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História da Educação no Brasil RESUMÃO DAS 10 AULAS

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História da Educação no Brasil
Nesta aula
A importância da história da educação.
Renascimento Cultural.
Reforma Protestante e Contra Reforma Católica.
Para que História da Educação?
“A ignorância do passado não se limita a prejudicar a compreensão do presente; compromete, no presente, a própria ação” - Marc Bloch - Pela atitude crítica diante das “modas pedagógicas” da atualidade. Auxilia a dar um sentido ao trabalho educativo. Criação de novos valores. 
A História da Educação no Brasil não deve ser dissociada dos acontecimentos europeus, já que a colonização resultou da necessidade de expansão comercial da burguesia mercantilista.
Pela atitude crítica diante das “modas pedagógicas” da atualidade. 
Auxilia a dar um sentido ao trabalho educativo. 
A História da Educação no Brasil não deve ser dissociada dos acontecimentos europeus.
Renascimento
Revalorização da Antiguidade Clássica/ Greco-Romana.
 A ciência não se submete mais à religião.
Visão antropocêntrica de mundo (o homem como centro do universo).
Florescimento da ciência e da filosofia, que influenciaram as teorias pedagógicas.
Valorização do método: colocando em discussão os procedimentos da razão na investigação da verdade, antes de se permitir teorizar sobre qualquer tema.
Educação: busca de métodos diferentes, a fim de tornar a educação mais agradável e, ao mesmo tempo, eficaz na vida prática.
O nascimento dos colégios
A burguesia queria enviar seus filhos para um novo tipo de escola. Surge uma nova imagem da infância e da família. Severa disciplina. 
Contexto Educacional
Juan Luis Vives, Erasmo de Rotterdam, Rabelais e Montaigne, por exemplo 
Pensamento científico. 
Estudo da língua materna. 
Valorização da infância. 
Educação integral.
Reforma Protestante
Criticava a estrutura autoritária da Igreja Católica. As divergências não eram apenas religiosas, mas também sinalizavam alterações sociais e econômicas.
Contrarreforma Católica
Concílio de Trento. 
Reafirmação da supremacia papal e dos princípios da fé.
Estímulo para a criação de seminários, para formar padres.
Inquisição.
A Contra Reforma Católica resultou na criação de mais seminários. 
A Igreja envolveu-se com mais intensidade no processo de expansão territorial. 
Aproximação dos monarcas ibéricos com intuito de catequizar os pagãos do novo mundo. 
Companhia de Jesus
Fundação da Companhia de Jesus – Inácio de Loyola, em 1540.
Formação rigorosa dos quadros da Ordem. 
Jesuítas
Começaram nas universidades.
Fundaram colégios.
Rápida expansão.
Elaboração do Ratio Studiorum.
Os objetivos da esfera religiosa eram zelar pela obediência aos preceitos cristãos entre os colonos e catequizar os nativos.
Os índios não deveriam ser escravizados pois só eram passíveis de escravidão os que se negavam ao cristianismo.Os índios eram puros e estariam muito próximos dos princípios cristãos. Escravidão africana.
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Brasil
Colonização e catequese
Século XVIII
O século das luzes
Companhia de Jesus
Educação jesuítica no Brasil colônia; Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil com o primeiro governador-geral Tomé de Sousa, em 1549.
Em apenas três dias, fundaram uma escola de ler e escrever, dando início ao processo de criação de um sistema educacional; Os nativos eram vistos como “papel branco”, em que poderiam escrever os valores da cultura cristã. 
Fases da educação jesuítica no Brasil
FASE HERÓICA: 1549-1570 – Catequese.
FASE DE CONSOLIDAÇÃO: 1570 -1759- Missões e expansão do ensino secundário nos colégios.
Educação Jesuíta
Buscavam seguir as orientações do Ratio Studiorum; Manuel da Nóbrega organizou as estruturas do ensino, atento às condições novíssimas encontradas na colônia.
