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resumo motivação

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O estudo da MOTIVAÇÃO busca compreender o que queremos e porque queremos. A Motivação está relacionada com o que energiza e direciona o nosso comportamento, que está fundamentado nas nossas atitudes.
A motivação apresenta aspectos biológicos, cognitivos e sociais, e a complexidade do conceito levou os psicólogos a desenvolver uma variedade de abordagens. Todas elas procuram explicar a energia que guia o comportamento das pessoas em direções específicas
é a área da ciência psicológica que estuda os fatores que energizam, ou estimulam, o comportamento.
ANÁLISE MOTIVACIONAL permite e tem como objetivo compreender de que modo a motivação participa, influência e ajuda a explicar o fluxo comportamental de uma pessoa
Cabe ressaltar que a motivação é um processo. E que, apesar de todas as pessoas possuírem os mesmos processos motivacionais básicos, aquilo que motiva cada uma delas é que vai influenciar a especificidade e a intensidade de seu comportamento.
O MOTIVO MUDA → O COMPORTAMENTO VARIA
(*Em pessoas diferentes*)
(*Na mesma pessoa em momentos diferentes*)
Aquilo que motiva cada pessoa vai estar vinculado à sua história de vida e suas experiências, às memórias afetivas de prazer e desprazer.
Estes conhecimentos se tornam preciosos num momento decisório sobre quando iniciar ou não um comportamento e de que forma fazê-lo e quando interrompê-lo
Tipos de motivos:
Interno é uma condição interna ao organismo que energiza e direciona um comportamento. Podem ser classificados como necessidades, cognições e emoções. As necessidades são condições internas ao corpo e indispensáveis à manutenção da vida, do equilíbrio homeostático, bem estar e pleno desenvolvimento. Como exemplo, pode-se citar a fome, a sede e o sono.As emoções são o outro motivo interno. Elas são fundamentais à vida humana e permitem que a vida ganhe um colorido especial e não fique somente no preto e branco (ou cinza). 
Externos são incentivos ambientais que antecedem o comportamento e geram tendências de aproximação ou afastamento, dependendo das circunstâncias e do efeito que seu resultado provocará na pessoa.
Existem 4 possibilidades de identificar a expressão motivacional das pessoas: pela fisiologia, pelo comportamento manifesto, pelo autorrelato e pela história dos antecedentes do comportamento.
Podem-se verificar sete aspectos no comportamento das pessoas que ajudam a identificar a intensidade, a qualidade e a presença da motivação. São eles:
1. O esforço – quantidade de energia empregada na tentativa de execução de uma tarefa;
C. 24 anos, é assistente administrativa de uma grande empresa. Trabalha no setor contábil e necessita realizar uma infinidade de relatórios para manter os dados em dia e passíveis de controle e planejamento. Caso 1: C. está fazendo contabilidade e acha que nasceu para fazer relatórios contábeis e esforça-se ao máximo para que todos saiam perfeitos. Caso 2: C. está cursando fisioterapia, e não vê sentido nenhum em tantos números... Esforça-se ao máximo para realizar aqueles relatórios, que acha muito enfadonho, mas o emprego é necessário para pagar a graduação. Não vê a hora de sair daquele emprego. No caso 1 o esforço realizado por C. significa que ela está motivada ou não? E no caso 2?
2. A latência – tempo durante o qual uma pessoa adia sua resposta após ter sido exposta a um estímulo;
D. possui 13 anos e está na fase de deixar o quarto muito bagunçado. Sua mãe pediu que ele arrumasse o quarto às 13h, logo após o almoço. D. prometeu à mãe que faria isso após escutar uma música que ele adorava no seu celular. Quando a mãe de D. voltou ao quarto do menino, verificou que ele não havia guardado nenhum brinquedo ou peça de roupa no armário. Já eram 16h. CASO 1: Na situação apresentada, a latência foi grande ou pequena? Esta latência representa que D. estava motivado ou não para arrumar o quarto? CASO 2: Se D., ao pedido da mãe, iniciasse a organização do quarto imediatamente, a latência seria grande ou pequena? Esta mudança demonstra alguma diferença em termos motivacionais em D.
