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TEORIA GERAL DOS RECURSOS - Introdução - Dicotomia = rapidez versus segurança jurídica - Premissas - fraudáveis versus desfavoráveis - Art. 5, LV da CRFB - Remédios contra decisões judiciais - recursos ou ações autônomas de impugnação (ex. AR/MS/ET/HC/RC) - conceito de recurso - 994 CPC - não inicia um novo processo - voluntário - disposição - finalidade - invalidação - reforma - esclarecimento - natureza jurídica do recurso - teoria - poder de recorrer = extensão do direito de ação - atos sujeitos a recursos - atos - 203 CPC - despachos, 203, par.3 - decisões interlocutórias, 203, par. 2 - sentenças - 203, par.1 - acordãos - 204 O recurso sempre espelha uma dicotomia sobre o que deve ser o processo. Talvez fosse uma antítese ao processo célere e rápido, mas também é a garantia de um processo justo. O acesso ao direito de ação é livre. É dever do poder judiciário designar direito e depois viabilizar a execução dessa decisão final célere. Por isso, entende-se que o recurso deve resguardar a rapidez da viabilização dos resultados processuais. Mas por outro lado, a segurança jurídica torna imprescindível para o recurso a análise minuscios, para trazer a estabilidade para ambas as partes. Por isso, a legislação não restringe, mas sim amplia o direito ao recurso. Dessa forma, a assistência é completa. A teoria recursal abrange o duplo grau de jurisdição. Muitos recursos serão analisados por tribunais superiores. Esse é o duplo exame do recurso, espelhado no princípio acima. Só depois do reexame que a decisão produzirá efeitos. O recurso também serve para suavizar o sentimento de derrota do recursado. Os remédios contra decisões judiciais são os recursos e as ações autônomas de impugnação. O princípio da taxatividade recursal diz que os recursos devem estar previstos em lei federal. Já as ações autônomas de impugnação são as hipóteses em que o prejudicado por decisão judicial, que não tem mais recursos, pode-se valer delas para impugnar a execução. São os casos de ação rescisória e etc. Como em regra geral, essas ações tem prazo e devem ser interpostos anteriormente ao trânsito em julgado. Excepcionalmente, a parte pode se valer do mandado de segurança nos casos do trânsito em julgado. Por outras vezes, as ações rescisórias também podem ser interpostas mesmo após o trânsito. Lembrando que o MS pode ser interposto para se prevenir ou impedir o abuso de direito. São elementos caracterizadores do conceito de recurso (994CPC) a não iniciação ao um novo processo, a voluntariedade e a finalidade processual. A finalidade do recurso pode ser a anulação ou invalidade, reforma ou esclarecimento. O esclarecimento pode se ser necessária quando parece haver insuficiência na decisão. Qual a natureza jurídica do recurso? Ler São atos sujeitos a recursos os despachos, decisões interlocutórias, sentenças e acordãos. A sentença (485/487) precisa ter conteúdo espelhado nesses artigos e por fim a fase cognitiva do processo. Se for sentença, caberá o recurso de apelação. Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial que tenha feição decisória. Já o mero despacho não é passível de recurso. E vale lembrar que nenhum dos três itens acima não podem se confundir com os atos meramente ordinatórios (juntadas de petição e etc). Como último pronunciamento, os acordãos (decisões tomadas por tribunais colegiados), podem admitir recursos (RO, RE embargos de declaração) Teoria Geral do Recurso (continuação) a) Princípios recursais i) da correspondência 1) cada pronunciamento judicial (sentenças, despachos e decisões interlocutórias), se o código colocar, terá um recurso. Por exemplo, sabe-se que por regra geral, em decisão interlocutória, cabe agravo de instrumento, nas hipóteses elencadas no CPC. Contra sentença de execução, caberá apelação. Contra os despachos, não há recurso, pois não há carga decisória. ii) da fungibilidade 1) princípio que permite que o recurso seja recebido e julgado como se outro tivesse sido interposto. Isto é, na hipótese de oferta de um recurso X, o julgador pode observá-lo como recurso Y. Isso porque muitas vezes as partes recorrentes têm dúvidas sobre qual recurso utilizar, e para não prejudicar o acesso a jurisdição, o juiz pode julga-lo como outro, quando interposto de boa fé. Hoje, não se fala mais em fungibilidade, mas sim em convertibilidade de um recurso para outro (1024, par.3) iii) da taxatividade 1) obrigatoriamente, todo recurso está presente em lei federal. Nenhum recurso está fora da lei federal. Não é somente o CPC, mas toda lei federal. iv) da unicidade ou singularidade 1) cada pronunciamento comporta um único recurso. Como regra geral, não é possível interpor mais de um recurso no mesmo pronunciamento simultâneamente. Sofre exceção do recurso que pode ser interposto no STJ e STF v) da reserva do plenário 1) Somente os órgãos ou plenários dos tribunais (97CRFB) podem se pronunciar sobre a inconstituciona-lidade de lei vi) da efetividade do direito material 1) o direito material terá privilégio de observância na primeira instância. Isto é, nos orgãos judiciários superiores, deve-se discutir a questão processual. vii) da colegialidade 1) o orgão colegiado é o competente para julgar os recursos. Entretanto, por vezes a lei veda recursos, mesmo em decisão monocrática viii) do duplo grau de jurisdição 1) princípio que dá a parte com interesse recursal, a possibilidade de rever o pronunciamento por um órgão superior ix) Da reformatio in pejus - princípio negativo que veda a piora da situação do recorrente após sentença. Há autores que acreditam que o princípio não é mais utilizado. A parte não pode ser prejudicada só porque recorreu. Isso não significa dizer que as custas processuais recursais não serão cobradas. 1) da voluntariedade (a) a parte deve deixar claro seu inconformismo no momento que recorre. Essa deve externar a indignação no ato recursal. 