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AULA 15 DISSIDIO COLETIVO

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DISSIDIO COLETIVO
Profa. MARIA CELIA F REZENDE
Conteúdo Programático desta aula
 
Dissídio Coletivo 
 conceito
 poder normativo da Justiça do Trabalho
 classificação 
 competência 
 partes 
 requisitos da petição inicial 
 conciliação 
 sentença normativa
 Ação de cumprimento 
Dissídio Coletivo
.
4
DISSÍDIO COLETIVO
Instrumento de heterocomposição 
para pacificar o conflito coletivo
Fixando normas e condições de trabalho para determinadas categorias 
Interpretando normas jurídicas preexistentes
.
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DISSÍDIOS COLETIVOS
DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA
DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA JURÍDICA
São aqueles em que os trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho
São aqueles que têm por finalidade a interpretação de determinada norma jurídica
CLASSIFICAÇÃO DOS DISSÍDIOS COLETIVOS
(art. 220 do Regimento Interno do TST)
 DE NATUREZA ECONÔMICA – para instituição de normas e condições de trabalho.
 DE NATUREZA JURÍDICA –para interpretação de cláusulas de sentenças normativas, de instrumentos de negociação coletiva, acordos e convenções coletivas, de disposições legais particulares de categoria profissional ou econômica e de atos normativos.
CLASSIFICAÇÃO DOS DISSÍDIOS COLETIVOS
(art. 220 do Regimento Interno do TST)
 originários – quando inexistentes ou em vigor normas e condições especiais de trabalho decretadas em sentença normativa.
 de revisão – quando destinados a reavaliar normas e condições coletivas de trabalho preexistentes que se hajam tornado injustas ou ineficazes pela modificação das circunstâncias que as ditaram (art. 873 a 875, CLT)
 de declaração sobre a paralisação do trabalho – decorrente de greve dos trabalhadores
DISSÍDIO COLETIVO
(Cabimento)
Só poderá ser suscitado quando frustrada a negociação coletiva implementada diretamente pelos interessados ou intermediada pelo órgão competente do Ministério do Trabalho 
(mesas de negociação)
COMUM ACORDO 
(de natureza econômica)
art. 114, § 2º da CR/88, alterado pela EC 45/2004
DISSÍDIO COLETIVO
Inexistência do “comum acordo”
(natureza econômica)
Sem esgotamento da negociação prévia 
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO 
MÉRITO
DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE
(art. 114, §3º da CRFB/88)
Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão ao interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar o dissídio coletivo. 
A empresa ou sindicato patronal também podem ajuizar dissídio coletivo de greve.
DISSÍDIO COLETIVO
(Partes)
 Sindicatos da categoria profissional (empregados)
 Sindicato da categoria econômica (empregadores)
 Empresa
 Ministério Público do Trabalho (greve) 
Suscitante = Quem instaura o dissídio coletivo.
Suscitado = A parte contrária
.
DISSÍDIO COLETIVO
(Competência)
Os dissídios coletivos são da competência originária dos Tribunais Regionais do Trabalho. 
Quando a base territorial do sindicato exceder a jurisdição do TRT, o Dissídio Coletivo será da competência originária do TST (art. 2º, I, a, da Lei nº 7.701/88), salvo nos casos em que o dissídio envolva apenas a base territorial do Estado de São Paulo, compreendendo as jurisdições dos TRTs da 2a. e da 15a. Regiões, a competência não será do TST, mas do TRT da 2a. Região, por previsão expressa contida no art. 12 da Lei nº 7.520/86 (Lei que criou o TRT da 15ª Região)
DISSÍDIO COLETIVO
(Requisitos da petição inicial)
 Deve conter os requisitos da petição inicial – art. 858 da CLT e art. 319 do CPC/15.
 Designação da autoridade competente;
 
 Qualificação do suscitante e suscitado;
- Bases da conciliação – tem que conter a proposta das cláusulas que o sindicato pretende que sejam instituídas. 
 
- Fundamentos da demanda – são os motivos das cláusulas constantes da petição inicial do Dissídio Coletivo (fundamentação específica de cada cláusula).
DISSÍDIO COLETIVO
(pressupostos processuais)
 Além dos pressupostos genéricas: legitimidade de partes, interesse processual é necessário para o ajuizamento do dissídio coletivo:
Comprovação de negociação prévia frustrada;
Autorização da assembléia geral dos trabalhadores
 
Comum acordo 
 
( Art. 114, §2º, CRFB/88 e art. 859, CLT)
DISSÍDIO COLETIVO
(pressupostos processuais)
 A ausência dos pressupostos processuais implica a extinção do processo sem resolução do mérito
(art. 485 do CPC/15) 
DISSÍDIO COLETIVO
(conciliação)
 É tentada numa única audiência 
(art. 862, da CLT)
Havendo acordo, o dissídio será submetido à homologação na primeira sessão
(art. 863, da CLT)
DISSÍDIO COLETIVO
 A decisão do dissídio coletivo é a sentença normativa. 
VIGÊNCIA
O prazo máximo de vigência será de 4 (quatro) anos
(art. 868, parágrafo único, da CLT)
DISSÍDIO COLETIVO - TRT
(SENTENÇA NORMATIVA)
 Dessa sentença 
cabe 
recurso ordinário
 no prazo 
de 8 (oito) dias, para o TST.
.
DISSÍDIO COLETIVO - TST
(SENTENÇA NORMATIVA)
 Sentença normativa não unânime em Dissídio Coletivo da competência originária do TST, cabe recurso:
Embargos infringentes
 no prazo de 8 (oito) dias, 
para a própria Seção de Dissídios Coletivos 
(Art. 2º, II, c, da Lei nº 7.701/88)
SENTENÇA NORMATIVA
NÃO TEM NATUREZA CONDENATÓRIA
NÃO É EXECUTADA
É CUMPRIDA
 É uma ação de conhecimento de cunho condenatório proposto pelo sindicato da categoria profissional ou pelos próprios trabalhadores. 
AÇÃO DE CUMPRIMENTO
(art. 872, CLT)
AÇÃO DE CUMPRIMENTO
(art. 872, CLT)
A sentença normativa poderá ser objeto de ação de cumprimento a partir do 20º dia subsequente ao julgamento. 
(Art. 7º, § 6º da Lei nº 7.701/88)
É dispensável o trânsito em julgado
(S. nº 246, TST)
.
A legitimidade do sindicato para propor ação de cumprimento estende-se também à observância de acordo ou de convenção coletivos
(Lei nº 8.984/95)
AÇÃO DE CUMPRIMENTO
(Súmula nº 286, TST)

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