3. Persistência – tempo decorrido entre o início e o fim da resposta;
H., 15 anos é viciado em jogos matemáticos tipo sudoku. Fica horas absorto e concentrado jogando desafios cada vez maiores. Não importa o quão difícil possa ser como ele gosta, ele não inicia outra etapa enquanto não termina aquela que ele está, pode demorar horas, dias ou meses. CASO 1: A persistência de H. num mesmo jogo durante horas ou dias significa que ele está motivado ou não?
4. Escolha – Quando se está diante de duas ou mais possibilidades de ação, mostra-se preferência por uma delas, em detrimento das demais; 
5. Probabilidade de resposta – número (ou porcentagem) de ocasiões em que se verifica uma resposta orientada para um determinado objetivo, quando ocorrem diversas oportunidades diferentes para o comportamento ocorrer;
Cecília foi novamente considerada a funcionária do mês. A análise de desempenho levou em conta a qualidade do trabalho realizado, o prazo de entrega, o bom humor da funcionária, o senso de responsabilidade e solidariedade com os colegas e a tranquilidade na resolução dos problemas quando surgem as adversidades. Cecília demonstrou que possui a melhor constância de características de personalidade e a melhor porcentagem de respostas adequadas aos padrões da empresa no último mês de recessão
6. Expressões faciais – movimentos faciais (torcer o nariz, levantar o lábio superior, baixar as sobrancelhas etc.)
7. Sinais corporais – postura, mudança no apoio do peso, movimentos das pernas ou dos pés, braços e mãos etc.
O que é motivação?
A Motivação é um processo básico relacionado ao comportamento das pessoas que, a partir de motivos internos e eventos externos, iniciam perpetuam e terminam os comportamentos.
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CAPÍTULO 2 
Período Cosmológico: entender o cosmo, sua constituição, seus princípios e leis.
Tales de Mileto – Água Início do Período Cosmológico 
Heráclito – Fogo Mudança, dialética, eterno devir 
Pitágoras - números Quantificação e visão estatística 
Anaxágoras – diversidade Relação e ordenação entre os elementos 
Demócrito – Átomo Visão estática; ordem; determinismo externo X livre arbítrio
Sócrates (436 – 336 a.c.), de Atenas, é considerado um dos expoentes da filosofia grega. Criador da maiêutica, acreditava que o objetivo final da filosofia era a educação do cidadão e que somente através da mesma poderia se chegar ao conhecimento, à moral e à vida ética, pois a maldade, segundo ele, resultaria da ignorância.
Platão (427 – 347 a.c.) de Atenas, foi discípulo e intérprete de Sócrates e também acreditava que o conhecimento que chegava através dos sentidos humanos era imperfeito. Para este filósofo, existia outro mundo pertencente às ideias e considerado imutável, perfeito e transcendente, porém vinculado ao homem desde o nascimento através de sua alma.
Aristóteles de Estagira, Macedônia (384-322 a.c.) foi discípulo Platão, porém se opunha às suas ideias inatistas e sobre a dualidade mente X corpo. Para Aristóteles, mente e corpo podem ser entendidos como indivisíveis e o conhecimento é construído a partir da experiência da criança no mundo, do seu contato com o ambiente através dos seus órgãos dos sentidos. Os sentidos e as sensações ganham importância na teoria aristotélica que considerava que: “os órgãos dos sentidos, quando estimulados, provocam reações, ou sejam, impressões, por exemplo, de bem-estar, de mal-estar, gustativas, visuais, térmicas etc. Essas impressões são o que se denomina de sensações. As sensações seriam, assim, o elemento mais simples e primitivo do conhecimento.”
O entendimento de que há ideias presentes desde o nascimento, conforme o pensamento de Platão é denominado inatismo e os respectivos seguidores são os nativistas. Em contraposição a estas ideias surge o empirismo e os denominadosempiristas, seguidores de Aristóteles, com a perspectiva de que todo o conhecimento advém da experiência.
As três partes da alma (tripartição) de Platão influenciarão a Psicologia no entendimento dos motivos psicológicos, ou melhor, a base do que causa os comportamentos humanos. Já na teoria deste grande filósofo, podemos citar as necessidades, os impulsos, as emoções e a vontade. Esta última, considerada a 1ª Grande Teoria Motivacional. 
As Teorias Motivacionais
Com a Teoria da evolução de Charles Darwin e a respectiva influência na Psicologia Funcionalista, a motivação deixa de ser mental e passa a ser estritamente biológica, através do Instinto. Em seguida, surge a Teoria do Impulso, visto que tanto a Teoria da Vontade como a Teoria do Instinto colocam a motivação em lados opostos (mente ou corpo), inviabilizando uma explicação adequada para o fato.
