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Casos concreto 
Caso da semana 2
CASO CONCRETO
Justiça manda a júri desempregada que fez auto aborto.
Fonte: OABRJ DIGITAL. NOTÍCIAS.
Disponível em: http://www.oabrj.org.br/noticia/72175-justica-manda-a-juridesempregada- que-fez-auto aborto, 04/06/2012 – 11h42
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo
Uma mulher de 37 anos, que cometeu um auto aborto em 2006, vai a júri popular.
Dependente de drogas, desempregada e mãe de dois filhos, ela foi denunciada pelo
Ministério Público, absolvida em primeira instância, mas terá de sentar no banco dos réus por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu ao recurso da promotoria. Keila Rodrigues mora em Paulo de Faria, uma cidadezinha no interior de São
Paulo com pouco mais de 8,5 mil habitantes, distante 150 quilômetros de São José do Rio
Preto.
a) As figuras típicas do delito de aborto.
Resposta: As figuras típicas do crime de aborto estão previstas nos artigos: 124 ao 128 do Código Penal. No caso concreto em tela, Keila Rodrigues cometeu o autoaborto, previsto no art. 124 do Código Penal:
Art. 124 – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena – detenção, de um a três anos.
b) O momento consumativo do delito de aborto. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: O momento consumativo do delito de aborto se dá quando se inicia o ataque ao bem jurídico vida intrauterina, como o aborto é um crime material, exige um resultado naturalístico que se prova mediante exame de corpo de delito. Nesse sentido, na precisa lição de Fernando Capez
c) O fato da criança ter nascido e vindo a falecer após 20 dias de seu nascimento descaracteriza o delito de aborto? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: De acordo com o caput do art. 13 do Código Penal:
Art. 13 – O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, de acordo com a teoria da conditio sine qua non, havendo relação de causalidade entre um determinado fator que contribui de alguma forma para a ocorrência do resultado, esse passa a fazer causa do evento. Desta forma mesmo que a criança nasça proveniente de aborto e venha a perecer 20 dias após, resta caracterizado o crime, pois se a mãe não houvesse ingerido o abortivo, não teria acelerado o parto e causado a morte da criança por infecções decorrentes de ter nascido prematura. Como bem ponde Fernando Capez em mais uma lição:
, podendo a consumação do delito realizar-se após a expulsão do feto das entranhas maternas, ou seja, nada impede que após o emprego de manobra abortiva o feto seja expelido pela mãe ainda vivo, vindo, no entanto, a falecer posteriormente.”
Caso concreto 3
1) Deyse Neves foi denunciada como incursa no delito tipificado no art. 1º, II, da Lei n.9455/1997, por ter havido, mediante a utilização de uma escova de cabelo de cabo de madeira e correia de cinto, agredido seu filho Wallace, de três anos de idade. Em juízo, confessou a ré ter tido como motivo das agressões físicas o negativa de seu filho em utilizar o banheiro para a realização de suas necessidades, bem como sua “pirraça” ao fazê-las no chão da sala de casa (fls.132/133). Restadas comprovadas autoria e materialidade das agressões e, consectárias lesões à integridade física da criança, o Ministério Público entendeu estarem presentes os elementos configuradores do delito de tortura e não do delito de maus tratos, previsto no art.136, do Código Penal.
Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre o tema, indique, fundamentadamente, a correta tipificação à conduta de Deyse Neves, bem como diferencie os delitos supracitados.
RESPOSTA: O caso concreto trata da diferenciação e tipificação entre o crime de maus tratos e a lei de tortura. A diferença entre a Lei n. 9455/1997 e o art. 136 do Código Penal esta no animus necandi do agente, na tortura o dolo é aquele de praticar a conduta por pura maldade, por puro sadismo, que prolongue o sofrimento da vítima, podendo esse sofrimento ser mental ou físico, como exemplo de sofrimento físico: com um fio desencapado o agente encosta diversas vezes na criança afim de que esta receba choques elétricos. Já no crime de maus tratos o dolo é de caráter preventivo de castigo pessoal, não há o dolo de prologar o sofrimento da vitima como no crime de tortura, o uso do jus corrigendi ou disciplinandi não é vedado se utilizado de forma moderada, sob pena de responder na forma qualificada. Nesse sentido segue o entendimento da jurisprudência:
 
Caso Concreto 4
1) O gerente da empresa XYZ Ltda., pretendendo que a empregada Rosa das Neves, portadora de deficiência física, apresentasse sua demissão, passou a afirmar que ela estava desviando dinheiro do caixa e que fazia uso dos recursos para manter sua relação extraconjugal com um colega de trabalho. Estas afirmações foram realizadas reiteradamente para todos os colegas, por mais de três meses, levando Rosa a sentir-se em um ambiente de trabalho insustentável. O Juiz do Trabalho reconheceu a prática de assédio moral e determinou a expedição de ofício para apuração de delitos. (TRT 14R – 2014 – TRT – 14ª Região (RO e AC) – Juiz do Trabalho MODIFICADA).
