissada com a empresa, 
instituição ou organização. Para Srour (2000), existem duas teorias éticas: a 
ética da convicção e a ética da responsabilidade. 
A ética da convicção, chamada também de deontologia, é o cumprimento de 
obrigações. Segundo Srour, esta é uma teoria em que a ética “se pauta em 
valores e normas previamente estabelecidos, cujo efeito primeiro consiste em 
moldar as ações que deverão ser praticadas” (SROUR, 2000, p.51). 
A ética da responsabilidade, conhecida como teleologia, é a nossa 
responsabilidade por tudo que fazemos. Nestesentido, Srour assinala que “os 
agentes avaliam os efeitos previsíveis que uma nação produz; contam obter 
resultados positivos para a coletividade; e ampliam o leque de escolhas” 
(SROUR, 2000, p.52). Nisso, as decisões de ordem política e financeira são 
tomadas, a fim de evitar um mal maior para uma coletividade. 
 
6 
 
 
 
 
No quadro a seguir, mostra a comparação entre as duas teorias de Srour: 
 
Ética da convicção Ética da responsabilidade 
Decisões decorrem da 
aplicação de uma tábua de 
valores preestabelecidos 
Decisões decorrem de 
deliberação, em função de uma 
análise das circunstâncias. 
Máxima: “Faça algo porque 
é um mandamento”. 
Máxima: “Somos responsáveis 
por aquilo que nossos atos 
provocam”. 
Vertente de princípio: 
“Respeite as regras haja o 
que houver”. 
Vertente da finalidade: “Alcance 
os objetivos custe o que custar”. 
Vertente da esperança: “Os 
sonhos antes de tudo”. 
Vertente utilitarista: “Faça o maior 
bem para mais gente”. 
Quadro 1 – Ética da convicção e da responsabilidade. 
Fonte: SROUR, 2000, p.55. 
Diante de tudo isso apresentado, temos os códigos de ética profissionais que 
são organizados pelos Conselhos Regionais Profissionais. Os profissionais 
que trabalham como empregados, devem seguir tanto seus códigos de ética 
profissional regional como o código de ética da empresa em que atuam. 
Existem diversos códigos de ética profissional, seja de administradores, 
médicos, jornalistas, arquitetos, engenheiros, funcionários públicos, etc. Na 
medida em que ocorrem relações entre os profissionais de hierarquias 
diferentes ou de mesmas hierarquias, é necessário um código de ética que 
reja uma profissão. Em geral o código de ética é baseado na legislação 
vigente do país, na Declaração dos Direitos Humanos, nas Leis Trabalhistas e 
outras. Segue um exemplo de um código de ética dos profissionais de 
administração, disponível em: 
http://www.cfa.org.br/servicos/publicacoes/codigo_etica/Codigo_de_Etica_WE
B.pdf 
7 
 
 
 
 
4 ÉTICA NAS EMPRESAS 
Realmente, a ética é aplicada nas empresas? Uma dúvida sobre a resposta, 
mas vamos analisar. Toda empresa tem sua ética interna e externa que são a 
ética profissional, o código de ética, a ética nos negócios. Agora se a ética é 
colocada em prática em todos esses quesitos é outra questão. O fato é que 
ética e empresa precisam caminhar juntas, pois é uma questão de 
sobrevivência para a empresa no mundo atual globalizado. A falta de ética 
resulta em fraudes, perda de produção, conflitos internos e outros problemas 
prejudiciais à empresa. 
Toda empresa existe para obter lucro, mas esse conceito não é o correto. Sua 
finalidade deve ser o consumidor. “É o consumidor quem determina o que é 
uma empresa. É somente a vontade de pagar por um bem ou serviço que 
converte os recursos econômicos em riquezas em objetos e bens.” 
(DRUCKER, 2009, p. 36) 
Uma empresa que cumpri sua ética está voltada para a função social que 
significa a sua existência em relação à sociedade. Para Drucker (2009), 
“grande parte dos fracassos empresariais é motivada pela pouca atenção 
dada à finalidade e à missão da empresa”. Não basta tê-la no papel, é preciso 
persegui-la de maneira incondicional, é o consumidor com suas demandas, 
necessidades, anseios e objetivos que define o negócio de uma empresa. 
 