 PERSPECTIVA ORIGEM DOS MOTIVOS
Comportamental Incentivos e recompensas ambientais 
Fisiológica/ neurológica Atividade cerebral e hormonal 
Cognitiva Pensamentos, metas, expectativas 
Cognitivo-social Modos de pensar a partir da exposição a outros 
Evolucionária Dotação genética de cada indivíduo 
Humanista Desenvolvimento do potencial humano
Psicanalítica Inconsciente
René Descartes: a principal força motivacional era a VONTADE. Descartes pensava que, se houvesse condições de entender a vontade, seria possível compreender a motivação. Segundo ele, a vontade inicia e direciona a ação; cabe a ela decidir se e quando agir. Já as necessidades corporais, as paixões, os prazeres e as dores criam impulsos à ação, mas esses impulsos só excitam a vontade. A vontade é uma faculdade (ou poder) que a mente, agindo no interesse da virtude e da salvação e exercendo seu poder de escolha, tem para controlar os apetites corporais e as paixões.
Charles Darwin: segundo ele, haveria uma dotação genética, mecânica e automática responsável por iniciar os comportamentos. Então, independente da experiência do animal, se o estímulo for adequado, o INSTINTO fará com que ele realize o comportamento geneticamente herdado. Desta forma, a motivação sai de uma perspectiva totalmente mentalista e vai para o “outro lado da moeda”, torna-se determinada pela biologia. Dois foram os autores responsáveis por disseminar o instinto como mola propulsora do comportamento: William James e William McDougall.
Entretanto, após a aceitação da Teoria dos Instintos como uma explicação para o processo motivacional, quando se iniciou a identificação de quais eram os instintos humanos e verificou-se a complexidade dos comportamentos humanos que originaram mais de 6.000 possibilidades diferentes de instintos, observou-se que esta teoria não conseguia atingir seu objetivo.
Apesar da Teoria dos instintos ter perdido a força para a explicação dos comportamentos humanos, é inegável a existência de padrões de comportamentos estereotípicos e não aprendidos nas espécies animais. Para estes comportamentos, os Etologistas, consideram a existência de estruturas neuronais herdadas que não são modificadas.
Sigmund Freud explica que a PULSÃO/IMPULSO não é equivalente à necessidade corporal, pois há uma diferença fundamental entre as duas: a necessidade é uma força momentânea provocada por um déficit que pode ser saciado; já a pulsão não. Ela é uma força constante, considerada um estímulo para o psíquico, ou seja, situa-se fora dele, e da qual não se tem como fugir. Com a Teoria do Impulso, chega-se ao “meio termo” entre o biológico e o psicológico, pois o impulso serve às necessidades corporais, energizando o comportamento através do entendimento cognitivo do que está lhe ocorrendo organicamente. O mecanismo básico se inicia com um déficit corporal, gerando uma necessidade (fome, sede, sono). Este déficit/ desequilíbrio orgânico gera tensão que impulsiona o organismo para a meta, ou aquilo que permitirá a saciedade do corpo e sua volta à homeostase/ equilíbrio orgânico.
o conceito de pulsão depende de outros quatro:
1. Pressão: é considerada o fator motor ou a exigência de trabalho da pulsão; pode ser entendida como um quantum de excitação que tende à descarga. entendida como uma força constante impossível de ser saciado apenas com a descarga motora, mas implica na discriminação do seu alvo e não o retorno à homeostase de uma função orgânica. 
2. Alvo: é aquilo que gera a satisfação da pulsão e o seu desaparecimento, através da eliminação do estado de tensão da fonte. Entretanto, como a pulsão é uma força constante, este alvo somente pode ser atingido parcialmente, porque ele representa a própria satisfação plena e a eliminação total da tensão pulsional, o que é impossível no âmbito da realidade. Esta busca pela satisfação procura reeditar a pré-história individual, uma satisfação plena e primeira, que se perde pelo simples fato da impossibilidade de se tê-la.
3. Objeto: considera-se o objeto da pulsão aquele que possui a propriedade ou potencial de fazê-la atingir o seu alvo. Não existe um único objeto, é aquilo que é mais mutável e não permanece vinculado a ela. O objeto do investimento pulsional, assim como o objeto do desejo, é uma representação e não um objeto externo no sentido de uma coisa-mundo.
