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DIREITO DE FAMÍLIA

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DIREITO DAS FAMÍLIAS
HISTÓRICO
ORIGEM
DIREITO ROMANO (e grego também) PATRIARCAL (O homem assumia o papel centralizador! A mulher não tinha direito algum)
DIREITO CANÔNICO ( inseriu o casamento como entidade de formação familiar)
PRINCÍPIO DA FAMILIA
RELIGIÃO (que comandava o direito de família)
NÃO BASEAVA-SE NO AFETO (Esse sentimento nem existia)
OBS: A mulher será levada em conta quando for iniciada no “Culto” com a cerimônia sagrada do casamento.
As filhas podiam ser excluídas da sucessão do pai
Aqueles que se achegavam, filhos pela religião, poderiam ter mais valor que os filhos biológicos.
A mulher sempre submissa. O primeiro filho tinha que ser homem para manter e perpetuar o patrimônio.
CONCEITO
DA COLONIZAÇÃO ATÉ O SÉCULO XX (Exclusivamente patriarcal)
Base da sociedade – art 226 CRFB/88
FAMÍLIA – Agrupamento de pessoas ligadas entre si por relações pessoais e patrimoniais resultantes do casamento, da união estável e do parentesco e entre outros núcleos fundados no afeto e na solidariedade.
Antes era reconhecida só pelo matrimônio, agora também é reconhecida pela união estável( a partir do CC 2002) e também por grau de parentesco ( famílias monoparentais - mãe e filho ou pai e filho)
Família contemporânea : Eudemonista, anaparental, famílias homoafetivas.
Princípio da dignidade da pessoa humana.
Tem um PL trazendo o estatuto das famílias.
Slide
Antes era só uma forma de família reconhecida, atualmente a família tem sentido amplo.
“Mulher de leito fácil” #fica a dica
Mãe canguru
Arranjos familiares (concubinas), filhos ilegítimos
Família tradicional – preconceito
A justiça não acolhia as mulheres cocumbinas
Divisor de águas
1960 – revolução de costumes – libertação da mulher – anticoncepcional – igualdade das mulheres – passam a opinar – direito das mulheres
Busca da felicidade principal razão para estar junto não é mais os pais que escolhem os pares
Antes não era divórcio e sim desquite
Lei do divórcio 1977, emenda nº9 da CRFB/88
Até 2010 tinha a separação judicial, a emenda 66 revogou
Separação de fato = ruptura patrimonial e não matrimonial.
Hoje ambos podem adotar o prenome, antes só a mulher poderia usar o prenome do marido.
CRFB 88 protege todos os tipos de família, recepcionou a união estável e outros arranjos familiares
Veda o retrocesso dos direitos! O estado tem que dar a tutela jurídica.
Relações homoafetivas eram dissolvidas na vara cível como uma sociedade empresarial. Hoje é admitido o registro civil de união estável homoafetiva, e o casamento homoafetivo.
O regime legal era comunhão universal de bens, hoje o regime legal é de comunhão parcial de bens. Os bens adquiridos onerosamente após o casamento.
Família no plural e não família no singular
OBJETO DE ESTUDO DO DIREITO DAS FAMÍLIAS; é a própria família.
NATUREZA JURÍDICA DAS NORMAS DO DIREITO DAS FAMILIAS
RAMO DO DIREITO PRIVADO
EXCEÇÃO: Quando for a respeito de situações existenciais (filiação e direito social a moradia) Questão de ordem pública.
Ex: filiação, guarda, etc... direito de incapazes – MP intervém
Tem doutrinas que dizem que é de ordem pública, mas por estar no código civil que trata da vida privada, as pessoas é que tem que se direcionar.
OBS: MP é fiscal da ordem jurídica! E não mais da ordem pública 
ESTRUTURA DO DIREITO DAS FAMÍLIAS (1511 ao 1783 C.C): Direito matrimonial; convivencial; parental e assistencial.
