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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
 CLÍNICA PSICANALÍTICA
Goiânia – GO
Maio/201 
 
 CLÍNICA PSICANALÍTICA
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial da nota de NP2 da disciplina Psicologia Ciência e profissão, sob orientação do Professor Roberdan Oliveira.
 
 Goiânia – GO
Maio/2018
INTRODUÇÃO
 Neste trabalho, apresentaremos dados sobre a realidade profissional na área clínica abordada pela psicanalise, utilizando do método de entrevistas com profissionais que atuam no mercado de trabalho. Pretendemos observar, analisar e discorrer sobre os dados obtidos, refletindo criticamente sobre os mesmos e sua função social na atualidade. Utilizando das entrevistas, textos lidos e discussões fornecidas durante as aulas ministradas pelo professor, dividiremos tópicos claros e objetivos visando a reflexão e uma maneira simplificada de expormos nossas opiniões sobre o assunto.
DESENVOLVIMENTO
Qual a função do psicólogo clínico?
O psicólogo clínico tem como principal função a promoção da saúde, por meio da solução de problemas. É exercida em variados contextos, através de métodos e técnicas que visam atingir determinados objetivos, e uma das abordagens que adotam este contexto, é a psicanálise. 
A clínica se utiliza de tratamentos que buscam a prevenção ou a contenção de processos intra e interpessoais. Sendo realizadas sessões individuais ou em grupos, em prol de uma melhora constante. 
Onde entra a psicanálise?
Neste contexto, a psicanálise ou análise Freudiana, visa a investigação e a compreensão do inconsciente, resolvendo questões relacionadas a problemas voltados para a melhora e um bem-estar mental.
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ATUAÇÃO
Apresentaremos aqui o que cada entrevistado afirma fazer em seu contexto de trabalho, quais as suas condições de trabalho e o que esperam ser necessário para realizarem este trabalho de forma ideal, o envolvimento com outros profissionais e o nível de satisfação com o trabalho desenvolvido pelo mesmo em seu âmbito profissional.
O primeiro entrevistado realiza atendimentos clínicos embasado pela abordagem psicanalítica, atuando tanto em uma clínica privada sublocada, quanto em um outro ambiente também privado, um prédio comercial, também sublocado. Enquanto no primeiro ambiente trabalha com outros profissionais, abrangendo desde outros psicólogos, quanto profissionais de áreas diversificadas, o segundo local já é especificado como mais fechado, com menos convívio com outros profissionais existentes naquele mesmo ambiente. O desempenho neste primeiro local consegue ser melhor conforme descrito pelo entrevistado, pois mesmo que haja uma autonomia e um certo nível de não dependência entre os que ali trabalham, há um certo fluir entre eles, o que já não ocorre em seu outro trabalho. Cada funcionário exerce sua função em sua área, sem precisar prestar serviços, nem uma resposta para um patrão específico, reafirmando então sua autonomia. Quanto a questões de o que é preciso para a realização do seu trabalho, cita uma razoável condição financeira (para continuar a formação, manter a sala), uma boa saúde psicológica, e o entrevistado alega se manter em dia com estas questões, tendo se adaptado a estes requisitos. 
Trabalha basicamente com outros psicólogos, psiquiatras (que não são encontrados em seu ambiente de trabalho, e sim buscados para realização de encaminhamento de alguns pacientes), nutricionistas. Ele se encontra parcialmente satisfeito com seu trabalho, pois ainda não consegue se manter completamente com a clínica, precisando buscar um outro meio de complementar sua renda.