4. Fonte: a pulsão possui uma fonte somática, advém de uma excitação de um órgão do corpo.
Fonte da Pulsão (Impulso) Excitação de algum órgão --> Pressão da Pulsão Força de trabalho --> Alvo da Pulsão (meta) Aquilo que traz a satisfação e reduz a tensão --> Objeto da Pulsão Representação capaz de satisfazer a pulsão.
Clarck Hull acreditava que a base da motivação era um estado geral de necessidade corporal provocado por um déficit global das condições corporais ideais. Este desequilíbrio orgânico provocado por todas as necessidades momentâneas do corpo gera um impulso, que é uma fonte de energia agrupada e origem básica da motivação. Entretanto, apesar de ativar o comportamento, o impulso não possui a capacidade de direcioná-lo. O direcionamento para a meta, ou para aquilo que saciará o déficit orgânico, aprendido durante a existência a partir de processos de reforço e consequência. Para Clarck Hull, a base do reforço que proporciona a aprendizagem e o hábito é a REDUÇÃO DO IMPULSO.
Nesta teoria, os impulsos eram divididos
•  Impulsos primários: estão associados aos estados de necessidades bioló- gicas inatas e vitais, como: alimento, água, ar, a temperatura, micção, defecação, sono, a atividade, a relação sexual e o alívio da dor;
•  Impulsos secundários: configuram outros impulsos passíveis de motivar o organismo e estão relacionados aos estímulos situacionais ambientais. São aprendidos e possuem a capacidade de reduzir os impulsos primários. 
Porém, críticas começaram a atingir sua base:
1ª) Se o impulso emerge das necessidades corporais, como explicar a existência de motivos que não tenham como fonte os desequilíbrios corporais? 
2ª) Se a aprendizagem acontece através do reforço que está pautado na redução do impulso, como explicar as aprendizagens que não possuem nenhuma vinculação com necessidades orgânicas e a correspondente redução do impulso? 
3ª) Se é o impulso que energiza o comportamento, como explicar as fontes externas de motivação? Sem dúvida, estas críticas deixam a base para o surgimento de outra teoria da motivação pautada na escola behaviorista, a Teoria do Incentivo.
A Teoria do Incentivo
 Um incentivo é considerado um evento externo que possui a capacidade de energizar ou direcionar um comportamento de aproximação ou afastamento, dependendo desuas aprendizagens anteriores relacionadas aos incentivadores. Um princípio desta teoria é o hedonismo, ou a tendência á aproximação daquilo que gera prazer e afastamento daquilo que gera dor.
A Teoria da Autorrealização e a Pirâmide das Necessidades de Abraham Maslow
toda pessoa nasce com uma tendência à autorrealização, ou seja, ao desenvolvimento pleno de suas habilidades e potencial. Entretanto, para conseguir chegar a este estado de plenitude, onde o indivíduo consegue utilizar inteiramente seu potencial, Maslow defendia que existiam necessidades inferiores que precisariam ser satisfeitas para se chegar até este patamar mais elevado. O movimento de satisfação das necessidades seria da base para o cume.
Necessidades primárias (fome, sede, sexo, sono, etc...) Necessidades fisiológicas, (defesa, proteção, emprego, abrigo) Necessidade de segurança.
Necessidades secundárias (desenvolvimento pessoal, conquista) Necessidade de auto-realização (auto-estima, reconhecimento, status) Necessidade de estima (relacionamento, amor, fazer parte de um grupo) Necessidade sociais (defesa, proteção, emprego, abrigo)
Teoria da Excitação 
A base desta teoria está na descoberta de um sistema no tronco cerebral relacionado à excitação neurológica. A relação que se estabelece é entre a excitação do sistema neurológico, o ambiente estressor e a emoção que se sente.
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CAPÍTULO 3 
As Necessidades Fisiológicas e Psicológicas
Uma necessidade é uma condição interna ao organismo importante para a manutenção da vida, para o seu desenvolvimento e o seu bem estar. Se a necessidade estiver vinculada a questões orgânicas, será denominada fisiológica, se estiver vinculada a características psicológicas, será considerada psicológica e se implicar em alguma questão relacionada a sociabilidade, será nomeada de social.