DIREITO MATRIMONIAL
MATRIMONIO
REGRAS
DIREITO CONVIVENCIAL
UNIÃO ESTAVEL E DEMAIS ENTIDADES NÃO CASAMENTÁRIAS 
DIREITO PARENTAL
PARENTESCO E FILIAÇÃO (ECREAD – regula o direito da criança e do adolescente)
DIREITO ASSISTENCIAL
ASSISTENCIA ENTRE COMPONENTES DA MESMA FAMÍLIA (alimentos) – São irrenunciáveis.
MODALIDADES DE FAMÍLIAS: matrimonial ou formal; monoparental; companheirista ou convivencial; anaparental ou parental; pluriparentais ou ensambladas ; homoafetivas; eudemonista,paralelas e coparentalidade.
FAMÍLIA MATRIMONIAL OU FORMAL – aquela formada por união de homem e mulher através do casamento, através do vínculo civil.
FAMÍLIA MONOPARENTAL – Art. 226 –Caput- § 4º CRFB/88 – Família constitucional, está prevista na constituição federal. Pai com os filhos ou pela mãe com os filhos.
FAMÍLIA COMPANHEIRISTA CONVIVENCIAL OU INFORMAL – Art. 226 §3º da CRFB/88 e art 1723 CC/02. União estável de duas pessoas livres e desimpedidas, que não tem impedimento para o casamento. Não existe o requisito da coabitação, desde que seja pública, notória contínua com o intuito de formar uma família, passa a ter todos os direitos como se casados fosse.
Hoje não é tão somente entre homem e mulher
Há uma linha tênue entre união estável e namoro qualificado, não significa união estável por não ter intenção de constituição familiar e só de namorar ou estar com aquela pessoa.
FAMÍLIA ANAPARENTAL OU PARENTAL
Primos e tios que vão conviver juntos, sem a presença dos pais.
FAMÍLIA PLURIPARENTAIS OU ENSAMBLADAS (RECOMPOSTA)
Pessoas que se casam e levam filhos e parentes do relacionamento antigo.
FAMÍLIA HOMOAFETIVAS – reconhecimento pelo STF – ADIN 4277 DF e pelo STJ no resp 1183378.
Homoafetivo é uma pessoa que gosta e sente atração por pessoas do mesmo sexo.
Lei 11340/06 – Lei Maria da Penha – Art. 5º - admite casais homossexuais 
União estável e casamento em união homoafetiva é permitida.
FAMÍLIAS PARALELAS – Envolve o reconhecimento de uniões paralelas que vão desde uniões estáveis até o concubinato adulterino. Tribunais: reconhece união putativa, mas NÃO a relação adulterina consciente.
São as mais controvertidas nos tribunais, é a mais complexas das relações, quando ainda é casado.
A RELAÇÃO ADULTERINA CONSCIENTE retira o direito da amante de adquirir partilha nos bens.
FAMÍLIA EUDEMONISTA – É a doutrina que enfatiza o sentido da busca pelo sujeito de sua felicidade permitindo que cada pessoa se realize pessoal e profissionalmente.
Felicidade e reciprocidade entre os cônjuges. 
FAMÍLIA POR COPARENTALIDADE.
Assumem a responsabilidade na criação do filho, mas não tem um relacionamento entre si, geralmente fazem inseminação artificial.
PRINCÍPIOS DE DIREITO DAS FAMÍLIAS
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA (Art. 1º III, CRFB/88 – dignidade para todas as entidades familiares)
MACROPRINCÍPIO
LIBERDADE
AUTONOMIA PRIVADA
CIDADANIA
IGUALDADE
SOLIDARIEDADE
PRINCÍPIO DA IGUALDADE. (24 de agosto de 2017)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL / 1988
Art. 5º, I
Art. 226, § 5º 
Art. 227, § 6º 
CÓDIGO CIVIL/2002 
Art. 1511 (direitos e deveres dos cônjuges)
Art. 1567 (Mútua colaboração)
Art. 1566 (deveres recíprocos)
Art. 1565 §1º (permite os nubentes adotar o sobrenome do outro)
Art. 1583 e 1584 (igualdade com relação à guarda dos filhos)
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR
É o que cada um deve ao outro
Tem origem nos vínculos afetivos e compreende
Fraternidade
Reciprocidade
Fundamentos: 
Art. 227 CRFB/88 (direito das crianças e dos adolescentes)
Art. 229 CRFB/88 (assistência dos pais aos filhos)
Art. 230 CRFB/88 (dever de amparo às pessoas idosas)
No C/C/ 02 – Art. 1511 (Comunhão de vidas
1694 (Obrigação alimentar)
PRINCÍPIO DO PLURALISMO FAMILIAR
Reconhecimento pelo estado da existência de várias possibilidades de arranjos familiares.