Lançaram mão do que podemos denominar recursos pedagógicos:
 Utilização dos curumins;
 Música;
 Compreensão da língua dos indígenas;
 Teatro (Anchieta);
 Aproximação cultural.
Foram criadas para realizar a ação missionária com menos riscos e consolidar as conversões à fé católica; Os jesuítas se achavam no direito de agirem como “pais";
Pensavam em estar prestando um serviço civilizatório ao retirar os nativos:
 Ociosidade
 Preguiça
 Indisciplina
 Desorganização
Os jesuítas e a educação da elite
Classe dirigente; 
Visava à formação humanística, privilegiando o estudo do latim, dos clássicos e da religião;
Educação superior proibida; 
Ofícios
Escolas oficinas: irmãos oficiais ensinavam escravos, mestiços e índios;
 Desprezo pelo trabalho manual.
Esquema de Nóbrega
Plano exigido pelo Ratio Studiorum
Pontos negativos da atuação dos jesuítas
Desintegração da cultura indígena;
Imposição cultural;
Homogeneização.
Outras ordens religiosas
Franciscanos
 Carmelitas
 Beneditinos
Missões volantes: não estabeleciam residência nas aldeias. Privilegiavam o ensino das primeiras letras.
Século XVIII: o Século das Luzes
A liberdade guiando o povo (1830), Museu do Louvre - Paris.
Ferdinand-Victor Eugène Delacroix 
Grande agitação intelectual: principal força transformadora era a RAZÃO;
Fértil produção dos pensadores iluministas;
Período histórico caracterizado pelos abalos políticos ocasionados pela burguesia desejosa em assumir o lugar ocupado pela nobreza.
As luzes da razão deveriam triunfar sobre as trevas da ignorância e do fanatismo religioso
Os iluministas propunham uma nova sociedade baseada na igualdade de direito entre os cidadãos e na liberdade individual.
Iluminismo
O intelectual será o criador das luzes e o seu veiculador para as massas;
Valorização da razão e desprezo pela religião;
Fortalecimento da tendência liberal e laica.
“O Iluminismo valorizava o conhecimento como instrumento de libertação e progresso da humanidade, levando o homem à sua autonomia e a sociedade à democracia, ou seja, ao fim da opressão” (MARCONDES, 2007, p. 210). 
Dificuldades do ensino
Era crítica a situação do ensino na Europa no século XVIII;
As universidades permaneciam alheias ao movimento iluminista;
Apesar dos projetos de estender a educação a todos, prevalecia o dualismo escolar';
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Nesta aula
Iluminismo e Educação
As reformas pombalinas e a educação. 
Iluminismo e Educação
Novas propostas educacionais, em contraposição ao modelo tradicional;
Desenvolvimento livre e espontâneo;
Valorização do indivíduo como ser autônomo e livre, para o qual tanto o conhecimento como a conduta são obras suas;
Educação natural;
Educação como processo;
Simplificação do processo educativo;
Importância da criança.
Ideais liberais:
 liberdade;
 igualdade;
 fraternidade.
Inglaterra: Revolução Industrial.
Brasil na Era Pombalina
Contexto histórico:
crise na produção de açúcar;
descoberta de ouro;
deslocamento do centro econômico-administrativo;
urbanização;
movimentos contrários à opressão colonial.
Marquês de Pombal
Ministro do monarca português D. José I.
Crise do Antigo Regime/ Absolutismo (os reis concentrando todo o poder em suas mãos).
Portugal: despotismo esclarecido. Não abandonou totalmente o absolutismo. Pombal tentou manter a força do governo português.
Educação
O aumento do poder político e econômico dos jesuítas e o fortalecimento das missões incomodavam o governo e descontentavam a população colonial. 
1759 – Os jesuítas foram expulsos do Brasil.
Reforma Pombalina
Eliminação de todos os professores jesuítas e de suas escolas.
A organização educacional jesuítica foi substituída pelo sistema de aulas régias.
