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Resolução da Questão 3 – página 1 Mateus Heinen Feltrin - 10/05/2018 A resposta para o sistema é representada por: ℎ(𝑡) = −𝛿(𝑡) + 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡) O sinal de entrada é representado por: 𝑥(𝑡) = 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) A saída do sistema é a convolução entre a resposta e o sinal de entrada: 𝑦(𝑡) = ℎ(𝑡) ∗ 𝑥(𝑡) Substituindo as igualdades, a convolução é representada pela equação abaixo: 𝑦(𝑡) = [−𝛿(𝑡) + 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡)] ∗ 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) Aproveitando da propriedade distributiva da convolução a equação fica: 𝑦(𝑡) = −𝛿(𝑡) ∗ 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) + 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡) ∗ 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) Fazendo: w(t) = −𝛿(𝑡) ∗ 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡); 1º termo z(t) = 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡) ∗ 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡); 2º termo Então: 𝑦(𝑡) = w(t) + z(t) Resolvendo a convolução do primeiro termo em vermelho, representado por w(t), obtemos: 𝑤(𝑡) = ∫ −𝛿(𝑡 − 𝜏) ∙ 𝑒−𝜏 ∙ 𝑢(−𝜏) 𝑑𝜏 ∞ −∞ 𝑤(𝑡) = −∫ 𝛿(𝑡 − 𝜏) ∙ 𝑒−𝜏 ∙ 𝑢(−𝜏) 𝑑𝜏 ∞ −∞ Sabemos que o impulso unitário é o elemento neutro da convolução, então o resultado para w(t) é: w(t) = −𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) E 𝑦(𝑡) = w(t) + z(t) fica: 𝑦(𝑡) = −𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) + 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡) ∗ 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) Entretanto, o problema começa ao tentar resolver a convolução do segundo termo em azul de y(t), representado por z(t): z(t) = 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡) ∗ 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) 𝑧(𝑡) = ∫ 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡) ∙ 𝑒−(𝑡−𝜏)𝑢(−(𝑡 − 𝜏)) 𝑑𝜏 ∞ −∞ 𝑧(𝑡) = 2 ∙ 𝑒−𝑡∫ 𝑢(𝑡) ∙ 𝑒−(𝑡−𝜏)𝑢(−(𝑡 − 𝜏)) 𝑑𝜏 ∞ −∞ Resolução da Questão 3 – página 2 Mateus Heinen Feltrin - 10/05/2018 O professor alega que os limites de integração são: 0 para o limite inferior e t para o limite superior, e que a resposta da convolução é: 𝑡 ∙ 𝑒−𝑡 ∙ 𝑢(𝑡) Porém, antes fazendo: z(t) = 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡) ∗ 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) z(t) = 𝑎(𝑡) ∗ 𝑏(𝑡) 𝑎(𝑡) = 2𝑒−𝑡𝑢(𝑡) 𝑏(𝑡) = 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) E plotando as duas funções: Figura 1. a(t) = 2e^(-t) u(t) Figura 2. b(t) = e^(-t) u(-t) Resolução da Questão 3 – página 3 Mateus Heinen Feltrin - 10/05/2018 Pode-se notar que as duas funções são diferentes de zero em intervalos opostos em relação a ordenada. Para realizarmos a convolução precisamos reescrever as duas funções em 𝜏 (tau), escolher uma das funções, fazer a reversão temporal e deslocar t unidades. A ordem das operações fica: 1. 𝑎(𝑡) → 𝑎(𝜏) Mudança de t para Tau 2. 𝑏(𝑡) → 𝑏(𝜏) Mudança de t para Tau 3. 𝑏(𝜏) → 𝑏(−𝜏) Reversão temporal 4. 𝑏(𝜏) → 𝑏(𝑡 − 𝜏) Deslocamento em t unidades E a convolução fica: 𝑧(𝑡) = ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ −∞ Ao plotarmos 𝑏(𝑡 − 𝜏) sobre 𝑎(𝜏), temos dois intervalos para a integral de convolução: - Quando 𝑡 ≤ 0 o produto dentro da integral só é diferente de Zero entre 0 𝑒 ∞. - Quando 𝑡 > 0 o produto dentro da integral é diferente de zero entre 𝑡 𝑒 ∞. Figura 3. 𝑎(𝜏) e 𝑏(𝑡 − 𝜏) para t < 0 Resolução da Questão 3 – página 4 Mateus Heinen Feltrin - 10/05/2018 Figura 4. 