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Cadeias Musculares – Aula 08 Prof. Arlindo Elias Objetivos 2 • TEMA DA AULA: As linhas do membro superior • REFERÊNCIA: Material de aula; Trilhos anatômicos cap.06 • OBJETIVO: Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Compreender a importância postural e o movimento das Linhas do membro superior Conhecer as estruturas que participam das linhas do membro superior e as disfunções que podem culminar em sintomas. Aplicar as regras dos trilhos anatômicos para a avaliação e tratamento das LMS • PPC (Projeto Pedagógico do Curso: • O profissionais devem ter conhecimento da anatomia do sistema miofascial para estabelecer as linhas de tração que podem participar de um conjunto de sintomas. Introdução 3 Visão geral São descritos 4 cadeias miofasciais que correm desde o esqueleto axial até os quatro quadrantes do membro superior, terminando nos quatro "lados" da mão: polegar, dedo mínimo, região palmar e dorso da mão Essas linhas são interligadas por pontes cruzadas. Como o membro superior é especializado em mobilidade, esses múltiplos graus de liberdade requerem linhas mais variáveis de controle e estabilização As linhas do membro superior estão organizadas em: - Linha profunda anterior - Linha superficial anterior - Linha profunda posterior - Linha superficial posterior Introdução 4 Introdução 5 Função Postural A função postural das linhas do membro superior é reduzida em comparação com as linhas longitudinais do tronco e membros inferiores Entretanto, disfunções ao nível do cotovelo e ombro podem afetar a região média do dorso, costelas, cervical e respiração Introdução 6 Função de Movimento As linhas do membro superior agem através das diversas articulações para a realização de atividades complexas como: - Pegar objetos - Empurrar - Puxar - Afastar - Aproximar - Dentre outros... Essas linhas se conectam com as seguintes linhas do tronco: - Linha lateral - Linha espiral - Linha funcional As linhas do membro superior em detalhes 7 A Linha Profunda Anterior do Membro Superior (LPAMS) As linhas do membro superior em detalhes 8 A Linha Superficial Anterior do Membro Superior (LSAMS) As linhas do membro superior em detalhes 9 A Linha Profunda Posterior do Membro Superior (LPPMS) As linhas do membro superior em detalhes 10 A Linha Superficial Posterior do Membro Superior (LSPMS) A Linha Profunda Anterior do Membro Superior (LPAMS) 11 Essa linha é principalmente uma linha de estabilização, com influência no movimento do polegar. A LPAMS começa nas faces anteriores da 3ª, 4ª e 5ª costelas com o músculo peitoral menor - Como o peitoral menor está intimamente ligado à fáscia clavipeitoral, o músculo subclávio também está incluido na origem da LPAMS A Linha Profunda Anterior do Membro Superior (LPAMS) 12 O peitoral menor atua no suporte da escápula enquanto o subclávio controla a clavícula - Encurtamento do peitoral menor pode influenciar a respiração, postura cervical e o funcionamento do ombro. A primeira estação é o processo coracóide, de onde partem a cabeça curta do bíceps braquial e o coracobraquial A conexão miofascial (trilho) se dá principalmente quando o membro superior está em elevação lateral (abdução) A Linha Profunda Anterior do Membro Superior (LPAMS) 13 A Linha Profunda Anterior do Membro Superior (LPAMS) 14 A cabeça curta do bíceps braquial corre para baixo a partir do processo coracoide até a tuberosidade do rádio, influenciando o movimento de 3 articulações - Glenoumeral - Radioulnar proximal - Umeroulnar O coracobraquial corre abaixo do bíceps desde o proc. Coracóide até o úmero, participando da adução glenoumeral O braquial parte de uma região próxima da inserção do coracobraquial e segue até a ulna onde atua como flexor do cotovelo. O supinador também participa dessa linha através de uma conexão mecânica, partindo do úmero até o rádio. A Linha Profunda Anterior do Membro Superior (LPAMS) 15 A Linha Profunda Anterior do Membro Superior (LPAMS) 16 No antebraço, a LPAMS continua através do pronador redondo e pelo periósteo do rádio até o processo estilóide. A linha se continua pelo ligamento colateral radial sobre os ossos laterais do carpo (escafóide e trapézio, chegando no polegar e incluindo os músculos tenares A Linha Superficial Anterior do Membro Superior (LSAMS) 17 A LSAMS começa no tronco a partir de 3 músculos que influenciam o posicionamento e movimento do úmero: - Peitoral maior - Latíssimo