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL A CRIANÇA, ADOLESCENTE, JOVENS E IDOSOS
Igualdade entre os filhos
Art. 227 § 6º CRFB/88
Art. 1596 CC/02
Art. 230 CRFB/88
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL
PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE
Igualdade de todos os filhos independente da origem (art. 227§6º CRFB/88)
A adoção da escolha afetiva com igualdade de direitos (Art.227 § 5º e 6º CRFB/88)
Comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes incluindo adotivos (Art. 226§4º CRFB/88)
Direito a convivência familiar (Art. 227 CRFB/88)
PRINCÍPIO DA PATERNIDADE RESPONSÁVEL E PLANEJAMENTO
Art. 226 § 7º CRFB/88.
DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO (1591 a 1595 CC)
CONCEITO DE RELAÇÃO DE PARENTESCO
É o vínculo existente entre as pessoas que descendem umas das outras ou de um mesmo tronco comum, entreum cônjuge e os parentes do outro e entre adotantes e adotado (MHD).
FAMILIA: é o agrupamento de pessoas ligadas entre si por relações pessoais e patrimoniais proveniente do casamento, união estável, parentesco ou outro núcleo fundado por afeto e solidariedade.
ATENÇÃO – Entre cônjuges / companheiros – NÃO há relação de parentesco, mas sim vínculo conjugal.
ESPÉCIES DE PARENTESCO Art. 1593 do CC
Natural, Consangüíneo ou Biológica pode ser matrimonial ou extra matrimonial, mesmo tronco ancestral. Estabelecido pelo “sangue”.
Civil ou sócio-afetivo em princípio se reflita apenas na adoção, hoje já temos inseminação artificial heteróloga(esperma de uma terceira pessoa),Homóloga ( o material genético é do próprio pai), maternidade de substituição e a possibilidade da “adoção à brasileira”.
Afim ou afinidade é o vínculo criado pelo casamento ou pela união estável que liga os parentes de um cônjuge ou companheiro ao outro cônjuge ou companheiro. (Ex: sogra) Estabelecido por lei Art. 1595 CC/2002
LINHAS DE PARENTESCO PREVISTO PELO CC 2002
Linha de parentesco
Linha reta – ascendente / descendente – é infinita a relação de parentesco
Linha colateral ou transversal – é a linha que une os parentes que não descendem um do outro, mas tem um tronco comum; tem limitação de grau.