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a honra:
a)Avalie a possibilidade de concurso de crimes entre os delitos de calúnia, difamação e injúria quando praticados no mesmo contexto fático.
Resposta: Os delitos de calúnia, difamação e injúria cometidos em um mesmo contexto fático, não há que se falar em concurso de crimes em caso de ofensa a um mesmo bem jurídico, aplica-se neste caso o princípio da consunção, que na lição de Damásio de Jesus:
Portanto, a difamação e a injúria fica absorvida pela calúnia que é mais grave e mais abrangente que os demais.
b) Identifique as consequências jurídico-penais caso o gerente promova a retratação antes da prolação da sentença.
Resposta: De acordo com o art. 143 do Código Penal, a retratação só é cabível para os delitos de calúnia e difamação, tendo o querelante de se retratar antes da sentença transitada em julgado para ficar isento de pena, podendo o ofendido em casos de crime praticado através dos meios de comunicação, pedir que a retratação seja feita por estes mesmos meios. Estas previções estão no art. 143, parágrafo único do Código Penal:
c) O fato de Rosa das Neves ser portadora de deficiência física possui relevância para a tipificação da conduta do gerente?
Resposta :O fato de Rosa Neves ser portadora de deficiência física aumenta a pena em um terço para os crimes previstos neste capítulo de acordo com o art. 141, IV do Código Penal:
Caso concreto 5
Walter Weber, conhecido por seu comportamento agressivo, foi denunciado e condenado como incurso nas sanções do art. 147 do Código Penal, a uma pena de 03 (três) meses de detenção, substituída por uma pena restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços à comunidade, durante três meses, à razão de 07 (sete) horas semanais, por ter havido, no dia 05 de maio de 2010, por volta das 19 horas, ameaçado sua ex companheira Jacinta Silva, por meio da utilização de um facão. A referida conduta teve por elemento propulsor o fato de Walter não aceitar a separação do casal. Consoante provas testemunhais (fls.101/102) dos vizinhos, que a tudo assistiram, haja vista a conduta de Walter ter sido praticada no portão da garagem da casa do então casal, Walter teria ameaçado Jacinta de matá-la caso a visse com outro homem. Inconformado com a decisão interpôs recurso inominado, com vistas à reforma da decisão e consequente absolvição por insuficiência de provas, bem como sustentou, que o fato não passara de uma mera ?discussão entre marido e mulher? não tendo a mulher prestado ?queixa?. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a liberdade individual, identifique.
a).Os elementos da figura típica de ameaçae seu momento consumativo. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: A questão trata do crime de ameaça, seus elementos, consumação e ação penal aplicável.
A – Walter Weber foi e denunciado e condenado por ameaça, crime previsto no art. 147 do Código Penal.
O elemento da figura típica, o verbo do art. 147 do Código Penal é ameaçar. De acordo com o princípio da fragmentariedade e da intervenção mínima do Direito Penal, somente os bens jurídicos mais importantes merecem receber a tutela Penal, para configurar o crime de ameaça ela deve ser dirigida à um bem jurídico tutelado com a promessa de ocorrência de “um mal injusto e grave”, ou seja, é necessário que haja uma ação anunciando um mal futuro e grave, essa ação pode vir por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico. Por se tratar de um crime formal, que não exige um resultado naturalístico, o crime de ameaça se consuma com a mera realização do ato ameaçador.
b. A natureza da ação penal aplicável ao caso. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: A ação penal aplicável ao caso concreto é a pública condicionada à representação da vitima, prevista no art. 100, §2º do Código Pena
Em regra a ação penal é pública, é o que se extrai do caput do artigo em comento, “a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido”. O parágrafo único do art. 147, prevê para o crime que ameaça que “somente se procede mediante representação”. Estamos neste caso diante de uma ação penal condicionada à representação da vitima, o jus puniente sempre pertencerá exclusivamente ao Estado, porém este transfere a faculdade de jus accusationis quando o interesse do ofendido se sobrepor ao interesse público, quando este interesse afetar diretamente a vítima, portanto, é dado ao ofendido a faculdade de querer ou não mover à maquina judiciária, isso pode ocorrer quando o processo acarretar males maiores do que os resultantes do crime, neste caso prefere o ofendido amargar com a dor do crime do que ter de se expor.
ucos dias após a subtração tem relevância como atenuante para a fixação da pena, onde o agente por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar ou minorar as suas consequências, foi o que ocorreu no caso concreto, onde Roberto Carlos teve o bem restituído poucos dias após a subtração, esta atenuante esta disposta na 1° parte da alínea b do art. 65, III do Código Penal:

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