Aulas régias: espécie de unidade de ensino sob a responsabilidade de um único professor em cada disciplina. Ênfase no estudo da língua portuguesa, proibindo-se o uso da língua geral, o tupi.
Falta de espaçofísico.
Falta de professores leigos.
Foram proibidos os livros utilizados pelos jesuítas e prescritas cartilhas.
Foi exigido o ensino da História Pátria (1772).
Aula de Comércio (1759) – para formar o perfeito negociante.
Objetivo da Reforma Pombalina
O principal objetivo da Reforma Pombalina na educação foi substituir a escola que servia aos interesses da Igreja Católica por uma escola útil aos fins do Estado português.
Ensino profissionalizante
Os artesãos eram preparados pela educação informal.Com a Reforma Pombalina, houve a criação das lojas de ofício, o que aumentou ainda mais a separação entre os letrados e a maioria da população analfabeta. Somente em 1772, foi implantado no Brasil o ensino público oficial.
Consequências da expulsão dos jesuítas
O monarca agradou à população. Tentativa de implantação de uma nova metodologia de ensino, distinta daquela tradicional baseada em castigos físicos e na memorização dos conteúdos. O ensino extremamente precário dava continuidade ao panorama de analfabetismo. Elite intelectual – ensino predominantemente clássico. Embora a reforma pombalina não tenha repercutido de imediato na Colônia, foram lançadas as sementes de um novo processo que iria amadurecer aos poucos a partir do século seguinte.
Expulsão dos jesuítas
No final do século XVIII, o ensino brasileiro estava reduzido a pouco mais que nada; Consequência do desmantelamento do sistema educacional jesuítico, sem que nada de similar fosse organizado em seu lugar.
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Nesta aula
Século XIX
Brasil: de Colônia a Império
Século XIX: a educação nacional
O desenvolvimento do capitalismo obrigou a escola a se modernizar.
A complexidade do trabalho exigia melhor qualificação da mão de obra.
Conteúdos técnicos e científicos teriam a mesma importância dada às antigas matérias clássicas e literárias.
Ensino superior: criação das escolas politécnicas.
Ocorreu uma expansão da rede escolar e a criação da pré-escola.
Os cuidados com a metodologia tomaram contornos mais rigorosos em virtude das novas ciências humanas, sobretudo da Psicologia.
Reforço do dualismo escolar.
Ao lado da expansão da rede escolar, outro objetivo dos educadores no século XIX era formar a consciência nacional e patriótica.
Brasil: de Colônia a Império
1808: vinda da família real para o Brasil
1822: Independência
1822-1831: Primeiro Reinado
1831-1840: Período Regencial
1840-1889: Segundo Reinado
1888: Abolição
1889: Proclamação da República
Cultura
Imprensa Régia
Biblioteca Nacional
Jardim Botânico do Rio
Museu Real
Missão cultural francesa
Educação brasileira no Período Joanino
Ainda não havia uma política educacional e as aulas régias predominavam. Com a chegada da família real, foi necessária a criação de inúmeras escolas e do ensino superior.
Ensino superior
Academia Real da Marinha.
Cursos médico-cirúrgicos.
Diversos cursos avulsos de química, agricultura e economia.
Ensino elementar
Precário e deixado em segundo plano. Nem o Decreto de 1827 conseguiu resolver esse “problema”.
A elite educava seus filhos em casa, com preceptores. 
 Ensino mútuo - 1834 – descentralização do ensino elementar: cada província era responsável por esse ensino.
Ensino secundário
Ensino de má qualidade, com professores pouco qualificados, autoritários e incompetentes. Colégio Pedro II – destinado a educar as elites. Seminário de Olinda – formação mais global, inspirada pelos ideais Iluministas.
Ainda era forte a presença religiosa na educação, ao contrário do que acontecia na Europa.
Leôncio de Carvalho pensou o ensino em seus três níveis.
