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Victor Rezende M. Couto • 95% do rebanho nacional em sistema de pastejo SAZONALIDADE DA PRODUÇÃO FORRAGEIRA Primavera e Verão – 6 – 7 meses/ano SAZONALIDADE DA PRODUÇÃO FORRAGEIRA • Fertilidade do rebanho é o fator de maior impacto econômico em uma propriedade de cria (+recria e engorda) Tabela 1 - Comparação entre os diferentes atributos econômicos em pecuária de corte Atributo Valor econômico relativo Herdabilidade (%) Reprodução 8,5 10 Produção (GMD) 1,0 40 Carcaça 0,5 50 10 Manejo de vacas Peso ao desmame x Mês de nascimento (Bocchi et al., 2004) 333.259 animais (ABCZ) 112.390 animais (ABCZ) II.1 – ESCOLHA DO PERÍODO DE MONTA Sistema de Monta Contínuo – Desvantagens: • Nascimento ao longo do ano – épocas inadequadas; • Desenvolvimento prejudicado dos bezerros; • fertilidade das matrizes - intervalo parto 1º serviço.; • Dificuldade no controle zootécnico e sanitário EEEssstttaaaçççãããooo dddeee MMMooonnntttaaa • Vantagens; • Fatores a serem considerados Época; Duração; Fertilidade dos Touros Gestação Parto (1) D-30 Involução uterina Período de concepção Concepção Gestação 280 dias (Bos taurus) Parto (2) Intervalo entre partos (12 meses) Período de serviço (85 dias) Período de serviço (75 dias) Gestação 290 dias (Bos Indicus) Parto (1) Parto (2) Métodos de avaliação visual por Escores • Sistema ESCA, usado na Austrália e Nova Zelândia varia de 0,5 a 4,5 • Sistema Nebrasca usado no Canadá e EUA varia de 1 a 9 (NRC, 1996; 2000) CONDIÇÃO CORPORAL x FERTILIDADE Baixa condição corporal Satisfatória condição corporal Tabela– Critério de classificação de condição corporal para bovinos Condição Corporal % Gordura Corporal Descrição 1 5,5 Severamente emaciada. Costelas e estrutura óssea facilmente visível. Fisicamente fraca. 2 9,4 Similar, mas não enfraquecida. Pouco tecido muscular visível. 3 13,7 Muita magra, sem gordura nas costelas ou peito. Algum músculo visível. Ossos do dorso e lombo facilmente visíveis. 4 18,1 Magra, com costelas facilmente visíveis, nas paletas e quartos traseiros com quantidade moderada de músculos. Ossos de dorso e lombo visíveis. 5 22,5 Moderada a magra. Últimas duas a três costelas podem ser vistas. Pouca incidência de gordura no peito, sobre as costelas ou ao redor da inserção da cauda. Tabela– Critério de classificação de condição corporal para bovinos 6 26,9 Boa. Aparência geral lisa e homogênea. Alguma deposição de gordura no peito e na inserção da cauda. Costelas cobertas e dorso arredondado. 7 31,2 Muito boa. Peito cheio, inserção da cauda com acumulação de gordura. Costelas lisas. 8 35,6 Obesa, dorso e lombo quadrados, peito distendido, acumulação excessiva de gordura em volta da inserção da cauda. Vaca tem aparência quadrada devido ao excesso de gordura. Pescoço grosso e curto. 9 40,0 Muito obesa. Raramente vista. Descrição da 8 em excesso. Deposição pesada de gordura no úbere. Fonte: BOIN (1992) citando por LAZZARINI NETO (2000). Condição Corporal % Gordura Corporal Descrição Escore de Condição Corporal (ECC) ECC 2 ECC 3 ECC 4 ECC 5 ECC 6 ECC 7 ECC 8 ECC 9 Importância da avaliação da condição corporal em vacas para eficiência reprodutiva • Porque avaliar as fêmeas em reprodução ??? • Maneiras de se avaliar – Objetiva • Peso Vivo - Balança – Subjetiva • Quantidade de reserva corporal - Visual 0 10 20 30 40 50 60 2,75 3,25 3,75 4,25 4,75 5,25 5,75 Escore da condição corporal Ta xa d e a ne str o (% ) Taxa de anestro em vacas de corte zebuínas de acordo com a condição corporal. Máxima Fertilidade de matrizes Zebuínas com ECC Entre 5 e 6 Cooke et al. (2013) Tabela. Percentagem de vacas em cio aos 40, 50 e 60 dias após o parto, de acordo com o estado corporal ao parto. 