GRAU DE PARENTESCO
NA LINHA RETA NÃO HÁ LIMITAÇÃO DE GRAU
NA LINHA COLATERAL O LIMITE É O 4º GRAU – ART. 1592 CC (juridicamente é só até o 4° grau)
OBS: Todas as espécies de parentesco podem se dividir em linhas e graus
Contagem dos graus de parentesco na linha reta, conta-se pelo número de gerações Art. 1594 CC
Na linha colateral ou transversal – também contam-se pelo número de gerações
4.1 contagem de grau de parentesco
Linha reta – cada geração forma um grau Art.1594, CC
Linha colateral ou transversal – cada geração forma um grau Art. 1594
4.2 PARENTESCO EM LINHA RETA: quando os indivíduos descendem diretamente do outro.(Art. 1591 CC)
Pais e filhos tem parentesco em linha reta de 1° grau, avôs e netos de( 2°)segundo grau
Trisavô (4º grau)
Bisavô(3º grau)
Avós(2º grau)
Pai (1º grau)
Eu (1º grau)
Filho(1º grau)
Neto(2º grau)
Bisneto(3ºgrau)
Trineto(4º grau)
4.3 PARENTESCO EM LINHA COLATERAL: Os parentes NÃO descendem diretamente um do outro (art. 1592 CC)
Não existe colateral de 1º Grau
Primeiros parentes colaterais – irmãos – 2º grau
Irmão germanos ou bilaterais (mesmo pai e mesma mãe)
Irmãos unilaterais ou “meio – irmão” (mesmo pai ou mesma mãe)
Ligação entre tios e sobrinhos
4.4 PARENTESCO POR AFINIDADE
Vínculo decorrente do casamento ou da união estável. Art. 1595 CC
Não há parentesco entre cônjuge ou companheiro
Linha reta ascendente: sogro / sogra
Descendente: enteados
Linha colateral: cunhado – art. 1595, §1º CC
No divorcio o vinculo por afinidade em linha reta não é afetado, trazendo impedimento para o casamento ( 1521 CC), união estável art. 1723 §1º CC
OBS: Não confundir conceito de família com o conceito de parentesco
Importância das relações de parentesco: direito de família; direito das sucessões; direito constitucional; direito penal e direito processual.
Direito de família: obrigação alimentar (art. 1694 do CC/ 02) impedimentos para celebração do casamento (Art. 1521 CC) ou manutenção da união estável Art. 1723 § 1º CC.
Direito das sucessões: herdeiros, ordem de preferência (no casamento art. 1829 CC) na união estável (art. 1790)
Direito Processual: impedimento para depor como testemunha- Art. 447 §2º, I CPC, Suspeição do Juiz (Art 144, III, IV e VIII do CPC)
Direito constitucional – art. 14 § 7º CF/88 – inelegibilidade – súmula vinculante nº 13
Direito penal: agravante (Art. 61, II do CP) ou isenção da pena (Art. 181, I e II CP)
DIREITO DE FAMÍLIA – PODER FAMILIAR
 (CC 1630-1638/ECRIAD 21-24; 155-163)
INTRODUÇÃO
No berço da civilização a autoridade máxima da família era atribuída ao pai, que tinha poder ilimitado. 
No CC/16 – o instituto do poder familiar era denominado de “pátrio poder”. ( baseado no autoritarismo e no exercício unitário por parte do genitor que, na época, era o chefe da família).
No período anterior a 1988 a criança era mero objeto, sendo que o castigo corporal era incentivado, até mesmo, socialmente.
Atualmente – Na função parental (autoridade parental) - o diálogo ganha espaço, sendo repelida qualquer atitude que envolva o uso de violência (física ou psicológica).
CONCEITO: 
PODER FAMILIAR: Conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais em relação aos filhos menores, para sua criação, formação e administração de seus bens, não importando a origem do parentesco(art. 1631 CC/02). Avanços trazidos pela Lei 12.318/2010 (Alienação Parental); pela Lei 13.010/2014 (Lei da Palmada/Bernardo); e Lei 13.058/2014 (guarda compartilhada).
NATUREZA JURÍDICA:
É de um poder-dever exercido pelos pais em relação aos filhos, com vistas a sua educação e desenvolvimento. 
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS:
Na Dignidade humana da criança e do adolescente é que reside a função social da autoridade parental e da igualdade entre os pais para o seu exercício (art. 226 § 5º da CF/88).
CARACTERÍSTICAS DO PODER FAMILIAR : irrenunciável;imprescritível; alienável e indisponível.
a) irrenunciável: os pais não podem desobrigar-se do poder familiar, pois trata-se de um dever-função;
b) imprescritível: o fato de não exercer não leva os pais a perder a condição de detentores;
c) inalienável e indisponível: não pode ser transferido a outras pessoas pelos pais, a título gratuito ou oneroso.
EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR: (art. 1.635 do CC) 
a) pela morte dos pais ou do filho
b) pela emancipação, fundamentada no art. 5º , parágrafo único, do CC;
c) pela maioridade
d) pela adoção do filho por um terceiro
e) por medida judicial que declare a perda do poder familiar na hipóteses do art. 1.638 do CC.