𝑎(𝜏) e 𝑏(𝑡 − 𝜏) para t > 0 Então, acredito que os limites de integração da integral de convolução devam ser de 0 até ∞ quando 𝑡 ≤ 0: 𝑧(𝑡) = ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≤ 0 E de t até ∞ quando t > 0: 𝑧(𝑡) = ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 𝑡 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 0 Então z(t) representado em todos os intervalos fica: 𝑧(𝑡) = { ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≤ 0 ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 𝑡 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 0 Agora calculando o produto de 𝑎(𝜏) com 𝑏(𝑡 − 𝜏) dentro da integral e representando por uma nova função 𝑐(𝜏): 𝑐(𝜏) = 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏), 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜏 ≥ 0 𝑐(𝜏) = 2𝑒−𝜏 ∙ 𝑒−(𝑡−𝜏), 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜏 ≥ 0 𝑐(𝜏) = 2𝑒−𝑡+𝜏−𝜏 𝑐(𝜏) = 2𝑒−𝑡 Resolução da Questão 3 – página 5 Mateus Heinen Feltrin - 10/05/2018 Figura 5. c(τ) para t = 0 Lembrando que t é constante no eixo 𝜏, portanto constante para a integral de convolução: 𝑐(𝜏) = 2𝑒−𝑡 Integrando para o primeiro intervalo, que é 𝑡 ≤ 0: ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 0 = ∫ 𝑐(𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 0 ∫ 2𝑒−𝑡 𝑑𝜏 ∞ 0 2𝑒−𝑡 ∙ ∫ 𝑑𝜏 ∞ 0 2𝑒−𝑡 ∙ [ lim 𝑞→∞ [𝑞 − 0]] 𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑑𝑖𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≤ 0 Integrando para o segundo intervalo, que é 𝑡 > 0: 𝑧(𝑡) = ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 𝑡 = ∫ 𝑐(𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 𝑡 𝑧(𝑡) = ∫ 2𝑒−𝑡 𝑑𝜏 ∞ 𝑡 𝑧(𝑡) = 2𝑒−𝑡 ∙ ∫ 𝑑𝜏 ∞ 𝑡 𝑧(𝑡) = 2𝑒−𝑡 ∙ [ lim 𝑞→∞ [𝑞 − 𝑡]] 𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑑𝑖𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 0 A divergência dos resultados da convolução pode ser representada graficamente: Primeiro para t = 0: Resolução da Questão 3 – página 6 Mateus Heinen Feltrin - 10/05/2018 𝑐(𝜏) = 2𝑒−0 = 1, 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑡𝑒𝑟á 𝑢𝑚𝑎 𝑎𝑚𝑝𝑙𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 Figura 6. Observe 𝑏(𝑡 − 𝜏) no centro. 𝑐(𝜏) representa o produto entre 𝑎(𝜏) e 𝑏(𝑡 − 𝜏) Para t < 0: 𝑐(𝜏) = 2𝑒−𝑡 = 2 1 𝑒𝑡 > 2 Figura 7. Observe 𝑏(𝑡 − 𝜏) deslocado para a esquerda. 𝑐(𝜏) representa o produto entre 𝑎(𝜏) e 𝑏(𝑡 − 𝜏) Para t > 0: 𝑐(𝜏) = 2𝑒−𝑡 = 2 1 𝑒𝑡 < 2 Resolução da Questão 3 – página 7 Mateus Heinen Feltrin - 10/05/2018 Figura 8. Observe 𝑏(𝑡 − 𝜏) deslocado para a direita. 𝑐(𝜏) representa o produto entre 𝑎(𝜏) e 𝑏(𝑡 − 𝜏) Relembrando que z(t) é a função que representa o valor da área da integral de convolução para qualquer valor de t. Conforme deslocamos em t geramos um novo 𝑐(𝜏), variando o tamanho do retângulo, e variando o valor da integral. Porém, mesmo que 𝑐(𝜏) varie e mude a altura do retângulo, a integral sempre diverge, pois, a base do retângulo sempre se estende até o infinito. 𝑧(𝑡) = { ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≤ 0 ∫ 𝑎(𝜏) ∙ 𝑏(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 𝑡 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 0 = { ∫ 𝑐(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≤ 0 ∫ 𝑐(𝜏) 𝑑𝜏 ∞ 𝑡 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 0 Se 𝑧(𝑡) sempre diverge, então: 𝑦(𝑡) = w(t) + z(t) 𝑦(𝑡) = −𝑒−𝑡𝑢(−𝑡) + z(t) Também sempre diverge. FINALIZAÇÃO Essa análise foi feita em casa a pedido do próprio professor. A convolução seria convergente caso 𝑥(𝑡) = 𝑒−𝑡𝑢(𝑡) ao invés de 𝑥(𝑡) = 𝑒−𝑡𝑢(−𝑡).
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