2) da dialeticidade (a) necessidade de fundamentação do inconformismo da parte. 3) da irrecorribilidade “temperada” em separado - 1015 CPC (a) para se decorrer de uma decisão interlocutória, o recurso de agravo de instrumento só será possível se estiver no rol destacado no art. 1015 4) da consumação (a) as razões da dialeticidade devem estar presentes no ato recursal, para restar consumado o direito da parte. 5) da completariedade (1024, par.3 e 4) (a) em algumas hipóteses, a parte pode indicar fatos supervenientes que complemente suas razões b) Classificação i) total ou parcial (extensão da matéria impugnada) 1) Quando se rata dessa classificação está partindo de uma premissa que versa sobre a extensão da matériaimpugnada, ou seja, qual e' a extensão da matéria que esse recurso venha impugnar em relação a decisão decorrida. Ex: uma sentença que tenha deliberado sobre o pedido do réu de danos morais, danos materiais e uma obrigação de fazer e o pedido foi julgado inteiramente procedente. O réu então diante dessa sentença tem o interesse recursal, ele com o recurso terá interesse de tentar se colocar em uma posição melhor do que ele estava e tem também legitimidade recursal porque ele que foi vencido. Tem então o réu a opção de recorrer contra a totalidade da sentença, querendo que toda a decisão seja alterada, ou então pode apresentar um recurso parcial, tratando apenas, por exemplo, dos danos materiais. Quando o recurso é' total o réu questiona toda a decisão decorrida. Já quando o recurso e' parcial quando trata apenas de parte da matéria. Com a manifestação do recurso efeitos recursais deverão ser observados, dentre eles o devolutivo. Se o recurso e' parcial o que não foi alvo do recurso não será objeto de submissão/ de entrega ao órgão recursal. Uma decisão, então, importante quando o réu opta por recorrer e' saber qual a extensão do recurso: se ele vai impugnar toda a matéria que poderia ser tratada naquele recurso ou somente parte dessa matéria, sabendo assim se o recurso é total ou parcial. Obs: nota-se que isso tem a ver com o que poderia ser tratado no recurso. Se o juiz no caso do exemplo julga improcedente a obrigação de fazer e julga os outros procedentes, ele não terá interesse recursal no que diz respeito a obrigação de fazer porque ele na foi vencido quando a isso, não podendo recorrer a essa parcela da sentença, podendo recorrer apenas quanto ao que foi procedente. Por conta disso que a classificação do recurso como total ou parcial deve ser quanto a matéria julgada ii) principal ou adesivo (997, par. 1 e 2 CPC) 1) O recurso principal e' aquele manifestado ordinariamente por aquele que tem interesse e legitimidade recursais, aquele, portanto, que tem a manifestação voluntária sobre o que se sente vencido quando aquela decisão. O recurso principal, então, é um recurso ordinariamente apresentado. Ele uma vez apresentado, contudo, possibilita a oferta do recurso adesivo. O recurso adesivo deve partir da premissa em que o autor e o réu foram vencidos, ou seja, autor e réu tiveram cada um uma parte favorável, ambos os litigantes foram simultaneamente vencidos e vencedores. Ex: o autor entra com o recurso quando a matéria que foi vencida e o réu opta por não recorrer dentro do prazo para tal. O réu, então, só decide recorrer após o recurso apresentado pelo réu, sendo assim, impugnando um recurso adesivo, que será esse subordinado ao recurso principal. Se o autor nesse caso desistir do recurso principal, o recurso adesivo não vai poder ser examinado por conta da desistência do recurso do autor. Ou também se existir alguma falha que impeça o conhecimento do recurso do autor isso repercutirá no recurso adesivo (art. 997, parágrafo 2o). Essa relação de subordinação do recurso principal e do adesivo não pode ser ignorada. Qual seria então a vantagem do recurso adesivo? Ma delas pode ser quando a parte perde o prazo para recorrer e utiliza o recurso adesivo então já que pode ser feito depois. Ou então por uma questão de economia recursal, pois nesse caso não terá o gasto imediato com o recurso, podendo entrar com ele posteriormente. Obs: as contrarrazões s iii) fundamentação vinculada ou livre é diferente de natureza ordinária ou extraordinária 1) Nessa classificação devemos observar se aquilo que pode ser invocado pelo recorrente detém limites impostos pelo legislador ou não - isso vai ficar mais claro quando estudarmos individualmente cada recurso. Contudo, já devemos observar que os recursos em espécie só podem ter sua fundamentação nos limites estritos pela lei. No caso dos recursos extraordinários para o STF e os recursos especial para o STJ e' a Constituição que impõe esses limites. Exemplo: a hipótese de violação da lei infraconstitucional. Quanto ao cabimento dos embargos de declaração (quando qualquer decisão ocorrer em obscuridade) ela é vinculada a temas certos, não pode tratar de outros. Essa é, portanto, a fundamentação vinculada. Quando a fundamentação e' livre o recorrente pode utilizar de qualquer argumento para fundamentar o seu recurso (desde que forma justificada). iv) Recursos ordinários e extraordinários 1) Essa classificação se daria na premissa de que os recurso de natureza ordinária visam a defender os direitos subjetivos, bem como viabilizar os exames de fatos e provas, ou seja, e' o direito subjetivo violado daquele que recorre e isso seria possível através de múltiplos recursos. Já os recursos de natureza extraordinária visam defender os direitos objetivos, não sendo admissível discutir fatos e provas. Ex: os recursos que sao julgados pelo STF e STJ - o que eles julgam e' o respeito ao ordenamento constitucional e infraconstitucional. Os recursos extraordinários também podem ser chamados de excepcionais. Obs: aqui estamos falando em nível recursal quanto o que pode chegar ao STF ou STJ. Não se trata de ação originária c) Efeitos i) obstativo (502 CPC) 1) Uma vez apresentado o recurso dentro do prazo recursal efeitos acontecem e decorrem desse ato recursal. O efeito obstativo e' o de impedir a ocorrência da preclusão ou a formação da coisa julgada. Se a parte recorre dentro do prazo recursal não ocorre o trânsito em julgado e não ocorrendo o trânsito em julgado não haverá matéria julgada. Nem a preclusão, que é a perda do direito de interpor ato processual. ii) suspensivo (995 CPC) - (eficácia) 1) via de regra, os recursos interpostos não retiram a eficácia da decisão, salvo se houver disposição legal ou se o juízo conceder essa possibilidade em decisão. Exemplo é a sentença proferida que destaca a possibilidade de interromper a eficácia da própria, se for interposto recurso. 