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
ATENÇÃO! 
NA dissolução do casamento e da união estável o vínculo de parentalidade permanecerá. Não existe “ex-filho”. 
Proteção integral e direito de convivência, independente do fim do casamento (1632);
Nova entidade, não perde; novo cônjuge/companheiro, não interfere (1636)
Art 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo cônjuge ou companheiro.
A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.  (art. 23 - ECA).
COMPETÊNCIA PARA EXERCER O PODER FAMILIAR: 
Compete a ambos os pais, em iguais condições – art. 1.631 CC.
OBRIGAÇÕES INERENTES À FUNÇÃO PARENTAL: art. 1.634 do CC 
a) dirigir a criação e educação – art. 1634, I, do CC; art. 22 do ECRIAD; art. 1584, § 6º do CC ( obriga qualquer estabelecimento prestar informação sobre os filhos);
b) exercer a guarda unilateral ou compartilhada – art. 1.634, II do CC – deve ser interpretado à luz dos artigos 1.583 e 1.584 do CC com alteração dada pela Lei 13.058/2014 que alterou o § 2º do art. 1584 ( caso de guarda compartilhada mesmo não havendo acordo entre mãe e pai). O bem jurídico mais relevante a ser preservado é o interesse da criança.
c) conceder ou negar consentimento para os filhos casarem (art. 1634, III do CC) : idade núbil no Brasil: 16 anos (art. 1517 do CC) – até que conte com 18 anos é imprescindível a autorização de ambos os pais. Em caso de divergência entre os pais quanto à autorização será decidido pelo poder judiciário (art. 1517, parágrafo único, e 1631, parágrafo único do CC). Revogação da autorização poderá ocorrer até a celebração do casamento. (art. 1518 CC).
d) conceder ou negar consentimento para que os filhos possam viajar ao exterior – art. 1634, IV do CC. Obrigação conjunta dos pais de conceder ou negar consentimento. Se na companhiade apenas um, necessário autorização expressa através de documento com firma reconhecida (art. 84, II do ECRIAD)
e) conceder ou negar consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município - art. 1634, V: visa afastar alienação parental e foi inserido pela Lei 13.058/2014 - Guarda compartilhada. Na ocorrência da alienação parental o juiz tomará as providências contidas no art. 6º da Lei 12.318/10 ( Lei da alienação parental). 
f) nomear tutor aos filhos – art. 1.634, VI CC – Pode ser feita por testamento ou documento autêntico.
g) representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo após essa idade (art. 1634, VII do CC).
h) reclamá-los de quem ilegalmente os detenha – art. 1634, VIII do CC. A busca e apreensão é a medida judicial cabível neste caso.
I) exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição : art. 1634, IX do CC. Cabe aos genitores fiscalizar se as normas contidas no e art. 7º, XXXIII da CF/88 estão sendo cumpridas.
SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR – art. 1637 do CC
a) pelo abuso de sua autoridade
b) falta dos deveres
c) má administração dos bens dos filhos (vide art. 1689ª 1693 do CC)
d) ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.
Competência para requerer: Por um dos genitores em face do outro; por algum parente; bem como pelo Ministério Público. É temporária. 
ATENÇÃO! 
OBS 1: A falta ou carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a suspensão ou a perda do poder familiar (art. 23 do ECRIAD).
OBS 2: O procedimento de suspensão é regulado pelo ECRIAD – arts. 24 e 155 a 163.
OBS 3: A sentença será averbada à margem do registro da criança e adolescente - art. 163 do ECRIAD
OBS 4: A suspensão do poder familiar não isenta o pai ou a mãe de pagar alimentos, 
DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR – art. 1638 do CC
a) castigar, imoderadamente, o filho – art. 1.638, I do CC c/c 13.010/2014 (Lei da palmada/Bernardo); (maus tratos no CP: art. 129 e 136); ECRIAD art. 18-A
b) deixar o filho em abandono (falta de cuidado) – art. 1638, II do CC – gera responsabilidade civil ainda que pague alimento.
c) praticar atos contrário a moral e aos bons costumes – art. 1.638, III do CC.
