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Ação de Reparação de Danos em Acidente de Trânsito

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EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CANOAS/RS.
 		JACIARA MELLO DA SILVA, brasileira, divorciada, cozinheira, cédula de identidade nº 98724987225 – 	SSP/RS, inscrita no CPF sob o nº 214.223.4400-49, residente e domiciliado na Avenida Ramiro Barcelos, nº 600, Parque Universitário, bairro São José, Canoas/RS, CEP n° 92330-000, por seus procuradores, vem à presença de V. Exa. propor AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS em face de JÚLIO CEZAR MENDES, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade n° 115485145 – SSP/RS, inscrito no CPF sob o n° 254.897.558-85, residente e domiciliado na Avenida Guilherme Shell, n° 6752, bairro Centro, Canoas/RS, CEP n° 92310-000, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
 
1. DOS FATOS:
 	A autora, no dia 22/12/2013, por volta das 10 horas da manhã, foi surpreendida com o telefonema de sua vizinha Suzane Trindade, lhe informando que um veículo caminhonete Toyota Hilux, placas IMA 5987, de propriedade do réu, havia colidido e destruído o muro, grades e portão elétrico de sua residência, ao realizar a manobra de conversão em alta velocidade ocasionando o acidente.
	No Boletim de ocorrência n° 221212/2013, elaborado com base nas informações prestadas por sua vizinha, que testemunhou, Suzane Trindade, contou o seguinte relato:
	“Que a caminhonete Hilux trafegava em sentido leste em alta velocidade e que ao passar, onde há duas curvas fechadas, acabou perdendo o controle do veículo após tentar realizar conversão na segunda curva, e que por fim acabou por colidir no muro da ridência de sua vizinha, Sra. Jaciara da Silva.”
	
	Após o telefonema, a autora se deslocou até sua residência, onde ainda se encontrava o réu, verificando que o mesmo não havia se ferido com gravidade, apenas continha algumas escoriações no rosto e nos braços, a autora tentou conversar com o réu, que se negou, alegando estar muito abalado emocionalmente, e apenas lhe entregou um cartão de visita, contendo seu telefone para uma possível tratativa para reparar os danos causados decorrentes do acidente. Todavia, após muitas ligações e diversas promessas de resolução do problema, nada foi solucionado até a presente data. 
 	Importa ressaltar que o fato ocorreu às vésperas das comemorações festivas de final de ano, que por tradição sempre eram realizadas na residência da autora, reunindo sua família, principalmente filhos e netos. Porém, em virtude do ocorrido, já que a autora não tem condições de fazer a reforma dos danos causados pelo réu, por esse fato o local teve que ser transferido, trazendo além dos danos patrimoniais, danos extrapatrimoniais devido os diversos transtornos, além do risco de furtos a residência, e todas as frustrações que a autora vem suportando, uma vez que a mesma reside sozinha no local e se sente desprotegida pela exposição, pela falta do muro e das grades, que faziam a segurança.
	Fica evidente o sofrimento da autora decorrente de todo o exposto, a mudança apressada de local e o prejuízo da reunião familiar, devido a falta de espaço no apartamento da filha que cedeu o local, acabou por inviabilizar que todos se encontrassem para, juntos, fazerem a ceia natalina.
	Além disso, as diversas tratativas realizadas com o réu, a fim de solucionar o problema, geraram uma expectativa que logo se transformou em profundo sofrimento, pois o réu somente a enganou, pois nunca cumpriu nenhuma das promessas feitas, para repara os danos por ele causados. Neste sentido o réu fere diretamente o princípio da Boa Fé Objetiva.
	Dê-se considerar que o réu conduzia seu veiculo em velocidade incompatível com a via, agindo com negligencia, imprudência e imperícia, implicando ao dano.
	