2) A decisão dependendo do caso já não produzia efeitos dentro do prazo recursal. A apresentação do recurso apenas comprovaria essa ineficácia, a ausência desses efeitos. (a) Regra geral (art. 995): os recursos não impedem a eficácia da decisão. Essa suspensividade que impede a eficácia que diz no artigo pode decorrer da lei,de decisão judicial. Todavia, para apelação art. 1012 e parágrafo 1. (b) Ope legis x ope iudicis (parágrafo único do art. 995) iii) devolutivo 1) se proferida sentença e contra esta for apresentada recurso de apelação, o tribunal, ao julgar a apelação, tratará dos temas que foram objeto de recurso 2) Se caracteriza pela entrega da matéria impugnada ao órgão julgador recursal. É a entrega ao órgão recursal da matéria objeto do recurso. O efeito devolutivo permite a transferência para o órgão recursaldo conhecimento da matéria recursal. iv) Extensivo 1) O recurso apresentado por um recorrente beneficia um dos litisconsortes que eventualmente não recorreu. Por esse efeito extensivo A decisão beneficiara quem não recorreu por força do efeito extensivo. Pegar aula passada - Juízos de admissibilidade e de mérito - Introdução - todo os recursos devem ser examinados por esses 2 ângulos - preenchimento das condições para o exame da postulação recursal - o recurso deve ter condições mínimas para análise. Primeiro deve ser verificadas as condições, de maneira em que o órgão venha examinar. Se as condições estiverem presentes, passa-se para a análise do juízo de mérito. - fundamentos da postulação recursal - análise de juridicidade do recurso. - Juízo de Admissibilidade - declaração presença dos requisitos necessários ao julgamento - esse juízo faz o órgão declarar a presença ou ausência dos requisitos necessários para o julgamento de mérito. Esse juízo declara existência ou ausência. A declaração de caráter positivo faz prosseguir para um juízo de mérito. Mas se os requisitos não estiverem presentes, obrigando o órgão a declaração negativa, falar-se-á em inadmissibilidade recursal. Fala-se em recurso conhecido ou não conhecido. - Juízo de Mérito - decide sobre os fundamentos do recurso - a análise do juízo de mérito pressupõe admissibilidade. Ao falarmos em juízo de mérito, a análise do órgão passará para os fundamentos do recurso. Em outras palavras, “será examinado se o recorrente tem razão ou não”. Fala-se em recurso provido ou improvido. - Requisitos de admissibilidade dos recursos - intrínsecos - existência de poder de recorrer. - cabimento - tem a ver com a possibilidade do tipo recursal caber dentro da decisão. Exemplo - o 1015CPC diz que as decisões interlocutórias elencadas no dispositivo que podem ser objetos de agravo de instrumento. Logo, interpor uma apelação, um embargo de terceiros contra uma decisão interlocutória tem falha de cabimento. - legitimação para recorrer - legitimindade para recorrer. Tem a ver com o prejuízo sofrido pela parte ou até mesmo pelo terceiro. O 996CPC retrata isso. A vitória integral obsta o vencedor da ligitimidade para recorrer, e só a parte derrotada teria. Entretanto, se a vitória é parcial, há interesse da ambas as partes, e, por conseguinte, legitimidade. - terceiros tem legitimidade para recorrer quando afetados por sentença. MP também pode recorrer, pois exerce função de custus legis - interesse recursal - o recurso deve ser necessário para viabilizar aquilo que se quer; e deve ser útil para, com o sucesso do recurso, uma situação melhor do que a que se tem. Ou seja, o recurso deve ser o único meio para atenuar um prejuízo pela decisão. - ligado ao requisito de necessidade e utilidade (binômio). O recurso é útil quando seu conhecimento e provimento atenua a condição anterior do recorrido, causada pela sentença. - inexistência de fato impeditivo (desistência) e/ou extintivo (renúncia ou aceitação) - os fatos impeditivos ou extintivos do recurso. Pode a parte, depois de ofertar recurso, desistir. A desistência obsta o reconhecimento daquele pelo juízo. Essa desistência faz desaparecer o efeito obstativo - e assim, far-se-á o trânsito em julgado. - A renúncia não se confunde com a desistência. A renúncia é a abdicação do direito de recorrer, antes do recurso. Já a desistência é feita quando o recurso já foi interposto, mas perdeu-se a vontade. Diferente da petição inicial, que depende da anuência do réu para desistência pós citação, o recurso não depende disso. A renúncia é um fato extintivo, assim como a aquiescência. Se alguma das partes acatar com a sentença, ou até mesmo a parte perdedora aceitar, não haverá possibilidade de recorrer (998, 999 e 1000CPC). - 998, par.un - casos de desistência do recurso especial ou extraordinário repetitivos - os tribunais superiores entedem que o que está em jogo não são mais os recursos, mas sim uma questão jurídica. Nesses casos, a desistência não obsta o julgamento - extrínsecos - modo de exercer o poder de recorrer - tempestividade e preparo regular ao formal (1007CPC) - recurso tem que estar dentro do tempo e nas formas necessárias, quando exigidas em lei, sob pena do recurso ficar deserto. Ao ser considerado assim, o juízo de admissibilidade é negativo. - o recurso interposto antes do prazo temporal é considerado como tempestivo, diferentemente do antigo código - recurso deve ser mostrado sempre de forma escrita. - Competência e a