O segundo entrevistado, trabalha com a saúde mental somente no âmbito individual, ou seja, o atendimento clínico feito por ele é somente com uma pessoa, optando por não fornecer atendimentos para crianças, ou seja, atuando apenas com adolescentes e adultos. Seu ambiente de trabalho é adequado ao contexto clínico, onde o mesmo diz trabalhar exclusivamente em um centro de saúde integrado, onde existem vários outros psicólogos, com diversas abordagens, mas suas atividades não estão relacionadas há nenhum deles. Para que se condições de realização do seu trabalho sejam ideais, diz ser preciso que o profissional atuante esteja também em atendimento psicoterápico, pois para lidar com sofrimento de outras pessoas, você precisa estar preparado para ouvi-las e saber lidar com o seu próprio sofrimento que surgirá perante o confronto com o sentido por estes pacientes; Além disso, diz que é preciso ter acesso ao set terapêutico, dispondo de poltronas e equipamentos de um escritório como especificado pelo CRP. Afirma possuir e ser criterioso com todos estes aspectos na realização do seu trabalho. Como o entrevistado 1, também tem autonomia quanto as decisões tomadas, pois também trabalha de forma privada. Ele se diz satisfeito na clínica pois tem a autonomia na organização dos seus horários, e também por trabalhar com o que gosta.
O terceiro entrevistado, atua como psicanalista em uma clínica como autônomo, porém, também trabalha em uma clínica de recuperação; além de atuar simultaneamente no ambiente de pesquisa atendendo conforme demanda apresentada pelo paciente, e esporadicamente na área comportamental fazendo avaliações psicológicas e contratações. Seu carro chefe é uma clínica com diversos profissionais atuantes, e apesar da psicanálise ser a abordagem que ele utiliza, atende em uma outra clínica com intuitos religiosos, mas em momento algum foca em questões ligadas a religiosidade, e sim, fornece atendimento de orientação ao seu paciente. Ainda entro da pesquisa, trabalha com extração de DNA, onde em conjunto com uma bióloga, realizam fragmentação do DNA, até que o mesmo esteja totalmente fragmentado para a extração de genes; após essa fragmentação é realizada a aplicação do polimorfismo, para liberar o DRD2, DRD4 e CONT. Utilizado para tratamento em pacientes com esquizofrenia, que possui uma descarga dopaminérgica muito alta, tendo então dificuldade de aprendizado, e déficit cognitivo.
Dentro da Clínica, o mesmo trabalha com nutricionistas, dois hipnólogos, duas graduadas em Letras e especialização em psicanálise, já na área de pesquisa, afirma trabalhar com psiquiatras, quatro farmacêuticos, e uma bióloga.
Como profissional, considera-se possuidor de todos os quesitos para atender da melhor forma o seu paciente, buscando sempre informações junto ao órgão regulador (CRP), pois o mesmo segue o que o conselho delibera.
ANÁLISE CRÍTICA
Além atuarem na mesma abordagem (psicanalítica), os três profissionais possuem uma opinião similar entre si, sobre o que caracteriza um psicólogo e sobre como atuam como profissionais. Apesar de manterem focos distintos, conseguimos ver uma linha de similaridades em o que acham necessário para ser um bom profissional, citando desde um estudo contínuo a um ambiente de trabalho com móveis e especificações adequadas pelo CRP. Pudemos perceber que é uma constante em suas respostas, que uma estabilidade deve ser esperada após muito e esforço e a prestação contínua de um bom serviço.
POPULAÇÃO ATENDIDA
Buscando expor as características da população alcançada por seu trabalho, iremos discorrer sobre como estas pessoas o encontram, qual a sua faixa etária, sexo, nível social, e escolaridade. Analisaremos também, a imagem que estas (e outras pessoas) tem sobre a psicologia e a profissão de psicólogo na sociedade, tendo em vista as contribuições que esta profissão vem dando à sociedade no geral.
O primeiro entrevistado, costuma atender em sua grande maioria jovens adultos, tendo um grande fluxo tanto de homens quanto de mulheres, sendo que normalmente (segundo ele) outros profissionais afirmam ter uma procura maior pela população feminina. As classes sociais costumam ficar entre média, e média baixa, devido a um projeto realizado em seu espaço de trabalho com o envolvimento deoutros profissionais. Tendo sido especificado também o grau de escolaridade como diverso, pois podem atender tanto pessoas formadas, quanto analfabetos. Estas pessoas costumam chegar até o mesmo através de indicações de outros pacientes ou alguns amigos psicólogos, alguns o acompanham desde sua formação, chegam através do projeto em que participa, ou seja, prioritariamente por meio de indicações. Segundo seu ponto de vista, a visão das pessoas sobre a psicologia vem mudando muito com o decorrer do tempo, antigamente diziam que era somente para quem era louco, ou julgavam ser desnecessário um acompanhamento de um profissional, não que ainda não aconteçam hoje em dia, mas o aumento de cursos e projetos, tem auxiliado na percepção da população sobre o que realmente ocorre. Sua opinião é de que a psicologia vem contribuindo com uma melhora do bem-estar pessoal de cada um, tornando possível que a pessoa consiga ver que pode sim, ter uma vida melhor; mantem em vista que a maioria das críticas são sobre áreas profissionais e questões sobre amor.