Ensino superior
Faculdades = institutos isolados -- Elitista e aristocrático -- Diploma – “enobrecimento”
Formação de professores
Escolas Normais (1835) – não ocupavam lugar de destaque. A formação de professores não era relevante, pois não acreditavam na necessidade de métodos para ensinar. Aspecto artesanal da educação.
Ensino profissionalizante
Casas de Educandos Artífices
- Formação para o trabalho qualificado.
- Mais assistencialistas e disciplinadoras.
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Nesta aula
Educação Feminina no Brasil Império.
Reflexões pedagógicas no final do século XIX.
Educação Feminina no Brasil Império
Situação de dependência e inferioridade.
Rara possibilidade de instrução.
Em famílias mais abastadas recebiam as primeiras noções de ler e escrever (preceptoras).
Predominava o ensino das prendas domésticas e a formação moral e religiosa.
Objetivo era a preparação para o casamento.
“Verniz” para o convívio social: Ensino de piano e línguas estrangeiras (francês).
1825: D Pedro I autorizou o funcionamento do Seminário de Educandas de São Paulo (Seminário da Glória).
Não era como os asilos para meninas órfãs ou desamparadas, pois era uma iniciativa estatal e não religiosa.
1827 - D Pedro I: foram regulamentadas as aulas regulares para meninas, embora ainda se justificasse que, sua educação tinha por objetivo o melhor exercício das “funções domésticas e maternais”, que elas haveriam um dia de exercer.
Aulas deveriam ser ministradas por “senhoras honestas”.
Não precisavam ter grandes conhecimentos.
Falta de ensino público secundário para as moças.
As mais abastadas frequentavam as aulas em escolas particulares confessionais.
Escolas protestantes ou católicas.
1875: criação da seção feminina na Escola Normal da Província.
As moças poderiam se profissionalizar na carreira do magistério – cursos instáveis.
No final do século a classe docente começou a se tornar predominantemente feminina. 
Conservadores temiam o desmantelamento do sistema patriarcal e a dissolução da família.
Natureza inferior da inteligência feminina.
Liberais destacavam a importância da educação feminina para o exercício das funções de esposa e mãe.
Os mais avançados percebiam que a educação da mulher exercia papel central no programa de reformas sociais que vislumbravam para o país.
As mulheres se achavam excluídas do acesso à educação e, principalmente, aos cursos superiores.
Mesmo as que se preparavam adequadamente em escolas particulares ou com preceptores. 
Seminário da Glória
Aprendiam a ler, escrever, contar, bordar e cozinhar.
Eram “protegidas dos vícios” e da “depravação dos costumes”.
Reflexões Pedagógicas no Final de Século XIX
Intelectuais, inspirados pelas ideias europeias e norte-americanas, buscavam novos rumos para a educação.
Apresentavam projetos de leis, criavam escolas e promoviam acirrados debates com a sociedade.
Intelectuais como Rui Barbosa, acreditavam que transformações na educação possibilitariam o atendimento às aspirações de modernidade.
Formação dos trabalhadores brasileiros e estrangeiros.
A orientação positivista do ensino intensificou a luta pela escola pública, leiga e gratuita, bem como o ensino das ciências. 
Além dos métodos possíveis, eram discutidos a higiene escolar, os castigos, a atuação do Estado na educação, a formação de professores e escola popular.
Essas manifestações eram ações isoladas.
A mentalidade agrária e escravocrata resistia às ideias liberais implantadas na Europa. 
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Nesta aula
Educação no século XX 
Educação no século XX
Consolidação dos espaços privados, especialmente no âmbito da família. 
Definiu-se como referência na elaboração da identidade moral dos indivíduos e célula-base da sociedade que então se estruturava. 
Para muitos pensadores, tornava-se cada vez mais evidente a necessidade de dar vida ao progresso tecnológico, redimensionando-oem termos mais humanos. 
Outros sujeitos educativos: 
Jardim de infância. 
Educação da mulher. 
Camadas subalternas. 
