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Apostila 1 - Traumatologia e Ortopedia

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Traumatologia e Ortopedia 
Rayane Vital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Traumatologia e Ortopedia 
1 
 
Conceito de Traumatologia e Ortopedia 
 Ortopedia- é a especialidade que visa tratar e corrigir deformidades, doenças e distúrbios do 
sistema musculoesquelético. Esta trata disfunções osteomioarticulares e tendíneas resultantes de 
traumas e suas consequências imediatas e tardias, lesões por esforços repetitivos e patologias 
ortopédicas. 
 Traumatologia – é a especialidade que estuda as lesões provocadas por traumatismos no sistema 
musculoesquelético, sendo estas lesões abertas ou fechadas. 
Aspectos etiológicos 
Quais são as principais causas de uma fratura óssea? 
 Trauma direto- Golpe ou choque aplicado sobre o osso. 
 Trauma indireto- Quando um trauma atinge um osso e esta energia é transmitida através de uma 
ou mais articulações, lesando outro osso a distância. 
 Os traumatismos que incidem sobre os ossos com forças superiores a sua capacidade de 
deformação são as causas mais frequentes de fraturas. Isso acontece, sobretudo, em quedas, 
pancadas e acidentes, mas há também fraturas que ocorrem devido a impactos mínimos ou até 
espontaneamente, chamadas fraturas patológicas, as quais se devem a um anormal 
enfraquecimento dos ossos, devido à osteoporose ou a tumores ósseos. 
Quais são os principais sinais e sintomas de uma fratura óssea? 
 As queixas mais comuns são dores, inchaço, incapacidade total ou parcial de movimentos, 
deformidades e posturas anormais, sinais do traumatismo, como hematomas, lesões cutâneas, 
etc. Nas fraturas expostas podem aparecer outros sinas e sintomas além desses, dependendo do 
tipo de evento. 
Principais tipos de fratura: 
 Há uma grande variedade de fraturas. Elas podem ser múltiplas ou únicas, por encurtamento 
muscular violento ou por torção, completas ou incompletas, oblíquas, epifisárias, fechadas ou 
abertas, etc. Podem ainda ser classificadas segundo outros critérios: 
 
 
 
 
 
 
Segundo as suas causas: 
 Fraturas traumáticas: representam a maioria das fraturas e são causadas pela aplicação sobre o 
osso de uma força maior que sua resistência. Podem ocorrer no local do impacto (por exemplo, 
uma fratura de úmero por uma pancada) ou à distância (por exemplo, uma fratura da clavícula 
quando se apoia com a mão, após uma queda). Podem ocorrer também por uma contração 
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muscular violenta ou serem devidas à aplicação repetida e frequente de pequenas forças sobre 
um osso, enfraquecendo-o progressivamente. 
 Fraturas patológicas: muitas vezes ocorrem espontaneamente ou em razão de traumatismos 
mínimos sobre um osso previamente fragilizado por osteoporose ou por um tumor ósseo. 
Segundo a lesão envolvida: 
 Fraturas simples ou fechada: apenas o osso é atingido e não há perfuração da pele ou lesão de 
outras estruturas adjacentes. 
 Fraturas expostas ou abertas: a pele é rompida e o osso fica exposto ao exterior. Nesse tipo de 
fratura com frequência ocorre infecção bacteriana e mesmo que ela ainda não esteja presente, 
justifica-se o uso preventivo de antibióticos. 
 Fraturas complicadas: quando são atingidas outras estruturas além dos ossos, como vasos 
sanguíneos, nervos, músculos, etc. 
 Chame-se de politraumatizado ao paciente que tenha sofrido ao mesmo tempo várias fraturas 
num mesmo ou em diversos ossos. Fraturas cominutivas são aquelas em que o osso se parte em 
vários pequenos fragmentos. 
Métodos de diagnóstico: 
 Em geral um exame radiográfico é suficiente para confirmar uma fratura e para classificar o seu 
tipo. Conforme as circunstâncias do caso e se for necessária cirurgia, outros exames laboratoriais 
podem estar indicados para avaliar o estado geral do paciente. Em alguns casos, exames de 
imagens mais precisos, como a ressonância magnética, por exemplo, podem ser necessários para 
diagnóstico e/ou acompanhamento do caso. 
Tratamento das fraturas: 
 O tratamento das fraturas ósseas depende do tipo e das características delas, mas a cirurgia deve 
ser considerada como a última opção, reservada para casos especiais como fraturas expostas ou 
complicadas. O tratamento conservador procura favorecer condições para que ocorra o processo 
natural de reparação do osso e é variável conforme o osso que tenha sido atingido e o tipo de 
lesão em causa. 
 Nas fraturas em que tenha havido desvio ósseo é necessário fazer-se a redução da fratura, 
exercendo tração sobre o membro afetado e fazendo com que as extremidades ósseas voltem a 
ficar alinhadas e na sua posição anatômica natural. Depois desse alinhamento, o membro afetado 
deve ser imobilizado, para que não haja dor e possa ocorrer uma reparação da fratura, o que pode 
ser feito por vários meios. O mais frequente é que seja usada uma tala gessada ou o suporte com 
ligaduras elásticas. Conforme o osso atingido ou o tipo de fratura, essa imobilização pode variar 
de três a oito semanas. 
Classificação das fraturas: 
 Fraturas por avulsão – uma forte contração muscular separa o tendão do osso. 
 Fratura cominutiva – osso se quebra em vários pedaços. 
 Fratura por compressão (esmagamento) – geralmente ocorre nas vértebras. Por exemplo, o 
corpo de uma vértebra da coluna vertebral pode colapsar por causa da osteoporose. 
 Fratura com luxação – a articulação se torna luxada e um dos ossos apresenta uma fratura. 
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 Fratura patológica – quando uma doença subjacente enfraquece os ossos e provoca a ruptura. 
 Fratura em galho verde – o osso se deforma, trata –se de uma fratura incompleta que secciona 
apenas uma parte do osso. Ocorre nas crianças. É dolorosa, mas estável. 
 Fratura incompleta – o osso é parcialmente fraturado de um lado, mas não quebra 
completamente e o resto do osso permanece intacto. É mais frequente entre as crianças, que têm 
ossos mais elásticos. 
 Fratura com separação óssea – quando o osso é fraturado e um fragmento se afasta do osso. 
 Fratura por estresse – mais comum entre os atletas. O osso se quebra devido ao estresse 
repetido. 
 Fratura oblíqua – a fratura cresce na diagonal. 
 Fratura transversa – o osso se fratura transversalmente em relação ao eixo. 
 Fratura espiral - é quando o traço de fratura encontra-se ao redor e através do osso, são lesões 
que ocorrem devido a uma torção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais e sintomas 
 Os sinais e sintomas de uma fratura dependem do osso afetado, idade do paciente, saúde geral e 
gravidade das lesões. 
 No entanto, as mais frequentes são: 
 Dor 
 Inchaço 
 Equimoses, hematoma ou manchas 
 Mudança na cor da pele ao redor da área afetada 
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 Ângulo (no caso de fratura, um fragmento pode girar ou inclinar em relação ao resto do osso) 
 O paciente não é capaz de suportar o peso sobre a perna ferida 
 O paciente não pode mover o segmento afetado 
 Sensação de crepitação 
 Hemorragia 
 Paciente pálido e suado 
 Tontura e náusea (sensação de desmaio) 
Complicações das fraturas 
 Lesão tecidual – gordura – embolia gordurosa. Com o rompimento de vasos, há mistura da 
medula óssea com sangue, que é levado ao pulmão e, se o atravessar, chega ao cérebro, rim e 
coração, obstruindo os vasos capilares. Geralmente o início é gradual, com hipóxia, sintomas 
neurológicos, febre e erupções cutâneas, com petéquias que surgem, tipicamente, de 12 a 36 
horas após a injúria. 
 Sangramento – choque hipovolêmico - choque hemorrágico é a principal causa de morte de 
vítimas politraumatizadas (acidentes, quedas, etc), é ocasionado por umadiminuição do fluxo 
sanguíneo proporcionando uma perfusão tecidual diminuída e lesão celular irreversível, isto 
pode levar a falência do sistema circulatório. Ele pode ter origem por uma desidratação, 
queimaduras e por severas perdas sanguíneas. Sendo necessária a instalação adequada de 
medidas de reposição de volume para corrigir o quadro clínico. 
 Inflamação – edema – Síndrome Compartimental é o aumento de pressão num espaço 
anatómico restrito (compartimento fascial ou loja anatômica) com queda da perfusão sanguínea 
dos músculos e órgãos nele contidos. Caracterizada por parestesia, dor contínua, hipoestesia, 
edema e enrijecimento da região acometida. As causas principais podem ser a constrição de 
membros por aparelho gessado, curativos compressivos bem como uso inadequado de 
braçadeiras/manguitos. 
 Cirurgia - infecção 
 Consolidação – Pseudo artrose - é uma complicação apresentada durante o processo de 
consolidação da fratura de um osso. Consiste na ausência da formação de um novo osso dentro 
de um período de tempo considerável, o que dificulta a mobilização, traz dor e inclusive 
deformidade da área localizada. 
 Consolidação – deformidade – consolidação viciosa - são causadas por redução imprecisa ou 
por imobilização ineficaz durante o processo de consolidação. Na maioria das vezes, esses 
problemas podem ser prevenidos pelo tratamento competente de fraturas recentes. 
 Equimoses/Hematomas Diagnóstico (exame físico) 
 Impotência funcional 
 Edema 
 Crepitação: Mobilidades Anormais para a Região 
 
