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. Email: giovani.cunha@ufrgs.br Fone: 3308.5862 Fadiga e Overtraining Conceitos, avaliação, prescrição, adaptações ao treinamento Fadiga Lactato x Fadiga • Hill 1932 – força diminuía na mesma proporção que o lactato acumulava. • Fabiato (1978) e Allen (1995) – ↓ força devido a acidose láJca, interferir na sensibilidade bomba Ca+2. • Bangsbo 1997 – lactato não é o único causador de acidose durante exercício. • Posterino (2000 e 2001) – lactato pouco efeito sobre a contração muscular. • Robergs 2004 – lactato mínimo envolvimento na fadiga • Fadiga causada – Pi , ↑ k+ e Cl-‐ Causas da fadiga Futebol Prescrição por VO2, FC e BORG Classificação %VO2 %FCmax RPE (BORG) Muito leve < 20 <35 <10 Leve 20-39 35-54 10-11 Moderada 40-49 55-69 12-13 Árdua 60-84 70-89 14-16 Muito árdua >85 >90 17-19 Máxima 100 100 20 ↓CPT1 ↓PFK ↑ F - stop asic Mecanismo Overtraining Introdução • Treinamento excessivo e prolongado sem recuperação, pode levar ao overtraining Armstrong and VanHeest 2002 • O overtraining pode ser definido como um aumento no volume ou na intensidade do treinamento que resulta num longo período de diminuição na performance Fry and Kraemer 1997 Introdução • Over-‐reaching é uma diminuição da performance a curto prazo. • Ocorrência: 6% dos corredores de longa distância 21% dos nadadores Australianos +50% dos jogadores futebol ±70% dos atletas de endurance de alto nível Pe#bois et al 2002 Mecanismo do Overtraining Sinais e Sintomas Físicos • ê desempenho esporYvo específico • ê performance geral • FADIGA CRÔNICA • Recuperação Prolongada • ê força • ê capacidade máxima de trabalho Sinais e Sintomas Fisiológicos • Alterações FC: é repouso, ê exercício máximo, é exercício submáximo, é recuperação • é VO2 exercícios submáximo • é taxa metabólica basal • ê massa muscular e % gordura Sintomas Psico/Comportamentais • Fadiga Crônica mesmo com recuperação • ê apeYte • Distúrbios do sono (Insônia) • Depressão, ApaYa, ê Vigor, desmoYvação • Instabilidade Emocional • Medo da CompeYção Parâmetros Bioquímicos • é creaYna quinase (CK) e LDH • é concentração uréia e é ácido úrico • ê GH e é ACTH = Disfunção Hipotalâmica • êglicogênio muscular • ê hemoglobina e ferro • Estado catabólico -‐ ê Testo/é CorYsol > 30% Parâmetros Imunológicos • Dor muscular e arYcular • Náuseas • Dor de cabeça • Distúrbios GastrointesYnais • Reincidência Herpes Viral • Infecções Bacteriológicas recorrentes • Aumento na incidência de alergias e gripes Hipóteses para Overtraining • Glicogênio (Cos9ll 1988) • Glutamina (Newsholme 1991) • RoYna treinamento (Foster e Lehmann 1997) • Triptofano (Pe9bois 2002) • Serotonina • Eixo Hipotálamo-‐hipófise (maioria estudos) • Citosina -‐ Estresse muscular (Smith 2000) • Interleucina-‐6 Teoria da Citosinas – Microtrauma • Glutamina e outros AA s ão l i be rados do m ú s c u l o p a r a uYl ização S istema Imune • I s t o a u m e n t a a excreção de uréia e d im i n u i a ma s s a muscular Recorrência de infecções principalmente no trato respiratório, herpes e alergias Hipótese Interleucina-‐6 DiagnósYco e Marcadores • Avaliação do desempenho -‐ padrão ouro • Marcadores Hormonais (testo/corYsol, GH e ACTH) • Bioquímicos (lactato, creaYna quinase, glutamina) • Imunes (leucócitos, neutrófilos/linfócitos, CD45RO +CD4, Imunoglobina) • Psicológicos: Perfil psicológico (POMS) Mensuração Lactato Bioquímico -‐ Lactato Adaptação do LA ao Treinamento Ultra-‐estrutura muscular antes e depois de exercício intenso • Acima: Miofilamentos e linha Z preservados • Abaixo: Desconformidade dos sarcômeros Wilmore & CosYll, 1994 Bioquímico CK • Depende do Ypo exercício, intensidade/volume dependente • Resposta Individual, sexo, raça, temperatura • Breakpoint entre 300-‐500 IU/L • CK-‐MM, CK-‐MB, CK-‐BB • Lesão = é durante 7 dias • CK ê repouso, massagem e suplementação AA CK Futebol Brasileiro Parâmetros Imunológicos Parâmetro Psicológico Anabólico Catabólico Marcadores Hormonais • Testosterona efeitos anabólicos • CorYsol catabólicos • TAXA TESTOSTERONA/CORTISOL – EXCELENTE MARCADOR DE OVERTRAINING. • Adlercreutz et al. (1986) sugeriram que uma diminuição desta taxa for >30%, o atleta estaria em overtraining. • Performance + individualidade (Urhausen et al 1995). Taxa Testosterona/CorYsol • ê > 30% sem diminuição do desempenho • negaYvamente correlacionada com é volume • Resultado parYda pode influencia: ê p é g • correlacionado posiYvamente é desempenho • Melhor marcador de desempenho em nadadores • Sem alterações na