O processo educativo desempenha papel diferente daquele que desempenhava no passado. Interesse não só pelo ensino técnico, mas pela educação para o trabalho, o que supõe inclusive a crítica a escola dualista. 
Reafirmou-se a necessidade da escola pública, gratuita e obrigatória – Democratização. 
Busca de soluções para o dualismo escolar. 
Ideia de que a educação pode garantir mobilidade social e profissional. 
Os projetos educacionais passaram por um período de otimismo. 
A escola representava a esperança de democratização da sociedade. 
Escola emancipadora. 
Alguns teóricos destacaram o caráter ideológico da escola, como lugar de incultação das ideias da classe dominante. 
Escola compreendida como reprodutora do sistema. 
Escola a serviço da doutrinação pelos Estados Totalitários, para exercer a função de plasmar e controlar crianças e jovens. 
A contribuição das ciências
Forte influencia das ciências: maior rigor da reflexão pedagógica exigiu a articulação com as ciências. 
Psicologia 
Sociologia
Antropologia 
Linguistica 
Biologia 
A Pedagogia se desvencilha da antiga orientação metafísica que se baseava em um modelo universal de humanidade a ser plasmada. 
Interesse pela natureza da criança. 
Processos de aprendizagem. 
Busca de métodos adequados. 
A sociologia ajuda a compreender melhor a educação como instrumento de desenvolvimento da sociedade. Inclusão da cultura científica como parte do conteúdo a ser ensinado.
A Expansão do Ensino
Ampliação da educação infantil e dos demais níveis de ensino, da rede escolar. Deveu-se á expansão da indústria e do comércio, à diversificação de profissões técnicas e dos quadros burocráticos na administração e organização dos negócios. 
Brasil Século XX
Momento de mudanças radicais na sociedade brasileira. 
 Abolição da escravidão. 
Instituição do regime Republicano. 
Urbanização. 
Ampliação da industrialização. 
Desenvolvimento das ciências e das técnicas. 
Diversidade da composição social da população brasileira. 
Rápido crescimento populacional. 
Regime Republicano – a escolarização no Brasil se consolida. 
Atinge parte das camadas populares. 
Afirma-se como vetor de homogeneização cultural da nação. 
Federalismo e educação
Organização administrativa da educação – Benjamin Constant. 
Apenas o ensino superior era responsabilidade do governo federal. 
Os demais níveis de ensino eram responsabilidade das Secretarias do Interior de cada estado. Não havia uma preocupação em traçar um projeto nacional de educação. 
ABERTURA DE ESCOLAS - o tema ganhou destaque e a sociedade começou a perceber a necessidade de escolarização. Dois grandes movimentos lutaram pela abertura de novas escolas e a melhoria da qualidade do ensino.
ENTUSIASMO PELA EDUCAÇÃO (quantitativo)
OTIMISMO PEDAGÓGICO (qualitativo)
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Nesta aula
Escola Nova;
John Dewey.
Escola Nova
A partir do fim do século XIX e do início do XX, configurou-se definitivamente o movimento escolanovista.
Escola Nova 
Escola Ativa
Escola do trabalho 
As inovações pedagógicas fundamentadas nas ideias de Rousseau, Pestalozzi e Froebel, foram enfatizadas e buscou-se a sua efetivação. Expressões como "Pedagogia Científica" e "didática experimental" passaram a ser utilizadas para exprimir e dar visibilidade às inovações: 
estimular o interesse da criança;
proporcionar aprendizado de acordo com suas potencialidades;
adaptar a criança ao ambiente;
realizar a sua integração social.
O escolanovismo resultou da tentativa de superar a escola tradicional, excessivamente rígida e voltada para a memorização; Educação como instrumento de democratização da sociedade; A expressão Escola Nova foi utilizada pela primeira vez por Cecil Reddi, que fundou em 1889, na Inglaterra, um estabelecimento de ensino chamado The New School;
No mesmo ano Adolfo Ferrière criou em Genebra o Bureau Internacional des Ècoles Nouvelles; França, Alemanha, Bélgica, Itália e EUA; Em alguns países, os novos métodos foram adotados nas escolas públicas.