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Métodos de tratamentos 
Conservadores: 
 Tala gessada 
 Aparelho gessado 
 Imobilizadores 
 Imobilização de esparadrapo 
 Talas de Alumínio 
Cirúrgicos: Osteossíntese 
 Fios Intra-ósseos: Kischner, Steiman 
 Placa e Parafusos 
 Hastes Intra-medulares 
 Próteses Total e Parcial 
 Fixadores Externos 
Tratamento Fisioterapêutico 
A abordagem fisioterapêutica se baseará em reverter quadros de limitação de ADM, dor articular, edema, 
hipotrofia, diminuição de força, etc. 
O fisioterapeuta atuará utilizando técnicas e modalidades facilitatórias (manobra miofascial, mobilização 
articular, cinesioterapia, energia muscular, alongamento, eletrotermofototerapia entre outros). 
Pós-imobilização (redução incruenta) 
Onde é liberado o uso do gesso ou da órtese, a fisioterapia tem como objetivo recuperar todas as funções 
da região afetada. Por exemplo, uma pessoa que fraturou o cotovelo, após semanas imobilizada terá uma 
enorme dificuldade em esticar e dobrar o braço, por aderências na articulação do cotovelo e por conta da 
perda de força e controle do membro. Nestes casos, o fisioterapeuta vai atuar utilizando técnicas para 
desbloquear a articulação, recuperar o controle e força muscular. 
Fases de consolidação 
A fase inflamatória - dura aproximadamente 1 a 2 semanas. Inicialmente, a fratura incita uma reação 
inflamatória. O aumento da vascularização que envolve a fratura permite a formação de um hematoma de 
fratura, que em breve será invadido por células inflamatórias, como neutrófilos, macrófagos, e fagócitos. 
Essas células, inclusive os osteoclastos, funcionam de modo a eliminar o tecido necrosado, preparando o 
terreno para a fase reparativa. Radiograficamente, a linha de fratura pode tornar-se mais visível à medida 
que vai sendo removido o tecido necrosado. 
A fase reparativa - habitualmente dura de 4 a 8 semanas. Essa fase é caracterizada pela diferenciação de 
células mesenquimatosas pluripotenciais. O hematoma de fratura é então invadido por condroblastos e 
fibroblastos, que depositam a matriz para a formação do calo. Inicialmente, forma-se um calo mole, 
composto principalmente de tecido fibroso e cartilagem com pequena quantidade de osso. Então, os 
osteoblastos são responsáveis pela mineralização desse calo mole, convertendo-o num calo duro de osso 
reticulado e aumentando a estabilidade da fratura. 
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OBS.: União retardada e pseudartrose são decorrentes de erros nessa fase da consolidação óssea. A 
conclusão da fase reparativa fica indicada pela estabilidade da fratura. 
A fase de remodelamento, que leva de meses a anos para se completar, consiste em atividades 
osteoblásticas e osteoclásticas que resultam na substituição do osso reticulado desorganizado e imaturo 
por osso lamelar, organizado e maturo, o que aumenta ainda mais a estabilidade do local fraturado. Com o 
passar do tempo, o canal medular vai gradualmente sendo reformado. Ocorre reabsorção do osso das 
superfícies convexas e formação nova de osso nas superfícies côncavas. O processo permite alguma 
correção das deformidades angulares, mas não das deformidades rotacionais. Radiograficamente, é 
habitual que a fratura não seja mais visualizada. 
 
 
 
 
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Diagnóstico: 
 Anamnese 
 Exame Físico 
Exames Complementares: 
 Raio X 
 Tomografia Computadorizada (TC) 
 Ressonância Nuclear Magnética (RNM) 
Análise do trauma: 
 Quando: Momento do Trauma 
 Como: Queda (Altura)/ Acidente (Qual a Energia Cinética Envolvida) 
 Local: Onde Ocorreu o Trauma 
 Tipo de Trauma: Direto/Indireto/Todos os Detalhes Possíveis 
 
Análise do paciente: 
 Idade 
 Nível de Consciência 
 Barreira Linguística 
 Local Atingido 
 Ouviu Algum Barulho: Estalo 
 Regiões que Sente Alguma Alteração 
 Sente Algum Atrito 
 
Exame Físico: 
 Dor: Posições Antálgicas/Proteção de Regiõeso 
 Edema 
 Deformidades 
 Crepitação 
 Mobilidades Anormais para a Região 
 Equimoses/Hematomas 
 
Atenção: 
Fraturas Incompletas/Impactadas/SemDesvio/Estáveis que podem ser Oligossintomáticas: Estar andando 
ou mobilizando o membro comprometido não necessariamente significa não haver fratura. 
Exames Complementares: 
 
Raio X: 
 
 1º Exame sempre a ser solicitado 
 No mínimo em 2 incidências 
 Alguns casos indicação absoluta de outras incidências 
 Sempre incluir as articulações proximal e distal do nível da fraturao 
 Não diagnosticando no 1º momento, trata-se como houvesse fratura e repete o Raio X em 2 
semanas, confirmando ou não o diagnóstico 
 TC com Montagem em 3D 
 Fraturas articulares: Avaliar a integridade da superfície articular. 
 Diagnóstico duvidoso ou avaliar melhor a fratura para classifica-la e definir o tratamento: 
Fratura de Coluna Vertebral e pelve 
 
RNM: 
 
 Utilização restrita nos casos de fratura 
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 É indicada para diagnóstico de lesões de partes moles: extra e intra-articular 
 Em casos específicos de fratura está indicada: Fratura de escafoide carpo 
 
Tratamento: 
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Lesão de tecidos moles 
A lesão é caracterizada por uma alteração ou deformidade tecidual diferente do estado normal do tecido, 
que pode atingir vários níveis de tecidos, assim como os mais variados tipos de células. As lesões 
ocorrem em função de um desequilíbrio fisiológico ou mecânico, por trauma direto ou indireto, por uso 
excessivo de um determinado gesto motor, ou até por gestual motor realizado de forma incorreta. 
Classificação da gravidade das lesões: 
 Lesão aguda e crônica 
 Microtrauma e Macrotrauma 
 Lesão primária e secundária 
 Fatores intrínsecos e extrínsecos 
Lesão aguda - provenientes de eventos traumáticos recentes, tais como torções, luxações, contusões e 
fraturas. Apresentam sintomas precoces, como inflamação, edema ou hematoma local e dor, que juntos 
irão limitar a capacidade funcional do local lesionado. 
Lesão crônica - incômodos de longa data, como por exemplo: tendinite, bursite e artrite. A característica 
mais marcante é a dor, que pode ser percebida ao longo de um período, sem que haja alívio. Logo, 
restringindo a realização de atividades. Também poderão ocorrer episódios de agudização, que 
desencadeiam uma inflamação, com dor insuportável. 
 
Traumatologia e Ortopedia 
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Com relação a dor: 
 Aguda: 7 a 10 dias após a lesão; 
 Subaguda: de 10 a 7 semanas; 
 Crônica: de 3 a 6 meses. 
As respostas fisiológicas à lesão primária podem levar a uma lesão secundária por meio de mecanismos 
enzimáticos e hipóxicos que afetam as células da região periférica à lesão inicial. 
Nas primeiras horas após a lesão primária ocorrerá uma u mento na área total lesada, a qual é 
consequência da lesão secundária. 
 Trauma desencadeante = macrotrauma 
 Atividade repetitiva = microtrauma 
Fatores Intrínsecos: São aqueles que pertencem ao próprio indivíduo, como idade, gênero, déficit de 
flexibilidade e/ou força muscular, lesão prévia, déficit de controle neuromuscular propriocepção, entre 
outras. 
Fatores Extrínsecos: São fatores que não pertencem diretamente ao indivíduo como tipo de quadra, calça 
do esportivo, carga de treinamento ,biomecânica do gesto esportivo, etc. 
Entorse (lesão Ligamentar)— 
 Ocorre em região articular ,podendo ocorrer estiramento ligamentar, ruptura parcial ou completa 
das fibras de um ligamento. O mecanismo de lesão normalmente é uma torção. 
Pode ser dividido em três graus: 
 GrauI (leve) - algumas fibras são rompidas ,mas a integridade do ligamento é mantida e 
articulação permanece estável. 
 GrauII (moderado) - as fibras são rompidas em um quantidade suficiente para diminuir a função 
ligamentar, mas a estabilidade ainda é mantida .É evidente algum movimento articular excessivo 
,quando comparado ao movimento contra lateral é relatado quadro álgico 
 Grau III (grave) - ruptura completa das fibras, com perda da integridade ligamentar e evidência 
de instabilidade articular. 
Diagnóstico: Anamnese, testes específicos e exames de imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
Traumatologia e Ortopedia 
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Tratamento conservador em lesões ligamentares devido à entorse 
Nessa modalidade de tratamento são considerados três objetivos básicos: 
 Limitar a extensão da lesão 
 Restaurar mobilidade e motricidade 
 Restaurar agilidade e resistência 
* Graus 1 e 2 
Fase 1 - 1ª e 2ª semanas 
 R.I.C.E. 
 Repouso com uso de muletas, bandagens ou órteses , visa limitar a extensão da lesão, em casos 
mais graves usa- se imobilização e recomenda nenhum tipo de carga sobre o membro 
 Gelo e compressão reduz a hemorragia e edema - de 3 a 4x ao dia 
 A deambulação com órteses protetoras inicia-se logo que a dor permita e ao mesmo tempo pode 
iniciar os exercícios isométricos, estimulação elétrica, massagem. 
Fase 2 - 3ª a 6ª semanas 
 Reeducação da musculatura envolvida, além de fortalecimento e alongamento, inicia-se a 
propriocepção. 
As lesões musculares são uma das principais causas de afastamento dos praticantes de atividade física dos 
seus treinos. Apesar disso, elas não são privilégio somente dos atletas amadores e profissionais. Qualquer 
pessoa pode estar sujeita a uma lesão muscular enquanto realiza suas tarefas do dia-a-dia. 
Mialgia 
 Processo doloroso, a nível muscular de diferentes causas, sem gravidade preocupante. Pode ser 
causada por estresse muscular direto, ou indireto. Muito comum após atividade física exaustiva, 
ou quando ocorre a retomada ao treino visando ganho de condicionamento físico. 
 Estas lesões podem ser classificadas em diretas e indiretas, parciais ou totais. 
 Nas parciais, a forca esta diminuída, porém permanece sua capacidade contrátil. 
 Nas totais, a mobilidade pode ser nula, o músculo mostra se assimétrico mesmo em repouso, 
comparado com a lado contra lateral. 
As lesões musculares podem ser traumáticas e atraumáticas: 
 Traumáticas - estiramento, contusão e laceração 
 Atraumáticas - cãibra e dor muscular tardia 
 Direta - ocorre após contato físico, resultando em dor muscular ,sem achado clínico significante, 
com o hematoma ou limitação funcional .Difere de episódio de contusão pelo fato de não 
apresentar comprometimento de fibras e alteração tônica.— 
 Indireta - ocorre após solicitação física intensa, podendo, ou não ser precedida por episódio de 
câimbra durante a execução da atividade. Pode também aparecer de 24 a 48 horas após 
Traumatologia e Ortopedia 
11 
 