Motivação desencadeada por déficit: Fome depois de 10 horas de privação Emoções geradas: dor, estresse, ansiedade, alívio 
Motivação desencadeada por vontade de crescimento: Vontade de ser proficiente em determinado assunto 
- Emoções geradas: interesse, diversão vitalidade 
As Necessidades Fisiológicas
o organismo possui diversos guias de autorregulação que monitoram o corpo para saber quando ativar e desativar um comportamento a partir da saciedade na necessidade. Estes guias de autorregulação quando perturbados ou rejeitados, são monitorados pelo cérebro, que desencadeia uma elevação dos estados motivacionais, que irão continuar até que o indivíduo realize um comportamento para corrigir os reguladores que foram perturbados. 
Os fundamentos da Regulação
A Regulação fisiológica de uma necessidade ocorre através da redução do impulso. É através dela que será explicada a regulação fisiológica do ciclo Impulso-Homeostase.
Para Hull, a motivação seria de base biológica a partir de um déficit fisiológico global do organismo. Tal défict criaria um estado de tensão que se acumularia e intensificaria até o ponto de “chamar” toda a atenção do indivíduo para a sua satisfação, gerando o impulso psicológico. Cabe ao impulso energizar o comportamento, mas a direção será baseada através das experiências anteriores. 
A base da aprendizagem para Clarck Hull é a redução do impulso, entretanto esta redução deve estar vinculada ao sentimento de prazer. Num sentido geral, as consequências recompensadoras de uma ação indicam que ela deve ser repetida, pois é uma forma de leitura que o cérebro dispõe para registrar as boas e más consequências de ações passadas com o intuito de orientar as ações futuras. 
Nesta regulação, as necessidades fisiológicas correspondem a uma condição de deficiência biológica que aparecem a partir dos tecidos e pela corrente sanguínea, como por exemplo a perda de água e nutrientes. O impulso psicológico é considerado a manifestação consciente de uma necessidade fisiológica e possui características motivacionais. A homeostase refere-se à tendência/ capacidade do organismo de manter um estado estável/ de equilíbrio. O feedback negativo está relacionado ao sistema de brecagem fisiológica do impulso, ou seja, aos guias de autorregulação do corpo que indicam a satisfação da necessidade a partir da redução do impulso. Os inputs múltiplos/ outputs múltiplos correspondem às diversas possibilidades/ vias de ativação do impulso e de realização do comportamento consumatório para a redução do mesmo.
exemplo: A sede pode surgir a partir de vários inputs (entradas), como: alimentos salgados, sudorese, respiração, espirro, doação de sangue, entre outros. E pode ser saciada através de vários outputs (saídas): água, água de coco, suco de frutas etc.
As bases biológicas do comportamento motivado 
Qualquer função exercida pelo corpo, seja consciente ou inconsciente, motivado ou não, e onde haja participação das emoções envolve a participação do cérebro:
ESTRUTURA CEREBRAL: Experiência motivacional/ emocional associada
HIPOTÁLAMO: Sensações prazerosas relacionadas ao ato de comer, beber e ter relações sexuais
FEIXE PROSENCEFÁLICO MEDIAL: Prazer, reforço
ÀREA SEPTAL: Centro de prazer associado à sociabilidade e à sexualidade
CÓRTEX CEREBRAL: Elaboração de planos, objetivos, formulações de intenções, tendências emocionais de aproximação (pré-frontal esquerdo), tendências emocionais de afastamento (pré-frontal direito)
AMÍGDALA: Detecção e respostas às ameaças e ao perigo (medo, raiva, ansiedade)
HIPOCAMPO: Sistema de inibição comportamental durante eventos inesperados
FORMAÇÃO RETICULAR: Excitação; sono-vigília.
A Sede 
A sede osmométrica implica na regulação da concentração de sódio, potássio e cloro dentro da célula e pode ser ocasionada, por exemplo, pela ingestão de alimentos ricos em sódio que desregulam o ambiente intracelular.
A sede volumétrica ocasiona a diminuição do volume do plasma sanguíneo, desregulando a pressão sanguínea. Estudos sugerem que é a sede osmométrica que mais desencadeia a sede nos seres humanos. 
Destaca-se a influência que o ambiente possui no esquema do consumo de bebidas, por exemplo, a percepção da disponibilidade de líquido, o sabor, a inlfuência da cultura para a ingestão de bebidas a base de álcool ou cafeína ou, também, a prescrição cultural de beber dois litros de água por dia.