forma do Juízo de Admissibilidade - regra geral do CPC 73 (duplo exame) não é igual a do CPC novo - apelação 1010, par.3. - como regra geral, - Juízo de Mérito - objeto - é o próprio conteúdo da decisão recorrida - efeitos do juízo de mérito - negar ou dar provimento ao recurso para … a decisão recorrida. - invalidar - erro de procedimento - reformar - erro de julgamento - Prazos recursais - contagem (1003 e 224) - são 15 dias úteis. Entende-se por dia útil aquele em que há normal funcionamento do poder judiciário. - início e término - o prazo começa a se contar a partir da intimação - pode ser pessoal, postal ou por diário oficial. Logo, se a intimação é entregue hoje, o primeiro dia de contagem do prazo será amanhã. - suspensão X interrupção (1026) - suspensão ocorre quando o prazo é paralizado. Na interrupção, o prazo passa a contar do zero na data interrompida. Exemplo - no quarto dia de contagem do prazo, interrompe-se. O prazo passa a se contar do zero a partir da volta. O prazo volta ao reinício integral. - 15 dias, exceto para embargos de declaração (1003, par.5) - embargos de declaração tem prazo de 5 dias; todos os outros recursos tem prazos de 15 dias, inclusive as contrarrazões recursais. - Dias úteis (212 e ss e 219) - prazo em dobro - MP (180) - advocacia pública (183) - DP (186) - litisconsortes com patronos +/- (220, par.2) - não autos eletrônicos - direito intertemporal - recorribilidade na data em que publicada a decisão - norma processual nova respeita os atos processuais já praticados e os efeitos já produzidos antes - o ato processual praticado na vigência do antigo código, ainda que na vigência do novo, terá os efeitos do antigo, visto se for perfeito. - não há retroatividade - se o prazo do recurso for interposto na vigência no antigo e, durante o prazo passar para o novo; se o novo código admitir recurso novo; o STJ entendeu, por enunciados, que essencialmente devem ser observadas as regras do novo CPC, se a decisão tiver sido publicada quando já estivervigente novo código. Por isso, não há retroatividade. Recursos em espécie - 1) Apelação (1009 a 1014) - Origem histórica - direito romano - apelatio era uma manifestação recusal de um pedido de quem se sentiu prejudicado - Fundamento - exercício duplo do grau de jurisdição - Cabimento - sentença (1009, caput) - questões resolvidas em fase de conhecimento (par.1), se a decisão (1015) a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não cobertas pela preclusão - apelação é cabível nas decisões interlocutórias quando não forem possíveis interpelar nessas o agravo de instrumento (1015 diz quais são as decisões interlocutórias que comportam agravos de instrumento). Se as decisões interlocutórias não estiverem no rol do art. 1015, é possível apelação. Essa decisão interlocutória só poderá ser apelada após sentença, e aquela precisa prejudicar a parte. A decisão interlocutória não pode ter precluído. - em tese, qualquer sentença (resolutiva ou não - 485/487), caberá apelação. - as decisões passarão a estar alcançadas pela preclusão quando não for interposta apelação após a sentença. Haverá preclusão de decisão, se após sentença, não tiver apelação. Isto é, após o proferimento de senteça, se tiver decisão que não comporte agravo de instrumento em que se deseja recorrer, o recorrente deve imediatamente recorrer. Denuncia que a decisão não é de recurso imediato, mas condicionada a sentença (1009, par.1). A preclusão não é imediata, mas começa a correr a partir da sentença. - total ou parcial (1002) - será total se o apelante ou recorrente tiver se insurgido contra a totalidade dos temas e decisões que lhe foi contrário. Mas se o apelante se limitar a tratar parcialmente esses temas, será parcial. - Finalidades - anular ou reformar decisão recorrida (1008) - anular - erro in procedendo - erro de procedimento processual - é um erro mais grave, visto que viola os termos processuais - reformar - erro in julgamento - erro de julgamento, pedido de diversidade de entendimento da coisa em discussão - Logo, o apelante deve deixar claro no recurso qual - Requisitos (1010) - interposição - juízo aquo (1003, par.6) - prazo - 15 dias (1003, par.5) - procedimento recursal - possível retração - 331 - 332 - 485, par. 7 - sem juízo de admissibilidade no juízo aquo (1010, par.3) - apelação adesiva (1010, par.2) - efeitos - obstativo - suspensivo (1012) - regra geral, todavia ver parágrafos 1, 2 e 3 - devolutivo (1013, par. 1 e 2) - contra razões - (1010, par.1) - em decisões interlocutórias não cobertas pela preclusão, pode o apelado alegá-las nas contrarrazões do recurso. Doutrina entende que esse comportamento, de esperar o recurso do apelante para ofertar questionamento sobre decisão interlocutória não preclusa é uma modalidade de recurso - remessa ao tribunal - 1010, par.3 - Efeitos - Obstativo - não há trânsito em julgado. O recurso de apelação interposto não deixa converter em definitiva a decisão. - Suspensivo - 1012 - regra geral - "efeito que relata a suspensão da eficácia ou produ-ção de efeitos executivos da sentença”. Exemplo o juiz que condena a parte ao pagamento de sentença pecuniária. Uma vez não interposto recurso, abre-se possibilidade de execução. - par. 1 - exceções - determinadas sentenças indicadas nos incisos deste parágrafo não tem efeitos suspensos, ainda que por via de apelação. São sentenças de eficácia imediata. São exemplos as sentenças de pagamentos alimentícios, demarcação de terras, interditos possessórios. - par. 2 - cumprimento provisório da sentença - nos casos do parágrafo primeiro, de sentença com eficácia imediata, o apelado poderá propor o pedido de cumprimento provisório depois de sentença prolatada. O cumprimento é provisório porque ainda há grau de instabilidade em decorrencia da pendência de julgamento recursal. - par. 3 e 4 - concessão pelo relator revisor - nas hipóteses de exceção do parágrafo 1, o desembargador poderá ficar encarregado de julgar o mérito