realização de exercícios físicos, especialmente quando o indivíduo visa recondicionar-se 
fisicamente. 
Contusão 
 É o resultado de um forte impacto na superfície do corpo (não penetrantes). Pode causar uma 
lesão nos tecidos moles de superfície, como os músculos e a fáscia. As cápsulas e os ligamentos 
articulares também podem ser lesados. 
 Caracteriza-se por dor e edema difusos, hematoma discreto e limitação de força e mobilidade. 
Podem ser graduadas e conforme as restrições de mobilidade articular: 
 Contusão leve - diminuição de menos de 1/3 da mob. Art. Normal ao redor da lesão. 
 Contusão grave - diminuição de mais de 1/3. 
Distensão (estiramento) - Quando ocorre um alongamento desfiaras além do seu estado fisiológico, 
assim como ser restante de uma contração muscular excêntrica ou concêntrica. 
 Grau I (leve): ocorrem pequenas rupturas (rupturas microscópicas). Dor em um ponto específico 
e edema leve. 
 Grau II (moderada): ruptura macroscópica, mas não ocorre ruptura total do músculo. Edema 
moderado e dor mais localizado em junção miotendínea. 
 Grau III (severa): ruptura total. Completa perda de função e defeito palpável, dor, edema e 
hemorragia grandes. 
Entre as principais causas da distensão muscular, temos: uso excessivo da musculatura, contração 
exagerada e mau uso do músculo. A prática de alguns esportes sem a técnica adequada também pode 
predispor o praticante à distensão muscular. 
 Pode ser causa da falta de aquecimento e alongamento, além da própria fadiga muscular. 
Sinaise Sintomas do Estiramento Muscular: 
 No momento em que se produz a ruptura, o lesionado sente uma dor intensa que abranda como 
repouso e volta a aparecer quando se contrai novamente o músculo lesionado. Pouco tempo 
depois a parece um ―inchaço‖ devido ao hematoma produzido, acompanhado de derrame 
sanguíneo (equimose). Tudo isso acarreta uma impotência, em maior ou menor grau, do músculo 
afetado. 
Diagnóstico: 
 Realizado através da Palpação e de Testes Contra Resistência. 
 Exames complementares: Ultras sonografia e Ressonância Magnética. 
Fase 1 - Primeira semana 
Objetivos: 
 Diminuir dor 
 Controlar processo inflamatório 
 Manter a condição física 
 
Traumatologia e Ortopedia 
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Condutas: 
 TENS 
 PRICE (48-72 hrs) 
 U.S. pulsado 
 Condicionamento dos segmentos adjacententes 
Fase 2 - 2ª e 3ª semanas 
Objetivos: 
 Auxiliar reparação tecidas 
 Restaurar flexibilidade 
 Ganhar força muscular 
 Melhorar o controle sensório motor 
 Manter a condição fisica 
Condutas: 
 OC/US contínuo 
 Início do alongamento conforme tolerância 
 Início dos exercícios isométricos evoluindo para os isotônicos, conforme tolerância 
 Início do trote 3- semana (MMII) 
 Bicicleta estacionária com carga mínima (MMII) 
Fase 3 - 4ª semana 
Objetivos: 
 Ênfase ganho flexibilidade e força muscular 
 Retorno as AVD’s 
Condutas: 
 Evolução no alongamento 
 Evolução dos exercícios resistidos, enfatizando fase excêntrica 
Espasmo Muscular 
O espasmo muscular é uma resposta motora involuntária que pode estimular os receptores de dor 
constantemente e causar isquemia local; portanto, o espasmo tem sido associado a uma possível causa da 
dor muscular tardia e nada mais é que a contração exagerada e permanente de um músculo. O músculo 
contraído fica mais encurtado, mais ―TRAVADO". 
Câimbra 
É uma contração muscular involuntária e dolorosa, que ocorre mais frequentemente nos membros. O 
ataque dura, em geral, alguns segundos e desaparece subitamente. Observa-se o endurecimento no grupo 
muscular afetado. 
Fisiopatologia / Reparo Tecidual 
 O que distingue a cicatrização da lesão muscular da cicatrização óssea é que no músculo ocorre 
um processo de reparo, enquanto que no tecido ósseo ocorre um processo de regeneração. 
 A cicatrização do músculo esquelético segue uma ordem constante, sem alterações importantes 
conforme a causa(contusão, estiramento ou laceração) 
Traumatologia e Ortopedia 
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Fase 1: Destruição – caracterizada pela ruptura e posterior necrose das miofibrilas, pela formação do 
hematoma no espaço formado entre o músculo roto e pela proliferação de células inflamatórias. 
Fase 2: Reparo e remodelação – consiste na fagocitose do tecido necrótico, na regeneração das 
miofibrilas e na produção concomitante do tecido cicatricial conectivo, assim como a neoformação 
vascular e crescimento neural. 
Fase 3: Remodelação – período de maturação das miofibrilas regeneradas, de contração e de 
reorganização do tecido cicatricial e da recuperação da capacidade funcional muscular. 
Outras patologias: 
 Tendinopatias 
 Tenossinovite ou peritendinite. 
 Tendinite 
 Tendinose 
TENDÃO: 
 Conecta os músculos a outras estruturas; 
 Transmitem força dos tecidos contráteis musculares ao osso e a outros tecidos conjuntivos 
como pele e ligamentos; 
 Capazes de sustentar 2 vezes a força máxima que os músculos podem exercer sobre ele. 
As tendinopatias podem surgir por movimentos repetitivos que ocorrem no trabalho ou mesmo durante a 
prática de exercícios, como correr ,jogar tênis, basquete, vôlei ou golfe. Pessoas com sobrepeso, com 
musculatura fraca ou que trabalhem em condições inadequadas também apresentam mais riscos de 
desenvolver em estas afecções. 
Tendinite x Tendinose 
 Estágio Agudo 
 Tendão Normal 
 
 
 
 
 
 Estágio Crônico 
 Degeneração 
 
 
 
 
 
Traumatologia e Ortopedia 
14 
 
Tendinose 
 Degeneração das fibras de colágeno dos tendões 
 Cicatrizes de fibrose 
 Dor crônica e diminuição de força 
Peritendinite pura (tenossinovites) 
É a tradução do processo inflamatório que preserva os aspectos normais do tendão. O infiltrado 
inflamatório pode resultar na aderência do peritendão nos casos de longa evolução. 
Peritendinites com tendinoses (tendinites) 
É o estágio subsequente da peritendinite, apresentando, além do processo inflamatório periférico, regiões 
degeneradas do tendão. As fibras colágenas estão rompidas, com processo de reparação em curso, 
evidenciado pela presença de linfócitos, histócitos e vasos neoformados. A regeneração das fibras 
colágenas está disposta de forma irregular. 
Tendinoses (roturas) 
Última etapa, o tendão mostra-se espessado e edematoso, perdendo o seu brilho característico e 
adquirindo cor amarelada, podendo apresentar nodulações. O seu aspecto fibrilar se acentua. É possível 
que ocorram pequenas fendas longitudinais, como tradução de rotura parcial e reparação. Essas alterações 
degenerativas podem ocasionar roturas completas 
Outros tecidos: 
 Tecidos Sinoviais - ―capa protetora‖, envolve os tendões, altamente vascularizada e 
inervada. 
 Líquido Sinovial - lubrificante, propicia movimentação rápida e suave dos tendões no 
interior das bainhas sinoviais. 
 Bursa - sacos cheios de líquido, evita atrito do tendão, osso e músculo, protege 
proeminências ósseas. 
 Sinovite - inflamação de uma membrana sinovial; excesso de líquido sinovial normal em 
uma articulação ou bainha tendínea causada por trauma ou doença. 
 Capsulite - Inflamação na cápsula articular 
 Bursite - Inflamação da bolsa sinovial 
 Hemartrose - sangramento dentro de uma articulação, geralmente em decorrência de 
trauma grave. 
Manter a integridade e a função das áreas associadas: Exercícios ativo-assistidos, livres, resistidos e/ou 
aeróbios modificados, dependendo da proximidade com as áreas associadas e do efeito na lesão primária. 
Dispositivos adaptativos ou auxiliares conforme o necessário para proteger a parte durante atividades 
funcionais. 
 Precauções: é preciso usar uma dosagem apropriada de repouso e movimento durante o 
estágio inflamatório. Aumento da dor ou da inflamação é sinal de movimento em excesso. 
 Contraindicações: exercícios de alongamento e exercícios resistidos não devem ser feitos no 
local do tecido inflamado. 
 