A fome
 A fome é uma necessidade impulsionada quando há necessidade de reposição de glicose no sangue para a regulação homeostática do organismo ou a regulação metabólica de armazenamento de energia. A primeira situação é denominada modelo de curto prazo e o segundo modelo é o de longo prazo. 
Entretanto, a fome pode ser considerada um motivo bastante complexo porque envolve além das funções orgânicas, vários processos cognitivos, culturais e sociais que influenciarão o ato de comer e o aparecimento de transtornos alimentares. 
O modelo de curto prazo, ou apetite de curto prazo, está vinculado ao início, manutenção e término do ato de comer. O nível de glicose no sangue é monitorado pelo fígado a todo o momento e, caso a glicose fique abaixo do seu limite desejável, o fígado envia um sinal excitatório para o hipotálamo lateral (HL), que desencadeia a experiência consciente da fome e o impulso direcionado à meta de comer. Num segundo momento, durante a alimentação, quando o nível de glicose aumenta no sangue, o Hipotálamo Ventromedial (HVM) é acionado, desencadeado o processo de feedback negativo para a fome, ou seja, indicando a sensação de saciedade. A ativação do HVM ocorre devido à detecção pelo fígado dos altos níveis de glicose no sangue, depois pelo nível de intumescimento do estômago (distensão estomacal) e a liberação da colecistocina.
Na hipótese lipostática, ou de longo prazo, há o controle metabólico do armazenamento de energia através da manutenção de determinada quantidade de células adiposas no organismo. Quando esta quantidade fica abaixo da normalidade, há a liberaçãodo hormônio grelina, que promove o aumento do apetite na intenção do ganho de peso retorno homeostático.
As influências ambientais também são poderosas no comportamento alimentar e devem ser tema relacionado à educação das crianças desde cedo. A alimentação deve iniciar em casa e privilegiar uma dieta saudável para minimizar riscos de transtornos alimentares.
Os transtornos alimentares 
O processo alimentar é complexo e envolve muitas variáveis, desde as fisiológicas, genéticas, cognitivas e sociais. Neste sentido, qualquer alteração em alguma delas, pode provocar um transtorno alimentar, como a Obesidade, a Anorexia ou a Bulimia.
A Obesidade ocorre quando a pessoa está 20% acima do peso ideal e constitui o mais comum dentre os transtornos alimentares e é considerada como o desvio mais comum na regulagem homeostática da alimentação. Atualmente é avaliado como um problema complexo que envolve fatores genéticos, nutricionais, metabólicos, sociais e psicológicos.
Os fatores genéticos explicam que as pessoas podem ficar obesas porque são geneticamente predispostas a metabolizar nutrientes em gordura mesmo que não comam mais do que as outras. Quanto aos fatores psicológicos, pode-se entender o ato de comer como um modo de ativação do circuito de recompensa do cérebro, devido ao prazer decorrente do ato de alimentar-se, para compensar emoções como ansiedade, estresse ou aliviar a tensão. Com relação aos fatores sociológicos, as culturas encaram a obesidade como status e, em outras, falta dele, tornando-se estigmatizadas. 
A Anorexia nervosa pode ser definida como um transtorno alimentar onde as pessoas recusam-se a comer por possuírem uma imagem corporal distorcida de si mesma e uma percepção irreal de seu comportamento. Este transtorno geralmente inicia na adolescência, mas pode acometer pessoas adultas. A ideia básica construída é o medo de engordar, o que gera uma obsessão perigosa pela magreza, aonde chegam de 15% a 25% abaixo do se peso mí- nimo ideal. Um fato comum para a pessoa que desenvolveu o transtorno é o estado de inanição ficar muito grave necessitando de intervenção médica e podendo, inclusive levar a óbito. A taxa de mortalidade devido à anorexia é de 15-20%.
A Bulimia é outro transtorno alimentar caracterizado pela ideia excessiva de fazer dieta, realizar farras alimentares e purgar os alimentos. Esta purgação pode ser através de vômitos ou laxantes. Este transtorno, da mesma forma que a anorexia, desenvolve-se na adolescência. Entretanto, diferente da anorexia, as farras alimentares costumam acontecer escondido. A bulimia, apesar de não ser fatal como a anorexia, também está associada a sérios problemas de saúde, como problemas dentários e cardíacos.