As escolas novas deveriam ter as seguintes características:
educação integral (intelectual, moral e física);
educação ativa;
educação prática com obrigatoriedade de trabalhos manuais;
exercício de autonomia;
vida no campo;
internato;
coeducação;
ensino individualizado;
unicidade, obrigatoriedade e gratuidade;
atividades centradas no aluno e criação de laboratórios, oficinas, hortas e até imprensa, para estimular a iniciativa;
valorização dos jogos e dos exercícios físicos, a fim de desenvolver as mais diversas habilidades.
John Dewey
Fez severas críticas à educação tradicional, sobretudo ao intelectualismo e à memorização; Rejeitou a educação pela instrução, opondo-lhe a educação pela ação; Dewey acreditava que a ênfase da educação não está na acumulação de conhecimentos, mas na capacidade de aplicá-los às situações vividas;
A escola deve ter a criança como centro e oferecer espaço para o desenvolvimento de seus interesses. Professor: acompanha o trabalho dos alunos e anima as atividades escolares. 
“Isso não quer dizer que o docente fique de lado, como simples expectador, pois o oposto de fornecer ideias já feitas e matéria já preparada e de ouvir se o aluno reproduz exatamente o ensinado não é inércia e sim a participação na atividade. Em tal atividade compartida, o professor é um aluno e o aluno é, sem o saber, um professor”. 
Dewey queria preparar o aluno para a sociedadedo desenvolvimento tecnológico e formaro cidadão para a convivência democrática.
Críticas ao Escolanovismo
Minimiza o papel do professor e supervaloriza a criança;
A preocupação excessiva com o psicológico intensifica o individualismo;
Ausência de disciplina;
A ênfase no processo descuida da transmissão do conteúdo.
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Nesta aula
Educação no início do século XX 
ENTUSIASMO PELA EDUCAÇÃO (quantitativo)
OTIMISMO PEDAGÓGICO (qualitativo)
No início da República, houve o privilégio do entusiasmo pela educação. O otimismo pedagógico foi influenciado pela pedagogia norte-americana.
Legislação republicana
Reforma Benjamin Constant (1891)
Substituição de um currículo acadêmico por um currículo de caráter científico (influência do positivismo). Organização do ensino secundário, primário, da Escola Normal, além da criação do Pedagogium.
Ensino leigo, livre e gratuito. O professor deveria passar pelo Curso Normal. Lei Rivadávia Correia (1911) - Liberdade aos estabelecimentos de ensino, desoficializando o ensino.
Reforma Carlos Maximiniano (1915)
Reoficializou o ensino;
 Reformulou o Colégio Pedro II;
Regulamentou o acesso às escolas superiores.
Reforma Rocha Vaz (1925)
Ordenação das ações pedagógicas;
Exames rígidos e sempre em dupla forma - oral e escrita.
Escolas Intermediárias e Provisórias - eram inferiores
Escolas Ambulantes
Escolas Noturnas - alfabetização e profissionalização
Década de 1920
Criação da Associação Brasileira de Educação (ABE);
Debates políticos educacionais efetivados;
Organização das conferências nacionais pedagógicas;
Reformas estaduais: reorganização pedagógica e nova visão quanto aos objetivos da educação;
Reinventar a educação para adaptar os indivíduos à sociedade de seu tempo; 
Diferentes intelectuais integraram o movimento de renovação educacional;
Distintos movimentos político-ideológicos: liberais, democratas, católicos, esquerdistas;
Preconizavam a adoção de métodos pedagógicos fundados na Psicologia e na Biologia;
Alguns reformadores se apoiaram nas teorias raciais do período, expressando discriminações de naturezaétnica ou cultural.