 
Traumatologia e Ortopedia 
15 
 
Plano de tratamento/ intervenção (até 3 semanas após a lesão): 
 Orientar o paciente: Informar o paciente sobre o tempo previsto de cicatrização e a 
importância de seguir as orientações. Ensinar exercícios domiciliares e encorajar atividades 
funcionais de acordo com o plano; monitorar e modificar conforme o paciente progredir. 
 Promover a cicatrização dos tecidos lesionados: Monitorar a resposta do tecido à 
progressão dos exercícios; diminuir a intensidade se a inflamação aumentar. Proteger o 
tecido que está cicatrizando com dispositivos auxiliares, órteses, fitas ou faixas; aumentar 
progressivamente a quantidade de tempo que a articulação fica livre para mover-se a cada 
dia e diminuir o uso dos dispositivos auxiliares conforme a força nos músculos de suporte 
for aumentando. 
 Restaurar a mobilidade dos tecidos moles, músculos e ou articulações: Progredir de 
exercícios de ADM passiva para ativo assistida e ativa dentro dos limites da dor. Aumentar 
gradualmente a mobilidade da cicatriz, de modo específico para a estrutura envolvida. 
Aumentar progressivamente a mobilidade das estruturas relacionadas caso estejam retraídas 
ou encurtadas; usar técnicas específicas para cada estrutura. 
 Desenvolver controleneuromuscular, resistência à fadiga e força nos músculos envolvidos 
e relacionados: Inicialmente, progredir os exercícios isométricos em ângulos múltiplos 
dentro da tolerância do paciente; começar cuidadosamente com resistência leve. Iniciar 
exercícios de ADM ativa, apoio de peso com suporte e exercícios de estabilização. À 
medida que a ADM, a mobilidade intra-articular e a cicatrização melhorarem, progredir os 
exercícios isotônicos aumentando as repetições. Enfatizar o controle e a mecânica 
apropriada. Progredir a resistência mais adiante neste estágio. 
 Manter a integridade e a função das áreas associadas: Aplicar exercícios progressivos de 
fortalecimento e estabilização, monitorando o efeito sobre a lesão primária. Retomar 
atividades funcionais de baixa intensidade que envolvam o tecido em processo de 
cicatrização e que não aumentem os sintomas. 
 Precauções: em geral, os sinais de inflamação ou edema articular diminuem precocemente 
neste estágio. Algum desconforto ocorrerá à medida que o nível de intensidade da atividade 
progredir, mas não deverá durar mais que algumas horas. Os sinais de movimento ou 
atividade em excesso são dor em repouso, fadiga, aumento da fraqueza e espasmo durando 
mais de 24 horas. 
 Estágio crônico - fase de retorno à função 
Comprometimentos estruturais e funcionais: 
 Encurtamentos e aderências de tecidos moles e ou articulações limitando a ADM 
normal ou a mobilidade intra-articular 
 Diminuição do desempenho muscular: fraqueza, pouca resistência à fadiga, 
controle neuromuscular ruim 
 Diminuição do uso funcional da parte envolvida 
 Inabilidade de funcionar normalmente nas atividades esperadas 
Plano de tratamento/ Intervenção (3 semanas após a lesão): 
 Orientar o paciente: Instruir o paciente sobre progressões seguras de exercícios e 
alongamentos. Monitorar a compreensão e a adesão do paciente. Ensinar meios de evitar 
Traumatologia e Ortopedia 
16 
 
que a parte seja novamente lesionada. Ensinar uma mecânica corporal segura. Proporcionar 
aconselhamento ergonômico. Aumentar a mobilidade dos tecidos moles, músculos e ou 
articulações. 
 Técnicas de alongamento específicas para o tecido encurtado: 
 Articulações e ligamentos selecionados (mobilização articular). 
 Aderências de ligamentos, tendões e tecidos moles (massagem transversa). 
 Músculos (inibição neuromuscular, alongamento passivo, massagem e exercícios 
de flexibilidade). 
Capsulite adesiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cápsula Articular: A cápsula articular é um invólucro membranoso que encerra as superfícies articulares, 
possuindo duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna) . A membrana 
externa é mais resistente e pode estar reforçada em alguns pontos por feixes também fibrosos que 
constituem os ligamentos capsulares para aumentar sua resistência. A membrana interna da cápsula é 
bastante vascularizada e inervada; este tecido produz o líquido sinovial, o qual é viscoso, nutritivo, 
lubrificante e deslizante. 
 É uma doença idiopática, relacionada à fatores genéticos e à reações auto-imunes, com duas 
características principais: dor e diminuição de mobilidade articular 
 Contratura da cápsula, com diminuição do volume articular 
 Volume diminuído do líquido sinovial 3 a 15ml (normal20-25ml) 
 A capsulite é considerada uma doença auto-limitada, ou seja, pode curar mesmo sem tratamento. 
Fatores associados: 
 Indivíduos do sexo feminino com mais de 40 anos 
 Trauma 
 Diabetes 
 Imobilização prolongada 
 Doenças da glândula tireoide 
Traumatologia e Ortopedia 
17 
 
 AVE 
 Doenças autoimunes— 
 Doenças cardíacas 
 Condições psiquiátricas 
Primeira fase: chamada aguda (inflamatória), a dor no ombro cresce rapidamente e passa também a ser 
dor noturna, que perturba o sono e pode afetar o psiquismo do paciente. A mobilidade do ombro é muito 
dolorosa e os movimentos perdem sua amplitude. Esta fase dura de três a seis meses. 
Segunda fase: é chamada de fase de congelamento, a dor diminui de intensidade, mas persiste à noite e na 
tentativa de movimentação do ombro, que se apresenta rígido. Esta fase dura cerca de doze meses. O 
indivíduo sente o ombro mais curto, não alcança locais altos que alcançava previamente, dificuldade aos 
movimentos de rotação. 
Terceira fase: é chamada de descongelamento. Ela é caracterizada pela liberação progressiva dos 
movimentos, que podem demorar até 24 meses para retornar totalmente. Na maioria dos casos, pode 
ocorrer uma perda final de15-20% dos movimentos. 
Sua evolução clínica passa por três fases: inflamatória, de rigidez e descongelamento. O tratamento se 
baseia em: fisio, analgésicos e anti-inflamatórios. 
Tratamento fisioterapêutico 
 U.S 
 TENS 
 Relaxamento escápulo torácico 
 Massoterapia 
 Ganho de ADM é gradual, com movimentos curtos respeitando o limite álgico, utilização de 
técnicas articulares. 
 Alongamento capsular é importante durante todas as fases do tratamento, além e pompagem da 
coluna cervical. 
 Hidroterapia devido ao efeito relaxante e facilitador de exercícios. 
 Na falha do tratamento conservador bem realizado por em media 9 meses se pensa em cirurgia. 
Síndromes compressivas dos MMSS 
 Principais síndromes compressivas dos MMSS 
 Síndrome do desfiladeiro torácico 
 Síndrome do túnel do carpo 
 Síndrome do túnel cubital 
 Síndrome do canal de Guyon 
 Síndrome do túnel radial 
Traumatologia e Ortopedia 
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Síndrome do túnel do carpo 
A Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia compressiva mais frequente dentre os distúrbios 
osteomusculares encontrados. No início do século XX, descreveu-se que a patogenia da síndrome do 
túnel do carpo se dá pelo engrossamento ―neuromatoso‖ com brusca redução do tamanho do canal no 
qual o nervo mediano deve apresentar-se em suas dimensões normais. A compressão do nervo mediano e 
o sinal de fraqueza no músculo abdutor curto do polegar também podem indicar a Síndrome do Túnel do 
Carpo. 
 O diagnóstico é clínico e determinado pela história e exame físico. Setenta por cento dos 
pacientes têm entre 40 e 70 anos de idade, e as mulheres são afetadas de três a cinco vezes mais 
do que os homens. Os sintomas da STC são fraqueza, hiperestesia ou parestesia no território do 
nervo mediano. 
 A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, 
fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, 
etc. 
Tratamento 
 Crioterapia É a aplicação de qualquer substancia ao corpo que resulta em remoção do calor 
corporal, diminuindo assim a temperatura dos tecidos. Nas indicações para a STC, podemos 
destacar os efeitos analgésicos em fase aguda, diminuição de espasmos musculares e edemas, 
vasoconstrição periférica e diminuição do metabolismo local, e como consequência, limita o 
desenvolvimento de hipóxia secundária à isquemia. 
 Micro-ondas As micro-ondas englobam aquecimento superficial, onde a energia é absorvida 
primeiramente pela pele; e aquecimento profundo ou por diatermia, em que, parte considerável 
da energia penetra na superfície antes da absorção dos tecidos mais profundos. Na STC as 
micro-ondas propiciam efeitos benéficos, tais como: resolução do edema, redução de 
viscosidade, alívio da dor, redução de espasmo e dores musculares e relaxamento local. 
 Tens  Para a Síndrome do Túnel do carpo, o TENS é indicado para alivio de dor crônica. Para 
os pacientes que sofrem de dores crônicas, a terapia com o uso de TENS é segura, não invasiva, 
podendo reduzir ou até eliminar os sintomas dolorosos, permitindo o retorno da realização de 
atividadespessoais e ocupacionais normalmente. 
 Eletroterapia  A eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas com a finalidade de 
controlar a dor seja aguda ou crônica; reduzir o edema; reduzir o espasmo muscular; minimizar a 
atrofia por desuso; facilitar a reeducação muscular; promover o fortalecimento muscular; 
facilitar a cicatrização tecidual; Embora seu desenvolvimento tenha se aperfeiçoado mais apenas 
nas últimas décadas, já na Antiguidade seu uso era empregado. Os registros mais antigos datam 
de 2.750 a.C., quando eram utilizados peixes elétricos para produzir choques nos doentes e assim 
obter analgesia local. 
 Laserterapia É também eficaz, no que diz respeito ao tratamento da STC. O laser usado na 
terapia é o de baixa potência, como o laser de arsenieto de galio (AsGa) e o laser de hélio-neônio 
(He-Ne). Proporciona o efeito analgésico, anti-inflamatório, antiedematoso e cicatrizante. 
Indicado para lesões traumáticas dos tecidos osteomusculares,nervoso, ligamentos e capsulas 
articulares. Como dor crônica e síndromes compressivas, STC e outras. 
 Ultrassom O efeito analgésico do US decorre da diminuição da excitabilidade das fibras 
nervosas aferentes (sensitivas), através do aumento do seu linear de despolarização, provocando 
diminuição dos estímulos dolorosos e agindo sobre a membrana plasmática do neurônio, 
diminuindo a atividade da bomba de sódio e potássio. A analgesia também é produzida pelo 
Traumatologia e Ortopedia 
19 
 