4.1 ÉTICA INTERNA 
A ética interna pode ser entendida como: a relação entre os indivíduos e a 
empresa. Esses indivíduos podem ser os empregados, incluindo o 
empregador. Aplicando uma ética profissional com um código de ética 
empresarial no ambiente de trabalho, e os colaboradores se comprometam a 
segui-la, certamente não teria conflitos internos na organização, interrupção 
do ritmo de trabalho e efeito negativo nas pessoas. 
 
8 
 
 
 
O declínio da lealdade dos funcionários gera um sentimento de não 
comprometimento com a empresa. Para Robbins, o desafio dos gestores está 
em “motivar os trabalhadores menos comprometidos e, ao mesmo tempo, 
manter a competitividade global das organizações” (ROBBINS, 2004, p.13). 
E ressalta: 
 
O executivo de hoje precisa criar um clima eticamente saudável 
para seus funcionários, em que eles possam realizar seu trabalho 
com produtividade e confrontando o mínimo de ambiguidade em 
relação ao que se constitui em comportamentos certos e errados. 
(ROBBINS, 2004, p.12) 
 
Outro grande desafio é quando há situações que envolvem dilemas éticos. 
 
4.2 DILEMAS ÉTICOS 
Para Robbins: “situações nas quais precisam definir as condutas corretas e 
erradas” (ROBBINS, 2004, p.14). Os dilemas éticos são situações em que é 
necessário tomar uma decisão, fazer uma escolha, que nem sempre é a mais 
fácil. Surge quando um indivíduo está em uma situação em que suas 
escolhas estão entre a oportunidade de levar vantagem em algo e aquilo que 
é moralmente correto fazer. Dentro das empresas, algumas situações morais 
são mais fáceis de resolver do que outras, o que depende da envergadura do 
problema. Robbins (2004) aponta que os executivos estão reagindo a estes 
dilemas éticos, a partir da elaboração e distribuição de códigos de ética a 
seus funcionários. 
• promover seminários, workshops e programas de treinamento similares 
para tentar aprimorar o comportamento ético; 
• contratar conselheiros que podem ser procurados, em muitos casos 
anonimamente, para fornecer assistência nas questões de dilemas éticos, e 
que também criam mecanismos de proteção para funcionários que 
denunciam práticas antiéticas. 
Quadro 2 – Sugestões para melhorar o comportamento ético. 
Fonte: ROBBINS, 2004, p.12 
9 
 
 
 
4.3 CÓDIGO DE ÉTICA 
Documento formal, com o objetivo de esclarecer os princípios e os valores 
fundamentais que norteiam as práticas de uma empresa perante a sociedade. 
Ele deve regular as relações existentes entre os trabalhadores e toda rede de 
pessoas e instituições que estão dentro da zona de interesses da empresa. 
Mas para que o código de ética tenha o efeito desejado, é preciso que tenha a 
participação dos trabalhadores de todos os níveis em sua elaboração, de 
modo que possam revelar o que entendem a respeito da função social da 
empresa e de como esta deve atuar para cumprir bem o seu papel. 
A ética é como um valor da organização. Não é raro vermos expostos nos 
valores de uma empresa seus princípios éticos. A sociedade espera das 
empresas um comportamento compatível com os princípios éticos e de 
responsabilidade social e ambiental. A partir daí, a empresa firma um 
compromisso ético com a sociedade, que vai além da oferta de bens e 
serviços e da lucratividade. 
A implantação de códigos ou manuais de ética traz vantagens para as 
organizações, deixando claro para a sociedade seu posicionamento. Os 
códigos de ética também servem como uma ferramenta que auxilia o gestor 
na tomada de decisão em relação a dilemas éticos. Assim, é necessário 
colocar as normas morais no papel e disseminá-las aos funcionários, fazendo 
com que eles as compreendam e sigam as orientações da empresa. 
Para Srour (2000), é preciso que se monte “controles preventivos e corretivos, 
e estabelecer suas respectivas sanções, lançar mão de parâmetros, 
indicadores de monitoramento, medidas de contenção, rodízio de funções, 
auditorias periódicas, regras mínimas que sejam rigorosamente observadas” 
(SROUR, 2000, p.245). O autor também sugere a idéia de um trabalho de 
qualidade e que se transmitem os valores da igualdade de oportunidade e do 
tratamento não discriminatório. 
Em relação aos clientes, Srour assinala: 
• oferecer sempre produtos de qualidade, a preços competitivos e 
nos prazosprometidos; 
10 
 
 
 
• incorporar sempre inovações tecnológicas, design atualizado, 
garantias contra defeitos, assistência técnica ou serviços pós-venda; 
• prestar informações precisas e objetivas que assegurem um 
monitoramento competente de transação; 
• servir de forma prestativa e profissional, para que o negócio se 
oriente pela premissa dos ganhos mútuos. (Srour, 2000, p.246). 
 