	Sem duvida, se o réu tivesse atentado ao seu dever de cuidado na condução do veículo, principalmente por ter realizado a manobra de conversão em alta velocidade, ocasionando a colisão no muro da residência da autora, o acidente de transito e todos os demais danos não teriam ocorrido.
2. DO DANO EMERGENTE:
 	Como já referido, o muro, grades e portão elétrico da residência da demandante foram praticamente destruídos com o acidente de transito, sendo que o conserto importa na quantia de 17.096,00 (dezessete mil e noventa e seis reais), conforme faz prova o menor orçamento realizado. (doc. em anexo). 
3. DO DANO EXTRAPATRIMONIAL:
	Em decorrência deste incidente, a autora experimentou situações de frustração angustiante, devido a não concretização dos planos de reunião familiar nos moldes tradicionais; as falsas promessas feitas pelo réu, só aumentou e prolongou a angustia e sofrimento suportados pela demandante. Mas de todo o sofrer, o sentimento de intranquilidade, insegurança e medo, fazendo com que a mesma perca muitas noites de sono, justamente por se sentir desprotegida pela exposição e fácil acesso a sua residência devido a abertura que resultou do acidente em seu muro.
	Assim, deve o réu repara os danos extrapatrimoniais causados a autora no montante de 20.000,00 ( vinte mil reais). Afim de amenizar o sofrimento e desestimular a reiteração de tal conduta por parte do réu.
4. DO DIREITO:
	Estabelece o art. 186 caput do Código Civil:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
	Também o art. 927 do código Civil, prevê:
“Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado à repará-lo.
Parágrafo único: Haverá obrigação de repara o dano, independente de culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
	Cumpre registrar que a responsabilidade do réu é incontroversa, na forma dos artigos 186 e 927 do Código Civil, dispensando qualquer discussão acerca da culpa. Faz-se somente tão necessário a existência do nexo de causalidade entre o agir e o dano experimentado, bem como a ausência de culpa da vítima.
	O nexo da causalidade, entre a ação do réu e os danos sofridos pela autora, é cristalino, tendo-se como causa dos danos a falta de cuidado do primeiro, eis que ao realizar manobra em alta velocidade, agiu literalmente com imperícia, imprudência e negligência, causando o acidente em questão.
	
	Demonstra-se pela consagrada teoria da interrupção do nexo causal, segundo a qual a causa é aquela que uma vez suprimida o resultado não teria ocorrido.
	Neste sentido, o precedente do nosso egrégio Tribunal:
 APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. CULPA EXCLUSIVA DA RÉ. FALHA MECÂNICA NÃO COMPROVADA. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. Demonstrado nos autos que o caminhão da parte ré, desgovernado, colidiu com o muro e portão da residência dos autores, destruindo-os, e ausente qualquer prova do alegado caso fortuito, consistente na suposta falha mecânica do sistema de freio do caminhão, impõe-se a manutenção da sua condenação ao pagamento de indenização pelos danos materiais suportados pelos demandantes em razão do acidente, que consistem no valor do menor orçamento para o conserto do portão e do muro do imóvel. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70048830079, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mário Crespo Brum, Julgado em 30/08/2012)
	O réu também deve ser responsabilizado por toda dor e sofrimento causados a autora em virtude do ato por ele praticado.
Sobre esse trema Yussef Cahali, por exemplo, afirma que deve o dano moral ser caracterizado por elementos seus, “como a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos”. (CAHALI, Yussef Said. Dano Moral, 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1998.)
 “O dinheiro provocará na vítima uma sensação de prazer, de desafogo, que visa compensara dor, provocado pelo ato ilícito.” (RODRIGUES, Silvio. Responsabilidade Civil, 18ª ed., São Paulo: Saraiva, 2000)
Frente as determinações dos dispostos legais, jurisprudenciais e doutrinarias invocados, deve o demandado ser condenado por todos os danos causados ao autor.
5. DOS PEDIDOS:
	Diante do exposto, com apoio nos dispositivos legais antes mencionados, requer-se a Vossa Excelência se digne:
a) O recebimento desta ação de reparação de danos;
b) Determine a citação do réu, para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão;
c) A condenação do réu ao pagamento de R$ 17.096,00 (dezessete mil e noventa e seis reais) referente aos danos patrimoniais.
d) A Condenação do réu ao pagamento de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) referente aos danos extrapatrimoniais;
e) Depoimento pessoal, sob pena de, não o fazendo, incidir na pena de confissão;
f) A produção de todos os meios de provas em Direito admitidas, em especial a documental, testemunhal pericial;
g) Contestada ou não, seja a ação julgada procedente, condenando o reu ao pagamento da importância de R$ 37.096,00 ( trinta e sete mil e noventa e seis reais), acrescidos de juros monetários e correção monetária;
h) A Condenação do réu ao pagamento dos honorários advocatícios, no valor correspondente a 20% do valor total da condenação judicial;
i) A concessão do beneficio da assistência judiciaria gratuita ao autor, por ser o mesmo de condições pobres, o que declara na forma da lei.
j) A procedência da ação em todos seus termos.
Dá-se à causa o valor de R$ 37.096,00
Nestes termos pede em espera deferimento.
Canoas, 25 de Abril de 2014.
VANESSA SILVA DA ROSA
OAB/RS 201311442
DO DANO MORAL:
 				11. O dano moral sofrido deve ser reparado, pois o autor não deu causa ao débito que gerou a indevida positivação junto ao Serasa. 
 				12. Sua honra foi severamente abalada, quando ficou impossibilitado de realizar compras à prazo, abertura de conta bancária, captação de recursos no mercado financeiro, obtenção de serviços, entre várias outras restrições.
 				13. As demandadas devem ser responsabilizadas pela indevida positivação (documento em anexo). 
 				14. Como determinado pela doutrina e jurisprudência, o valor indenizatório deve levar em conta, na estimação do dano moral, a posição social e econômica do ofensor, a intensidade do ânimo de ofender, a gravidade e a repercussão da ofensa.	
 				15. Ora, Excelentíssimo Julgador, a posição social e econômica das demandadas é notória, sendo duas das maiores empresas do mercado de telefonia desse país. 
 				16. A intensidade do ânimo de ofender foi total, pois as demandadas deram causa, incluíram e mantém o nome do autor junto aos órgãos restritivos de crédito, fazendo com que este consumidor seja tratado como nocivo ao ramo comercial e bancário, mesmo tendo ciência de que nenhum valor é devido.
 				17. E, por último, o constrangimento porque vem passando o autor, frente a negativa do comércio em geral e instituições financeiras em concretizar qualquer tipo de negócio, sob a alegação deste estar incluso no rol de devedores, é tamanha e tão humilhante que exige, por uma questão de justiça, que seja estipulado uma condenação severa, que evite a realização de novos casos idênticos ao presente.
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
18. O autor vem, perante Vossa Excelência, com base no artigo 273 do CPC, requerer a antecipação da tutela jurisdicional nos seguintes termos:
Perigo de dano de difícil reparação:
				19. O autor busca o beneplácito do Poder Judiciário, para que, neste primeiro momento, cessem os graves danos morais provocados pelas rés.
 			 	20. Portanto, o demandante pede a antecipação da tutela somente no que concerne ao cancelamento da inscrição do seu nome junto ao Serasa, bem como, que as demandadas abstenham-se de cadastrá-lo em qualquer outro tipo de sistema de registro de inadimplentes, de maneira que os danos morais já sofridos não sejam ainda mais agravados. 
Verossimilhança da alegação:
 				21. Conforme faz prova o relatório do Procon Canoas, o autor não deu causa ao débito levado a registro no Serasa. 
 				22. Neste mesmo relatório restou demonstrado que a rescisão do contrato de prestação dos serviços de telefonia mantido entre o autor e a empresa GVT deu-se no ano de 2002.
 				23. Foi constatado, pelos funcionários das co-rés, que a dívida foi gerada por um cliente da empresa GVT, que contratou os serviços desta empresa e foi titular da mesma linha telefônica nº 3031-0509, porém em data posterior ao cancelamento procedido pelo autor. 				
 				
