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Contrato preliminar e contrato com pessoa a declarar

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Contrato preliminar  
 
É aquele contrato f​eito com objetivo de se formular um contrato definitivo no futuro​. 
Também denominado de “promessa”, ​é contrato acessório, provisório, não se 
confundindo com as negociações preliminares (que não geram direitos e obrigações 
recíprocas, sendo uma oferta ao público, realizada através da carta-convite). É ​tão 
obrigatório quanto o contrato definitivo​, vinculando as partes tanto quanto. Há, no 
entanto, exceções dessa vinculação: se houver destrato (quando as partes desistem 
de comum acordo) ​ou se a obrigação preliminar não for cumprida​. 
Exemplo: contrato de promessa de compra e venda. 
 
→ ​Tem que conter todos os elementos essenciais de um contrato​, tais como as 
referentes às partes principais, ao objeto, e às obrigações recíprocas, ​MENOS 
QUANTO A FORMA​. Continuando com o exemplo da compra e venda, deverá ter 
todos os seus elementos, não sendo necessário, no entanto, a escrituração pública, 
que é a sua forma. 
 
→ Caso no contrato preliminar não conste cláusula de arrependimento, ​as partes 
poderão exigir uma da outra que seja celebrado o contrato principal​, e caso a parte 
não o faça, caberá ao prejudicado indenização com perdas e danos materiais. 
Havendo cláusula de arrependimento, também denominada cláusula de retrato ou 
retratação, não caberá a indenização. 
 
→ Caso se faça necessário, poderá a parte demandar ao juiz para que ele determine 
a celebração do contrato principal sob pena do pagamento de indenização com 
perdas e danos. Essa ação se denomina adjudicação compulsória. 
 
→ O juiz pode suprir a vontade da parte inadimplente e tornar definitivo o contrato 
preliminar. Exceção: se isso for contra a natureza da obrigação. 
 
→ ​O contrato preliminar não requer registro em cartório​, obrigando assim, tão 
somente, as partes do contratos, não obrigando terceiros. Uma vez que ele venha a 
ser registrado, será então oponível quanto a terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contrato com pessoa a declarar 
 
É uma possibilidade de uma das partes indicar uma pessoa que irá adquirir os 
direitos e assumir as obrigações decorrentes do contrato​. Precisa da anuência do 
terceiro da responsabilidade de cumprir as obrigações e também adquirir os direitos 
decorrente do contrato. O prazo para anuência, caso não tiver outro tempo 
acordado, será de 5 dias. Essa substituição das partes deverá ser feita assim como 
se deu a celebração do contrato principal. ​Os efeitos vão retroagir a partir do 
momento em que o contrato foi assinado, e não a partir da substituição​. 
A parte denominada estipulante aduz, em cláusula própria, o outro que irá 
substituí-la integralmente. 
Pode acontecer quando por uma contingência alguém não está presente, aí se faz o 
contrato com uma cláusula dizendo quem vai substituir a parte que está contratando. 
 
→ ​A indicação da pessoa que substituirá deve ser feita por escrito​. 
 
O contrato será eficaz somente entre os originários quando: 
- não houver indicação; 
- o nomeado recusa; 
- o nomeado é insolvente; 
- o nomeado é incapaz no momento da indicação.

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