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Microbiologia de Alimentos Higiene de Alimentos Fernando Zocche Universidade Federal da Fronteira Sul 05/05/2011 DTAs (EUA) causadas por agentes conhecidos: ¾ 5% parasitas ¾ 35% vírus ¾ 60% bactérias Doenças Transmitidas por alimentos (DTAs) Grupos de microrganismos de importância em alimentos { Platelmintos z Parasitas {Fasciola {Fasciolopsis {Paragonimus {Clonorchis {Diphyllobothrium {Taenia Fatos recentes { Difilobotríase (Difilobotriose) { 28 casos em SP – consumo de salmão cru { Diphyllobothrium latum { Sibéria, Europa, América do Norte, Japão, Chile, Argentina, Peru e Coréia { Não havia relato no Brasil Ciclo de Vida do Ciclo de Vida do DiplyllobothriumDiplyllobothrium latumlatum Característica da doença { Sintomas: desconforto abdominal, enjôo, alternância entre constipação e diarréia { Diagnóstico: coprocultura { Forma adulta do parasita: 10 m { Fixação: parede do íleo { EUA: 100.000 portadores { Controle: salmoragem 5 dias; 54-56ºC/5 minutos; -8 a -9ºC/8-72 h. { Nematelmintos z Trichinella z Ascaris z Anisakis z Pseudoterranova z Toxocara Grupos de microrganismos de importância em alimentos { Protozoários z Giardia z Entamoeba z Toxoplasma z Sarcocystis z Cryptosporium z Cyclospora Grupos de microrganismos de importância em alimentos { Fungos produtores de micotoxinas z Aflatoxinas z Fumosina z Toxinas de Alternarias z Ocratoxinas Grupos de microrganismos de importância em alimentos Microbiologia básica Fungos (Bolores e leveduras) Bactérias Vírus { Parasitas obrigatórios { Métodos de cultivo { Alimentos mais comuns: moluscos { Transmitidos pela água VÍRUS Vírus mais comuns { Vírus da hepatite A e hepatite E { Vírus Norwalk e vírus relacionados (vírus pequenos de estrutura arredondada - SRSVs) { Rotavírus { Vírus da febre aftosa { Vírus da influenza aviária – gripe do frango VÍRUS FUNGOS (bolores e leveduras) { BOLORES: { Filamentos = hifas { Conjunto de hifas = micélio { Micélio Æ fixação e/ou reprodução Bolores de interesse em alimentos { Aspergillus { Fusarium { Penicillium { Claviceps { Neurospora { Outros gêneros de interesse micotoxinas Aflatoxinas Fumosina Toxinas de Alternarias Ocratoxinas { importância produção de alimentos Queijos Bolores de interesse em alimentos LEVEDURAS { Forma variável { Crescimento favorecido pelo pH ácido { Requerem menos umidade que bactérias e mais umidade que bolores { Gêneros de interesse: Saccharomyces { Alterações indesejáveis { Fins comerciais: cerveja, vinhos, pães… BACTÉRIAS { Coco { Bacilo { Vibrião { Espirilo { espiroqueta {FORMAS DOS MICRORGANISMOS Estruturas bacterianas e suas funções { Membrana citoplasmática GRAM POSITIVEGRAM POSITIVE GRAM NEGATIVEGRAM NEGATIVE CytoplasmCytoplasm CytoplasmCytoplasm Lipoteichoic acid Peptidoglycan-teichoic acid Cytoplasmic membrane Inner (cytoplasmic) membrane Outer Membrane LipopolysaccharidePorin Braun lipoprotein P e r i p l a s m i c s p a c e { Parede celular { Cápsula { Camada mucosa { Camada S { Flagelos { Pili ou fímbrias { Nucleóide { Plasmídeos Estruturas bacterianas e suas funções { Componentes citoplasmáticos z Ribossomos z Grânulos z Vacúolos gasosos z Esporos bacterianos {Bacillus {Clostridium Estruturas bacterianas e suas funções Nutrição e metabolismo microbiano { Macronutrientes { Micronutrientes (minerais) Fatores de crescimento { Coenzimas (vitaminas para os humanos) { Influência dos fatores ambientais: z pH z Exoenzimas z Pressão osmótica { Temperatura ambiental z PsicrófilosÆ 10ºC - 15ºC z MesófilosÆ 25ºC - 40ºC z TermófilosÆ 45ºC - 65ºC z Psicrotróficos: capacidade de desenvolvimento entre 0ºC e 7ºC Fatores de crescimento Fatores de crescimento { Oxigênio: z Aeróbias {Estritas {Microaerófilas {Facultativas {Aerotolerantes z Anaeróbias {estritas Crescimento microbiano { Tempo de geração Crescimento microbiano { Fases do crescimento bacteriano: { Curva de crescimento bacteriano A multiplicaA multiplicaçção microbiana em alimentos dependeão microbiana em alimentos depende: Fatores intrínsecos Fatores extrínsecos Há uma interação entre os fatores FATORES INTRFATORES INTRÍÍNSECOSNSECOS Atividade de Atividade de áágua (Agua (Aaa)) Bactérias x leveduras x mofos ¾ Entre as bactérias: Gram + são mais resistentes ¾ S. aureus ¾ outros estafilococos coagulase positiva (S. hyicus, S. intermedius) Relação entre Aa e concentração de sal Aa Concentração de sal (p/v) 0,995 0,9 0,99 1,7 0,98 3,5 0,96 7 0,94 10 0,92 13 0,90 16 0,88 19 0,86 22 Franco, Landgraf, 2002 pHpH Bactérias x leveduras x mofos ¾ baixa acidez: pH superior a 4,5 ¾ ácidos: pH entre 4,0 e 4,5 ¾muito ácidos: pH inferior a 4,0 C. botulinum Potencial de Potencial de oxioxi--redureduççãoão ((EhEh)) ¾Microrganismos aeróbios ¾Microrganismos anaeróbios ¾Microrganismos anaeróbios facultativos ComposiComposiçção quão quíímicamica disponibilidade de nutrientes do alimento: água, fonte de energia, fonte de nitrogênio, vitaminas e sais minerais complexo enzimático microbiano 9 eugenol: cravo, canela 9 aldeído cinâmico: canela 9 timol: orégano, sálvia 9 alicina: alho Condimentos: Fatores antimicrobianos naturais Leite: lactoferrina, aglutininas, sistema lactoperoxidase- tiocianato, lisozima, caseína Ovos: lisozima, pH elevado da clara (9,0) FATORES EXTRFATORES EXTRÍÍNSECOSNSECOS TemperaturaTemperatura Grupo Faixa ótima de Tº Mesófilos 25 e 40 ºC Termófilos 45 e 65 ºC Psicrófilos 10 e 15 ºC Atmosfera envolvendo o alimentoAtmosfera envolvendo o alimento ¾ tempo de geração ¾metabolismo Umidade relativaUmidade relativa InteraInteraçções microbianasões microbianas podem ser desejáveis ou indesejáveis IdentificaIdentificaçção de Microrganismos em ão de Microrganismos em alimentos e ambientes de indalimentos e ambientes de indúústria de stria de processamentoprocessamento Segurança de alimentos: Microrganismos patogênicos Vida-de-prateleira: microrganismos deteriorantes Fermentações desejáveis: culturas starters Bactérias patogênicas de interesse em alimentos { Staphylococcus enterotoxigênicos { Salmonella spp. { Listeria monocytogenes { Shigella spp. { Bacillus cereus { Escherichia coli { Vibrio cholerae { Clostridium { Campylobacter ENFERMIDADES TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS TOXINFECÇÕES ALIMENTARES ETA { Intoxicações alimentares { Infecções alimentares Fontes de contaminação { Solo e água { Plantas { Utensílios { Trato intestinal de humanos e animais { Manipuladores { Ração animal { Pele dos animais { Ar e pó Questionamentos { Quais os microrganismos mais importantes? { Ocorrência de ETA Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s) Anualmente 76 milhões de casos estimados; 325.000 hospitalizações; 5.000 mortes. Fonte: MEAD et al., 1999Fonte: MEAD et al., 1999 Surto de ETA’S Custo emocional Custo de imagem Custo econômico Avaliação de Custos - U$ Enfermidades transmitidas por alimentos Surto de Salmonelose Custo médio estimado: U$ 3556/caso. Anos 70 - surto envolvendo queijos de uma determinada indústria 234 casos confirmados 32.000 casos estimados PatPatóógenosgenos Custo anual estimado de 2,9 Custo anual estimado de 2,9 a 6,2 milhões de US$ (custos a 6,2 milhões de US$ (custos mméédicos e perdas na dicos e perdas naprodutividade)produtividade) Dose Infectante Virulência Virulência do agentedo agente CondiCondiçções do ões do HospedeiroHospedeiro Enfermidades transmitidas por alimentos { IMPORTÂNCIA DA VIA FECAL-ORAL NA OCORRÊNCIA DE ETA BOCA BOCA utensutensíílios lios Alimentos Alimentos insetos insetos FEZES FEZES Mãos Mãos Objetos Objetos ÁÁgua gua Rotas de transmissão de ETA. Adaptado de Jay (2001) Enfermidades transmitidas por alimentos { Barreiras do hospedeiro z Acidez estomacal z Muco z Ácidos biliares z Motilidade z Tecidos linfóides z Mecanismos de competição z Tensão de O2 ETA – mecanismos de patogenicidade { Bactérias Gram-positivas z Geralmente relacionadas à produção de substâncias extracelulares { Bactérias Gram-negativas z Maior complexidade de mecanismos de ação no hospedeiro ETA – sítios de ação { Intestino Delgado z Campylobacter jejuni (íleo distal) z Clostridium perfringens z EPEC, ETEC z Salmonella { Intestino grosso z Campylobacter z EHEC, EPEC (ascendente e transverso) z Salmonella Enteritidis ETA – Caracterização { Intoxicação { Infecção z Invasiva { Enterotóxica { Citotóxica z Toxigênica Dados da Dados da literatura sobre literatura sobre Enfermidades Enfermidades Transmitidas por Transmitidas por AlimentosAlimentos Agentes etiolAgentes etiolóógicos envolvidos em surtos de ETAgicos envolvidos em surtos de ETA’’s no s no perperííodo de 1991 odo de 1991 ––1992, USA.