Para Cohen e Segre (2002, p.24) o que mais se aproxima a um código de 
ética é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em que o princípio 
fundamental da ética deve passar pelo respeito ao ser humano, como sujeito 
atuante e autônomo. 
 
4.4 ÉTICA NOS NEGÓCIOS 
É a ética nas relações negociais traçadas de forma ética e coerente com a 
cultura da empresa. Ponchirolli (2011, p. 41) a define da seguinte maneira: “é 
o estudo da forma pela qual, normas morais pessoais se aplicam às 
atividades e aos objetivos da empresa comercial.” 
Muito tem se falado sobre a necessidade de se estabelecer relações éticas no 
mundo dos negócios, um caráter emergencial para as empresas, mas pouco 
levado a sério como tenhamos vistos atualmente. Parece algo de marketing 
adotado pelas empresas, apenas para ser exibido no seu website. 
Em seu livro “Ética, é o melhor negócio”, John Maxwell aponta basicamente 
três causas: 
1) Agimos de acordo com nossa conveniência - Por que fazemos 
determinadas coisas, mesmo quando temos certeza de que estão 
erradas? 
2) Nunca jogamos para perder - Homens e mulheres de negócios 
em especial querem vencer conquistando coisas e alcançando o 
sucesso. 
3) Relativizamos nossas escolhas - Diante de situações em que não 
é possível identificar um ganho imediato, muita gente escolhe fazer 
aquilo que parece certo naquele momento, de acordo com as 
circunstâncias.(MAXWELL, 2006, p. 16). 
 
A autora Laura Nash no livro “Ética nas empresas: boas intenções à parte”, 
enfatiza que quase todos os valores compreendidos pela conduta ética nos 
negócios - honestidade, justiça, respeito pelos outros, serviço, palavra, 
11 
 
 
 
prudência e confiabilidade - vêm sofrendo uma desintegração no mercado. É 
preciso definir os chamados ''nãos" na ética nos negócios: não ter conflito de 
interesses, não mentir, não envenenar o cliente, não poluir o meio ambiente, 
não fixar somente no lucro, etc. 
Neste sentido, conforme Srour, “em um ambiente competitivo, as empresas 
têm uma imagem a resguardar, uma reputação, uma marca” (SROUR, 2000, 
p.43). 
Para Srour (2000), a ocorrência de escândalos nas empresas que cometem 
atos imorais ou idôneos,“geram altos cultos, multas pesadas, quebra de 
rotina, baixa moral dos empregados, aumento da rotatividade, dificuldade 
para recrutar funcionários qualificados, fraudes internas e perda da confiança 
pública na reputação das empresas, entre outros” (SROUR, 2000, p.47). 
Assim para o autor, a ética nos negócios busca “estudar e tornar legível a 
moral vigente nas empresas capitalistas contemporâneas e, em particular, a 
moral predominante em empresas de uma nacionalidade específica” 
(SROUR, 2000, p.30). 
Em geral, nas relações negociais ou negociações o que prevalece é o 
conceito ganha/perde, ou seja, o fabricante ganha e o cliente perde, o que 
pode ser satisfatório para a empresa ganhadora em uma primeira análise a 
partir da ótica da transação específica. Infelizmente isso acontece, desde o 
primeiro contato, passando pela empresa transportadora, conforme caso, até 
a entrega no cliente. 
Covey (2003), em seu famoso livro “Os sete hábitos das pessoas altamente 
eficazes”, nos recomenda a negociação ganha/ganha (vencer/vencer), ou 
seja, um acordo que implica que ambas as partes envolvidas em qualquer 
negociação devem sair beneficiadas, ou pelo menos manter a relação, 
abrindo o campo para um acordo ganha/ganha no futuro. 
Ainda, conforme Covey (2003), a negociação ganha/ganha ou vencer/vencer 
necessita de cinco dimensões: 
O princípio de Vencer/Vencer é fundamental para o sucesso de 
todas as nossas interações, e abrange cinco dimensões 
12 
 
 
 
interdependentes da vida. Ele começa pelo caráter, passando para 
os relacionamentos, dos quais derivam os acordos. Ele se alimenta 
de um meio onde a estrutura e os sistemas se baseiam no 
Vencer/Vencer. E incluiu um processo. Não conseguimos atingir 
metas Vencer/Vencer por meios Vencer/Perder ou Perder/Vencer. 
(COVEY, 2003, p. 142). 
 