A necessidade fisiológica do sono 
O sono é uma necessidade fisiológica essencial para o organismo. Estudos indicam que durante o sono o cérebro continua o processamento das informações, apesar da alteração do estado de consciência. A teoria restauradora do sono defende que o durante o sono o cérebro e o corpo realizam a restauração de tecidos lesados e fortalece o sistema imune. Estudos mostram que a privação de sono crônica, por períodos muito longos, começa a afetar o humor e o desempenho cognitivo, podendo desencadear lapsos de memória, falta de atenção e microssonos. Estudos realizados com ratos evidenciaram que a privação de sono por períodos muito longo pode ser fatal. Os microssonos são os episódios de adormecimento que ocorrem durante o dia, quando se está cansado e em estado de privação de sono, que podem durar de segundos a minutos, mas que podem ter efeitos desastrosos dependendo da atividade se está realizando, como, por exemplo, dirigir um automóvel e adormecer durante alguns segundos. O mecanismo regulador do sono está vinculado à formação reticular no tronco cerebral. Sua excitação promove o despertar e a vigília e os baixos níveis de excitação promovem o sono.
O Sexo 
A motivação sexual nos seres humanos, diferente do que nos animais inferiores, sofre influências da biologia através dos hormônios sexuais, mas não é determinada por estes. A partir do momento em que a espécie humana evoluiu em termos cognitivos e construção cultural, o determinismo biológico não é passível de explicar a complexidade do comportamento humano. Então deve-se entendê-lo a partir da articulação entre ambiente e organismo, onde cada um se retroalimenta nas respectivas transformações. Os hormônios sexuais são os androgênios e os estrogênios e sua liberação na corrente sanguínea, sob controle do hipotálamo, influenciam na motivação sexual. 
Com o passar do tempo, em torno dos 40 anos, há um decréscimo dos hormônios e do desejo sexual em ambos os sexos, correspondendo a metade do que ocorre para uma pessoa de 20 anos. Homens e mulheres apresentam modelos de reação com relação ao desejo sexual bem diferentes. Os homens apresentam um ciclo de resposta sexual que envolve o desejo, a excitação, o platô e o orgasmo. Então, enquanto nos homens a relação entre excitação fisiológica e o desejo psicológico e muito forte, nas mulheres não ocorre o mesmo. Para as mulheres o contexto, a relação de confiança, o vínculo construído e a intimidade do casal influenciam e sensibilizam seu corpo para a excitação sexual. 
As necessidades Psicológicas
possuem a qualidade de promover a motivação para o crescimento e o desenvolvimento pleno das pessoas. Diferente das necessidades fisiológicas, que geram emoções negativas causadas pelos déficits orgânicos, as necessidades psicológicas geram interesse, satisfação e prazer se são acolhidas em ambientes apoiadores onde é possível satisfazê-las.
A satisfação das necessidades psicológicas alimentam a motivação intrínseca e a capacidade de automotivação, tornando as pessoas mais flexíveis e com melhores possibilidades de superar adversidade e se adaptar.
* A tendência humana inata é no sentido da aprendizagem *
Autonomia 
A necessidade de autonomia ou autodeterminação pode ser expressa como a possibilidade de escolher como iniciar e regular o próprio comportamento, sem a interferência de eventos externos.
Neste sentido autonomia pode ser entendida como: 
•  Necessidade de flexibilidade e possibilidade de escolha em nossa tomada de decisão; 
•  Necessidade de ligação do nosso comportamento com os nossos interesses, nossas preferências, nossas vontades e nossos desejos; 
•  Necessidade de liberdade de construir nossos próprios objetivos, de decidir o que é importante. 
Para que a pessoa consiga experienciar a autonomia, ela precisa vivenciar três qualidades subjetivas:
1. O Lócus de causalidade percebido (LCP) está relacionado à percepção da pessoa sobre a origem do comportamento: ela própria (LCP interno) ou o ambiente (LCP externo); 
2. A escolha percebida refere-se à percepção sobre o sentido de escolha e a flexibilidade na tomada de decisão versus a obrigação no direcionamento de um determinado curso de ação em ambientes coercitivos. 
3. A Volição (ou vontade) refere-se ao sentimento de liberdade versus coação que uma pessoa possui para a realização de algo.