*1992, USA.* SurtosSurtosEtiologiaEtiologia NNºº %% BacterianaBacteriana 290290 31,131,1 QuQuíímicamica 5050 5,35,3 ParasitParasitááriaria 0404 0,40,4 ViralViral 1616 1,71,7 Não determinadaNão determinada 575575 61,561,5 TOTALTOTAL 935935 100,0100,0 *J. Food Prot., 60:10, 1265-86, 1997. Agentes etiolAgentes etiolóógicos envolvidos em surtos de ETAgicos envolvidos em surtos de ETA’’s no s no perperííodo de 1993 odo de 1993 ––1997, USA.*1997, USA.* SurtosSurtosEtiologiaEtiologia NNºº %% BacterianaBacteriana 655655 23,823,8 QuQuíímicamica 148148 5,45,4 ParasitParasitááriaria 1919 0,70,7 ViralViral 5656 2,02,0 Não determinadaNão determinada 18731873 68,168,1 TOTALTOTAL 27512751 100,0100,0 *MMWR, vol. 49, 2000. Bactérias patogênicas envolvidas em surtos de ETA País Período Salmonella S. aureus C. perfringens Campylobacter B. cereus E. coli Canadá 1986-87 48,0 15,5 19,0 11,0 16,0 6,0 Dinamarca 1985-89 5,2 2,4 5,8 0,4 2,0 0,2 Inglaterra 1986-89 438,3 10,0 53,0 53,3 19,3 0,0 Gales 1989-91 922,0 8,3 50,7 5,0 24,7 1,0 Finlândia 1985-89 7,8 5,6 8,8 0,2 3,8 0,0 França 1993 200,0 37,0 32,0 0,0 3,0 0,0 Alemanha 1985-89 18,0 3,2 1,4 0,6 0,4 0,8 Hungria 1985-89 131,2 16,0 5,0 1,2 5,2 0,0 Japão 1987-90 110,8 120,3 19,0 31,8 10,3 20,0 1991 159,0 95,0 21,0 24,0 9,0 30,0 Holanda 1985-89 8,0 1,6 2,4 2,0 4,8 0,0 Romênia 1985-89 20,6 10,2 0,0 0,0 0,2 0,4 Escócia 1985-89 154,0 2,4 3,3 23,3 3,0 0,0 Espanha 1985-89 467,6 34,6 5,0 0,4 0,6 3,4 Suécia 1985-89 7,0 2,8 4,6 0,8 0,6 0,0 USA 1985-87 64,0 7,3 3,7 5,3 4,3 0,7 *Fonte: D’AOUST, 1997. Food microbiology: fundamentals and frontiers Número médio de incidentes relatados FoodNet (USA) - Incidência dos diferentes agentes etiológicos de infecções diagnosticadas no período de 1999 - 2003 Patógeno 1999 2000 2001 2002 2003 Campylobacter 17,5 20,1 13,8 13,4 12,6 Cryptosporidium 1,8 2,4 1,5 1,4 10,9 Cyclospora 0,1 0,1 0,1 0,1 0,3 E. coli O157:H7 2,1 2,9 1,6 1,7 1,1 L. monocytogenes 0,5 0,4 0,3 0,3 3,3 Salmonella 13,6 12,0 15,1 16,1 14,5 Shigella 5,0 11,6 6,4 10,3 7,3 Vibrio 0,2 0,3 0,2 0,3 3,0 Yersinia 0,8 0,5 0,4 0,4 4,0 7 Número de surtos notificados ao CVE de Doenças Transmitidas por Água e Alimentos, por tipo específico de bactéria - Estado de São Paulo - Ano 2002 Fonte: Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar - CVE/SES-SP 3 2 2 1 21 10 10 1 B. cereus Citrobacter C. perfringens E.coli Klebsiella Salmonella Shigella St aureus Surto de DTA por Agente Etiológico, Brasil, 1999 - 2003 1134 654 279 148 127 71 55 48 33 25 22 16 10 9 7 7 6 5 4 3 3 2 2 1 0 200 400 600 800 1000 1200 I g n o r a d o S a l m o n e l l a s p p S t a p h y l o c o c c u s a u r e u s H e p a t i t e A E s c h e r i c h i a c o l i B a c i l l u s c e r e u s S a l m o n e l l a E n t e r i t i d i s C l o s t r i d i u m p e r f r i n g e n s R o t a v i r u s S h i g e l l a s o n n e i S h i g e l l a s p p E f e i t o q u í m i c o S a l m o n e l l a T y p h i E f e i t o t ó x i c o C l o s t r i d i u m b o t u l i n u m S h i g e l l a f l e x n e r i V i b r i o c h o l e r a e O 1 E l T o r S a l m o n e l l a P a r a t y p h i G i a r d i a A e r o m o n a s h i d r o p h i l a C r y p t o s p o r i d i u m s p K l e b s i e l a P s e d o m o n a s s p E n t e r o t o x i n a s Agente Etiológico N º S u r t o s d e D T A Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS / Ministério da Saúde – MS Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Atlanta, USA Surtos de toxinfecSurtos de toxinfecçções alimentares por local de ocorrência ões alimentares por local de ocorrência no perno perííodo de 1993 odo de 1993 ––1997, USA.*1997, USA.* SurtosSurtosLocal deLocal de OcorrênciaOcorrência NNºº %% ResidênciaResidência 655655 19,519,5 DelicatessenDelicatessen 219219 33,533,5 EscolaEscola 3131 4,74,7 IgrejaIgreja 2727 4,14,1 OutrosOutros 229229 3535 NDND 2121 3,23,2 *MMWR, vol. 49, 2000. TOTALTOTAL 128128 100,0100,0 Surtos de ETASurtos de ETA’’s por local de ocorrência no pers por local de ocorrência no perííodo de odo de 1995 1995 ––1996, Am1996, Améérica Latina.*rica Latina.* SurtosSurtosLocal deLocal de OcorrênciaOcorrência NNºº %% ResidênciaResidência 655655 20,020,0 RestauranteRestaurante 2424 10,010,0 R. InstitucionalR. Institucional 8686 37,037,0 AmbulanteAmbulante 1010 4,04,0 OutrosOutros 5757 23,023,0 NDND 1515 6,06,0 TOTALTOTAL 4747 100,0100,0 *Instituto Panamericano de Protección de Alimentos y Zoonosis www.inppaz.org.ar. Surtos de ETA por Local de Ocorrência, Brasil, 1999 - 2003 1049 575 391 228 196 130 73 35 0 200 400 600 800 1000 1200 Residência Ignorado Restaurante Escola Refeitório Outros locais Festa Unidade de Saúde Local de Ocorrência do Surto N º d e S u r t o s d e D T A Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS / Ministério da Saúde – MS Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Atlanta, USA Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS / Ministério da Saúde – MS Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Atlanta, USA PE - 5º posição BRASIL (97-00): Salmonella sp. �153 surtos; �4500 casos; �2 mortes. Principal local de ocorrência: RESIDÊNCIA Fonte: CONBRAVET, 2001 (Dados do INPPAZ) Por que Salmonella é o principal agente das ETA Salmonella - principal agente de ETA amplamente distribuída na natureza possui um número muito grande de reservatórios sorovares inespecíficos doses infectantes baixas (?) cepas multi-resistentes a antibióticos Quais os principais alimentos envolvidos na transmissão de Salmonella aos humanos? ALIMENTOS ENVOLVIDOS { Produtosde origem animal z Leite e derivados (cru ou pasteurização inadeq.) z Carne de frango z Ovos crus z Maionese caseira z Pescado (áreas poluídas) { Água { Produtos de origem vegetal Apesar da importância da Salmonella em alimentos... { Facilmente destruída por métodos convencionais de tratamento térmico ALIMENTOS CRUS ALIMENTOS PRONTOS PARA O CONSUMO ContaminaContaminaççãoão cruzadacruzada Ocorrência de surtos de salmonelose Contaminação cruzada Cozimento inadequado Armazenamento inadequado Manipulação incorreta Bell & Kyriakides (2002) Staphylococcus enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos 99 Cocos Cocos GramGram (+), fam(+), famíília lia MicrococcaceaeMicrococcaceae, , anaeranaeróóbios facultativos.bios facultativos. 99 A enfermidade A enfermidade éé causada pela ingestão de causada pela ingestão de toxinas prtoxinas préé--formadas nos alimentos (toxinas formadas nos alimentos (toxinas A, B, C1, C2, C3, D, E, G, H, I )A, B, C1, C2, C3, D, E, G, H, I ) Condições necessárias para que haja uma intoxicação por Staphylococcus CCéélulas vegetativas no lulas vegetativas no alimentoalimento MultiplicaMultiplicaçção das cão das céélulas lulas vegetativasvegetativas ProduProduçção das ão das toxinastoxinas Mecanismo de ação das toxinas estafilocócicas toxinastoxinas EstimulaEstimulaçção das terminaão das terminaçções ões nervosas do nervo vagonervosas do nervo vago Centro do vômitoCentro do vômito Estafilococos enterotoxigênicos 99 PerPerííodo de incubaodo de incubaçção da enfermidadeão da enfermidade: 2 : 2 -- 4 4 horas (30 minutos a 8 horas)horas (30 minutos a 8 horas) 99 Dose mDose míínima da toxinanima da toxina: teores menores de 1: teores menores de 1µµg g jjáá são suficientes para causar o quadro de são suficientes para causar o quadro de intoxicaintoxicaçção; esse não; esse níível normalmente vel normalmente éé alcanalcanççado ado quando a populaquando a populaçção de ão de Staphylococcus Staphylococcus atinge atinge 101055 -- 101066/g./g. Estafilococos enterotoxigênicos 99 Sintomas da enfermidadeSintomas da enfermidade: n: nááuseas, vômitos, useas, vômitos, cãibras abdominais, diarrcãibras abdominais, diarrééia e sudorese.ia e sudorese. 