aumento da defesa, pelo relaxamento muscular, melhora da circulação e regeneração tecidual. 
Enquanto seu efeito regenerador ativa a formação de novos capilares e aumenta a síntese de 
colágeno pelos fibroblastos expostos ao US. Na fase proliferativa e de remodelação, o US atua 
auxiliando na reorganização do colágeno, o que se deve ao seu efeito piezoelétrico. 
 Hidroterapia A hidroterapia é um dos recursos mais antigos da fisioterapia, sendo definida 
como o uso externo da água com propósitos terapêuticos . A terapia aquática é uma modalidade 
de reabilitação que possui uma longa história e é tão importante atualmente quanto foi no 
passado. Hoje, os fisioterapeutas são encorajados a utilizar a água, aproveitando ao máximo suas 
qualidades únicas. Os efeitos terapêuticos são de grande importância como a temperatura da 
água, que relaxa a musculatura. Esta temperatura também ajuda a diminuir o espasmo muscular, 
estimulando o relaxamento muscular, diminuindo então a dor e facilitando a realização de 
exercícios de alongamento e fortalecimento, visando à restauração das amplitudes normais de 
movimento precocemente. 
 Cinesioterapia Os músculos dos pacientes portadores de LER são geralmente hipertônicos, 
encurtados e cronicamente fatigados. Músculos mais comuns de estarem fatigados cronicamente: 
músculos da cintura escapular e os antigravitacionais. Depois de alongados e passados a fase de 
dor, os músculos devem ser fortalecidos, para que possam de novo exercer as atividades diárias e 
completar a fase final da reabilitação que é o retorno ao trabalho. Inicialmente os exercícios 
isométricos, seguindo-se os exercícios resistidos, para o desenvolvimento da força e da 
resistência do músculo. 
 Alongamentos  À medida que o músculo perde sua flexibilidade normal, ocorre também 
alteração na relação comprimento-tensão do músculo, e com o encurtamento, este não é mais 
capaz de produzir o pico de tensão, então se desenvolve uma fraqueza com retração. A perda da 
flexibilidade, independente da causa, pode provocar dor originando-se no músculo, tecido 
conectivo, ou periósteo. Isso, por sua vez, também diminui a força muscular. 
 O canal cérvico-torácico é a comunicação que há na raiz da cervical e o tórax e permite a 
passagem do plexo braquial e dos grandes vasos desta região até a axila. Durante sua passagem, 
podem ser comprimidos em vários pontos. 
 O tratamento é baseado em: exercícios posturais, pois o problema está relacionado com má 
postura (costas curvadas e anteriorização do pescoço e cabeça) nas posições sentada, em pé ou 
mesmo deitada; orientação de hábitos posturais e revisão ergonômica do trabalho; em muitos 
casos, medidas terapêuticas de medicina física, tais como eletroterapia analgésica (TENS), 
termoterapia e exercícios de relaxamento são benéficos, além dos já citados exercícios posturais 
(reeducação postural clássica, que tem comprovação científica); em casos específicos onde há 
dor muscular, caracterizada como miofascial, os bloqueios anestésicos locais nos pontos-gatilho 
(bandas musculares contráteis) são bastante eficazes. 
 O tratamento fisiátrico nunca deve durar menos de 3 meses e deve ser contínuo. Na falha de um 
tratamento bem supervisionado, há indicação de avaliação cirúrgica. 
Síndrome do peitoral menor: 
 A artéria e veia subclávias, assim como o plexo, são comprimidos entre a apófise coracóide e o 
peitoral menor, quando o braço está em hiperabdução. 
Quadro clínico: 
 Dor no pescoço, ombro, parte medial do braço e antebraço, frequentemente irradiado para baixo 
na distribuição do nervo ulnar, parestesia noturna e piora com o uso do membro em posições que 
diminuam o espaço da fossa supraclavicular. 
Traumatologia e Ortopedia 
20 
 
Diagnóstico: 
 Avaliação cinético-funcional: Anamnese, postura, amplitude de movimento, tônus muscular, 
força muscular, palpação, sensibilidade, etc... 
 Testes de Healstead 
 Teste de Ross 
 Manobra de Adson 
 Manobra de Allen 
 Rx coluna cervical/ RM ou TC 
 Rx tórax– pseudoartrose da clavícula 
 Eco-doppler da artéria subclávia 
 Eletroneuromiografia 
 Angiografia – sintomas vasculares predominantes 
Síndrome do escaleno anterior: 
 Espasmo do músculo escaleno anterior (fadiga, trauma, mudança significativa da postura, 
postura inadequada, esforço ocupacional, anomalias musculares). 
Tratamento 
 Deve-se identificar e tratar os pontos desencadeantes 
 Realizar alongamento e relaxamento muscular 
 Reeducação postural, fortalecimento muscular e analgésicos 
Síndrome da costela cervical: 
 Atribui-se a presença de costela ou proeminência da apófise transversa de C7 como causa de dor 
ou disfunção da região do pescoço, ombro e mão. 
Síndrome costo-clavicular: 
 Compressão entre a costela e clavícula. As causas mecânicas podem ser: aumento da 
convexidade da primeira costela ou região lateral da clavícula, consolidação viciosa de fraturas 
da clavícula ou posição inadequada de indivíduos que trabalham com o membro superior 
elevado. O espaço também se estreita na hiperextensão do pescoço associado à abdução dos 
ombros. 
TTO 
 Alívio dos sintomas álgicos; 
 Relaxamento das tensões e contraturas musculares; 
 Diminuição da inflamação; 
 Resolução do edema; 
Traumatologia e Ortopedia 
21 
 
 Melhora da postura; 
 Aumento de força muscular; 
 Melhora das amplitudes de movimentos; 
 Normalização da circulação; 
 Reequilíbrio da musculatura que envolve a cintura escapular; 
 Retorno às atividades de vida diária. 
Síndrome do túnel cubital 
 O nervo ulnar- raízes nervosas C8 e T1 
 Compressão do nervo ulnar no túnel cubital -Cotovelo 
 2ª neuropatia mais comum do membro superior 
 Mulheres 
 ―Cellbow‖ 
Causas: 
 Atividade repetitiva e vício postural 
 Sequelas de fraturas 
 Subluxação e luxação no epicôndilo medial 
 Cúbito valgo devido a consolidação viciosa após fratura, artrite, gânglios,tumores 
 Indeterminada 10%-30% 
Sinais e sintomas: 
 Queixa de dor no cotovelo, com irradiação distal 
 Hipoestesia ou formigamento no quinto dedo e face ulnar do quarto dedo 
 Diminuição da força de preensão e atrofia da musculatura intrínseca nos casos mais avançados Hipoestesia que se instala quando o cotovelo é mantido em flexão e o antebraço em pronação 
forçada por alguns minutos. 
 Nos casos mais intensos, pode haver deformidade em garra dos dedos 
Classificação: 
 McGowan 
 Grau I: parestesia na área do nervo ulnar 
 Grau II: fraqueza dos músculos interósseos 
 Grau III: atrofia dos interósseos 
Traumatologia e Ortopedia 
22 
 
Diagnóstico: 
 Avaliação cinético-funcional: Anamnese, postura, amplitude de movimento, tônus muscular, 
força muscular, palpação, sensibilidade,etc... 
 Sinal de Tinel positivo no cotovelo 
 Teste de flexão do cotovelo 
 Rx–determinação de cúbito valgo e osteófitos 
 Eletroneuromiografia- avaliação da função dos nervos e músculos 
 Ultrassonografia 
 Ressonância magnética 
 O tratamento fisioterapêutico para a síndrome do túnel cubital inclui a educação do paciente 
juntamente com a identificação, modificação e limitar as causas que resultam em inflamação do 
nervo. Para além disto, os fisioterapeutas podem sugerir: 
 pode ser fornecido considerações ergonômicas e mudanças nos padrões de atividades que 
causam a condição, exercícios de deslizamento e modalidades são praticadas para aliviar os 
sintomas dolorosos, além da utilização de TENS, laser e iontoforese. 
 Crioterapia e calor profundos são evitados., pois o limiar de excitabilidade é baixo. 
 Fortalecimento e exercícios de alongamento nos músculos do antebraço 
TTO pós-cirúrgico 
 A fisioterapia entrará na reabilitação logo após o pós-operatório. Durante o período de 
imobilização (2 semanas), o fisio deverá realizar a mobilização precoce dos dedos e mãos, para 
evitar o edema e a rigidez articular. Após isso, deverá realizar exercícios de fortalecimento e 
sensibilização da região ulnar do antebraço e mão. A mobilização do cotovelo deverá ser lenta e 
progressiva. 
 O paciente só terá resultado meses após a cirurgia, sendo anulado quase por completo os 
sintomas da síndrome. 
Diagnóstico Diferencial: 
 Síndrome de Guyon 
 Lesão do disco cervical 
 Síndrome do escaleno anterior 
 Radiculopatia 
 Tumor 
 Doenças metabólicas 
Síndrome do canal de Guyon: 
 Compressão do nervo ulnar na altura do punho 
Traumatologia e Ortopedia 
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 Canal de Guyon-Espaço na palma da mão por onde passa o nervo ulnar (pisiforme, hamato e 
flexor ulnar do carpo) 
 É menos comum que a compressão do nervo ulnar no cotovelo 
Causas: 
 Trauma direto 
 Uso repetitivo da borda ulnar 
 Fratura do hamato, piramidal e base do 4º e 5º MTC 
 Processo expansivo (tumor, lipoma, cisto) 
 Trombose da artéria ulnar 
 Uso de ferramentas que comprimam mecanicamente a mão 
 Vibração 
Sinais e sintomas: 
 Alteração de sensibilidade 4º e 5º dedos com ou sem presença marcante de dor ou hipoestesia 
 Alterações da força e mobilidade 
 Diminuição da força de preensão e pinça 
 Sensação de frio/ Intolerância ao calor 
 Fraqueza e hipotrofia muscular (musculatura interóssea) 
Diagnóstico: 
 Avaliação cinético-funcional: Anamnese, postura, amplitude de movimento, tônus muscular, 
força muscular, palpação, sensibilidade,etc... 
 Sinal de Froment 
 Teste de Allen 
 Radiografia 
 Eletroneuromiografia- avaliação da função dos nervos e músculos 
 Ultrassonografia 
 Ressonância magnética 
TTO 
 O calor tem sido apontado na literatura como um excelente método terapêutico, pois melhora o 
metabolismo e a circulação local, aumenta a elasticidade do tecido conectivo, relaxa à 
musculatura e causa analgesia. 
Traumatologia e Ortopedia 
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 O ultrassom aplicado à intensidade de 0,75 a 1,0 W/cm² promove aquecimento profundo, 
analgesia, melhora a circulação, aumenta a elasticidade, extensibilidade tecidual e reduz a 
rigidez osteo-músculo-ligamentar. 
 Inicialmente, os exercícios isométricos suaves são os únicos exercícios resistidos a serem feitos. 
Acrescentar exercícios de fortalecimento dinâmico e resistência à fadiga quando os sintomas não 
piorarem com exercícios isométricos. 
Fratura de Colles 
MMSS - Punho 
A fratura de Colles é uma lesão comum que é mais 
frequente em crianças entre 6 e 10 anos e pessoas idosas, 
especialmente mulheres acima de 50 anos. 
 Tem como causa mais frequente uma queda sobre a 
mão aberta (mão estendida) 
 
