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LLA resumo

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INTRODUÇÃO
Leucemia é o câncer das células brancas do sangue (leucócitos), que começa na medula óssea e se espalha para outras partes do corpo.
As leucemias se dividem nos dois principais grupos de leucócitos:
Leucemia linfoide - Tem comprometimento da linhagem linfoide;
Leucemia mieloide - Tem comprometimento da linhagem mieloide.
Patologicamente a leucemia é dividida em:
Leucemia aguda - Caracterizada pelo crescimento rápido de células imaturas do sangue;
Leucemia crônica - Caracterizada pelo aumento de células maduras, mas anormais.
Isso gera quatro tipos de leucemias:
Leucemia Linfoide Aguda (LLA).
Leucemia Linfoide Crônica (LLC).
Leucemia Mieloide Aguda (LMA).
Leucemia Mieloide Crônica (LMC).
A OMS considera que LLA e linfoma linfoblástico são doenças conceitualmente distintas. Sendo o linfoma linfoblástico caracterizado pela presença de uma massa em mediastino ou outro local associada a uma porcentagem menor que 25% de blastos em medula óssea, enquanto a LLA apresenta quantidade maior ou igual a 25% de blastos em medula óssea, independentemente da presença ou não de massa.
BASE GENÉTICA E CLASSIFICAÇÃO DA MUTAÇÃO
Mesmo sendo de linhagem linfoide, a LLA pode co-expressar antígenos mieloide, o que é encontrado em até 30% dos casos, principalmente nos que há expressão do CD13 e/ou CD33, que é mais comum em alguns tipos específicos de leucemia, além de muitas vezes também estar associada à LLA Filadélfia+, que é a geração errônea de uma anormalidade genética durante  o processo de divisão celular. Neste tipo de mutação, ocorre a translocação entre os loci 12p13 e 21q22, envolvendo os genes TEL e AML1, que é predominante nas crianças e está associada a uma sobrevida livre de doença de 85%-90%, enquanto a presença da t(9;22)(q34:q11.2), envolvendo os genes BCR e ABL, predomina em adultos e está associada a uma sobrevida livre de doença de apenas 10%-20% a despeito de tratamentos quimioterápicos muito intensos. Isto cria um novo gene, que vai produzir uma nova proteína, que por sua vez provoca a produção da enzima tirosina-quinase, que faz com que a medula óssea produza células anormais do sangue. É importante saber se um paciente é portador do cromossomo Filadélfia, já que isso pode determinar se poderá ser tratado com medicamentos chamados inibidores da tirosina-quinase. Outras, translocações menos comuns são as que ocorrem entre os cromossomos 4 e 11 t(4; 11), ou 8 e 14, t(8; 14).
Podem existir outros tipos de anomalias cromossómicas presentes nas células leucêmicas, como deleções (perda de parte de um cromossomo) e inversões (rearranjo do DNA dentro de parte de um cromossomo), que também podem afetar o desenvolvimento da leucemia linfoide aguda, embora sejam menos comuns e não afetem a forma do tratamento.
Praticamente todas as leucemias possuem fatores prognósticos determinados por fatores citogenéticos, mais propriamente mutações adquiridas que, uma vez detectadas, possibilitam a abordagem adequada do paciente.
Na maioria dos casos, a leucemia linfoide aguda invade o sangue com razoável rapidez e pode se disseminar para outras partes do corpo. A LLA desenvolve-se a partir dos linfócitos primitivos, que podem se encontrar em diferentes estágios de desenvolvimento. Os tipos principais são T e B, por estarem baseados no tipo de linfócito que se tornou canceroso. As células da LLA apresentam características semelhantes às dos linfócitos T ou B normais. Definidas essas características, a leucemia é denominada leucemia linfoide aguda T ou leucemia linfoide aguda B. A LLA resulta na produção descontrolada de blastos de características linfoides e no bloqueio da produção normal de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Na maioria das vezes, a causa da LLA não é evidente.
SINAIS CLÍNICOS E SINTOMAS
A leucemia linfoide aguda pode causar diferentes sinais e sintomas. A maioria ocorre em todos os tipos de leucemia linfoide aguda, mas, alguns são mais comuns em determinados subtipos da doença.
Problemas causados ​​pela Diminuição das Células Sanguíneas
A maioria dos sinais e sintomas da leucemia linfoide aguda resulta da falta de células sanguíneas normais, como:
Sensação de cansaço;
Sensação de fraqueza;
Sensação de tonturas ou vertigens;
Falta de ar;
Febre;
Infecções graves ou frequentes;
Hematomas ou hemorragias.