99 Taxa de mortalidadeTaxa de mortalidade: extremamente baixa: extremamente baixa 99 PopulaPopulaçção alvoão alvo: atinge todos os grupos: atinge todos os grupos Estafilococos enterotoxigênicos Alimentos associados com os surtosAlimentos associados com os surtos 99 leite, queijos leite, queijos 99 tortas recheadas com cremetortas recheadas com creme 99 saladas de batata, atum, frango e presuntosaladas de batata, atum, frango e presunto 99 presunto cozido e outras carnes cozidas.presunto cozido e outras carnes cozidas. Estafilococos enterotoxigênicos Fatores contribuintes para ocorrência dos surtosFatores contribuintes para ocorrência dos surtos 99 intervalo de tempo muito grande entre a preparaintervalo de tempo muito grande entre a preparaçção de alimentos ão de alimentos e o seu consumo e o seu consumo 99 refrigerarefrigeraçção inadequadaão inadequada 99 manipulamanipulaçção dos alimentos por pessoas infectadasão dos alimentos por pessoas infectadas 99 manutenmanutençção do alimento em temperaturas elevadas que ão do alimento em temperaturas elevadas que permitem o crescimento bacterianopermitem o crescimento bacteriano Estafilococos enterotoxigênicos Fatores que afetam a produFatores que afetam a produçção/manutenão/manutençção de ão de enterotoxinas enterotoxinas (1)(1) 99 Temperatura: 10 Temperatura: 10 -- 4646ººC (C (óótima = 40 tima = 40 -- 4343ººC) C) 99 pH: 5,2 pH: 5,2 -- 9,0 (9,0 (óótimo = 6,5 timo = 6,5 -- 7,5)7,5) 99 aaww: : ≥≥ 0,90 (0,90 (óótima tima ≥≥ 0,99)0,99) 99 competicompetiçção com outros microrganismos ão com outros microrganismos -- StaphylococcusStaphylococcus éé um um mau competidormau competidor Estafilococos enterotoxigênicos Fatores que afetam a produFatores que afetam a produçção/manutenão/manutençção de ão de enterotoxinas enterotoxinas (2)(2) 99 irradiairradiaçção: são resistentes aos tratamentos com radiaão: são resistentes aos tratamentos com radiaçção gama ão gama normalmente empregados. normalmente empregados. 99 temperatura: temperatura: tratamentos ttratamentos téérmicos caseiros normalmente não destroem rmicos caseiros normalmente não destroem totalmente as enterotoxinas. Ex: aquecimento a 100totalmente as enterotoxinas. Ex: aquecimento a 100ººC por 30 C por 30 minutos.minutos. tratamentos ttratamentos téérmicos industriais severos, ao contrrmicos industriais severos, ao contráário, são capazes rio, são capazes de destrude destruíí--las.las. Estafilococos enterotoxigênicos Fatores que afetam a produFatores que afetam a produçção de enterotoxinasão de enterotoxinas 99 AssociaAssociaçção entre os fatores ão entre os fatores crescimento e producrescimento e produçção de toxina tipo B (SEB)ão de toxina tipo B (SEB) pH = 6,9 e [ pH = 6,9 e [ NaClNaCl] = 10% crescimento, ] = 10% crescimento, multiplicamultiplicaçção e ão e produproduçção ão de de enterotoxinaenterotoxina pH = 5,1 e [pH = 5,1 e [NaClNaCl] = 4% não ocorre crescimento ] = 4% não ocorre crescimento Estafilococos enterotoxigênicos Medidas a serem tomadas para evitar um surto por Staphylococcus enterotoxigênico 99 controle rcontrole ríígido da temperatura de estocagem do alimentogido da temperatura de estocagem do alimento 99 afastamento da linha de produafastamento da linha de produçção de operão de operáários com lesões rios com lesões infectadasinfectadas 99 utilizautilizaçção de mão de mááscaras pelos operscaras pelos operááriosrios Alimento suspeito CCéélulas vegetativas no lulas vegetativas no alimentoalimento PresenPresençça das a das toxinastoxinas Clostridium perfringens Clostridium perfringens 99 Bastonete Gram +, anaerBastonete Gram +, anaeróóbio, imbio, imóóvel, formador de vel, formador de esporo. esporo. 99 5 diferentes tipos de 5 diferentes tipos de C. C. perfringensperfringens A, B, C, D A, B, C, D e E, classificae E, classificaçção feita com base na capacidade ão feita com base na capacidade de produzir determinadas toxinasde produzir determinadas toxinas Condições necessárias para que haja um surto por Clostridium perfringens Esporos CEsporos Céélulas vegetativas no alimentolulas vegetativas no alimento CondiCondiçções para multiplicaões para multiplicaçção intensa (ão intensa (≥≥ 110066/g)/g) ProduProduçção das ão das toxinastoxinas Ingestão das células vegetativas Esporulação no intestino Enterotoxina 99 termoltermoláábilbil, sendo destru, sendo destruíída por aquecimento a 60da por aquecimento a 60ººCC por 10 minutos;por 10 minutos; 99 estestáável ao congelamento ( vel ao congelamento ( --2121ººC)C) Reservatório: Clostridium perfringens está amplamente distribuído na natureza. { Microbiota intestinal do homem e animais { solo { poeira { vegetação Em alimentos: { superfícies de carcaças de animais (bovinos, aves) { vegetais { produtos lácteos { temperos { pescado { pasta Cuidados especiais: { Alimentos que sofreram tratamentos térmicos que permitiram a sobrevivência dos esporos: z tortas salgadas, bolos, tortas de carne, carnes assadas ou cozidas, frangos assados ou cozidos. Células vegetativas Tempo de geração extremamente baixo < 10 minutos em carne, temperatura = 43 - 47ºC Clostridium perfringens Células vegetativas 99 muito sensmuito sensííveis ao congelamentoveis ao congelamento 99somente uma pequena porcentagem somente uma pequena porcentagem(6%) sobrevive a (6%) sobrevive a -- 2323ººC por 14 diasC por 14 dias Enfermidade por C. perfringens 99 perperííodo de incubaodo de incubaçção: 8 ão: 8 -- 15h15h 99sintomas: dores abdominais intensas, sintomas: dores abdominais intensas, gases e diarrgases e diarrééiaia 99duraduraçção do quadro: 12 ão do quadro: 12 -- 24h24h Medidas preventivas (1) 99 resfriamento rresfriamento ráápido e uniforme de alimentos pido e uniforme de alimentos cozidos para < 10cozidos para < 10ººC dentro de 2 C dentro de 2 -- 3h;3h; 99manutenmanutençção do calor, a 60ão do calor, a 60ººC ou acima, nos C ou acima, nos alimentos cozidos;alimentos cozidos; 99reaquecimento de alimentos frios ou reaquecimento de alimentos frios ou refrigerados de modo a atingir uma refrigerados de modo a atingir uma temperatura interna mtemperatura interna míínima de 75nima de 75ººC, C, imediatamente antes de servir;imediatamente antes de servir; Medidas preventivas (2) 99 evitar a manutenevitar a manutençção e o descongelamento ão e o descongelamento de alimentos de alimentos àà temperatura ambiente;temperatura ambiente; 99prevenir a contaminaprevenir a contaminaçção cruzada, ão cruzada, utilizando diferentes utensutilizando diferentes utensíílios de cozinha lios de cozinha para preparar alimentos crus e cozidos;para preparar alimentos crus e cozidos; 99higienizar e higienizar e sanitizarsanitizar completamente as completamente as superfsuperfíícies de contato com alimentos cies de contato com alimentos depois de terem sido utilizadas com depois de terem sido utilizadas com alimentos crus;alimentos crus; Medidas preventivas (3) 99 manter as manter as ááreas de preparareas de preparaçção de ão de alimentos livres de terra e poeira;alimentos livres de terra e poeira; 99higienizar e higienizar e sanitizarsanitizar equipamentos, equipamentos, superfsuperfíícies de contato com alimentos e cies de contato com alimentos e manter bons hmanter bons háábitos de higiene pessoal.bitos de higiene pessoal. Campylobacter Condições necessárias para que haja um surto por Campylobacter jejuni ContaminaContaminaçção do alimento porão do alimento por ccéélulas vegetativaslulas vegetativas Ingestão do alimento Reservatório: Campylobacter jejuni está presente no trato intestinal de um número grande de espécies animais: { aves { bovinos { suínos { carneiros { coelhos { roedores Alimento cru Alimento preparado, pronto para o consumo contaminação cruzada Campylobacter jejuni 99 Alimentos associados com os surtosAlimentos associados com os surtos: carne de aves e derivados, : carne de aves e derivados, leite cru.leite cru. 99 Fatores contribuintes para ocorrência dos surtosFatores contribuintes para ocorrência dos surtos: consumo de : consumo de leite cru e de carnes mal passadas; cozimento insuficiente e leite cru e de carnes mal passadas; cozimento insuficiente e contaminacontaminaçção cruzada.ão cruzada. 