O segundo entrevistado, costuma atender em sua grande maioria, mulheres; sendo que afirma ser pouca a procura dos seus serviços por outros homens. A faixa etária que predomina em suas consultas é de 18 a 40 anos, com algumas poucas variações. A população que o mesmo costuma atender em demanda é de classe média para cima. Perguntado sobre a forma de procura destes pacientes, afirma ser a maioria por indicações, ou como o mesmo chama, a rede de indicações, com um paciente levando o outro. Alguns outros chegam por meio do aplicativo Instagram, que o mesmo usa para divulgação do seu trabalho.
Quanto a visão das pessoas sobre a profissão e o profissional é um tanto quanto falha, pois as pessoas carregam um “mantra” de que a psicologia é para loucos enquanto na realidade, o mesmo considera que a saúde mental é muito mais que isso, é uma questão de qualidade de vida. Sua opinião sobre a contribuição da psicologia para a sociedade é que existe um compromisso social, pois o discurso psicológico consegue causar alguns distúrbios no psicológico das pessoas, e que se de alguma forma conseguirmos remediar em forma de tratamento, a gente consegue minimizar certos danos.
 O terceiro entrevistado, costuma atender apenas quem, quando e a hora que ele quer. Sendo a maioria jovens entre 18 a 32 anos, de classe média alta, sendo muitos pacientes que foram ao seu consultório através de indicações e os pacientes que ele atendeu enquanto realizava os estágios acadêmicos, em sua maioria, mulheres com questões referentes a relacionamento, e em busca de autoconhecimento. Porém, compreende que a população masculina está deixando de lado suas questões machistas, e buscando cada vez mais um atendimento psicológico. Geralmente a população que mais vem sua procura para consultas clínicas são pessoas bem instruídas, com um grau de formação e de classe alta.
Seguindo a opinião dos outros entrevistados, também acredita que grande maioria da população ainda acha que Psicólogo é somente para doidos, tratando com um grande preconceito nossa área, buscando um psicólogo somente quando é um último caso, e mesmo assim querendo uma solução de imediato, não sabendo lidar com a espera para resolução de seus problemas. Mas o mesmo diz que este pensamento vem lentamente mudando, e acredita que com o crescente número de cursos e divulgações, a ignorância de algumas pessoas, seja ela por falta de conhecimento ou desinformação, vem sendo suprida.
Em seu ambiente de trabalho existe um projeto social, onde ele e demais profissionais fazem atendimento com valores acessíveis a pessoas de um certo nível de carência; embora ele enfatize não realizar consultas gratuitas, e cobrar por elas conforme as condições salariais de paciente para paciente (por exemplo, se vai uma pessoa com uma maior condição financeira, afirma cobrar um valor um pouco maior do que cobraria para uma pessoa de classe média).
ANÁLISE CRÍTICA
Pudemos observar que os profissionais atendem uma grande gama da sociedade, variando entre homens e mulheres sem que haja uma quantidade igualitária de um ou de outro. Além de que possuem praticamente a mesma opinião sobre a visão da sociedade sobre a profissão e o profissional, em que em sua maioria acredita que é voltada para loucos, mas avistam uma melhora constante com o aumento de informações sobre o assunto. 
Embora saibam que a abrangência da psicologia na sociedade ainda não é a ideal para que se note uma grande diferença nestes pensamentos, afirmam que é trabalho do profissional e do estudante que futuramente atuará, tomar frente desta luta contra o “preconceito” sofrido pelos mesmos. Seria também necessário que mais estudantes focassem em outras áreas de atuação além da clínica, para que conseguíssemos uma abrangência maior na sociedade, e com isso um maior e mais rápido avanço do pensamento desta mesma sociedade.