 
 
 
 
 
Oblíqua: a fratura ocorre de tal maneira, que resulta de duas partes cortantes de osso, que podem romper 
os tecidos e os vasos. 
 
 
Transversal: A fratura ocorre de tal maneira perpendicular ao segmento ósseo. 
 
 
Quadro clínico 
 Dor imediata, dor à palpação, edema e hematoma. 
 Limitação dos movimentos do punho, falanges, dificuldades em realizar 
prono-supinação do antebraço devido ao edema e o quadro álgico muito intenso. 
Conservador - redução específica (tração – anteriorização do fragmento - flexão de punho – desvio ulnar 
– pronação – imobiliza com gesso-luva (4 semanas) 
 Cominutiva – fixador externo 
Complicações 
 Rigidez do punho e dos dedos 
 
Traumatologia e Ortopedia 
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Neuropatia do mediano 
Neurite dos ramos sensitivos do nervo radial 
 
 Tenossinovite e ruptura dos tendões Consolidação viciosa 
 
Fratura de Smith 
 
 
 
 
 
 
É o inverso da fratura de Colles! 
  Fratura da extremidade distal do rádio 
  Causada por queda sobre punhos fletidos, ao contrário da fratura de Colles, que 
ocorre em queda sobre punho estendido. 
  São menos comuns que as fraturas de Colles. 
OBS: Quadro clínico, tratamento e complicações são semelhantes a fratura de Colles. 
Fratura de Galeazzi 
Fratura do terço inferior do rádio associada com a luxação rádio ulnar distal. 
  Golpe direto no lado dorso-lateral do punho 
  Queda sobre a mão estendida e antebraço em pronação 
  Complicação: Angulação póstero-lateral e encurtamento do rádio e dano vascular e 
nervoso. 
 
 
 
 
 
 
 
Fratura de Monteggia 
Lesão caracterizada por fratura-luxação especial do antebraço, onde ocorre luxação apenas anterior da 
cabeça radial associada à fratura da ulna. 
Traumatologia e Ortopedia 
26 
 
 Acontece quando ocorre queda sobre a mão com o braço estendido em pronação forçada. 
 Tipo I: fratura da diáfise da ulna em qualquer nível, com angulação anterior do foco de fratura 
associada à luxação anterior da cabeça do rádio; 
 Tipo II: fratura da diáfise da ulna com angulação posterior do foco de fratura e luxação póstero-lateral 
da cabeça do rádio; 
 Tipo III: fratura da metáfise da ulna com luxação lateral ou ântero-lateral da cabeça do rádio; 
 Tipo IV: fratura do terço proximal do rádio e da ulna no mesmo nível, com luxação anterior da cabeça 
do rádio. 
Complicações: 
 
 Pseudoartrose, 
 Consolidação viciosa, 
 Infecção, 
 Síndrome compartimental 
 Lesão vascular e nervosa. 
 
Fraturas do úmero proximal 
Fraturas do terço proximal do úmero ou do úmero proximal são a 
terceira fratura mais comum. Elas ocorrem em 2 faixas etárias e estão 
relacionadas a dois mecanismos de trauma: nos pacientes mais jovens 
são causadas por acidentes de alta energia, como acidentes de carro ou 
moto; nos pacientes acima de 50 anos podem ocorrer em traumas mais 
leves, como queda da própria altura e comumente estão relacionadas à 
osteoporose. 
a) Tubérculo maior 
b) Tubérculo menor 
c) Colo anatômico (Superfí- cie articular) 
d) Diáfise 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Radiografias 
 AP verdadeiro da escápula (relação entre a cabeça umeral, 
glenóide e acrômio). AP verdadeiro é diferente de AP torax. 
 Perfil da escápula – em ―Y‖-ofeixe de rx entra paralelo ao plano da escápula 
Traumatologia e Ortopedia 
27 
 
 Axilar (luxação do ombro, deslocamento das tuberosidades 
 
 
 
 
 
 
TC – Fraturas podem não aparecer na radiografia inicial, chamadas de fraturas ocultas (Avaliação 
tridimensional) 
 Arteriografia se suspeita de lesão vascular. 
 Eletroneuromiografia se suspeita de lesão nervosa 
 RM - Informa pouco sobre o osso cortical sendo pouco solicitada. Investigar lesões de tecidos moles 
associadas a fratura. 
Quadro clínico 
Dor que pode estender-se da parede torácica ao cotovelo 
 Limitação Funcional 
 Edema 
 Equimose 
Complicações 
Lesões Vasculares: principalmente da artéria axilar. 
  Osteonecrose (perda do suprimento sanguíneo da cabeça do úmero). 
  Lesão do Plexo Braquial. 
  Lesão do nervo axilar. 
  Ombro congelado (capsulite adesiva) 
  Falta de consolidação. 
  Consolidação viciosa. 
Tratamento 
 Uso de analgésicos e anti-inflamatórios; 
 Uso de órteses para imobilizar a região; 
 Tratamento fisioterapêutico; 
 Em casos mais graves, a cirurgia é indicada. 
 