99 Medidas de controleMedidas de controle: cozimento adequado dos alimentos; evitar a : cozimento adequado dos alimentos; evitar a contaminacontaminaçção cruzada; reduzir a prevalência nos rebanhos ão cruzada; reduzir a prevalência nos rebanhos animais.animais. Clostridium botulinum Clostridium botulinum - Histórico (1) BotulismoBotulismo Palavra latina, “botulus” Embutido Clostridium botulinum - Histórico (2) BotulismoBotulismo ConservaConservaçção ão do alimento do alimento para uso para uso posteriorposterior Condições necessárias para que haja um quadro de botulismo Esporos no alimentoEsporos no alimento GerminaGerminaçção dos esporosão dos esporos ProduProduçção das ão das toxinastoxinas 99 são neurotoxinas, peso molecular de 150 são neurotoxinas, peso molecular de 150 kDakDa, , extremamente potentes;extremamente potentes; 99 em humanos a DLem humanos a DL5050 = 1ng/kg peso (tipo A);= 1ng/kg peso (tipo A); 99 produzidas durante a fase de crescimento das produzidas durante a fase de crescimento das ccéélulas liberada, porlulas liberada, poréém, na fase de lise celular;m, na fase de lise celular; Toxinas botulínicas (1) 99 sua asua açção se manifesta pela paralisia flão se manifesta pela paralisia fláácida dos cida dos mmúúsculos, ocasionada pelo bloqueio ou sculos, ocasionada pelo bloqueio ou diminuidiminuiçção da liberaão da liberaçção da de neurotransmissores ão da de neurotransmissores (acetilcolina) nas jun(acetilcolina) nas junçções ões mioneuraismioneurais;; Toxinas botulínicas (2) 99 são são termoltermoláábeisbeis, sendo destru, sendo destruíídas a 80das a 80ººC por 10 C por 10 min. ou temperaturas de fervura por poucos min. ou temperaturas de fervura por poucos minutos.minutos. Toxinas botulínicas (3) Clostridium botulinum 99 Sintomas da enfermidadeSintomas da enfermidade: n: nááuseas, vômitos, useas, vômitos, diarrdiarrééia. Fadiga e fraqueza muscular. Problemas ia. Fadiga e fraqueza muscular. Problemas de visão (queda das pde visão (queda das páálpebras, resposta lpebras, resposta alterada da pupila alterada da pupila àà luz e diplopia). Secura da luz e diplopia). Secura da boca, dificuldade de deglutiboca, dificuldade de deglutiçção e de controle da ão e de controle da llííngua. Paralisia progressiva da musculatura ngua. Paralisia progressiva da musculatura responsresponsáável pela respiravel pela respiraçção.ão. 99 Taxa de mortalidadeTaxa de mortalidade: alta: alta 99 PopulaPopulaçção alvoão alvo: atinge todos os grupos: atinge todos os grupos Clostridium botulinum 99 Alimentos associados com os surtosAlimentos associados com os surtos: conservas caseiras de : conservas caseiras de vegetais e produtos animais.vegetais e produtos animais. 99 Fatores contribuintes para ocorrência dos surtosFatores contribuintes para ocorrência dos surtos: processos : processos inadequados de fermentainadequados de fermentaçção, ão, subprocessamentosubprocessamento ttéérmico, rmico, contaminacontaminaçção pão póóss--processamento, abuso de temperatura na processamento, abuso de temperatura na estocagem do alimento.estocagem do alimento. 99 Medidas de controleMedidas de controle: controle r: controle ríígido do pH de alimentos gido do pH de alimentos fermentados (pH < 4,5); controle rfermentados (pH < 4,5); controle ríígido do tratamento tgido do tratamento téérmico de rmico de alimentos enlatados (tratamento 12D); redualimentos enlatados (tratamento 12D); reduçção da ão da awaw para para valores valores ≤≤ 0,93.0,93. Botulismo Infantil Esporos no melEsporos no mel Ingestão dos esporosIngestão dos esporos GerminaGerminaçção dos esporos no intestino ão dos esporos no intestino e produe produçção de ão de toxinastoxinas 99 Evitar a presenEvitar a presençça de esporos nos alimentosa de esporos nos alimentos 99 Impedir a germinaImpedir a germinaçção dos esporosão dos esporos 99 Impedir a produImpedir a produçção de toxinasão de toxinas 99 Destruir as toxinas prDestruir as toxinas préé--formadasformadas Medidas a serem tomadas para evitar um caso/surto de botulismo 99 No BrasilNo Brasil PALMITO BOTULISMO 9 Bastonete Gram (+), móvel a 25ºC, mas imóvel a 37ºC, não formador de esporo, anaeróbio facultativo. 9 gênero Listeria é formado por seis espécies: L. monocytogenes, L. innocua, L. seeligeri, L. welshimeri, L. ivanovii, L. grayi Características do microrganismo Rotas de transmissão de L. monocytogenes Humanos Peixes, mariscos e crustáceos Água Solo Animais FezesRação, silagem Leite, carne e derivados Frutas e hortaliças Listeria monocytogenes Patógeno ambiental Listeria monocytogenes Listeriose - ETA 9 População alvo: crianças, idosos, gestantes e imunodeprimidos.9 Período de incubação: muito variável, alguns dias até 35 dias (1 - 91 dias) 9 Sintomas da enfermidade: sintomas iniciais são semelhantes ao de uma gripe, acompanhada de diarréia e febre moderada. Nos grupos de risco podem ocorrer septicemia, meningite e aborto. 9 Taxa de mortalidade: 30% nos grupos de risco Importância para saImportância para saúúde pde púúblicablica 99 4,74,7--30 casos/100.000 nascimentos30 casos/100.000 nascimentos 99 200 casos/100.000 transplantados200 casos/100.000 transplantados 99 13 casos/100.000 indiv13 casos/100.000 indivííduos com câncerduos com câncer 99 5252--115 casos/100.000 HIV+115 casos/100.000 HIV+ 99 1,4 casos/100.000 idosos1,4 casos/100.000 idosos ROCOURT (1996)ROCOURT (1996) Importância para saImportância para saúúde pde púúblicablica FoodNet:FoodNet: 992493 casos de listeriose/ano2493 casos de listeriose/ano 99499 mortes499 mortes MEAD et al. (1999)MEAD et al. (1999) Listeria monocytogenes 9 Alimentos associados com os surtos: - queijos - leite cru e “pasteurizado” - sorvetes - produtos cárneos - vegetais crus Condições necessárias para que haja um surto por Listeria monocytogenes ContaminaContaminaçção do alimento porão do alimento por ccéélulas vegetativaslulas vegetativas Ingestão do alimento Contaminação cruzada Multiplicação do agente??? Dose infectante??? FAO (1999) ALIMENTOSALIMENTOS SepticemiaSepticemia Meningite / Meningite / MeningoencefaliteMeningoencefalite AbortoAborto PI: 1PI: 1--90 dias (70 dias) 90 dias (70 dias) -- dose ou cepa dependente? dose ou cepa dependente? / susceptibilidade do hospedeiro?/ susceptibilidade do hospedeiro? GastroenteriteGastroenterite ManifestaManifestaçções clões clíínicas da nicas da listerioselisteriose Gastroenterite febril (indivGastroenterite febril (indivííduos saudduos saudááveis)veis) 99Sintomas: febre, diarrSintomas: febre, diarrééia, cefalia, cefalééia, dor ia, dor abdominalabdominal 99PI: 1 dia PI: 1 dia 99DuraDuraçção: 2ão: 2--3 dias3 dias ManifestaManifestaçções clões clíínicas da nicas da listerioselisteriose 99Alimentos prontos para consumo, estocados sob Alimentos prontos para consumo, estocados sob refrigerarefrigeraçção, com vida de prateleira longa;ão, com vida de prateleira longa; 99Alimentos contaminados com populaAlimentos contaminados com populaçções de ões de L. L. monocytogenes monocytogenes acima de 10acima de 1022 UFC/gUFC/g Alimentos com maior importância nos Alimentos com maior importância nos surtos de surtos de listerioselisteriose Fatores contribuintes para ocorrência dos surtos { utilização de dejetos não tratados como adubo { consumo de leite cru { tratamento térmico inadequado { contaminação pós-processamento (cruzada) PrevenPrevençção e controleão e controle INDINDÚÚSTRIA STRIA HACCPHACCP COMCOMÉÉRCIORCIO 99 Separar alimentos crus de alimentos prontosSeparar alimentos crus de alimentos prontos-- parapara--consumo;consumo; 99 Higiene e Higiene e sanificasanificaççãoão;; 99 Controle da Controle da TemperaturraTemperaturra de armazenamento de armazenamento (<5(<5ººC)C) 99 Monitoramento da data de validade dos Monitoramento da data de validade dos produtosprodutos PrevenPrevençção e controleão e controle RESIDÊNCIARESIDÊNCIA 99Manter o refrigerador limpo;Manter o refrigerador limpo; 99lavar bem os vegetais que serão consumidos lavar bem os vegetais que serão consumidos crus;crus; 99armazenar alimentos perecarmazenar alimentos perecííveis na parte mais veis na parte mais fria do refrigerador;fria do refrigerador; 99evitar manter alimentos por mais de 3 dias no evitar manter alimentos por mais de 3 dias no refrigerador;refrigerador; 99evitar o consumo de P.O.A. crus ou mal evitar o consumo de P.O.A. crus ou mal cozidoscozidos Bacillus cereus Bacillus cereus 99 Gênero compreende mais de 30 espGênero compreende mais de 30 espéécies, cies, sendo duas delas particularmente importantes: sendo duas delas particularmente importantes: BacillusBacillus cereuscereus alimentosalimentos BacillusBacillus anthracisanthracis animaisanimais Bacillus cereus síndrome diarreica síndrome emética toxina toxina Alimentos envolvidos 9 Síndrome diarréica: produtos cprodutos cáárneos, leite e rneos, leite e derivados, produtos amilderivados, produtos amilááceos, vegetais cozidos e ceos, vegetais cozidos e brotos de vegetais crus.brotos de vegetais crus. 9 Síndrome emética: arroz cozido a vapor ou frito.arroz cozido a vapor ou frito. Condições necessárias para que haja um surto por Bacillus cereus Esporos / CEsporos / Céélulas vegetativas