Os profissionais entrevistados parecem se conscientizar de que como começo, é necessário apoiar projetos que ajudem as pessoas a entrar em contato com a psicologia. Pois nem todo mundo tem condições financeiras para conseguir bancar consultas e tratamentos caros, podemos ver sua cooperação quando percebemos que os três, participam de projetos sociais com valores de consultas reduzidos em prol de uma maior aceitação e procura da sociedade para com estes métodos e especialistas.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Visaremos a formação na graduação de cada entrevistado, e o que julgam ser necessário para uma boa atuação no seu campo, tendo em vista a busca por uma formação posterior à graduação, ou optação por cursos direcionados diretamente para sua abordagem.
O primeiro entrevistado afirma ter saído da graduação com uma boa base teórica e aplicada, se dizendo satisfeito com o que conseguiu extrair de conhecimento enquanto ali esteve, tendo atuado como monitor, participado de projetos de iniciação cientifica, projetos de extensão, sendo que todos agregaram para sua formação. Com o enfoque na psicanálise, diz que sua universidade tinha um enfoque muito voltado para a clínica, e que isso contribuiu para sua segurança quanto profissional. O mesmo diz ter desenvolvido um interesse pela abordagem desde o início e este fato o auxiliou durante sua formação, pois passava muito tempo buscando conhecimentos específicos sobre a área, tendo ainda frequentando um grupo de psicanálise, demonstrando a necessidade de uma formação contínua, frisando que a mesma não precisa ser necessariamente institucionalizada, e tendo por fim, optado por não fazer uma pós, mas sim uma formação com prática constantemente sendo revista e atualizada.
O segundo entrevistado, enfatiza que o maior requisito para a formação é o desejo; é preciso que o profissional, estude, tanto a base da psicologia, quanto a abordagem que queira se especializar, se esforçando sempre para aprender mais e mais. Outro requisito é estar em tratamento analítico ou psicoterapêutico. Diz que sua graduação foi boa, porém como todas as outras universidades, muito generalista; apesar de que ele teve acesso a informações e professores que o prepararam para o que viria no futuro, ou seja, tendo sido fornecido o que considera ser necessário para uma boa formação.
O entrevistado diz que a formação do psicólogo deve ser contínua, uma vez fora da graduação, não pode se deixar estagnar, e sim ir atrás de informações novas e relevantes. Afirma estar fazendo mestrado e participar de uma escola de formação em psicanálise que é o grupo conhecido como Corpo Freudiano, não parando de ir atrás de formação.
Já o terceiro entrevistado, se diz desesperado até hoje. Começou seu curso em uma instituição, depois foi para outra, mas não conseguiu o embasamento necessário para se considerar um profissional com uma boa carga teórica para levar em seus atendimentos. Alega que até hoje, após a graduação, com uma pós e cursando mestrado, não consegue se intitular um psicanalista. Com toda esta carga teórica ainda se sente ansioso com alguns aspectos de sua abordagem,e que continua estudando para poder fornecer um melhor apoio para as pessoas que o procura, chegando a afirmar que o que realmente lhe ajuda é o acompanhamento com um analista para se livrar de alguns receios. Conclui dizendo que nenhuma instituição do estado lhe dará uma formação necessária e completa.
ANÁLISE CRÍTICA
Observa-se então uma necessidade primordial de aprimoração do estudo, tendo em vista que o futuro profissional não siga tendo como base somente o fornecido pelo curso de graduação e continue com sua caminhada em busca de conhecimento mesmo após o fim do mesmo, seja em uma pós-graduação ou em um curso específico para sua abordagem. A estagnação é inaceitável para o profissional que deseja se tornar referência em sua atuação, pois os problemas nunca vão parar de surgir e como a psicologia é uma ciência nova, está longe de ter todos os métodos e conhecimentos já formados, precisando então de uma constante atualização.