Sinais e Sintomas Gerais
Os pacientes com leucemia linfoide aguda também podem apresentar vários sintomas não específicos, que não são apenas sintomas de LLA, como:
Perda de peso;
Sudorese noturna;
Perda de apetite.
Inchaço no Abdome
As células leucêmicas podem se acumular no fígado e no baço provocando um aumento desses órgãos.
Aumento dos Gânglios Linfáticos
A disseminação da leucemia linfoide aguda para os gânglios linfáticos próximos da superfície do corpo, como, por exemplo, na região do pescoço, virilha ou axilas, pode ser notada como nódulos sob a pele. Os gânglios linfáticos mais profundos só podem ter o aumento detectado por exames de imagem.
Dores Ósseas ou articulares
Às vezes, as células leucêmicas crescem perto da superfície do osso ou no interior dos ossos das articulações provocando dores articulares.
Disseminação para outros Órgãos
Menos frequentemente, a leucemia linfoide aguda se espalha para outros órgãos, onde pode formar tumores:
Se a leucemia linfoide aguda se espalhar para a medula espinhal e cérebro pode causar dores de cabeça, convulsões, vômitos, problemas de equilíbrio, dormência facial, ou visão turva.
A leucemia linfoide aguda pode se espalhar para a cavidade torácica, causando acúmulo de líquido na cavidade pleural e dificuldade respiratória.
Sintomas do Aumento do Timo
A leucemia linfoide aguda T pode atingir o timo, um pequeno órgão localizado na parte anterior do tórax, pressionando a traqueia, causando tosse ou dificuldade respiratória.
O aumento do timo pode também pressionar a veia cava superior, provocando a síndrome da veia cava superior. Isto pode causar inchaço na face, pescoço, braços e parte superior do tórax, dores de cabeça, tontura, e perda de consciência se afetar o fluxo sanguíneo cerebral.
TÉCNICAS GENÉTICAS PARA DIAGNÓSTICO E EXAMES COMPLEMENTARES
O diagnóstico é feito através da análise microscópica do sangue e medula óssea, imunofenotipagem e citogenética. O envolvimento do sistema nervoso deve ser avaliado através do estudo do líquor.
Exames de Sangue
As amostras de sangue para os exames de leucemia linfoide aguda são geralmente coletadas a partir de uma veia do braço.
Hemograma completo e estudo do sangue periférico - O hemograma mede o número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Estes exames avaliam os diferentes tipos de células do sangue, mudanças no seu número e sua aparência. Este exame é, muitas vezes, o primeiro a ser realizado em pacientes com suspeita de doença hematológica.
Para o esfregaço do sangue periférico, uma gota de sangue é colocada numa lâmina e, em seguida, observada no microscópio. As alterações na quantidade de células e aparência das células, muitas vezes, ajudam a diagnosticar a leucemia.
A maioria dos pacientes com leucemia linfoide aguda apresentam glóbulos brancos imaturos no sangue, e uma quantidade insuficiente de células vermelhas ou plaquetas. Muitas das células brancas do sangue são linfoblastos, ou seja, linfócitos imaturos normalmente não encontrados na corrente sanguínea. Linfoblastos não funcionam como glóbulos brancos maduros.
Embora estes resultados possam sugerir leucemia, a doença geralmente não é diagnosticada sem um estudo das células da medula óssea.
Exames de Coagulação e Bioquímica Sanguínea - A análise bioquímica do sangue mede as quantidades de certas substâncias químicas que circulam no sangue, mas não são utilizados para diagnosticar a leucemia. Em pacientes já diagnosticados com leucemia linfoide aguda, estes exames podem ajudar na detecção de problemas de fígado ou rins, causados por células de leucemia ou efeitos colaterais de certos medicamentos quimioterápicos.
Exames da Medula Óssea
Aspiração da Medula Ósseae Biópsia - Esses exames são geralmente realizados ao mesmo tempo. As amostras são normalmente coletadas da parte posterior do osso da pelve, do esterno ou de  outros ossos. A biópsia da medula óssea é geralmente realizada logo após a aspiração. Estes exames são realizados para ajudar no diagnóstico da leucemia. Também, podem ser realizados para dizer se a leucemia está respondendo ao tratamento.
Exames de Rotina sob um Microscópio - A medula óssea é observada sob um microscópio por um patologista e poderá ser revisada pelo hematologista. Os médicos observam o tamanho, forma e outras características dos glóbulos brancos nas amostras classificando-os em tipos específicos.
Um fator importante é saber se as células parecem maduras (parecidas com células sanguíneas normais) ou imaturas (sem características de células sanguíneas normais). As células mais imaturas são denominadas linfoblastos.