no alimentolulas vegetativas no alimento CondiCondiçções para multiplicaões para multiplicaçção ão –– 101077 –– 101099 ProduProduçção das ão das toxinastoxinas Ingestão do microrganismoIngestão do microrganismo Síndrome EméticaSSííndrome Diarrndrome Diarrééicaica ProduProduçção das ão das toxinastoxinas Reservatório: Bacillus cereus está amplamente distribuído na natureza. { solo { leite { cereais { amido { ervas { especiarias { alimentos desidratados { superfícies de carnes e de frango Motarjemi & Käferstein Food Control, v.10, p.325-333, 1999 Fatores que influenciam a incidência de ETA { Sistemas de distribuição de alimentos z Produção e distribuição em grande escala z Práticas intensivas na agricultura e produção animal z Comércio internacional e importações z longa cadeia na produção, industrialização e comercialização dos alimentos z Aumento do nº de estabelecimentos de refeições coletivas. Motarjemi & Käferstein Food Control, v.10, p.325-333, 1999 Fatores que influenciam a incidência de ETA { Saúde e situação demográfica z crescimento populacional; z aumento do número de grupos vulneráveis; z rápida urbanização. Motarjemi & Käferstein Food Control, v.10, p.325-333, 1999 Fatores que influenciam a incidência de ETA { Situação social e estilo de vida z aumento do consumo de alimentos fora de casa z aumento do número de viagens; z mudança de hábito alimentar; z pobreza e falta de educação; z mudanças sociais e culturais; z falta de treinamento e educação dos manipuladores de alimentos. Motarjemi & Käferstein Food Control, v.10, p.325-333, 1999 Fatores que influenciam a incidência de ETA { Condições ambientais z poluição do meio ambiente z diminuição de água potável e fresca z adequado suprimento de alimentos. 9Eliminar 9Reduzir 9Manter “From Farm to Table” MICROBIOLOGIA é a ciência que estuda os microrganismos, seres vivos de tamanho microscópico que pertencem a classes e reinos diversos e entre os quais estão: A) Protozoários B) As algas microscópicas C) Os vírus e bactérias D) Fungos E) Todas estão corretas QUESTÕES QUESTÕES BACTÉRIA é um ser procarioto, isto é, não possui núcleo propriamente dito, como ocorre nas células vegetais e animais, e o material genético, reunido numa determinada região celular, não se isola fisicamente do resto dos componentes celulares por uma membrana. Quanto ao enunciado, é correto afirmar que: { Está parcialmente correto { Está totalmente correto { Está totalmente incorreto { Nada podemos afirmar MICRORGANISMOS INDICADORES Definição { O termo microrganismo indicador pode ser aplicado a qualquer grupo taxonômico, fisiológico ou ecológico de microrganismos, cuja presença ou ausência proporciona uma evidência indireta referente a uma característica particular do histórico da amostra. Segurança de alimentos { Os números e tipos de microrganismos presentes nos alimentos produzidos podem ser usados avaliar com segurança a qualidade microbiológicados mesmos. Divisão {Microrganismos que não oferecem riscos diretos à saúde {Microrganismos que oferecem um risco baixo ou indireto à saúde Coliformes totais { Bactérias da família Enterobacteriaceae, capazes de fermentar a lactose com produção de gás, quando incubadas a 35-37ºC, por 48 horas. São Gram-negativas e não formadoras de esporos. { Escherichia→ habitat primário é o trato intestinal do homem e animais { Enterobacter, Citrobacter e Klebsiella→ presentes nas fezes, vegetais e solo. { Presença não indica necessariamente contaminação fecal recente ou ocorrência de enteropatógenos. Coliformes fecais e Escherichia coli {Correspondem aos coliformes totais que continuam fermentando lactose com produção de gás, quando incubadas à temperatura de 44- 45,5ºC. {Ao redor de 90% das culturas de E. coli são positivas nessas condições. Escherichia coli Escherichia coli Teste presuntivo Teste confirmativo coliformes totais Teste confirmativo – coliformes fecais Outros indicadores {Clostridium perfringens { Salmonella spp. { Staphylococcus aureus { Bolores e leveduras {Mesófilos aeróbios Meio HE Meio XLD Salmonella spp. Staphylococcus aureus Bolores e Leveduras Métodos de Análise { Contagem de bactérias aeróbias mesófilas z Comumente empregada para indicar a qualidade sanitária dos alimentos z Um elevado número indica que o alimento é insalubre z Contagem elevada desse grupo de bactérias nos alimentos não perecíveis é indicativa do uso de matéria- prima contaminada ou processamento insatisfatório. Em alimentos perecíveis, pode indicar abuso durante o armazenamento em relação ao binômio tempo/temperatura { Contagem de bactérias psicrotróficas e termófilas z Avaliam o grau de deterioração de alimentos refrigerados ou daqueles submetidos a tratamento térmico { Contagem de bactérias anaeróbias z A presença de anaeróbios é indicativa de que houve condições favoráveis para a multiplicação de microrganismos patogênicos anaeróbios, como Clostridium botulinum e Clostridium perfringens. z Microrganismos importantes como contaminantes em alimentos ácidos e de baixa atividade de água, como frutas frescas, vegetais e cereais. São também responsáveis pela deterioração de sucos de frutas, queijos, alimentos congelados, desidratados e em conserva, como picles. z A presença desses microrganismos pode tornar-se um perigo à saúde pública devido à produção de micotoxinas pelos bolores. Contagem de bolores e leveduras Crescimento de fungos em meio Batata-dextrose ágar { Medidas para reduzir ou eliminar bolores e leveduras: z Boas práticas de higiene z Alimentos devem chegar o mais rapidamente possível ao consumidor z Armazenamento de alimentos congelados deve ser feita a temperaturas inferiores a -12ºC z Eliminar ou reduzir o contato do ar através de embalagens z Adicionar ácidos ou conservantes químicos, como benzoatos ou sorbatos z Aquecer o alimento na etapa final de processamento – em sua embalagem final – para destruição de células vegetativas e esporos Alimentos vegetais frescos→ único indicador válido de contaminação fecal é a E. coli Alimentos frescos de origem Alimentos frescos de origem animalanimal→→ ocorrência de ocorrência de nnúúmeros elevados de meros elevados de EnterobacteriaceaeEnterobacteriaceae pode indicar pode indicar manipulamanipulaçção sem cuidados deão sem cuidados de higiene e/ou armazenamentohigiene e/ou armazenamento inadequadoinadequado Alimentos processados→ a presença de um número considerável de coliformes ou Enterobacteriaceae indica: processamento inadequado e/ou recontaminação pós-processamento (matéria- prima, equipamento sujo ou manipulação sem cuidados de higiene); e/ou proliferação microbiana que poderia permitir a multiplicação de microrganismos patogênicos e toxigênicos. O que é qualidade? O que é segurança? “Satisfazer ou atender as expectativas dos clientes”. Fazendo as coisas certas Fazendo certo as coisas certas Fazendo as coisas livres de erros e deficiências. QUALIDADE SEGURANÇA Aquilo que não representa PERIGO para a população ou apresenta RISCO mínimo ao consumidor Alimento de qualidadeAlimento de qualidade Alimento seguroAlimento seguro QualidadeQualidade Atributos Atributos negocinegociááveis veis (aparência, (aparência, sabor, embalagem, marca, presabor, embalagem, marca, preçço).o). SeguranSeguranççaa Atributos não Atributos não negocinegociááveis veis (o que (o que representa perigo).representa perigo). CUSTOS DA MÁ QUALIDADE Custos visCustos visííveisveis 5 5 –– 15%15% DevoluDevoluçção, conserto, horas extras, ão, conserto, horas extras, perdasperdas Custos ocultosCustos ocultos 15 15 –– 25%25% Ociosidades, atrasos, rotatividade de Ociosidades, atrasos, rotatividade de pessoalpessoal CUSTOS RELACIONADOS A INSATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR { Para cada cliente que reclama, 26 outros permanecem em silêncio; { Consumidor insatisfeito, conta para outras 16 pessoas; { 91% não readquirem; { O bom atendimento à queixa, recupera 85 - 95% dos clientes; { O custo para atrair um novo cliente é cinco vezes maior que o dispensado para manter um cliente antigo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Tempo (dias) L o g U F C / c m 2 Log 6 Log 4 Log 2 Efeito do conteEfeito do conteúúdo microbiano superficial sobre a do microbiano superficial sobre a vida de prateleira da carne armazenada a 5vida de prateleira da carne armazenada a 5ººC C Zona de tolerância Zona de deterioração Fleischwirtschaft español, v.76, n.1, p.33-40, 