da apelação. Ainda, pode o desembargador, antes de julgar o mérito da apelação, suspender a eficácia da sentença, mas para isso, deverá provar a probabilidade de provimento do recurso ou urgência. - Devolutivo - extensão - o que se submete a julgamento (recorrente) - “o recorrente deve interpor o que ele gostaria de interpor no tribunal. O recurso é facultativo e o apelante deve indicar o objeto do recurso.” - 1013, par. 3, I, II, III e IV - brocardo tantum devolutum quantum apellatum - 1002 - total ou parcial - questões de fato não propostas antes - 938, par.1 - 1014 - as questões de fato não propostas no juízo aquo poderão ser expostas na apelação se não pode fazer por força maior. - teoria da causa madura - 1013, par. 3, I, II, III e IV - a teoria que defende a possibilidade do tribunal, ao se deparar com hipótese de falta de necessidade de produção de provas (“se o processo estiver em condições de julgamento”), poderá julgar o mérito nos casos elencados nos incisos. A causa precisa estar madura para julgar o mérito. - o parágrafo terceiro pertime a aceleração do julgamento de mérito sem que seja necessário a subida para outra instância. Isso se justifica porque o juízo não julgou o mérito. Se ele tivesse julgado mérito, assim seria necessário a ir para outra instãncia - profundidade - com que material o órgão julgador irá trabalhar (lei) - “a lei deve indicar o material para o julgamento do recurso” - matérias de ordem pública, examináveis de ofício (485, par.3 e 337, par.5) - sentenças sem resolução do mérito, condições da ação, pressupostos processuais, legitimidade e interesse de agir e etc (485, par.3) ou - hipóteses de mais de um fundamento de ataque ou defesa (1013, par.2) - situações em que o tribunal se pronuncia não apenas pelo referido no recurso sobre a sentença. - questões não apreciadas em primeira instância (1013, par.1) - “suscitadas e discutidas” - se o tribunal entender que a sentença deve ser anulada, este anula e avança para uma nova sentença mais ampla, abrangindo mais que a anulada. - segundo o parágrafo 4 do mesmo artigo, nos casos de sentença com prescrição e decadẽncia, quando a parte apela em contrário e o juízo conhece e defere o recurso, o tribunal avança em nova sentença mais ampla e não devolve o processo ao primeiro grau. - 2) Agravo de Instrumento - 994, II/1015 a 1020 - todas as decisões que não comportarem agravo de instrumento são passíveis de apelação. Logo, as decisões interlocutórias que não comportem apelação, comportam agravo de instrumento. - decisões interlocutórias (1015) - indicadas- rol taxativo? - divergência doutrinária. Alguns autores dizem que o rol do 1015 é taxativo, e outros dizem que é exemplificativo. - ataque as decisões que versarem sobre os temas dos art. 1015, incisos I a XIII, parágrafo único - as decisões interlocutórias podem ser positivas ou negativas. Para ambos os casos, em alguns incisos, cabe-se agravo de instrumento. - I - decisões que concedem ou negam tutela provisória podem ser alvo de agravo - II - conjugado com 485/487 CPC. Exemplo do pedido inicial aceito parcialmente. - III - quando é rejeitada eleição de juízo arbitral competente. Se a decisão for de rejeitar o pedido de arbitragem - IV - pedido de desconsideração de personalidade jurídica. - V - quem tem pedido de gratuidade de justiça negado pode entrar com recurso. Ao que pediu o benefício de gratuidade de justiça e não teve, também cabe (art. 101). Se não está neste dispositivo, cabe apelação - X - embargos de execução são uma ação de natureza desconstitutiva que busca obstar a execução. - XI - na distribuição de ônus da prova quando possível pelo juiz (373, par.1), contra a decisão de redistribuição do ônus, cabe agravo de instrumento. - apresentação diretamente ao tribunal - órgão ad quem (1016) - a apelação é prolatada contra o órgão que fez sentença (ad aquo). Já com agravo de instrumento, é diferente, e é interposto diretamente no tribunal (órgão ad quem) hierarquicamente superior - requisitos - incisos I, II, III e IV do art. 1016 - instrução de peças (1017) - obrigatórias (I) - se não tiver essas peças, o recurso será desconhecido - autos eletrônicos (1017, par.5) - a petição de recurso deve indicar o tribunal recorrente. Deve indicar o recorrente, e o recorrido. O agravante deve apresentar a sintese dos fatos e do direito, esclarecendo o porquê do recurso, qual a decisão agravada, quem proferiu a decisão, qual o objeto do processo. Deve-se expor toda a situação processual, visto que o novo órgão julgador não o conhece. - o 1017, par 5 diz que se os autos forem eletrônicos, não haverá necessidade das peças dispostas no I e II - inexistência/declaração advogado (II) - 932, par. un - 1017, par. un - facultativas (III) - comprovante de pagamento das custas e porte de remessa/retorno - (1015, par. único) - juntada de cópia do recurso no órgão aquo (1018 e par.2) - agravo de instrumento fica prejudicado - possível retratação do juízo aqui (1018, par.1) - se os autos forem físicos, o agravante deve cumprir o 1018. Mas se forem eletrônicos, não seráum dever (par.2). - risco/penalidade de não reconhecimento do A.I (1018, par. 3) - distribuição e atos do relator (1019) - aplicar 932, III ou IV (1019, caput) - atribuir efeitos suspensivo (I, 1019) - a apelação tem efeito suspensivo como regra geral, salvo hipóteses do art. 1012. Já no agravo de instrumento, a suspensão deve ser requerida no recurso, visto que não tem efeito suspensivo originário - com base no 1019, I; o agravante pode inserir no seu recurso um pedido de antecipação da tutela recursal ou de suspensão de efeitos. Nas decisões de tutela antecipada, pode o relator, monocraticamente e sem ouvir o recorrido, conceder tutela antecipada, quando perceber que é necessário - intimação agravado para responder (II, 1019) - intimação MP para manifestação, se for o caso (III, 1019) - procedimento após a interposição do AI - 1017, par.2 - interposição - mais frequente é