É muito importante determinar a porcentagem de células na medula óssea que são blastos. Um diagnóstico de leucemia linfoide aguda requer, geralmente, que pelo menos, 20% a 30% das células na medula óssea sejam blastos. Em circunstâncias normais, os blastos nunca são mais do que 5% das células da medula óssea. Entretanto, às vezes são necessários outros exames de laboratório para ter um diagnóstico definitivo.
Citoquímica - Consiste na aplicação de corantes bioquímicos às células do sangue e medula óssea, de maneira a mostrar sua composição sem modificar apreciavelmente sua morfologia. As colorações citoquímicas auxiliam no diagnóstico de leucemias e de outras doenças hematológicas.
Citometria de Fluxo e Imunohistoquímico - A citometria de fluxo é feita com um aparelho que consegue fazer medidas individuais de milhares de células, numa contagem exata que é essencial para a eficiência do tratamento da doença. Essa técnica é muitas vezes usada para examinar as células da medula óssea, gânglios linfáticos e amostras de sangue, para o diagnóstico das leucemias.
No exame imunohistoquímico as células do sangue ou amostras da medula óssea são analisadas por meio de anticorpos monoclonais marcados com substâncias fluorescentes. Diferentes tipos de linfócitos têm diferentes antígenos, que sofrem alterações à medida que cada célula amadurece. As células de cada paciente com leucemia têm os mesmos antígenos, porque são todos derivados a partir da mesma célula.
Além da caracterização dos antígenos expressos pelas células envolvidas, a citometria de fluxo fornece informação quanto ao tamanho e à granulosidade celular. Nas leucemias agudas, o exame é indicado para determinar a linhagem celular, análise de clonalidade e do estado de maturação das células leucêmicas, expressão de padrões de antígenos aberrantes típicos de determinados grupos de leucemias e acompanhamento do tratamento e detecção de doença residual mínima.
Exames dos Cromossomos
As células humanas normais contêm 23 pares de cromossomos. Em alguns casos de leucemia, as células têm alterações cromossômicas. Às vezes, pode haver perda de parte de um cromossomo, o que é denominado de deleção.
Frequentemente, na leucemia linfoide aguda dois cromossomos trocam seu DNA, de modo que parte de um cromossomo se liga à parte de um cromossomo diferente. Isto é denominado translocação. A translocação mais comum nos adultos é conhecida como cromossomo Filadélfia, que é uma troca de DNA entre os cromossomos 9 e 22, abreviados como t (9; 22), o que resulta num cromossomo 22 encurtado.   Cerca de 1 em cada 4 adultos com LLA tem esta anomalia em suas células. Esta mudança é especialmente importante, pois pode ser alvo de determinadas drogas.
As informações das alterações cromossômicas são úteis para determinar o prognóstico de um paciente e sua resposta ao tratamento.
Citogenética - Neste exame, os cromossomos das células leucêmicas são analisados para detectar qualquer anormalidade. Em alguns casos de leucemia, as células apresentam alterações cromossômicas visíveis sob o microscópio. A maioria das alterações cromossômicas em adultos com leucemia linfoide aguda é do tipo de translocação. As informações sobre o tipo translocação podem ser úteis para prever a resposta terapêutica de um paciente.
Hibridização Fluorescente In Situ (FISH) - Este é outro tipo de exame que avalia os cromossomos, usando corantes fluorescentes que só se ligam a partes específicas de cromossomos específicos. O teste FISH detecta a maioria das alterações cromossômicas (translocações), visíveis ao microscópio em exames citogenéticos, bem como alterações pequenas não visualizadas em exames de citogenética. FISH pode ser usado para detectar alterações específicas nos cromossomos, podendo ser usado nos exames de sangue ou em amostras da medula óssea.
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) - Este é um exame do DNA bastante sensível, que permite encontrar cromossomos pequenos, não visíveis ao microscópio, mesmo quando poucas células leucêmicas estejam presentes na amostra. Assim como o teste FISH, é usado para diagnosticar alterações genéticas específicas. Na leucemia linfoide aguda, é muitas vezes utilizada para diagnosticar o gene produzido pelo cromossomo Filadélfia.
Punção Lombar
A leucemia linfoide aguda pode se disseminar para a área ao redor do cérebro e da medula espinhal. Para saber se existe disseminação da doença nessas áreas, é retirada uma pequena amostra do líquido cefalorraquidiano para exames.
A punção lombar também pode ser utilizada para a injeção de medicamentos quimioterápicos diretamente no líquido cefalorraquidiano para evitar ou tratar a disseminação da doença na medula espinhal e no cérebro.

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