do dorso - Redondo maior A Linha Superficial Anterior do Membro Superior (LSAMS) 18 As inserções desses músculos se continuam pelo septo intermuscular medial (separação dos músculos flexores e extensores do cotovelo) até o epicôndilo medial. A Linha Superficial Anterior do Membro Superior (LSAMS) 19 No epicôndilo medial, a linha se continua pelos flexores de punho e dedos: - Flexor radial do carpo - Flexor superficial dos dedos - Palmar longo - Flexor profundo dos dedos Os flexores dos dedos passam através do túnel do carpo abaixo do retináculo flexor até expandir para a porção ventral dos ossos do carpo e dedos. A Linha Superficial Anterior do Membro Superior (LSAMS) 20 Em termos gerais, a LSAMS controla o posicionamento do membro superior, especialmente a extensão e rotação interna. Na mão, a LSAMS atua junto com a LPAMS nos movimentos de preensão. A Linha Profunda Posterior do Membro Superior (LPPMS) 21 A LPPMS começa nos processos espinhosos das vértebras torácicas superiores, avançando para baixo e para fora através dos músculos rombóides até a borda medial da escápula A LPPMS continua com o infraespinhoso e redondo menor até o tubérculo maior do úmero. A Linha Profunda Posterior do Membro Superior (LPPMS) 22 Outro ramo da LPPMS começa na superfície inferolateral do occipital com o reto lateral da cabeça, continuando pelo elevador da escápula. A partir do ângulo superior da escápula, essas fibras se unem ao supraespinhoso até o tubérculo maior do úmero A Linha Profunda Posterior do Membro Superior (LPPMS) 23 Outro ramo da LPPMS começa na superfície inferolateral do occipital com o reto lateral da cabeça, continuando pelo elevador da escápula. A partir do ângulo superior da escápula, essas fibras se unem ao supraespinhoso até o tubérculo maior do úmero A Linha Profunda Posterior do Membro Superior (LPPMS) 24 A Linha Profunda Posterior do Membro Superior (LPPMS) 25 A partir da diáfise do úmero, a linha se continua pelo tríceps braquial e ancôneo, especialmente durante a elevação do ombro. A passagem pelo antebraço se dá através do periósteo da ulna em todo o lado externo do antebraço até o processo estilóide ulnar. O ligamento colateral ulnar conecta a LPPMS ao punho, especificamente aos ossos piramidal e hamato, continuando-se até o 5° dedo e os respectivos músculos hipotenares (abdutor do 5° dedo). A Linha Profunda Posterior do Membro Superior (LPPMS) 26 A Linha Superficial Posterior do Membro Superior (LSPMS) 27 A LSPMS começa a partir das inserções fasciais do trapézio, as quais convergem até a espinha da escápula, acrômio e terço lateralda clavícula. As fíbras do trapézio apresentam continuidade fascial com o deltóide, especialmente as porções posterior e média A Linha Superficial Posterior do Membro Superior (LSPMS) 28 Todas essas linhas convergem até o tubérculo deltóideo do úmero, onde a linha passa abaixo do braquial por meio do septo intermuscular lateral. O septo divide os flexores e extensores do cotovelo e dirige-se para baixo até o epicôndilo lateral. A Linha Superficial Posterior do Membro Superior (LSPMS) 29 A partir do epicôndilo lateral, a linha se continua através dos músculos extensores de punho e dedos, passando pelo retináculo dorsal até os ossos do carpo e dedos. A Linha Superficial Posterior do Membro Superior (LSPMS) 30 Implicações clínicas 31 O desenho das linhas dos membros superiores mostra como os desequilíbrios do tronco podem comprometer o funcionamento do membro superior e vice- versa. Distúrbios específicos da unidade superior como tenossinovite DeQuervain e síndrome do túnel do carpo podem ser influenciados por padrões disfuncionais da LPAMS e LSAMS. A LSPMS pode contribuir para o aumento da tensão no epicôndilo lateral, enquanto a LSAMS pode participar de sintomas do epicôndilo medial. Implicações clínicas 32 O funcionamento do manguito rotador é fortemente influenciado pela linha profunda posterior e, consequentemente, pela mecânica da coluna torácica alta. - O desequilíbrio do manguito pode comprometer tanto o funcionamento do úmero quanto impor uma rotação compensatória no cotovelo. A LSAMS atua no úmero através dos músculos propulsores (latíssimo do dorso e peitoral maior). Disfunções ao nível da pelve e lombar podem repercutir em rotações disfuncionais do úmero contribuindo para o mau funcionamento do manguito rotador e do mecanismo de estabilização do cotovelo.
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