interpor o recurso direto no tribunal recursal. Se o recurso for inteposto por correio, não importa o tempo que irá demorar para chegar no tribunal. Será conhecido como tempestivo. - 1019 - recebimento e distribuição - hipóteses 932, III ou IV (não conhecer ou negar provimento) - III - hipóteses de recusa de juízo de admissibilidade, para desconhecimento recursal. Hipóteses de intempestividade, recurso deserto e etc.. - IV - negar provimento nas hipóteses quando a decisão recorrida for contrária a súmula de STJ ou o próprio tribunal. Para ambos os casos, em que o recurso deseja “bater de frente” com a sintonia dos tribunais, há desprovimento do recurso monocraticamente. - relator - efeito suspensivo/antecipação tutela recursal, comunicação ao juízo aquo(I) - se o relator atribuir efeito suspensivo ou antecipar tutela recursal, tem que avisar ao juízo que proferiu decisão recorrida - intimação agravado para resposta (II) - agravado tem 15 dias para responder aos termos do recurso - intimação MP (III), se cabível - se houver razão, o MP pode ser intimado a se pronunciar pelo relator - 1020 - solicitação de dia para julgamento pelo órgão colegiado Técnica de julgamento não unânime - incidente (942) - natureza - incidente recursal (não é recurso), técnica de julgamento - apelação/agravo de instrumento/ação rescisória (par.3) - 942, caput - prosseguimento em sessão a ser designada com outros julgadores - resultado não unânime - prosseguimento sem proclamação - 2 à 1 - 3 julgadores - quando não houver julgamento unânime, deve-se convocar mais jugadores a fim de inverter o resultado - prosseguimento em sessão a ser designda com a presença de outros julgadores para garantir em tese a possibilidade de inversão do resultado - 3 à 2 - direito de sustentação oral para novos resultados - par.1 - possibilidade de prosseguimento na mesma sessão, sendo colhidos os votos dos outros julgadores do colegiado - par.2 - possibilidade de revisão dos votos antes dados - par.3 - apelação da técnica em julgamento não unânime em - I - ação rescisória (rescisão da sentença) - II - agravo de instrumento (reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito) - par.4 - não se aplica ao julgamento: - IAC e IRDR - remessa necessária - não unânime do plenário ou corte especial nos tribunais - 3) Embargos de declaração - 1022 a 1026 - cabimento - qualquer decisão judicial - (1022) - I - obscuridade ou contradição - decisões judiciais nebulosas. Se a decisão não é suficientemente clara, como saber se a mesma poderá ser cumprida adequadamente? Podem ser premissas antagônicas na mesma decisão. Recurso precisa fundamentar o porquê da sentença ser obscura/contraditória/omissa e etc. - II - omissão ou falta de pronunciamento - omissa é a quando a decisão não aprecia as questões apontadas pelas partes ou quando não são apreciadas questões orinariamente de ofício. A versão pode versar também sobre a falta de requerimento, de um pedido. As decisões do juiz devem interdialogar integralmente com os pedidos das partes. Isto é, na falta de resposta ao pedidodas partes, caberá embargos. - 1022, parágrafo único - identificação do que é decisão omissa. - III - erro material - é aquele erro de digitação, de cálculo de sentença pecuniária. Exemplo da sentença que condena o réu a pagar 5000 reais de dano material e 1000 reais de dano moral, somando 10000 reais (?!). Há entendimento doutrinário que compreende que erro pode ser reparado ex officio. - prazo - 5 dias - toda vez que o ED for interposto tempestivamente, haverá interrupção (contagem zerada) para oferta de outros recursos (1026, par.1). Prazo recursal não interrompe se o ED for intempestivo. - efeitos - devolutivo? - divergência doutrinária. Devolução é o retorno do recurso ao órgão que sentenciou pelo tribunal. Teoricamente isso não se aplica ao ED, visto que o recurso é interposto e analisado pelo próprio juízo que prolatou a sentença. Entretanto, a doutrina entende que há efeito devolutivo, uma vez que o “recurso é devolvido ao poder judiciário” (1024, par. 2). Em suma, o efeito devolutivo existe, e o órgão que julga o recurso (tribunal ou juízo monocrático) será o mesmo que prolatou sentença. - suspensivo (1026, par.1) - uma vez interpostos, não ocasionam suspensão imediata, salvo se houver perigo de dano grave ou de difícil reparação ou se quem embargar demostrar ao julgadores a grande probabilidade de acolhimento do recurso. Diferentemente da apelação, a regra geral é de que não haverá efeito suspensivo - modificativo (infringentes) e contraditórios (1023, par.2) - ED pode resultar na alteração da decisão embargada. Nesse caso, o juiz deverá provocar o embargado para que se pronuncie. - interrupção prazo recursal (1026) - multa de 2% a 10% → protelatórios (1026, par. 2 e 3) - aos embargados que interporem ED com objetivo apenas de atrapalhar a marcha processual, o magistrado poderá multá-lo em percentual de 2% relativo ao valor da causa. Evidentemente que se a parte se afastar das causas de ED (1022), haverá ED protelatório. - A natureza do ED é de integrar a decisão embargada, complementando-a. Assim, o recurso que não for fundamentado ainda pode ser considerado como protelatório. Se interpor ED protelatório novamente, a multa eleva-se. - limitação de novos embargos de declaração (1026, par.4) - No código revogado, para se evitar o trânsito em julgado ou prorrogar ao máximo a marcha processual, será interposto ED seguidamente. O novo CPC evitou que isso acontecesse, impossibilitando que sejam feitos EDs seguidos - sem preparo - 4) Agravo Interno - 994, III e 1021 - agravo interno é o recurso cabível diante decisão monocrática proferida por relator que integra o tribunal. Quando essa decisão individual proferida por membro de um colegiado prejudicar, é necessário agravo interno. - o 994, VIII não se confunde com o agravo interno. Aquele é indeferimento de recurso especial. - cabimento e objetivo → decisão individual do relator - a