MERCADO DE TRABALHO
Abordaremos sobre o processo de inserção deste profissional no mercado de trabalho, e qual a situação atual deste mercado tanto para profissionais experientes, quanto recém-formados e futuros psicólogos. Enfocando também suas opiniões sobre a remuneração obtida com esta profissão e o retorno que ela lhe oferece.
O primeiro entrevistado, diz que durante sua formação recebeu muitos avisos sobre as dificuldades que encontraria pela frente neste contexto clínico, indo desde o desinteresse das pessoas a manter consultas e contatos neste período de crise em busca de cortes de gastos, quanto a falta de conhecimento da população quanto a este novo profissional; Citando também, o fator do nervosismo do próprio profissional sobre a incerteza do futuro, e receios sobre onde e quando as pessoas começarão a busca-los, mas mesmo com todas essas incertezas, afirma ser sim possível se manter no mercado de trabalho e batalhar por um reconhecimento e retorno futuro. O entrevistado diz não ter parado para pensar sobre o futuro deste mercado, pois em Goiânia atualmente se tem muitos cursos de graduação voltados para a área, e é possível que com tanta gente formando haja uma maior busca por estes profissionais e uma maior visibilidade sobre a área. Segundo sua concepção, o mundo não vai parar de precisar de psicólogos, e se continuarmos no ritmo de vida apressado que as pessoas andam tendo hoje em dia, no futuro, se tornará viável um grande aumento da busca por estes especialistas. Sua entrada no mercado de trabalho começou mesmo na fase final da sua graduação, tendo atuado nos mesmos ambientes em que atua hoje, e inicialmente locando por curtos períodos, mantendo o foco e a insistência mesmo quando não tinha pacientes para preencher estes horários, mantendo sempre em vista a busca por uma maior capacitação profissional e um estudo constante para conseguir auxiliar e suprir as necessidades dos paciente que ali apareciam em busca de sua ajuda. Quanto a remuneração, diz ser variável, pois onde o mesmo atua não há um valor fixo, tendo em vista o nível social das pessoas que o procura (algumas devido ao projeto social), variando entre 50 a 150 reais por sessão, consequentemente variando o valor da média mensal. O mesmo considera a clínica um projeto rentável, principalmente por ser um investimento autônomo, pois o psicólogo pode investir a quantidade de tempo que quiser para continuar sua busca por conhecimento, quanto analisar o que causa a desistência de alguns pacientes, conseguindo então observar e suprir a carência de algo que tenha acarretado nesta desistência, objetivando diminuir suas ocorrências no futuro. O mesmo diz ainda haver uma rotatividade, por períodos, com meses em que há uma grande procura e outros que nem tanto, e isso também influência na média da remuneração final.
O segundo entrevistado, compreende que a situação do mercado de trabalho passa uma fase muito complicada, chegando a afirmar estar precária e para psicologia então, não está muito melhor. Reconhece que não há um piso ou um teto fixo, e que não tem uma classe muito unida, que busca lutar por seus direitos e uma condição de trabalho melhor, além de um certo nível de desamparo por parte do sindicato e do conselho. 
Para psicologia, diz haver uma certa saturação neste mercado, pois se encontra mais vagas para a psicologia organizacional, sendo que é muito difícil para a clínica no começo, pois você não tem muitos pacientes e não consegue se manter se não fizer uma parceria entre alguns outros profissionais. No futuro, pode ser que esteja melhor, pois as pessoas nunca vão parar de adoecer psicologicamente, mas é preciso se atentar ao fato de que as pessoas só se identificam com um diagnostico encontrado, então é necessário que o profissional se atente a não adoecer as pessoas com seu diagnostico, em uma busca (talvez inconsciente) de se criar uma demanda de novos clientes.
O entrevistado saiu direto de sua graduação e passou a sublocar uma sala em uma clínica, participando de um projeto social em que esta clínica lhe fornecia pacientes e foi se criando uma rede. Hoje em dia, é um dos sócios da clínica onde atende, fornecendo salas e horários para que outros profissionais possam atuar. Sobre valores médios de remuneração, cita que ganharia valores entre 2,000 a 3,000 reais como um profissional contratado na área organizacional, já a clínica psicanalítica é uma situação um pouco mais difícil, pois a renda é instável, ou seja, depende muito do quanto você cobra por sessão e se você cobrar um valor que está na base do que vem sendo cobrado no mercado, consegue se manter bem.