 
Traumatologia e Ortopedia 
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Acometimentos principais dos tecidos moles em ombro e cotovelo 
Síndrome do impacto 
O ombro é uma articulação bastante complexa e mais móvel de todo o corpo humano, entretanto, é 
considerada pouco estável por sua anatomia articular, especialmente na articulação glenoumeral. Esta 
grande mobilidade e menor instabilidade podem ser atribuídas à frouxidão capsular associada à forma 
arredondada e grande da cabeça umeral e rasa superfície da cavidade glenoide, sendo necessário harmonia 
sincrônica e constante entre todas as estruturas estáticas e dinâmicas que mantêm sua biomecânica 
normal. Por esse motivo, qualquer alteração que comprometa sua estrutura e função faz com que esse 
complexo articular seja alvo de inúmeras afecções, sendo a síndrome do impacto a mais comum em 
indivíduos adultos. Esta patologia caracteriza-se por uma síndrome dolorosa do ombro, normalmente 
acompanhada por microtraumatismos e degeneração, além do déficit de força muscular e tendinite do 
manguito rotador. 
O manguito rotador é o grupo de músculos (subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e redondo 
menor) que cobre a cabeça do úmero e tem grande importância na estabilização, na força e na mobilidade 
do ombro. Ele pode sofrer lesões em grandes traumas, porém o mais frequente é a lesão crônica com 
graus variáveis, desde um pequeno edema até a ruptura total de um ou vários músculos do manguito. 
Existe uma relação entre a síndrome do impacto e a degeneração do manguito. O impacto ocorre entre o 
manguito (geralmente e supra-espinhoso) e a porção antero-inferior do acrômio, o ligamento 
coracoacromial e a articulação acromioclavicular. 
A degeneração ocorre pelos constantes atritos causados pela compressão das partes moles contra o arco 
coracoacromial e a permanência do mecanismo de impacto pode causar lacerações parciais ou totais no 
manguito rotador. Portanto, o uso excessivo do membro superior em elevação, durante determinadas 
atividades esportivas ou profissionais, favorece o surgimento da síndrome do impacto. 
Outro mecanismo que pode predispor um indivíduo para a Síndrome do impacto é a formação anatômica, 
pois pessoas com acrômio plano e pouca inclinação, presença de esporões na articulação 
acromioclavicular ou que possuam cabeça umeral posicionada mais superiormente apresentam maiores 
chances de desenvolvera patologia. 
A fraqueza dos músculos do manguito rotador também pode levar a uma superiorização do úmero, 
ocasionando o impacto, além disso, uma hipovascularização tendinosa pode ocorrer, enfraquecendo o 
tendão do supraespinhal em sua inserção. 
Quadro Clínico 
A síndrome do impacto normalmente causa dor e inchaço na parte frontal do ombro. Pode haver dor e 
rigidez na elevação do braço. Também pode haver dor ao se abaixar o braço após este estar elevado. 
Quando há progressão do quadro, pode ocorrer dor à noite. Ocorre perda de força e de movimentos. 
Dificuldade de colocar o braço atrás do corpo, para vestir-se. Em casos avançados, a perda de movimento 
pode progredir para uma capsulite adesiva ―ombro congelado‖. Nas bursites agudas, o ombro pode estar 
com dor intensa. Todos os movimentos podem estar limitados e doloridos. 
Exame físico 
O exame físico também é de importante valor para o diagnóstico, são realizados alguns testes, como: 
Teste de Jobe – Realiza uma rotação interna, essa posição sensibiliza a tensão exercida no tendão do 
supra-espinhoso. A fraqueza indica déficit de força do supra-espinhoso. 
Traumatologia e Ortopedia 
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Teste do impacto de Neer – Eleva-se o ombro em extensão e rotação neutra passiva e rapidamente; o 
tubérculo maior projeta-se contra a face ântero-inferior do acrômio e reproduz o impacto, a dor é um sinal 
de impacto subacromial ou ruptura do manguito rotador. 
Teste de Neer-Hawkins – Eleva-se o ombro a 90º, e flete-se o cotovelo em 90º, roda-se passivamente e 
rapidamente para dentro, nessa posição o tubérculo maior e projetado contra o ligamento coracoacromial. 
Indica síndrome do impacto com tendinite do infra-espinhoso 
Teste do bíceps (speed) - Sugere a presença de alterações da cabeça longa do bíceps, testado pela flexão 
ativa do ombro em extensão e rotação externa, contra uma resistência usada pelo examinador. Indica 
tenossinovite da cabeça longa do bíceps. 
Tratamento Conservador – Fisioterapia 
Os objetivos gerais no tratamento são alívio do quadro álgico, ganho de amplitude de movimento e 
melhora da força muscular de maneira que permita maior funcionalidade no membro acometido. 
O tratamento na fase inicial tem como objetivo a redução ou abolição da dor e diminuição do processo 
inflamatório instalado, sendo importante evitar exercícios exagerados que possam agravar ainda mais o 
quadro agudo com eletroterapia. Também está indicada no controle e modelação da dor e a crioterapia 
(GELO) para favorecer a redução da inflamação. A tração do ombro com pequenos graus de abdução 
pode ser indicada como mecanismo de descompressão articular e alívio do quadro álgico, além dos 
exercícios pendulares. 
Epicondilite Lateral 
Cotovelo do tenista 
A epicondilite lateral do cotovelo, ou cotovelo de tenista, é a síndrome de sobre-uso mais comum de todas 
e está associada a movimentos excessivos de extensão do punho e dedos. 
Esta lesão envolve os músculos e tendões do antebraço, que se estendem desde o punho e dedos até se 
inserirem, através dos seus tendões, no epicondilo umeral, na face lateral do cotovelo. O tendão mais 
comumente lesado é o extensor radial curto do carpo. 
A inflamação específica raramente está presente pelo que o termo epicondilite, originalmente usado para 
descrever o espectro de lesões que iam desde a inflamação do tendão à ruptura parcial, foi substituído 
pelo mais genérico epicondilalgia do cotovelo. 
Esta lesão, causada pelo uso excessivo ou por esforços repetitivos dos extensores do punho, é 
frequentemente observada em praticantes de ténis, badmington ou squash, mas também é cada vez mais 
comum em outras atividades repetitivas, como na pintura ou no teclar. 
Sinais e sintomas/ Diagnóstico 
 ◦ Dor cerca de 1-2 cm abaixo e do lado de fora do cotovelo (epicôndilo lateral) 
 ◦ Falta da força muscular do punho com dificuldade em fazer tarefas simples como abrir 
uma maçaneta de porta ou apertar a mão a alguém. 
 ◦ Dor na parte externa do cotovelo, quando se estende mão e dedos para trás contra 
resistência. 
 ◦ Dor ao pressionar (palpação), logo abaixo do epicôndilo lateral do lado de fora do 
cotovelo. 
Traumatologia e Ortopedia30 
 
 • Descanso: Evite atividades que coloquem pressão sobre o cotovelo ou que exijam o 
esforço muscular mantido dos músculos extensores do punho. 
 • Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocandouma toalha fina entre o 
gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar 
gelonovamente. 
 • Compressão: poderá utilizar uma cotoveleira compressiva específica para reduzir o 
inchaço e proteger o músculo e tendão de novas agressões. 
 • Analgésicos e anti-inflamatórios 
 • Massagem de mobilização suave dos tecidos deve começar logo após a primeira fase. À 
medida que o paciente for recuperando deverá ser introduzida massagem transversal profunda para uma 
correta cicatrização e reorganização do tecido muscular. 
 • Exercícios de alongamento progressivo dos extensores do punho, que deverão ser 
mantidos por algum tempo depois do final da recuperação 
 • Fortalecimento muscular dos extensores do punho e dedos, de inicio estático, no 
entanto, assim que a dor permitir, deverão ser introduzidos exercícios de fortalecimento excêntrico. 
Se os sintomas não aliviarem após 6-12 meses de tratamento conservador, a cirurgia poderá ser 
recomendada. A maioria dos procedimentos cirúrgicos para epicondilalgia, envolvem a remoção da parte 
de músculo lesada e reinserção da parte muscular saudável no osso. 
Epicondillite medial 
A epicondilite medial (também conhecida como cotovelo do golfista) é uma tendinite insercional que 
afeta os tendões que se ligam no epicôndilo medial do antebraço. 
O cotovelo do golfista é a consequência da inflamação e degeneração dos tendões dos flexores e 
pronadores do punho. 
A dor no cotovelo pode ser leve ou forte e pode interferir com as atividades diárias ou esportes. 
Os sintomas também podem irradiar do antebraço até o pulso. 
O aparecimento da epicondilite medial pode ser traumático, mas geralmente é progressivo, o desconforto 
aumenta lentamente e muitas vezes se torna crônico. 
O cotovelo do golfista é muito menos frequente da epicondilite lateral. 
O epicôndilo medial mais afetado é o do braço dominante, geralmente é unilateral, mas em alguns casos é 
bilateral (esquerda e direita juntos). 
Os movimentos que podem causar a epicondilite são: lançamento, recolher e segurar objetos. 
 Os principais fatores de risco são: 
 • A idade: os adultos têm tendões menos flexíveis e executam movimentos repetitivos 
durante o trabalho ou esporte; 
 • A diabetes aumenta a probabilidade de desenvolver cotovelo do golfista; 
 • Uma técnica de realização do gesto errado no esporte; 
 • Músculos do antebraço fracos e insuficientes para praticar algum esporte. 
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Exame físico 
Controle o cotovelo doloroso e palpar o epicôndilo medial para localizar o local exato dos sintomas. 
Existe um teste para diagnosticar o cotovelo do golfista. 
O examinador supina e estende passivamente o pulso e o cotovelo. 
O teste é positivo em caso de dor no epicôndilo medial. 
Para excluir um encarceramento do nervo também é necessário avaliar os reflexões do tendão do 
cotovelo. 
 Exames de imagem 
A radiografia ajuda o médico a descartar outras causas possíveis de dor no cotovelo, como artrite ou 
fraturas. 
Uma ultrassonografia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico. 
A ressonância magnética do cotovelo é recomendada excepcionalmente para avaliar a dor no cotovelo. 
Também pode ser útil efetuar a ressonância no pescoço para excluir uma cervicobraquialgia se o paciente 
tem dor no ombro e na mão, ou em caso de sintomas neurológicos (por exemplo, perda de reflexos, 
dormência e formigamento). 
A eletromiografia (EMG) é um exame que avalia os impulsos nervosos nos músculos durante a contração. 
Recomendamos a eletromiografia se os sintomas estão relacionados com a compressão de um nervo. 
Fisioterapia para epicondilite medial do cotovelo 
 As técnicas de fisioterapia, tais como tratamento com laser são usadas em combinação com 
ultrassom, são eficazes para reduzir os sintomas. 
 Geralmente, estes tratamentos têm efeito a longo prazo. 
 As ondas de choque não são uma terapia utilizada no tratamento da epicondilite. 
 Os tratamentos manuais são muito eficazes e seguros para o tratamento da epicondilite. 
 Os mais usados são a massagem cyriax e miofascial porque eliminam as aderências no tecido. 
 Quando a dor e a inflamação diminuem, é possível começar a executar exercícios de 
fortalecimento específicos e alongamento. 
Exercícios de reabilitação para epicondilite medial do cotovelo 
Os seguintes exercícios de reabilitação são geralmente prescritos para pacientes com epicondilite. 
Antes de começar a executar um programa de fisioterapia fale com o fisioterapeuta para avaliar a 
adequação. 
Estes exercícios devem ser efetuados 3 vezes ao dia se não causam uma piora dos sintomas. 
Alongamento para o cotovelo 
Começe este exercício com o cotovelo direito. Usando a outra mão, puxe o pulso estendendo até sentir 
uma sensação de alongamento. Mantenha a posição por 15 segundos e repita 4 vezes. 
 