914231BOA 614521MODERADA 463419MAGRA 60 dias50 dias40 dias PERCENTAGEM DE CIOESTADO CORPORAL AO PARTO FERTILIDADE DE TOUROS SISTEMAS DE ACASALAMENTO Baixa adaptabilidade de touros Bos taurus às condições tropicais - Exame Andrológico completo; - Exame Físico: defeitos de aprumos, cond.corporal, incidência de doenças, problemas respiratórios e dentição; - Exame do Trato Reprodutivo: anormalidades dos órgãos genitais; - Avaliação das características do sêmen; - Avaliação da libido; - Capacidade de Monta e relação touro/vaca • Europeus: • 1:25 a 1:40 • Zebu: • 1:30 a 1:80 Proporção touro : vaca IA? Tabela. Efeito da presença do touro sobre o reinicio das atividades reprodutivas no pós-parto. 7274Controle 4181Exposição à touros REINICIO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA (DIAS) NMANEJO Fonseca (1991) Manejo Alimentar de Vacas Adultas e de Novilhas de Reposição ▪ Vacas com condição corporal de 6 a 7 ao parto ▪ Vacas primíparas com condição corporal próximo a 6 ▪ Novilhas 65% do seu peso adulto à puberdade e 85% ao parto Wiltbank (1970), Bellows & Short (1978) e Mosman & Hanly (1977). Vacas Primíparas Lactação + Crescimento > Exigência Nutricional > BEN pós-parto > Período de Anestro pós-parto Estação de Monta para Novilhas • Início: 30 dias antes da EM de vacas. • Duração: 45- 60 dias. Escala de Prioridades na Utilização dos Nutrientes Ingeridos Metabolismo Basal Atividade Crescimento Reserva de Energia Gestação Lactação Reservas Energéticas Adicionais Ciclo Estral e Concepção Quando determinar a condição corporal da vaca visando ajustes de manejo e avaliação do animal Estádio 1 – Pico da Lactação e Involução Uterina Estádio 2 – Lactação e Estação de Monta (Início da Gestação) Estádio 3 – Desmama e Terço Médio da Gestação Estádio 4 – Terço Final da Gestação II.2 - DESMAMA • Separação definitiva bezerro – mãe: interrupção da amamentação • Bezerros com 6 – 8 meses de idade; • Tipos: Tradicional, Precoce, Temporária e Amamentação Controlada. Desmama Precoce: • Recuperação da condição corporal de fêmeas e retorno à atividade reprodutiva • taxas de lotação – vacas solteiras: exigência nutr. 40 – 60% menores • 2 - 3 meses de idade; • Peso mínimo: 90 kg; • Boa disponibilidade e qualidade das pastagens; • Creep-Feeding e Creep-Grazing: reduz o estresse da desmama Desmama Temporária ou Interrompida (Shang): • Separação temporária do bezerro: 48 – 72 horas 40 dias pós-parto; • Estimular o retorno à atividade reprodutiva – LH (Hormônio Luteinizante); • Depende do estado nutricional e condição corporal da fêmea; Taxa de prenhez ao final da EM ? Estação de monta início meio final Taxa de prenhez 90% Exemplo 1 30% 30% 30% Exemplo 2 10% 20% 60% 60% Exemplo 3 20% 10% 90% 90% = = = PERÍODO DE CONCEPÇÃO (1ª EM) x DATA DO PARTO (2ª EM) EM 01/11 31/01 EM 31/0101/11 1º mês 2º mês 3º mês 1º ANO 2º ANO Concepção 1º mês 14/08 13/09 (-79 a -49) Parto 2º mês 14/09 13/10 (-48 a -19) 3º mês 14/10 12/11 (-18 a 11)