1996. Qualidade e Segurança dos alimentos { Medidas preventivas z GMP ou BPF { Boas Práticas de Fabricação z PPHO ou SSOP { Procedimentos Padrões de Higiene Operacional z HACCP ou APPCC { Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle { BPF e PPHO são pré-requisitos para a implantação de HACCP!!!! ATENÇÃO O que é BPF? Conjunto de medidas para controlar as condições ambientais e operacionais e favorecer a produção de um alimento seguro e de qualidade. Âmbito de aplicação: TODA A CADEIA PRODUTIVA Portaria 368 (1997) { Princípios gerais higiênicos-sanitários das matérias primas para alimentos elaborados e industrializados. { Condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos { Estabelecimento: requisitos de higiene (saneamento dos estabelecimentos) { Higiene pessoal e requisitos sanitários { Requisitos de higiene na elaboração { Armazenamento e transporte de matérias primas e produtos acabados BPF { Produção primária z produção de alimento adequado ao consumo humano {meio ambiente de baixo risco { controle de contaminantes, pragas e doenças { higiene adequada BPF Produção primária Objetivo reduzir possibilidade de perigos que possam afetar a segurança do alimento Como? Educação e treinamento dos produtores BPF Produção primária Exemplos de medidas de controle controlar contaminação por solo água ração fertilizantes pesticidas drogas veterinárias evitar contaminação fecal BPF Na indústria Localização meio ambiente poluído áreas sujeitas a enchentes áreas com infestações e pragas retirada de dejetos (sólidos ou líquidos) difícil BPF Na indústria Edifício(s) e sala(s) projeto e ‘lay out” adequado? Foi desenhada para fluxo unidirecional dos materiais? Plataforma de recebimento Estocagem Formulação Cocção Resfriamento Empacotamento Armazenagem Embarque Plataforma de recebimentoEstocagem Formulação Cocção Resfriamento Empacotamento Armazenagem Embarque BPF Na indústria Edifícios e salas Separação de MP - produto acabado? Eliminação de lixo? Sanitários em número e localização adequada? Pias em número e localização adequada? BPF Na indústria Edifício(s) e sala(s) estrutura e instalações internas Paredes e pisos de material adequado? Sistema de drenagem e de esgoto adequados? Janelas e portas à prova de insetos? Forro minimiza acúmulo de sujeiras e condensações de vapor? BPF Na indústria Equipamentos e máquinas têm desenho higiênico? permitem manutenção e limpeza adequadas? funcionam de acordo com a finalidade? permitem monitoração? BPF Na indústria Suprimento de água adequado? Volume, pressão, temperatura potável? tubulações adequadas? caixas d’água limpas, tampadas? BPF Na indústria Esgoto e disposição de lixo adequado? evita contaminação da água? BPF z Na indústria { Iluminação z adequada? { Qualidade do ar e ventilação { Controle de temperatura BPF z Na indústria { Programa de controle de pragas z empresa registrada e aprovada? z são feitas auditorias periódicas na documentação dela? BPF { Na indústria z Programa de checagem, manutenção preventiva e calibração de equipamentos BPF Na indústria Matéria prima Sistema de recebimento, certificação Avaliação da qualidade do lote através de análises BPF { Na indústria z Presença de visitantes { deve ser controlada para prevenir contaminações { não deve resultar em contaminação cruzada { sempre que necessário devem vestir roupas protetoras e observar a higiene pessoal BPF Na indústria Transporte dos alimentos Manutenção da temperatura Limpeza e manutenção dos caminhões BPF Na indústria Procedimentos para recolhimento ( “recall”) adequado? Rastreabilidade da MP (fornecedor)? Codificação do Produto final? Rastreabilidade do produto final? BPF Na indústria Programa de treinamento constante atualizado todos os funcionários, de acordo com seu tipo de trabalho BPF Na indústria Programa de treinamento foco principal higiene higiene pessoal inclusive! Higiene pessoal Treinamento deve ser periódico e exaustivo Deve ressaltar a importância: do banho da manutenção das unhas curtas, limpas e sem esmalte dos cuidados com os dentes do uso de toucas e protetores de informar ao supervisor sobre alterações do estado de saúde da importância de manter o uniforme limpo Higiene pessoal Limpeza das mãos freqüência de lavagem no início das atividades após usar os banheiros após manipular produtos crus/ contaminados após acidentes após espirrar ou tossir antes de calçar as luvas... Higiene pessoal Limpeza das mãos como lavar lavar com água e sabão esfregar por 30” a 1’ enxaguar Desinfetar luva não substitui (nem dispensa) a lavagem das mãos!!!! Comportamento no trabalho Lembrar coisas tais como: Deve-se evitar coçar a cabeça e/ou outra parte do corpo introduzir os dedos no nariz, orelhas e boca tossir / espirrar em cima do produto utilizar panos de algodão para enxugar as mãos durante o trabalho (OU O UNIFORME!) Comportamento no trabalho Lembrar coisas tais como: Não é permitido: mascar chicletes, balas, etc manter na boca palitos de dentes, de fósforo,etc lápis, cigarros, etc. atrás da orelha ou nos bolsos fumar nas áreas de fabricação anéis, brincos, colares, etc. cílios e unhas postiças Higiene / comportamento Cabe a empresa fornecer uniformes em número suficiente e em mantê-los em bom estado calçados adequados fechados, impermeáveis armários para roupas e pertences pessoais sanitários em condições adequadas e “equipados” fornecimento de EPIs CONTROLECONTROLE DEDE PRAGASPRAGAS Controle de pragas ¾ Principais pragas/infestações ¾ moscas ¾ baratas ¾ roedores ¾ pássaros Controle de pragas Infestações ocorrem onde há comida locais de acasalamento chance de infestação minimizada por inspeção de materiais recebidos monitoramento das instalações práticas higiênicas Controle de pragas Prevenindo o acesso manutenção dos edifícios em boas condições evita acesso elimina locais de acasalamento buracos, ralos,etc. devem ser mantidos fechados/ telados telas de proteção em janelas, portas, etc. reduzem a entrada de animais uso de cortinas de ar molas nas portas Controle de pragas Eliminando fontes de alimento e água alimentos devem ser armazenados em recipientes a prova de pragas, estocados sobre estrados elevados, afastados das paredes áreas internas e externas devem ser mantidas limpas lixo e dejetos devem ser mantidos em recipientes cobertos e que dificultem a entrada de pragas Controle de pragas { Monitoramento e detecção da infestação z deve ser feita regularmente z área interna e externa z busca de evidências de infestação { roeduras { fezes { urina Controle de pragas Erradicação deve ser imediata pessoal treinado/ especializado produtos empregados não devem afetar a segurança do alimento empresas contratadas devem ter registro junto aos orgãos competentes HIGIENE E SANITIZAHIGIENE E SANITIZAÇÇÃOÃO Programa de limpeza e sanificação { Limpeza z remoção de sujidades de uma superfície z primeira etapa da higienização z remoção de 99,9% das partículas { Sanificação (desinfecção) z redução, a níveis aceitáveis, dos microrganismos presentes z eficiência depende da limpeza! Programa de limpeza e sanificação { Deve definir: z o que { embutideira Programa de limpeza e sanificação { Deve definir: z o que z com o que { empregar detergente alcalino, marca Limpatudo { após enxaguar aplicar sanificante Matatudo Escolha do detergente/sanificante adequado para o tipo de sujidade é fundamental Programa de limpeza e sanificação { Deve definir: z o que z com o que z como z { desmontar equipamento { enxaguar do água a 38oC { esfregar as peças / corpo do equipamentos com escova e detergente Limpatudo { enxaguar com água a 38oC { aplicar o sanificante Matatudo, deixar atuar por 5’ Programa de limpeza e sanificação { Deve definir: z o que z como z com o que z por quem { o operador do equipamento Programa de limpeza e sanificação { Deve definir: z o que z como z com o que z por quem z quando z { a cada 4h de operação Programa de limpeza e sanificação { Monitoração do processo z visual { superfícies de equipamentos, juntas, válvulas, etc. z contato { com auxílio de papel z carga microbiológica { “swab”, placas de contato, última água de enxágüe, bioluminescência z verificação dos procedimentos e operações { [ ] dos detergentes/ sanificantes, temperatura, etc. PPHOPPHO O que significa? Procedimentos Padrões de Higiene Operacional - PPHO Sanitation Standard Operating Procedures - SSOP Foi desenvolvido pelo FSIS/USDA em função da inspeção