O terceiro entrevistado, começou seus atendimentos durante o estágio, e logo após a sua formação na graduação, participou de um processo seletivo para atender no projeto social da clínica onde atua até hoje, começando então, seus atendimentos no escritório da clínica. Informa que a área de trabalho está totalmente saturada, necessitando então que o profissional esteja muito bem estruturado psicologicamente para aguentar a ‘barra”. Diz que além de o mercado se encontrar saturado, existem ainda péssimos profissionais, chegando a citar que chegou a seu conhecimento a informação de que tem alguns profissionais colocando anúncios na OLX, e alguns outros desistindo da psicologia e virando babás por falta de emprego na área. 
Sobre sua remuneração, observa que no mês de abril ele ganhou seus exatos R$ 20.000,00 reais, em renda bruta, porém, com o aluguel da sua sala de trabalho, compra de itens para manutenção do conforto e sequencia das especificações dadas pelo CRP, para o ambiente clínico, o mesmo faturou R$ 12.000,00 reais líquidos. Porém, este foi um mês atípico, segundo seu histórico nos meses de férias e fim de ano chega a ganhar entre R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00 por mês. Tendo em vista que o mesmo trabalha em dois escritórios sublocados, sendo um deles na área de pesquisa e o outro, atendimentos clínicos tanto no projeto, quanto autônomos.
Chega a citar os valores médios denominados pelo conselho, que vão entre R$100,00 e 120,00 reais por sessão; mas confessa que se ele atende uma pessoa que ganha um salário um pouco inferior ele vai cobrar de 30 a 50 reais por sessão, e se em contrapartida atender uma outra que recebe um valor consideravelmente maior cobraria por volta de 400,00 reais por sessão.
ANÁLISE CRÍTICA
É imprescindível que observemos ser necessário que o profissional se atente para atuar com segurança na área clínica; pois há uma variação de remuneração muito grande entre um profissional já experiente, com um nome forte no mercado, e um novato que acabou de sair da graduação. Alguns fatores devem ser pensados e medidos muito bem antes que se tome a decisão de ingressar de cabeça na clínica, como se esta é realmente a abordagem em que ele pretende trabalhar, o nível de conhecimento que este profissional tem sobre esta área, e o local onde o mesmo pretende exercê-la; tudo isso interfere na sua remuneração final.
Há uma visão positiva para o futuro nesta profissão, pois a sociedade vem se abrindocada vez mais para aceita-la e admitir sua vitalidade para o bem-estar e saúde da população em geral.
CONCLUSÃO
Com a finalização deste trabalho de pesquisa de campo, baseado em entrevistas, pudemos adquirir um maior conhecimento sobre as áreas que analisamos durante este primeiro período em sala de aula com a explicação do professor. Tivemos inicialmente, um contato com a teoria, e agora pudemos ter uma noção da realidade que existe fora dela. O contato com os profissionais atuantes nos proporcionou a ideia do que nos aguarda caso optemos por seguir a clínica. Vislumbrando o que é necessário para se alcançar um retorno e ser um bom profissional.
É preciso salientar que a psicologia ainda é uma ciência nova, e que ainda há muita coisa que precisa ser descoberta, e cabe a cada um de nós, fazermos parte desta grande rede em busca de conhecimento, participando ativamente desta jornada em prol das atuais e futuras psicologias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, A. V. B; GODRIN, S. M. G. (orgs.); O trabalho do psicólogo no Brasil. – Porto Alegre: Artmed, 2010.
O papel do psicólogo clínico. Psicologia clínica. Disponível em: https://psicologaclinica.blogs.sapo.pt/8687.html Acesso em: 09/05/2018.
O que é a psicologia clínica. Psicologia clínica. Disponível em: https://psicologaclinica.blogs.sapo.pt/8773.html Acesso em: 09/05/2018.

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