A autonomia pode ser apoiada criando-se ambientes propiciadores e apoiadores para o seu desenvolvimento. Os ambientes apoiadores diferenciam-se de ambientes controladores porque os primeiros incentivam que as pessoas: estabeleçam metas, direcionem seus comportamentos e escolham a maneira de resolver os próprios problemas respeitando suas crenças e valores.
Algumas estratégias para se promover ambientes apoiadores são: 
1. Promover recursos motivacionais internos através do incentivo a iniciativa na realização de ações a partir de suas preferências, interesses e competências; 
2. Utilização de uma linguagem informacional realizando feedbacks positivos e constritivos às pessoas, mas nunca negativos ou de forma a depreciá-las; 
3. Promover a valorização das tarefas consideradas desinteressantes explicando o motivo e a importância das mesmas e, ainda, 
4. Reconhecer e aceitaro afeto negativo, pois as pessoas são diferentes que pensam diferente, então muitas vezes não possível deixar todos satisfeitos, mas utilizar estes momentos para aprendizagem e construção de soluções melhores. 
Em oposição, os ambientes controladores ignoram as necessidades dos indivíduos pressionando e sempre enquadrando a uma determinada maneira prescrita de pensar e agir, sentir e comportar-se. Neste ambiente, motivação geralmente acontece a partir de incentivos externos juntamente com uma linguagem coercitiva.
A competência 
A necessidade de competência envolve o desejo de melhorar cada vez mais as habilidades e potencialidades num determinado assunto, de adquirir a proficiência numa determinada temática. 
A competência pode ser verificada pela vontade de interagir de forma eficiente em ambientes que se frequenta regularmente (trabalho, escola, relações pessoas, esporte), na busca pelo desenvolvimento de habilidades, capacidades e talentos e quando se experimenta o desejo de progredir e ser bem-sucedido.
O envolvimento da necessidade de competência acontece quando a pessoa se depara com um desafio num nível ótimo e a sua satisfação ocorre quando ela recebe um recebe um feedback positivo sobre como ela realizou a tarefa. Este feedback pode vir de outra pessoa através de um elogio, da comparação do seu desempenho atual com os seus anteriores, da comparação do seu desempenho com o de outras pessoas ou da tarefa propriamente dita.
A relação entre competência e fracasso é importante quando se pensa na satisfação desta necessidade. Pessoas criadas em ambientes com baixa tolerância fracasso e que desenvolvem o medo de fracassar, podem ser prejudicadas na satisfação da sua necessidade de competência, pois tenderão a evitar ocasiões desafiadoras e, portanto, tendem a permanecer estagnadas ou acomodadas em suas posições no trabalho, nas suas relações etc. A tolerância ao erro ou fracasso e a assunção de riscos estão balisados na crença de que aprendemos mais com os fracassos (tendo em vista a possibilidade de criação de novas estartégias para lidar com os erros) do que com o sucesso. Por isto, as pessoas sentem-se mais competentes em ambientes que apoiam a autonomia e são tolerantes ao fracasso do que em ambientes controladores e que não toleram o fracasso.
A necessidade de Relacionamento 
A necessidade de relacionamento caracteriza-se pela na necessidade de pertencimento, de interação social, desejo de estabelecer vínculos emocionais com outras pessoas, pelo desejo de aceitação e de possuir relações calorozas e afetuosas com outras pessoas.O ser humano é um ser social e desenvolve a necessidade de relacionamendo desde cedo através da relação com a mãe ou quem cumpre este papel. Esta necessidade possui uma função fundamental para a vida e desenvolvimento do bebê, pois viabiliza o cuidado carinhoso e amoroso dispensado a ele e, também importância social no sentido de que através dos relacionamentos familiares são transmitidos os valores sociais. O indivíduo que consegue construir vínculos satisfatórios, sente-se mais amparado diante das adversidades, apresenta melhor desempenho e é menos sucetível a estresse. Entretanto um vínculo, para ser considerado satisfatório é necessário que o indivíduo tenha a percepção de que a outra pessoa preocupase com o seu bem-estar, gosta dele (a) e possuui a percepção de que seu "self autêntico" foi percebido e considerado importante aos olhos da outra pessoa. Neste sentido, a tendência para o envolvimento da necessidade de relacionamento é a de aproximação de pessoas que trazem sentimentos positivos, segurança e que proporcionam bem-estar e afastamento de pessoas que trazem sentimentos negativos e que não despertam confiança.

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