DOS PEDIDOS:
Pelo exposto, requer que digne-se V. Exa. em conceder, liminarmente, a Tutela Antecipada com fulcro no artigo 273 do CPC, nos seguintes termos:
a) - que seja determinada a retirada do nome do demandante dos cadastros de restrições ao crédito, bem como, que seja expedido ofício ao SERASA, para que acate a ordem judicial; 
b) - que digne-se V. Exa. em fixar uma multa diária, para o caso de descumprimento da ordem judicial;
Requer, ainda: 
c) - a declaração da inexistência e/ou nulidade integral da dívida incluída no Serasa, no valor de R$88,58 (oitenta e oito reais com cinqüenta e oito centavos), conforme certidão do Serasa em anexo;
 				
d) – A condenação das demandadas ao pagamento de indenização por danos morais, a ser arbitrado por V. Exa., porém desde já requer que não seja fixada em valor inferior a 30 salários mínimos nacionais, atualmente correspondendo a R$ 13.950,00 (treze mil, novecentos e cinqüenta reais);
e) – que seja tornada definitiva a antecipação da tutela jurisdicional postulada; 
f) - a citação das demandadas para, querendo, apresentarem contestações, sob pena de revelia e confissão, bem como, os depoimentos pessoais dos seus representantes legais, sob pena de confissão;
g) - juros de mora e correção monetária;
 			 	h) - o pagamento dos honorários advocatícios de 20%, custas processuais e demais cominações de direito;
i)- o benefício da assistência judiciária gratuita, por ser o mesmo de condições pobres, conforme declaração de pobreza e do recibo salarial em anexo;	 
 	 			j)- a inversão do ônus da prova, com fulcro no artigo 6o, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor;
 				l)- a produção de todos os meios de prova em direito admitidos; 	
				m)- a procedência da presente ação em todos os seus termos.
 	 		Valor da Causa: R$ 13.950,00.	
 		Nestes termos pede e espera deferimento.
 		 	Canoas, 07 de julho de 2009. 
 FÁBIO DORNELLES DA ROSA	 ANDRÉIA DORNELLES DA ROSA
	 OAB/RS 43.525					OAB/RS 59.978
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