em 1014 estabelecimentos sob Inspeção Federal, que evidenciaram problemas de higiene operacional em mais de 60% deles. Histórico •O sistema deve descrever todos os procedimentos realizados para manter uma higienização adequada antes e durante a utilização dos equipamentos. Histórico •Devem implementar ações corretivas apropriadas, incluindo destino para o alimento possivelmente contaminado Histórico Objetivo Prevenção da contaminação e da adulteração dos produtos PPHO Programa descrito, desenvolvido, implantado e monitorado”. Pré-Operacionais PROCEDIMENTOS Operacionais PPHO deve: { descrever TODOS os procedimentos a serem efetuados ANTES e DURANTE as operaçõespara prevenir a contaminação direta/ adulteração do produto PPHO deve: { descrever TODOS os procedimentos a serem efetuados ANTES e DURANTE as operações para prevenir a contaminação direta/ adulteração do produto { ser assinado e datado por pessoa autorizada e com autoridade PPHO deve: { descrever TODOS os procedimentos a serem efetuados ANTES e DURANTE as operações para prevenir a contaminação direta/ adulteração do produto { ser assinado e datado por pessoa autorizada e com autoridade { identificar o responsável pela implementação do procedimento PPHO deve: { descrever TODOS os procedimentos a serem efetuados ANTES e DURANTE as operações para prevenir a contaminação direta/ adulteração do produto { ser assinado e datado por pessoa autorizada e com autoridade { identificar o responsável pela implementação do procedimento { freqüência com que cada procedimento será realizado O que deve abranger um PPHO { Programa de limpeza e sanificação z instalações z equipamentos e utensílios z higiene pessoal do manipulador { educação sanitária O que deve abranger um PPHO { Programa de limpeza e sanificação { Programa de manejo integrado de pragas z Insetos z Aves z Roedores O que deve abranger um PPHO { Programa de limpeza e sanificação { Programa de manejo integrado de pragas { Programa de manutenção de equipamentos z moedores de carnes, superfícies de mesas, etc. O que deve abranger um PPHO { Programa de limpeza e sanificação { Programa de manejo integrado de pragas { Programa de manutenção de equipamentos { Programa de aferição e calibragem de instrumentos z termógrafos, pHmetros, etc. Aos estabelecimentos cabe: { Avaliar periodicamente a eficiência de seus PPHO { Adotar medidas para manter sua eficácia { Adotar ações corretivas sempre que se constatar que os PPHO falharam na prevenção da contaminação/ adulteração { procedimentos para rejeição de produto não conforme { restauração das condições sanitárias { medidas para prevenir repetição do problema { reavaliação dos PPHO Ações corretivas PPHO { Registro e manutenção dos registros z registros diários sobre execução dos procedimentos e das medidas corretivas { autenticados pelo funcionário responsável, rubricado e datado z disponíveis para os funcionários da Inspeção Federal em 24h após requisição z retidos pela empresa por pelo menos 6 meses z mantidos na planta por pelo menos 48h após concluídos os procedimentos PPHO { Lei Federal de Inspeção de Carnes dos EUA z exige que a Inspeção Federal verifique a adequação e a eficácia dos PPHO { revisão dos PPHO e dos registros diários { observação da execução dos PPHO { ações corretivas adotadas/ requeridas { observações/ testes das condições sanitárias da planta Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA { PPHO1 - potabilidade da água Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA { PPHO1 - potabilidade da água { PPHO2 - higiene das superfícies de contato com o produto Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA { PPHO1 - potabilidade da água { PPHO2 - higiene das superfícies de contato com o produto { PPHO3 - prevenção de contaminação cruzada z MP - produto final Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA { PPHO1 - potabilidade da água { PPHO2 - higiene das superfícies de contato com o produto { PPHO3 - prevenção de contaminação cruzada { PPHO4 - higiene pessoal Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA { PPHO2 - higiene das superfícies de contato com o produto { PPHO3 - prevenção de contaminação cruzada { PPHO4 - higiene pessoal { PPHO5 - proteção contra contaminação/ adulteração do produto z lubrificantes, praguicidas, agentes de limpeza, etc. Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA { PPHO3 - prevenção de contaminação cruzada { PPHO4 - higiene pessoal { PPHO5 - proteção contra contaminação/ adulteração do produto { PPHO6 - identificação e estocagem adequada dos produtos tóxicos Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA { PPHO4 - higiene pessoal { PPHO5 - proteção contra contaminação/ adulteração do produto { PPHO6 - identificação e estocagem adequada dos produtos tóxicos { PPHO7 - saúde dos operadores Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA { PPHO5 - proteção contra contaminação/ adulteração do produto { PPHO6 - identificação e estocagem adequada dos produtos tóxicos { PPHO7 - saúde dos operadores { PPHO8 - controle integrado de pragas { PPHO9 – registros (Resolução 10) Pré-operacional: Procedimentos de limpeza e sanificação; Freqüência; Substâncias detergentes e sanificantes utilizados; Formas de monitoração e respectivas freqüências; Modelos de formulários de registros; Medidas corretivas, quando desvios. Operacionais: Descrição de todas as etapas do processo; A forma e freqüência da monitorização; Formulários e registros das atividades de monitorização. Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC Histórico – Evolução dos sistemas utilizados para garantir alimentos seguros Ano 1959 – controle da segurança Æ amostragem e análises – produto final; 1960 - Agregação de boa práticas de fabricação (BPF) Æ deficiente controle de processos e perigos específicos; 1973 - Publicado o primeiro documento detalhando a técnica APPCC; 1980 – OMS recomenda as indústrias de alimentícias a utilização do APPCC; No Brasil, 1993 - o MAPA estabeleceu normas e procedimentos para implantação do sistema APPCC nos estabelecimentos de pescado e derivados e Portaria 1428 do MS estabeleceu obrigatoriedade de procedimentos para implantação do sistema APPCC nas indústrias de alimentos; 1998 - Portaria 40 de 20/01/98, do MAPA estabeleceu o Manual de Procedimentos no Controle da Produção de Bebidas e Vinagres baseado nos princípios do sistema APPCC Portaria 46, de 10/02/98, do MAPA, estabeleceu o Manual de Procedimentos para Implantação do Sistema APPCC nas indústrias de Produtos de Origem Animal; 2001 - complemento do sistema BFP – PPHO´s Introdução Alimentos seguros X Segurança alimentar Alimentos sem Perigos à Saúde do Consumidor Populacional – garantia de alimentos em quantidade à população HACCP/APPCC Garantir a produção de alimentos seguros para o consumidor Melhoria da qualidade – relação ao todo não só no produto Maior satisfação do consumidor Competitividade Mercado extermo Custos da MÁ qualidade 15 A 25% DOS CUSTOS TOTAIS !!!!!!! • Reclamações • Ociosidade • Esperas • Atraso • Reprogramação • Burocracia • Estoques excessivos • Erro de faturamento • Erro de entrega • Rotatividade de colaboradores • Não conformidades A MAIORIA DOS CLIENTES NÃO SE QUEIXA DA MÁ QUALIDADE Queixa formalizada ELES MUDAM DE FORNECEDOR (MARCA) •1 Insatisfeito difunde para 12 consumidores •1 reclamação atendida amplia 2 consumidores •1 consumidor satisfeito multiplica para 2 consumidores •5 vezes mais difícil recuperar um cliente ou consumidor do que mantê-lo POR QUE QUALIDADE? Perigos em alimentos Surtos – EUA 2005 Biológicos 75% Químicos 25% Reino Unido Contaminantes físicos responsáveis por ações Metal 24% Vidro 10% Insetos e sujidades 47% Impactos dos perigos na comercialização de alimentos Palmito em Conserva – Botulismo (pH) Laticínios Contaminação fecal Presença de patógenos Hortaliças Agrotóxicos Parasitas Conseqüências dos perigos Consumidores Riscos leves, médios e severos Morte Empresa Divulgação pela mídia – imagem negativa do produtoPrejuízo por perda do produto - Recall Custos hospitalares Custos com processos, multas e indenizações Fechamento da empresa – Frigorífico em Pelotas O que é o sistema APPCC? Ferramenta de gestão para identificação de perigos potenciais e de formas para o controle das condições que geram esses perigos. Recomendado: Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), MAA, MS. Análises específicas para