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BRONQUIECTASIA Prof. Luan Simões Definição Dilatação anormal e irreversível dos brônquios causada pelas alterações destrutivas e inflamatórias das paredes das vias aéreas => supuração local. CORRELAÇÃO DIRETA: • Número e gravidade das infecções respiratórias presentes na comunidade • Principalmente entre jovens e, de modo particular, em crianças. Fisiopatologia ORIGEM: episódios de bronquiolite (infância) ou infecções respiratórias de repetição (viral ou bacteriana) Perpetuação do processo inflamatório => mediadores inflamatórios (citocina, neutrófilos + proteases) => reparação e fibrose => destruição dos componentes musculares e elásticos => DILATAÇÕES TORNAM-SE DEFINITIVAS • Lesão inflamatória inicial • Prejuízo nos mecanismos de defesa mucociliar • Acúmulo de secreções • Presença das bactérias • Reação inflamatória local (mediadores - neutrófilos ) • Liberação de diversos produtos enzimáticos + proteases • Inibição dos mecanismos mucociliares • Dano a estrutura brônquica (tecido elástico e músculo liso) • Aumento da colonização bacteriana • Aumento do estímulo inflamatório Patologia • Mucosa apresenta perda do epitélio ciliar, metaplasia escamosa e infiltrado inflamatório. • Presença de pus no lúmen brônquico (exacerbação aguda) • Pulmão circundante com fibrose e alterações inflamatórias crônicas. • Quantidade variável de fibrose, colapso e focos de broncopneumonia • Maior frequência => lobo inferior COMO CLASSIFICAR A BRONQUIECTASIA? Classificação anatômica • BRONQUIECTASIA CILÍNDRICA: Parede das VA => regular e uniformemente dilatada. • BRONQUIECTASIA VARICOSA: Padrão irregular => áreas alternadas de constrição e dilatação • BRONQUIECTASIA CÍSTICA OU SACULAR: Alargamento distal progressivo das VA => dilatação tipo saco Classificação BRONCOPNEUMÔNICA • Broncopneumonias infância => vírus do sarampo (adenovírus). • Presença de infiltração linfóide nas paredes dos brônquios afetados e parênquima pulmonar adjacente. • Cilíndricas => predomina em lobo inferiores e usualmente em crianças (<7 anos) • Císticas => mais focais e em idade mais tardia ATELECTÁSICA Obstrução de vias brônquicas (proximal) => dilatação em áreas de colapso. Dilatações => agudas e regredirem => retirada do fator causal Classificação ÚMIDA • Acúmulo de secreção continuadamente • Infecções crônicas difíceis de erradicar • Lobo inferiores • Pequenas hemoptises • Ausculta pulmonar com ruídos adventícios • Baqueteamento digital • Infecções com broncopneumonia SECA • Sequela de tuberculose pulmonar • Rara • Lobos superiores ou médios (“Síndrome do lobo médio”) • Hemoptise episódica => infecção brônquica aguda • Estertores localizados (ausculta pulmonar) • Radiografia do tórax => muitas vezes normal Classificação • CONGÊNITA: De 1914 a 1934 => teoria reforçada Atualmente => evidências tornam essa teoria cada vez menos provável • ADQUIRIDA: Imensa maioria dos casos Seguidas de infecção => com ou sem infecção de via brônquica axial Diagnóstico clínico Presença de sintomas respiratórios de longa duração (anos) => tosse e expectoração purulenta. Tosse Expectoração Estertores bolhosos Hemoptise Pneumonias repetidas Dispneia Sibilos e roncos Baqueteamento digital Dor torácica Tiragem Edema em MMII Cianose Diagnóstico radiológico • Paredes espessas de brônquios dilatados • Outros exames de imagem: Tomografia Computadorizada Broncoscopia Broncografia (desuso) Exames de imagem Diagnóstico funcional • Avançar da doença -> leve não causa alterações funcionais • Condições associadas (bronquite crônica e enfisema) Padrão: • Obstrução das vias aéreas • Eventual componente restritivo proporcional ao grau de atelectasia (se houver) • Anormalidade gasométrica (V/Q) • Hipercapnia -> hipertensão arterial pulmonar -> Cor Pulmonale (incomum) Complicações • Infecções de repetição • Pneumotórax • Hemoptise • Abscesso pulmonar • Abscesso cerebral • Atelectasias (hospitalizados) • Pneumonia e hemorragia (menos comuns) Tratamento OBJETIVO: • Controlar os sintomas • Prevenir as complicações (infecções repetitivas e hemoptise) • Redução da morbidade • Reconduzir o indivíduo à uma vida produtiva Antibióticos Fisioterapia Tratamento • Antibióticos -> Conforme necessidade ou esquema regular -> A partir de culturas de escarro • Broncodilatadores inaláveis -> Obstrução ao fluxo aéreo • Mucolíticos -> Anti-DNase -> diminui a viscosidade • Ressecção cirúrgica -> Reservada aos pacientes com doença localizada que apresentam hemoptise maciça ou sintomatologia severa. Avaliação da Fisioterapia FUNÇÃO PULMONAR MUSCULATURA RESPIRATÓRIA CAPACIDADE FÍSICA Objetivos da Fisioterapia • Promover a higiene pulmonar • Reduzir a obstrução brônquica e a resistência das vias aéreas • Proporcionar reexpansão pulmonar • Treinar a musculatura respiratória • Promover o condicionamento físico • Orientar o paciente sobre a doença e o tratamento • Prevenir e/ou evitar complicações respiratórias Conduta fisioterapêutica • Higiene brônquica (D.A, C.A, Vibrocompressão, Flutter/Shaker) • Drenagem postural • Estímulo à tosse (manobras) • Inaloterapia (umidificação) • Reexpansão pulmonar (Compressão-descompressão, Bloqueio torácico, hiperinsuflação manual) • Incentivadores respiratórios (Respiron/Triflo, Voldyne) • Treino da musculatura respiratória (Threshold, bexiga) • Cinesioterapia (exercícios ativos) • Capacidade física (bicicleta, esteira ergométrica) Obrigado! “Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado”. Roberto Shinyashiki
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