 
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Exercício excêntrico 
Segurando um haltere na academia, coloque o antebraço com a palma da mão para cima na borda de uma 
mesa (com a mão que sai da borda da mesa). 
Começar com o punho em flexão. 
Trazer lentamente (parando a queda) o pulso para a extensão. 
Retornar à posição inicial com a outra mão. 
A fim de evitar mais danos, um fisioterapeuta qualificado deve ensinar aos pacientes a correta execução 
da técnica e a carga adequada. 
Os exercícios para evitar são aqueles para o fortalecimento do músculo bíceps e do braquiorradial, ou 
seja, a flexão do cotovelo com os pesos. 
Fraturas de Pelve 
Geralmente, as fraturas do quadril ocorrem em pessoas 
com mais de 65 anos, o risco aumenta muito 
rapidamente depois dos 80 anos. 
Os idosos são mais predispostos porque o osso torna-se 
mais frágil com a idade. 
Este enfraquecimento dos ossos é chamado de 
osteoporose. 
Muitos medicamentos, os problemas de vista e de 
equilíbrio aumentam a probabilidade de queda nas pessoas mais velhas, esta é uma das causas mais 
comuns de fratura de quadril. 
A incidência é muito maior em mulheres do que em homens, as mulheres são duas vezes mais afetadas do 
que os homens. 
A fratura do fêmur pode ser muito grave para as sérias complicações que podem ocorrer, incluindo a 
necrose da cabeça do fêmur (morte das células ósseas). 
Fatores de risco 
 Entre os fatores predisponentes existe a herança, na verdade, os filhos de pessoas que sofrem 
esta lesão são mais propensos a quebrar o quadril. 
 As pessoas magras são mais predispostas porque geralmente têm uma baixa concentração de 
cálcio nos ossos (osteopenia ou osteoporose). 
 O fumo e alcoolismo são outros fatores de risco. 
 Os pacientes com transtornos mentais, neurológicos e visuais são mais propensos a cair e podem 
ter uma fratura do fêmur. 
 As lesões femorais constituem um alto custo social e econômico para a gestão do paciente idoso. 
 As fraturas do fêmur são muito perigosas, sem cirurgia a mortalidade pode exceder os 30% dos 
casos. 
 A lesão pode ocorrer no quadril direito ou esquerdo, é rara uma fratura bilateral. 
 A fratura de quadril com luxação é um evento muito raro e ocorre principalmente em caso de 
acidente. 
 
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 Quais são as causas da fratura de quadril? 
O fêmur é particularmente exposto aos ferimentos devido a sua forma e localização na articulação do 
quadril e porque ele suporta o peso do corpo. 
A osteoporose (diminuição da concentração de cálcio nos osso) deixa o fêmur menos resistentea lesões, 
principalmente em idosos. 
Um leve derrame pode ser suficiente para causar sérios danos ao osso e estruturas adjacentes. 
A causa mais provável é a queda durante a caminhada devido ao calçado inadequado, chão escorregadio 
ou irregular ou uma falha repentina do joelho. 
Em alguns casos, a queda pode ser a consequência de uma fratura espontânea do colo do fêmur. 
Quando as mulheres envelhecem, perdem de 30 a 50% da sua densidade óssea. 
A perda óssea acelera após a menopausa porque as mulheres produzem menos estrogênio. O estrogênio 
ajuda a manter a densidade óssea e a força. 
A fratura patológica ocorre devido a uma doença que enfraquece o osso, como um câncer ósseo ou 
metástases. 
Neste caso a gestão é diferente, o médico pode recomendar a cirurgia somente se o paciente é operável 
(não existem contraindicações para a cirurgia). 
 1. Avulsão EIAS 
 2. Avulsão EIAI 
 3. Avulsão da apófise isquiática 
 4. Fratura do ílio 
 5. Fratura de ramos púbicos 
 6. Fratura do sacro 
 7. Fratura do cóccix 
 
 
A. Estável 
 
 
 
B. Parcialmente estável 
 
 
C. Instável 
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Mecanismos de trauma 
 
 Compressão lateral: Atropelamento, pelve com volume diminuído - (não comprimir); 
 Compressão anteroposterior (open book): Vítima prensada, pelve com volume aumentado; 
 Cisalhamento vertical: Queda de altura primeiro sobre uma perna, maior mortalidade 
 Parada do sangramento; 
Minimizar sequelas sépticas; 
Estabilização da fratura – mobilização precoce do paciente; 
 Fixar as fraturas externamente imediatamente. 
 
Complicações 
 Risco de hemorragia (choque hipovolêmico ―livro-aberto‖) 
 Ruptura de bexiga; 
 Ruptura da uretra; 
 Lesão de intestino; 
 Lesão de nervosa; 
 Hematoma escrotal; 
 Lesão do diafragma. 
Fraturas de fêmur 
 Fratura do colo do fêmur. 
 Fratura intertrocantérica do fêmur. 
 Fratura subtrocantérica do fêmur. 
 
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 Epidemiologia: 
 Ocorrem com maior frequência em pessoas idosas (incidência dobra após os 50 anos); 
 Acomete mais o sexo feminino; 
 Queda ao solo principalmente dentro de casa; 
 20 a 30% morrem no 1° ano após a fratura; 
 50% tornam-se completamente dependentes; 
 20% não recuperam deambulação funcional; 
Etiologia 
Traumas diretos; 
Traumas indiretos; 
Fraturas espontâneas; 
Força rotacional numa queda ou tropeço. 
Quadro clínico 
 Dor no quadril após trauma; 
 Encurtamento discreto com rotação externa e abdução (nem sempre); 
 Incapacidade funcional (atenção para fraturas impactadas ou ―ocultas‖) - pacientes com pouca 
dor e que deambulam; 
 Não consegue levantar sem ajuda; 
 Não consegue apoiar no membro; 
Diagnóstico 
Radiografia; 
Ressonância magnética; 
Tomografia computadorizada ; 
Cintilografia. 
 
Classificação de Gardem para fraturas e fêmur 
 
Grau 1: fraturas incompletas ou impactadas em ligeiro valgo. 
Grau 2: fraturas completas não-desviadas. 
Grau 3: a fratura está parcialmente desviada. 
Grau 4: desvio completo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Complicações 
 Infecção 
 Trombose / Tromboembolismo 
 Úlceras de pressão 
 Fracasso de consolidação (1-2%) 
 Necrose avascular 
 Formação excessiva de calo 
 Dor crônica 
 Pneumonia (acamados) 
 
Luxação de quadril 
A luxação coxofemoral isolada não é tão frequente, podendo estar associada a fraturas da cabeça femoral 
e do acetábulo. É mais comum a luxação posterior (85 a 90% dos casos), produzida por forte impacto 
indireto sobre o quadril fletido em acidentes automobilísticos, apresentando-se o paciente com o membro 
encurtado, em posição aduzida e em rotação medial. 
Manobras para luxação 
Manobra de Allis: É realizada com o paciente posicionado em decúbito dorsal. O assistente estabiliza a 
pelve. O cirurgião flete o quadril e o joelho e aplica tração longitudinal constante, com o membro em 
rotação interna e adução. 
➤ A luxação coxofemoral deve ser considerada urgência ortopédica, indicando-se a redução 
incruenta imediata sob anestesia. Obtida a redução, deve ser feita uma avaliação cuidadosa das 
radiografias de controle, a fim de pesquisar a eventual presença de fragmentos 
osteocartilaginosos interpostos. Em caso de dúvida deve-se recorrer a tomografia 
computadorizada. A presença dos fragmentos provoca dor e limitação articular, com tendência a 
evolução para artrose. 
Fraturas de joelho 
 
Extra articular 
 
 
 
Articular 
 
 
 
Articular completa 
 
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Mecanismos de lesão 
 A maioria são de alta energia, exceto para os idosos. 
 Pode ocorrer por uma força em varo, valgo ou em caso de uma rotação forçada do joelho. 
 A maioria das fraturas ocorrem em acidentes de tráfego e também associado quedas de altura. 
Lesões associadas 
*Pesquisar fraturas do acetábulo, colo do fêmur e diáfise femoral 
 Em varo ou valgo provoca lesões nos ligamentos do joelho 
 Pode encontrar lesões no platô tibial 
 Lesões nervosas periféricas 
Complicações do tratamento cirúrgico 
 Artrose precoce 
 Osteoartrite 
 Rigidez 
 Pseudo-artrose 
 Consolidação viciosa com deformidade em valgo ou varo 
 
Fratura proximal de tíbia e fíbula 
 As fraturas da tíbia estão entre as mais frequentes das dos ossos longos; 
 Acidentes de trânsito - motocicletas; 
 Jovens do sexo masculino - mais atingidos; 
 Tratamento cirúrgico - grande parte dos casos; 
 Na maioria dos casos a fratura da tíbia está associada da fíbula. 
 
Tratamento 
 Fraturas com menos de 4mm - redução fechada mantida com gesso ou tração 
 Fraturas com mais de 5mm - fixação percutânea, com parafusos, fios ou fixador externo. 
 
Traumatologia e Ortopedia 
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Complicações 
 Artrose precoce; 
 Rigidez; 
 Pseudo-artrose; 
 Lesões associadas articulares cartilaginosas e ligamentares; 
 Deve-se inspecionar as artérias poplítea. (Síndrome compartimental); 
 Nervo fibular pode ser pinçado lateralmente. 
Fraturas da patela 
 A patela reduz a fricção suportados pelo aparelho extensor; 
 Unifica as forças de tração do quadríceps; 
 Aumenta a eficiência do aparelho extensor. 
 
➤ Ocorre em todas as faixas etárias, especialmente entre 20 e 50 anos. 
➤ Sua localização subcutânea torna muito vulnerável ao trauma direto. 
➤ Há 2 mecanismos frequentes de lesão na patela. O primeiro é o trauma direto, muitas vezes com 
lesão de pele associada. O segundo é o trauma indireto por tração violenta (flexão violenta do 
joelho). 
➤ Lesões bilaterais são incomuns. 
Quadro clínico 
 O paciente tem dificuldade em realizar extensão ativa do joelho; 
 Joelho doloroso se apresenta com aumento de volume (presença de hemartrose e edema); 
 Na palpação pode sentir uma lacuna na continuidade da patela. 
 
 
 
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Tratamento 
 O tratamento conservador está indicado para fraturas que não apresentam desvio significativo (2 
mm). Na presença de hemartrose (derrame articular) ou de hematoma significativos, deve-se 
realizar punção. Imobilização em extensão de joelho por 4 a 6 semanas. 
 Nos demais casos a indicação vai ser de tratamento cirúrgico, sendo realizado osteossíntese e as 
patelectomias parcial e total. 
Patelectomia parcial 
As indicações são a presença de um fragmento grande aproveitável fragmentos triturados polares menor 
com o qual é impossível reconstituir a superfície articular ou obter uma fixação estável

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