indústria ou linha de processamento Ações corretivas imediatamente aplicadas Redução de doenças de origem alimentar Por que utilizar o sistema? Segurança e qualidade de produtos alimentícios Análise do produto final X controle na produção Princípios preventivos e não corretivos Credibilidade junto ao consumidor Competitividade entre empresas Atender as Legislações internacionais Implantação do APPCC ocorre por 3 motivos Quem compra exige – grandes corporações; Iniciativa da direção da empresa; Conscientização de que alimentos seguros é importante e indispensável para sobrevivência da Empresa Pré-requisitos para implantação do sistema APPCC Exige alto índice de comunicação Resultado - retorno Boas práticas de fabricação (BPF) Boas práticas de fabricação (BPF) *Base higiênico-sanitária *Simplifica e viabiliza o APPCC Æ assegurando sua integridade e eficiência Padronização de atividades Mudanças nos métodos de produção Normas higiênico-sanitárias Mudança no projeto e uso de equipamentos Mudanças comportamentais Elementos essenciais para BPF Projetos dos prédios e instalações; Limpeza e conservação das instalações, equipamentos e utensílios; Programa de qualidade de água; Recebimento de matérias-primas e estocagem; Qualidade da matéria-prima e ingredientes; Higiene pessoal e treinamento periódico; Controle integrado de pragas; Manutenção e calibração preventiva dos equipamentos; Programa de recolhimento; Procedimentos sobre reclamações de clientes e consumidores; Garantia e controle de qualidade Procedimentos padrões de higiene operacional (PPHO) Itens das BPF´s relacionados a higiene operacional que devem ser monitorados, registrados e adotados Descrever procedimentos de monitoramento e identificar os responsáveis; Estabelecer freqüência dos procedimentos; Manual de elaboração do sistema; Ações corretivas em casos de desvios Objetivo prevenir contaminação direta ou indireta dos produtos alimentícios (PPHO) 1- potabilidade da água manter a segurança da água que entra em contato direto ou indireto com o alimento, equipamentos, utensílios 2 – higiene de superfícies de contato com o produto específica para o tipo de equipamento e utensílio, luvas e artigos de vestuário 3 – prevenção de contaminação cruzada objetos insalubres para alimentos, embalagens, separação de produtos prontos dos crus... 4 – higiene pessoal e instalações sanitárias sanitização das mãos e adequada higiene das instalações sanitárias 5 – proteção contra contaminação e/ou adulteração do produto proteção do produto para que não ocorra adulterações por agentes químicos ou físicos 6 – Identificação e estocagem adequada de agentes tóxicos processo formal de etiquetagem, armazenamento e uso de substâncias químicas ou tóxicas 7 - saúde dos colaboradores registros sobre qualquer intercorrência para evitar contsaminação microbiológica de alimentos, embalagens e superfícies 8 – Controle integrado de pragas manter a planta de produção livre de pragas, principalmente urbanas Benefícios das BPF, PPHO´s e do APPCC Maior segurança e qualidade dos produtos; Maior competitividade; Atendimento às exigências do mercado; Fator de “marketing”; Ampliação de mercado, incluindo exportação; Atendimento a eventuais ações judiciais; PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS DTHA NO ESTADO DE PERNAMBUCO E NO BRASIL Nancy Sena SES/PE Ano N. de Surtos Doentes Obitos 2000 25 1186 0 2001 32 673 0 2002 40 670 0 2003 36 384 0 2004 58 600 0 2005 49 602 3 2006 72 469 0 2007 55 733 2 2008 59 1282 4 2009 53 499 0 TOTAL 479 7098 9 Distribuição do Número de Surtos de DTA. Pernambuco, 2000-2009* Fonte: SES-PE/ Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos *Dados sujeitos à revisão, atualizado em 25/11/2010 Durante 1999 a 2008* foram notificados no Brasil: • 6.062 surtos de DTA • Envolvendo 117.330 pessoas doentes e 64 óbitos • Mediana: 7 pessoas por surto (1-2775 casos) Fonte: COVEH/CGDT/DEVEP/SVS/MS *Dados sujeitos a alterações. Atualizado em 08.08.2008 Surtos de DTA segundo alimento envolvido. Pernambuco, 2000-2009* Fonte: SES-PE/ Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos *Dados sujeitos à revisão, atualizado em 25/11/2010 Surtos de DTHA segundo local de ocorrência. Pernambuco, 2000- 2009�� Fonte: SES-PE/ Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos *Dados sujeitos à revisão, atualizado em 25/11/2010 Surtos de DTA segundo agente etiológico. Pernambuco, 2000-2009* Fonte: SES-PE/ Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos *Dados sujeitos à revisão, atualizado em 25/11/2010 Microbiologia de Alimentos�Higiene de Alimentos Grupos de microrganismos de importância em alimentos Fatos recentes Característica da doença Grupos de microrganismos de importância em alimentos Grupos de microrganismos de importância em alimentos Grupos de microrganismos de importância em alimentos Microbiologia básica Vírus mais comuns FUNGOS (bolores e leveduras) Bolores de interesse em alimentos Bolores de interesse em alimentos LEVEDURAS BACTÉRIAS Estruturas bacterianas e suas funções Nutrição e metabolismo microbiano Fatores de crescimento Fatores de crescimento Crescimento microbiano Crescimento microbiano Bactérias patogênicas de interesse em alimentos ENFERMIDADES TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ETA Fontes de contaminação Questionamentos Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s) Surto de ETA’S Surto de Salmonelose Enfermidades transmitidas por alimentos Enfermidades transmitidas por alimentos ETA – mecanismos de patogenicidade ETA – sítios de ação ETA – Caracterização FoodNet (USA) - Incidência dos diferentes agentes etiológicos de infecções diagnosticadas no período de 1999 - 2003� Salmonella - principal agente de ETA ALIMENTOS ENVOLVIDOS Apesar da importância da Salmonella em alimentos... Ocorrência de surtos de salmonelose Staphylococcus�enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos Condições necessárias para que haja� uma intoxicação por Staphylococcus Mecanismo de ação das toxinas estafilocócicas Estafilococos enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos Estafilococos enterotoxigênicos Alimento suspeito Clostridium perfringens Clostridium perfringens Condições necessárias para que haja� um surto por Clostridium perfringens Reservatório: �� Clostridium perfringens está amplamente distribuído na natureza. Em alimentos: Cuidados especiais: Campylobacter Condições necessárias para que haja� um surto por Campylobacter jejuni Reservatório: �� Campylobacter jejuni está presente no trato intestinal de um número grande de espécies animais: Campylobacter jejuni Clostridium botulinum Clostridium botulinum - Histórico (1) Clostridium botulinum - Histórico (2) Condições necessárias para que haja� um quadro de botulismo Toxinas botulínicas (1) Toxinas botulínicas (2) Toxinas botulínicas (3) Clostridium botulinum Clostridium botulinum Botulismo Infantil Medidasa serem tomadas para evitar um caso/surto de botulismo Listeria monocytogenes Fatores contribuintes para ocorrência dos surtos Bacillus cereus Condições necessárias para que haja um surto por Bacillus cereus Reservatório: �� Bacillus cereus está amplamente distribuído na natureza. Fatores que influenciam a incidência de ETA Fatores que influenciam a incidência de ETA Fatores que influenciam a incidência de ETA Fatores que influenciam a incidência de ETA MICRORGANISMOS INDICADORES Definição Segurança de alimentos Divisão Coliformes totais Coliformes fecais e Escherichia coli Outros indicadores Meio HE Meio XLD Staphylococcus aureus Bolores e Leveduras Métodos de Análise Crescimento de fungos em meio Batata-dextrose ágar� O que é qualidade? Portaria 368 (1997) BPF BPF BPF Controle de pragas Programa de limpeza e sanificação Programa de limpeza e sanificação Programa de limpeza e sanificação Programa de limpeza e sanificação Programa de limpeza e sanificação Programa de limpeza e sanificação Programa de limpeza e sanificação PPHO deve: PPHO deve: PPHO deve: PPHO deve: O que deve abranger um PPHO O que deve abranger um PPHO O que deve abranger um PPHO O que deve abranger um PPHO Aos estabelecimentos cabe: Ações corretivas PPHO PPHO Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA Requisito para cumprir com os regulamentos do FDA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS DTHA NO ESTADO DE PERNAMBUCO E NO BRASIL
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