Reformas educacionais
São Paulo (Sampaio Dória)
Ceará (Lourenço Filho)
Bahia (Anísio Teixeira)
Minas Gerais (Francisco Campos e Mario Casassanta)
Distrito Federal (Fernando de Azevedo)
Pernambuco (Carneiro Leão)
Manifesto dos pioneiros da educação nova (Brasil – 1932)
Manifesto dos pioneiros da educação
Foi dirigido por Fernando de Azevedo – compunha uma autêntica e sistematizada concepção pedagógica, indo da filosofia da educação a formulações pedagógico-didáticas, passando pela política educacional.
O problema educacional era o mais importante do Brasil. As reformas econômicas não deveriam estar dissociadas das reformas educacionais. Sempre faltou, no Brasil, uma filosofia da educação, uma visão científica dos problemas educacionais.
A nova filosofia da educação deveria adaptar a escola à modernidade e, para tal, deveria aplicar os métodos científicos sobre os problemas educacionais de toda ordem. Educação = Reforma Social
Defendia a educação obrigatória, pública, gratuita e leiga como dever do Estado;
Superação do caráter discriminatório e antidemocrático do ensino;
Propunha uma escola secundária unitária, como uma base de cultura geral para todos; 
“Divisor de águas”: reiterando a necessidade do Estado assumir a responsabilidade pela educação.
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Nesta aula
Educação no Brasil século XX.
Ditadura militar e educação.
Reforma Francisco Campos
1930 - Criação do Ministério da Educação e Saúde.
Planejamento das reformas em âmbito nacional e estruturação da universidade.
Adepto da Escola Nova, imprimiu uma orientação renovadora nos diversos decretos de 1931 e 1932.
Atendeu também aos interesses que não correspondiam aos anseios dos escolanovistas – era um conciliador.
Ensino secundário passou a ter dois ciclos: Fundamental: 5 anos - Complementar: 2 anos (preparação para o ensino superior).
Evitar ensino secundário propedêutico. 
Equiparação de todas as escolas ao Colégio Pedro II.
Foram estabelecidas normas para a admissão de professores.
Inspeção do ensino ministrado.
Descaso ao ensino fundamental.
A formação de professores não se concretizou de fato.
Ensino altamente seletivo e elitizante.
Reforma Capanema
Estado Novo (1937 – 1945).
1942-1946: Leis Orgânicas do Ensino.
1946: Reforma do ensino primário.
Criação do ensino supletivo de dois anos.
Movimento renovador: planejamento escolar e a previsão de recursos para implantar a reforma.
Atenção a carreira docente.
Feminilização da carreira docente. 
Curso secundário: 4 anos de ginásio e 3 anos de colegial 	
Colegial: clássico (humanidades) científico.
Em pleno processo de industrialização do país, persistia a escola acadêmica. 
Ensino profissional no Brasil
No início do período republicano, eram poucas as iniciativas voltadas para o ensino profissionalizante.
1909 - Criação de 19 escolas de aprendizes.
Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
1942 - Criação SENAI
1946 - Criação do SENAC
Mesmo reconhecendo o êxito do SENAI e do SENAC, é preciso identificar a manutenção do sistema dual de ensino
Movimentos de educação popular
Ocorreram na primeira metade da década de 1960 - período de efervescência ideológica. Houve abundante produção teórica com a produção intelectual do instituto superior de estudos brasileiros (ISEB) – definição de nossa identidade. Empenhados não apenas com relação à alfabetização, mas também no enriquecimento cultural. Conscientização política do povo.
Principais movimentos
Centro Popular de Cultura (CPC) – União Nacional dos Estudantes.
Movimento de Cultura Popular (MCP) – Paulo Freire.
Movimento de Educação de Base (MEB) – Igreja Católica. 
O golpe militar de 1964 desativou esses movimentos de conscientização popular, por considerá-los subversivos, e penalizou seus líderes. O único que permaneceu foi o MEB, mas com retração nas suas atividades e mudança de orientação.
Lei de Diretrizes e Bases de 1961, Lei 4024
Não houve alteração da estrutura de ensino.