Ser profissional do sexo por si só não configura, a pessoa tem que envolver a criança na pratica, realizar a pratica em casa por exemplo, deixar com que a criança se envolva com o que está acontecendo, se a mulher trabalha e volta pra casa mesmo direcionando a renda para o filho se ele não se envolver com a situação não configura.
d) incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente (art. 1637 do CC).
Atenção: São situações concretas, que demandam provas em processo específico, sob o crivo do contraditório, perante o juiz titular do Juizado da Infância e da Juventude.
OBS;Se for condenado é suspenso o poder familiar, se for atentado contra a vida do menor o pai perde o poder familiar.
FILIAÇÃO: CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, MODOS, AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE
DIREITO DE FAMÍLIA – FILIAÇÃO (1.596 a 1.617, CC) 
CONCEITO DE FILIAÇÃO:
É o vínculo existente entre pais e filhos, a relação de parentesco consanguíneo em linha reta de primeiro grau entre uma pessoa e aqueles que lhe geraram a vida ou a receberam como se a tivessem gerado. Maria Helena Diniz
A partir da CF/1988, todos os filhos passaram a ter as mesmas prerrogativas, independentemente de sua origem ou da situação jurídica dos seus pais (CF, art. 227, § 6º).
Princípio da igualdade de todos os filhos: art. 1.596 CC. “Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação”.
CLASSIFICAÇÃO DA FILIAÇÃO:
Filiação Matrimonial - oriunda da união de pessoas ligadas por matrimônio válido ao tempo da concepção. 
Filiação não-matrimonial – decorrente de relacionamento convivencial ou eventual.
Atualmente, o AFETO ganha destaque nas relações de família. Sendo assim, para que seja reconhecida a filiação não é mais necessário haver a transmissão de carga genética, pois a relação de convivência estabelecida entre as pessoas também deve ter papel relevante.
HIPÓTESES DE PRESUNÇÃO DA PATERNIDADE: 
Art. 1597 CC/02 Pater is est quem iustae nuptiae demonstrant & mater semper certa est. (Pai é aquele que as núpcias demonstram. E com relação a mãe esta é sempre certa). 
Inciso I – a ideia de 180 dias (seis meses) seria do período de gestão razoável, pois uma criança pode nascer prematura, é o tempo médio mínimo para se preservar a vida da criança.
Inciso II – nascidos aos 300 (trezentos dias) subsequentes à dissolução - pelo fato em que possa ser gerado no ultimo dia dessa relação, mesmo que dissolvida a sociedade a mãe pode registrar o filho com o reconhecimento da paternidade.
Inciso III – decorrente de procedimento de reprodução assistida. O que é fecundação homóloga? É aquela realizada com material genético do marido e da esposa com o consentimento de ambos.
Inciso IV – havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga; Fecundação post mortem - É aquela realizada com o embrião ou o semem conservado após a morte do doador desde que com o seu consentimento (Resolução 2021/15 do Conselho Federal de Medicina)
Inciso V – havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido. ( é utilizado sêmen de outro homem, normalmente doador anônimo) – O consentimento é irrevogável e jamais a paternidade pode ser impugnada pelo marido.
Enunciado 106: “Para que seja presumida a paternidade do marido falecido, será obrigatório que a mulher, ao se submeter a uma das técnicas de reprodução assistida com o material genético do falecido, esteja na condição de viúva, sendo obrigatório, ainda, que haja autorização escrita do marido para que se utilize seu material genético após sua morte”. (I Jornada de Direito Civil)
ATENÇÃO:
➢ A presunção relativa (iuris tantum) de paternidade do art. 1597 do CC somente é aplicável aos filhos nascidos de pessoas casadas entre si.
➢ Os filhos de pessoas não casadas entre si, naturalmente, precisam ter o vínculo filiatório reconhecido pelos seus pais, através de ato espontâneo ou da intervenção judiciária.