decisão deve ser individual do relator. Isso porque há outras decisões individuais que são passíveis de outros recursos. - objetivo → retração pelo relator ou (1021, par.2): reforma/invalidação pelo órgão colegiado - Toda vez que o relator vier a dar decisão exclusiva dele, caso a decisão cause prejuízo ou sucumbência, o prejudicado poderá recorrer da decisão. - O relator é o responsável por relatar o caso. Uma vez que o recurso esteja no tribunal, tem que ser distribuído imediatamente (EC45 definiu que nenhum recurso ficará repressado). Quando o recurso chega, é recebido por um órgão interno do tribunal, que tem seus julgadores. Um desses julgadores será designado como relator, que terá funções atribuídas. Uma dessas é proferir decisões, que podem ser objeto de agravo interno. O relator, pode por decisão exclusiva dele, não reconhecer o recurso. - o objetivo do agravante é alcançar a retratação da decisão monocrática. Isto é, a vontade é de mostrar ao relator o equivoco. - O relator pode mudar sua decisão ou manter, após analisar o pedido. Se manter, deve submeter o pedido do agravante ao colegiado. - regras do regimento interno do tribunal → processamento (1021) - somente as leis federais criam recursos. O regimento interno do tribunal apenas trata do processamento e procedimento. - ônus da impugnação específica pelo agravante quando aos fundamentos da decisão agravada (1021, par.1) - não basta dizer genericamente que não se concorda com a decisão democrática. Tem que impugnar especificamente - prazo oferta e resposta (1070, 1003, par. 5 e 1021, par.2) - quando houver julgamento do recurso, deve ter pauta, com data e horário para o julgamento do recurso. - vedação - relator não pode apenas reproduzir fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno (1021, par.3) - o relator também não pode se limitar a reproduzir argumentos genéricos para impugnar o recurso - multa de 1% a 5% do valor da causa ao agravante - agravo interno manifestamente inadmissível ou improcedente (1021, par.4) → decisão colegiada - se o colegiado entender que o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, o agravante poderá sofrer multa. Se essa multa não for paga, o agravante fica obstado de interpor novos recursos - depósito judicial da mulda o art. 1021, par.4 como requisito para oferda de qualquer novo recurso, exceto para fazenda pública e BGJ (1021, par.5) - há casos em que não é necessariamente preciso pagar a multa. - fungibilidade recursal (1024, par.3) - se há uma decisão monocrática para impugnar o recurso, e essa decisão for obscura, contraditória, deveria comportar embargo de declaração. Mas não faria sentido interpor EDs, visto que o que se deseja é retratar a decisão, e não esclarecer. - Se interpor ED, tem que ter prazo pra adaptar o recurso, se ficar entendido que o objetivo era retratara decisão monocrática (se o ED tiver objetivo de agravo interno). Os recursos tem naturezas diferentes. Quem vai julgar e reconhecer o ED como agravo interno é o órgão. - 4) Recurso Ordinário - 102, II, “a” da CRFB e 105, II “a” e “b”, CRFB - recurso de natureza ordinária discute matérias de fato e direito. Esses recursos seriam aqueles julgados pelos tribunais de segundo grau (instâncias ordinárias). Os recursos ordinários (apelação, agravos e etc) são julgados por juizo ad quem. Os recursos extraordinários, quando julgados, permitem a análise não de direito subjetivo, mas de direito constitucional ou infraconstitucional. São recursos de natureza exepcional, e por isso somente permite a análise de direito, e não de fatos. - Não se deve confundir os recursos em espécie denominados acima com o próprio recurso ordinário. O recursode natureza ordinária não se confunde com o recurso ordinário - O recurso ordinário, extraordinário e especial tem matriz constitucional. Os códigos regulamentam os procedimentos desses códigos - O RO se assemelha a apelação, pois o procedimento é parecido. A hipótese de RO justifica o duplo grau de jurisdição - pois, a decisão originária pode ser oposta. Entretanto, a diferença é que a competência é outra - o processo nasce em segunda instância. Tome o exemplo do MS impetrado contra ato de ministro de Estado, que tem competência originária do STJ. Se a decisão do MS for desfavorável ao impetrante, poderá recorrer da decisão. Relembrando que Ms é ação constitucional que busca defender direito líquido e certo (documental e pré constituida) contra um ato de autoridade pública, e dependendo da autoridade, há fixação da competência. Exemplo do ministro de estado, que tem competência do STJ - 1027/1028 CCB - 994, V CPC - nomeclatura - processos originários nos tribunais - o processo não pode nascer nas varas comuns, no primeiro grau. Tem que nascer num tribunal. Exemplo do MS proveniente de ato abusivo de Ministro de Estado que nasce no STJ, e que desfavorável sentença enseja RO, a ser julgado no STF. - o RO pedir o julgamento se a sentença for terminativa com ou sem resolução de mérito - recursos ordinário para o STF - 102, II, ‘a’ da CF e 1027, I CPC - HC/MS/HD/MI - decididos em única instância pelos tribunais superiores - recursos ordinário para o STJ - 105, II, ‘b’ e ‘c’ CF e 1027, II CPC - alínea ‘b’ - mandado de segurança - MS começa no tribunal de segundo grau - competẽncia originária → tribunais (TRT’s e TJ’s) - competência recursal, STJ - decisão denegatória - com ou sem julgamento de mérito - se a decisão fosse concessiva, ao invés de denegatória, o seu adversário poderia recorrer, mas o tipo recursal não seria o RO, mas, dependendo da hipótese, RE ou REsp. - Se a decisão for denegatória, com ou sem resolução de mérito, o recurso cabível é o RO. Não há aplicação do princípio da fungibilidade - alínea ‘c’ - causas/estado estrangeiro ou órgão internacional versus município ou pessoa residente ou domiciliada no Brasil - devem tramitar na justiça federal, em primeiro grau, em uma das varas federais, Proferida sentença, teoricamente, o