Ensino secundário menos enciclopédico.
Pluralidade de currículos em termos federais. 
Recursos para as escolas privadas.
O ensino técnico não mereceu atenção especial.
Todos esses desencontros aumentaram o descompasso entre a estrutura educacional e o sistema econômico. De resto, podemos observar como a legislação sempre reflete os interesses apenas das classes representadas no poder.
Paulo Freire
Teologia libertadora: preocupada com os contrastes entre a pobreza e a riqueza. 1962: angicos - trezentos trabalhadores foram alfabetizados em 45 dias. Maior contribuição: concepção libertadora e transformadora da educação.
Ditadura e educação
Reestruturação da representação estudantil.
Obrigatoriedade do ensino de Educação Moral e Cívica / Organização Social e Política Brasileira.
MEC/Usaid – o Brasil receberia assistência técnica e cooperação financeira para a implantação desse sistema de ensino.
 A reforma apoiava-se em três pilares:
educação e desenvolvimento;
educação e segurança;
educação e comunidade.
Os efeitos das reformas do ensino no período da ditadura foram desastrosos para a educação brasileira.
Lei de Diretrizes e Bases de 1961
1948-1961: Promulgação.
Não houve alteração da estrutura de ensino, conservando-se a mesma da reforma Capanema.
Equivalência dos cursos.
Ensino Secundário menos enciclopédico.
Pluralidade de currículos em termos federais.
Lei 5692/71
Obrigatoriedade do 1º grau.
Profissionalização de nível médio para todos.
Cooperação das empresas com a educação.
Essas reformas, embora aparentemente técnicas, neutras, apolíticas, de fato, foram políticas.
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Nesta aula
Educação Brasileira pós-ditadura;
A educação na Constituição 1988;
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 1996.
Educação Brasileira pós-ditadura
Êxodo de profissionais;
Prejuízo a vida cultural e o ensino;
Criação do vestibular classificatório;
Tendência tecnicista em educação: ampliação na escola do modelo empresarial;
Projetado sobretudo na escola pública; 
Excessiva burocratização do ensino – controle das atividades.
A educação na Constituição 1988
A questão da escola pública acirrou discussões no decorrer dos trabalhos da constituinte; Plano Nacional de Educação visando o desenvolvimento e a integração do ensino em seus diversos níveis;
Ensino fundamental obrigatório e gratuito;
Atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos;
Valorização dos profissionais de ensino;
Autonomia universitária;
Distribuição dos recursos públicos assegurando prioridade no atendimento das necessidades do ensino obrigatório nos termos do plano nacional de educação; 
Aplicação de recursos pelos estados (25%) e pela União (18%) para a manutenção e desenvolvimento do ensino; 
A partir das linhas mestras dessa Lei Magna, foi estabelecida a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n 9394).
Primeiro Projeto (Jorge Hage) – Amplo debate na Câmara e com a Sociedade Civil; Com o apoio do governo e do ministro da Educação, o senador Darcy Ribeiro propôs outro projeto, discutido paralelamente e que foi aprovado em 1996; 
Consideravam o substitutivo Jorge Hage muito detalhado e corporativista (interessado em defender determinados setores); Projeto aprovado foi acusado de não garantir a esperada democratização da educação e de Neoliberal; 
Educação profissional muito técnica e pouco humanista;
A educação infantil sem obrigatoriedade permanece fora de fiscalização; 
Formação de professores mereceu um avanço ao se exigir o ensino superior; 
Programas de educação continuada e procedimentos para a valorização dos profissionaisda educação; 
Flexibilidade da lei – pode ser confundida com o abuso do direito de interpretar;
Foi a lei possível de ser aprovada, especialmente se considerarmos o aspecto conservador que ainda persiste nos quadros de nosso Legislativo;
“Com ela nos empenharemos em construir uma nova relação hegemônica que viabilize as transformações indispensáveis para adaptar a educação às necessidades e aspirações da população brasileira.” 
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