Presunção de paternidade em caso de viuvez  - art. 1.598 CC e 1.523, II CC. A presunção é atribuível ao segundo marido se o nascimento se deu após 300 dias da dissolução da sociedade conjugal anterior e se o nascimento se deu após 180 dias do início da segunda sociedade conjugal.
AFASTA A PRESUNÇÃO DE PATERNIDADE- ART. 1599 DO CC/02
a) impotência do cônjuge para gerar à época da concepção.
Presunção da paternidade e adultério – art. 1.600 CC/02.
❖ Em caso de adultério, a confissão da mulher não afasta a presunção legal de paternidade.
❖ Para afastar a presunção é necessário: a) a existênciade Exame de DNA e eventual reconhecimento pelo pai biológico pelos meios estabelecidos no artigo 1607 e seguintes do CC. b) contestação da paternidade pelo pai presumido.
PROVA DA FILIAÇÃO: 
REGRA: Segundo o art. 1603 do CC, a prova da filiação é feita através da certidão do registro civil de pessoas naturais.
Exceção – na falta, ou defeito, do termo de nascimento – art. 1605 CC/02: 
a) quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; 
b) quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos.
Uma vez realizado o registro, ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro (desvio não intencional da declaração) ou falsidade do registro (declaração intencional contrária à verdade) (art. 1604 CC).
Prazo para contestar a paternidade – art. 1601 CC/02 Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.
A averiguação judicial dapaternidade – art. 1606 do CC Também conhecido como PERFILHAÇÃO COMPULSÓRIA. É o meio pelo qual se pode reconhecer judicialmente a filiação de alguém.
AÇÃO CABÍVEL : Ação ordinária de investigação de paternidade ou maternidade
❖ Quem pode propor: Qualquer filho ou seus herdeiros poderá propor a ação de investigação de paternidade.
❖ Legitimados a propor: filho pessoalmente enquanto viver; se menor por seu representante legal ou os herdeiros. De acordo com a Lei 8.560/92 – Lei da Investigação da Paternidade – o Ministério Público também é legitimado por ser o estado de filiação direito indisponível.
legitimidade passiva? Suposto genitor, ou caso falecido, seus herdeiros.
❖ Foro competente: Súmula n. 1 do STJ: quando a ação de investigação de paternidade for cumulada com a de alimentos, o foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente. 
❖ Cumulação de pedidos: pode ser cumulada com ação de anulação de paternidade que consta no registro de nascimento.
CARACTERÍSTICAS: Estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, observado segredo de justiça – art. 27 do ECRIAD.
❖ Provas no processo de paternidade: Súmula 301 STJ: Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.” ❖ art. 231 e 232 do CC – recusa em submeter ao exame.
❖ Efeitos da Sentença: Tem natureza meramente declaratória produzindo efeitos erga omnes.
O Reconhecimento de Filhos:
➢ Se o pai for casado com a mãe, o seu nome constará no registro, independente de sua vontade, ainda que não compareça ao ato e não assine, em face da presunção de paternidade do casamento (CC art. 1597).
➢ Se o pai não é casado com a mãe, será necessário o seu consentimento expresso, manifestado pessoalmente ou por procurador – art. 60 da Lei de Registro Público ( Lei 6015/73 alterada pela Lei 6216/75)
➢ O reconhecimento espontâneo ou voluntário é ato livre, irrevogável e irretratável e pode ser feito (art. 1609 CC/02);
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Fora da presunção legal, é necessário o reconhecimento da Filiação - art. 1607 CC/02: “Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente”.
➢ O reconhecimento de filhos maiores depende do consentimento destes.
➢ Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.
Reconhecimento voluntário dos filhos: 
➢ Pode ser realizado espontaneamente pelo pai, pela mãe, ou por ambos. ➢ Não admite condição ou termo. (art. 1613 CC). 
➢ Pode ocorrer: 
- conforme disposição do art.2.º,§§1.º e 5.º, LEI 8.560/no próprio termo de nascimento 92). 
- por escritura pública ou escrito particular a ser arquivado em cartório;
- por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; 
- por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não tenha sido objeto único e principal do ato que o contém.

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