Contudo, a ética nos negócios ou empresarial promove modelos de gestão 
das relações comerciais com os negócios internos e externos, a adoção de 
regras e regulamentos para ajudar a dar ao mundo empresarial e econômico 
uma dimensão que possa atender às expectativas da opinião pública, cada 
vez mais crítica contra as falhas de mercado e mais atenta às questões de 
reputação do negócio, além da proteção dos direitos dos consumidores e dos 
trabalhadores. 
Enfim, ética é caráter, é nobre, é estar de acordo com o certo e no mundo dos 
negócios é muito importante para a sobrevivência das empresas. 
 
5 METODOLOGIA 
A metodologia aplicada neste artigo é de pesquisa explicativa e qualitativa. O 
objetivo do desenvolvimento deste trabalho é analisar, relatar e definir sobre a 
ética nas empresas e suas dificuldades. 
A coleta de dados foi com base nos estudos, fontes bibliográficas e um pouco 
da experiência profissional do autor. 
 
13 
 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Concluímos que a ética é essencial para nós, para nosso caráter, mas que na 
prática parece ser totalmente o inverso. Em que poucos sabem o real 
significado dela e aplicam, mas muitos sabem, principalmente pessoas com 
maior grau de instrução ou talvez em melhor situação econômica e não 
aplicam, seja por interesse próprio, ganância, beneficiar alguém etc. E isso 
ocorre em qualquer situação e não somente em empresas e seus negócios. 
Vimos como é fácil falar em ética profissional entre os consumidores, e que o 
profissional precisa seguir sua conduta ética para não prejudicar sua carreira. 
Também nas empresas e nos negócios como devemos agir eticamente nas 
relações empresariais seguindo o código de ética. Prejuízo, conflito e os 
efeitos negativos que podem ser gerados com uma conduta sem ética ou uma 
tomada de decisão inadequada. Uma empresa precisa assumir as 
conseqüências das decisões tomadas, cumprir as leis, seguir regras, ter 
princípio ético e moral, ou seja, ter a responsabilidade corporativa. 
A corrupção acaba com os critérios éticos de honestidade, respeito, 
transparência e dignidade, prejudica a todos. Ética é reconhecer esses 
valores, é colocá-los em prática na sociedade, cuja tal é tão diversificada em 
grupos. Temos que seguir na mesma direção, sendo éticos, assim também 
obtendo uma melhor qualidade de vida na sociedade. Boas práticas geram 
bons resultados, e assim podemos caminhar na direção de uma sociedade 
mais ética. 
 
 
 
 
14 
 
 
 
7 REFERÊNCIAS 
BOFF, Leonardo. Ética e moral: a busca dos fundamentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 
2009. 
COHEN, Cláudio; SEGRE, Marcos. Bioética Volume 2 de Coleção Fac. Med.USP. 
EdUSP, 2002 
COVEY, S. R . Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. São Paulo: Best 
Seller, 2003. 
DRUCKER, Peter F. O Essencial De Drucker. Editora Actual, 2009 
GLOCK, R. S.; GOLDIM, J. R. Ética profissional é compromisso social. Mundo 
Jovem. Porto Alegre: PUCRS, 2003 
MAXWELL, J. l. Ética é o melhor negócio (Tradução de Omar de Souza). São 
Paulo: Mundo Cristão, 2006. 
NASH, L. L. Ética nas empresas: boas intenções à parte. São Paulo: Makron 
Books, 1993. 
PONCHIROLLI, O. Ética e responsabilidade social empresarial. Curitiba: Juruá, 
2011. 
ROBBINS, Stephen P. Fundamentos do comportamentoorganizacional. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. 
SÁ, Antonio Lopes de. Ética profissional. São Paulo: Atlas, 2001. 
SANCHEZ VAZQUEZ, A. Ética. 32. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2011. 
SROUR, Robert Henry. Ética empresarial: posturas responsáveis nos negócios, 
na política e nas relações pessoais. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

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