taxa com ê desempenho Outros Parâmetros Hormonais - 2 testes máximos após 10 dias de treinamento -‐ 7 ciclistas + 1 atleta em overtraining -‐ ê performance 6% nos ciclistas -‐ ê performanceatleta OT 11% -‐ supressão dos hormônios (GH, PRL e ACTH) no atleta em OT após o 2º teste máximo MEEUSEN et al. Eur J Appl Physiol 2004 Resultados Mullis et al. Best Prac9ce & Research Clinical Endocrinology and Metabolism (2003) β-‐endorfina1-‐31 • SinteYzada na glândula Hipófise Anterior • Percursor Pró-‐opiomelanocorYna • Receptores principais δ e μ • Meia vida plasmáYca ± 20 min • Es}mulo: stress, exercício Volume/Intensidade, acidose metabólica Principais Efeitos • Influência Metabólica -‐ Pedersen 2000 • Cardiorrespiratório -‐ McArthur 1985 • Amenorréia -‐ Heitkamp et al.1996 • ApeYte e memória -‐ Sforzo 1988 • Analgesia, maior tolerância ao lactato -‐ Goldfarb 1997 • Percepção do esforço -‐ Sgherza 2002 • Corredor Obrigatório -‐ Heitkamp et al.1996 • Alterações no humor -‐ Farrell 1985 Resposta ao Exercício • Têm sido demonstrado por diversos estudos que os níveis de β-‐endorfina aumentam durante o exercício, seja ele máximo (Goldfarb et al. 1987; Heitkamp et al. 1996; Heitkamp et al. 1998; Rahkila et al. 1987; Kraemer et al. 1989; Donevan & Andrew 1987; Schwarz & Kindermann 1990; De Meirleir et al. 1986; Bouix et al. 1994), aeróbio (Donevan & Andrew 1987; Goldfarb et al. 1990; Goldfarb et al. 1991; Goldfarb et al. 1998; Meyer et al. 1999; Heitkamp et al. 1996; Estorch et al. 1998; Fournier et al. 1997; Appenzeller e Wood 1992), anaeróbio (Schwarz & Kindermann 1990; Rahkila et al. 1987; Farrell et al. 1987; Kraemer et al. 1989; Taylor et al. 1994; Schulz et al. 2000). Já no exercício de força há uma controvérsia. Há estudos mostrando incrementos significaYvos nas concentrações de β-‐endorfina (Kraemer et al. 1993; Kraemer et al. 1992; Walberg-‐Rankin et al. 1992), outros apresentam inalterações (Pierce et al. 1993; Kraemer et al. 1996) ou até mesmo uma diminuição significaYva (Pierce et al. 1994). Exercício Máximo 0 10 20 30 40 50 0 6 12 18 5 10 20 B-‐ en do rfi na p m ol /L Tempo/min *** *** *** -‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐exercício-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐ -‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐recuperação-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐ Schwarz and Kindermann. Eur J Appl Physiol 1990 Exercício Aeróbio 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 20 40 60 80 90 6 B- en do rf in a pm ol /L Tempo/min rep-----------------exercício---------------------rec--------- ** *** *** Exercício Anaeróbio 0 5 10 15 20 0 1 5 10 20 B- en do rf in a pm ol /L Tempo/min ** ** rep----------exercício--------------recuperação-------------------- Exercício de Força 0 5 10 15 20 25 30 Pré Após 15 min 48 hs B- en do rf in a pm ol /L * * * * Treinamento • ObjeYvo: Efeitos de 3 ≠ treinamentos • 8 indivíduos sprint -‐ 3×semana , 2×4 sprints máximos • 10 indivíduos endurance -‐ 3×semana, 30 min. a 80% VO2máx • 7 indivíduos sprint + endurance -‐ 6×semana • Tempo treinamento = 10 semanas Kraemer et al. Med Sci Sports Exerc 1989. Sprint 0 10 20 30 40 50 Repouso Após 5 min 15 min B- en do rf in a pm ol /L Pré-treino Pós-treino + * + * * * *= p< 0.05 diferença em relação repouso e += p< 0,05 diferença em relação ao pré-‐treino Endurance 0 10 20 30 40 50 Repouso Após 5 min 15 min B- en do rf in a pm ol /L Pré-treino Pós-treino *=p< 0.05 diferença significaYva em relação repouso no exercício máximo. * * * * * * Concorrente 0 10 20 30 40 50 Repouso Após 5 min 15 min B- en do rf in a pm ol /L Pré-treino Pós-treino *= p< 0.05 diferença em relação repouso e += p< 0,05 diferença em relação ao pré-‐treino * * * + * * B-‐Endorfina × Doenças Considerações Finais • No momento não existe um único marcador • Diminuição no desempenho é o padrão ouro • Marcadores hormona is , b ioqu ímicos , imunológicos e psicológicos podem fornecer informações relevantes para um diagnósYco preciso e confiável do overtraining. Considerações Finais • Não existe um protocolo padronizado confiável • Deve-‐se acompanhar o desempenho em longo-‐prazo • Deve-‐se acompanhar o equilíbrio entre o metabolismo Anabólico e Catabólico -‐ taxa testosterona/corYsol • Beta-‐endorfina – Marcador Emergente • Somatório entre sintomas, marcadores e controle das cargas e das variáveis de desempenho específico do esporte são as melhores estratégias. CUIDADO COM O OVERTRAINING
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