recurso seria apelação, mas como processo tem competência originária na justiça federal, o recurso cabível é o RO direto para o STJ - competência originária - primeiro grau - 109, II CRFB - competẽncia recursal - STJ - sentença → recurso ordinário e não apelação - das decisões interlocutórias (parágrafo 1, 1027 e 1015) - agravo de instrumento para STJ - aplicação da regra da causa madura (parágrafo 2, 1027 e parágrafo 3, 1013) - STJ pode não só dar provimento ao recurso RO como julgá-lo. Não precisa reformar o acórdão e enviar novamente para o primeiro grau julgar novamente, mas pode julgar o mérito, desde que a causa esteja madura - efeito suspensivo pode ser requerido (parágrafo 2, 1027 e parágrafo 5, 1029) - o RO tem efeito suspensivo originariamente? - a regra geral é que não em efeito suspensivo, salvo quando op legis ou op uires. Se a parte quiser suspender efeitos, tem que pedir. RO não tem efeito suspensivo por via de lei. Apelação tem efeito suspensivo originariamente; RO não tem. - Recurso Especial - Cabe recurso especial será de competência do STJ. Causas decididas em ultima ou ÚNICA instancia, normalmente versam sobre as causas/feitos/as lides que tenham sido decididas por um tribunal em ultima instancia. O que significa que na instancia ordinária, ou seja, 2o grau, não seria mais possível a oferta de nenhum outro recurso, porque todos os recursos cabíveis já teriam sido apresentadas. No segundo grau/na instancia ORDINARIA NÃO cabe mais nenhum recurso!! - Ex: sai uma sentença em que apresenta uma apelação. Essa apelação será prolatada um acórdão, e a parte recorre com embargos de declaração. Após o julgamento dos embargos de declaração seria possível aqui a oferta de algum outro recurso naquela instancia ordinária? - Decisão de ultima instancia as ações/demandas sejam ORIGINARIAS de um tribunal, já se origina do segundo grau + - Decisão de ultima instancia NÃO cabe mais recurso. - Ex: mandado de segurança contra governador do estado do rj, QUEM JULGA é o órgão especial do estado do RJ. - - Se A DECISAO FOR DENEGATORIA o mandado foi negado então, qual será o recurso cabível? RECURSO ORDINARIO. - Se trata de decisão DENEGATORIA -> recurso cabível é o recurso ordinário - Se a decisão foi CONCESSIVA -> recurso cabível é recurso especial. - Recurso especial NÃO é uma apelação. Não visam rediscutir fatos e provas, e não é uma 3a instancia. São instancias de natureza excepcional, que visam resguardar o ordenamento. Não quer dizer que a parte foi vencida em 2o grau que ela apresentar recurso especial. A maior parte dos recursos endereçadas ao STJ, não é admitida. - Sem efeito suspensivo ope legis - Isso significa que a decisão produz efeitos IMEDIATAMENTE/detêm eficácia executiva. Poderá ser objeto de execução provisória. E caso o recorrente queira impedir os efeitos executivos, devera ela formular um requerimento de suspensão de efeitos em sede de recurso especial, trata-se de suspensividade ope iudicis, ou seja, suspensão apenas por decisão judicial. - · Possível ope iudicis (art. 1029, par. 5o, I, II e III) - · Prejudicialidade do REsp em relação ao RE (art. 1031, par. 1o, 2o e 3o) - O recurso especial pode ser ofertado conjuntamente com o recurso extraordinário. Ou seja, a parte que se sentir vencida, poderá ofertar dois recursos simultaneamente. Haveria algum principio que possa ser violado com essa possibilidade? O principio da UNIRECORRIBILIDADE, pois contra uma decisão proferida possa ser ofertado dois recursos simultaneamente. - Terá todavia que apresentar que todos os requisitos de admissibilidade estão presente para ofertar esses dois recursos simultaneamente. Os requisitos ESPECIFICOS do REsp e do RE se diferem. - Se os dois recursos forem admitidos pela a instancia a quo, qual o recurso deve ser julgado primeiro? - Em primeiro lugar o REsp é remetido ao STJ, e o RE fica SUSPENSO. Depois de julgado o REsp os autos do processo são remetidos ao Supremo para que la seja julgado o RE. Primeiro julga o REsp e depois o RE. - Pode ocorrer conforme fala o art. 1031 que haja uma relação de prejudicialidade, em primeiro lugar vai ser julgado RE, e não o REsp. Pode ocorrer também que o próprio relator do STJ entender que o RE deve serjulgado antes do REsp, configurando a relação de prejudicialidade, que é a relação que tem uma repercussão do julgamento do recurso por forca de um recurso sobre o outro. - - Ex: REsp a parte alega fala que certa lei federal foi violada, e no RE a parte alega que este mesmo artigo viola a CF. O julgador primeiro tem que saber se este artigo viola a CF, pra saber se sendo constitucional se viola algum outro artigo de lei federal. Se isso ocorre o STJ envia os autos ao STF, para que o STF julgue primeiro o RE, para depois de julgado esse devolva os autos ao STJ para este julgar o REsp. - Pode ocorrer que o STF não ache que tenha que julgar antes o RE, devolvendo os autos ao STJ para que esse comece o julgamento do REsp -> a inversão (julgar RE antes de RESP) é a EXCECAO!! - - · Fungibilidade/conversibilidade do REsp em RE (art. 1032) - - A parte invocou um tema constitucional dentro de um REsp que na verdade é de tema do RE. O relator ao observar isso pode remeter esse REsp que na verdade é um RE para o STF. Todavia, tem que comprovar que o tema constitucional invocado tem REPERCUSSAO GERAL. Como a parte quando invocou o REsp não tinha essa intenção de mostrar que era tema de repercussão geral, terá que o relator deverá intimar a parte sobre essa fungibilidade para esta falar da repercussão geral para ser remetido ao STF. - · Devolutividade -> mais de um fundamento (par. Único, art. 1034) - A parte ofertou REsp com dois pedidos. O tribunal ao analisar o juízo de admissibilidade só aceita um dos pedidos. Com essa admissibilidade os autos são remetidos ao STJ. Logo A ADMISSIBILIDADE FOI PARCIAL, pois não foi demonstrado como um todo a violação de lei infraconstitucional. A devolutividade neste caso, é INTERGRAL, por mais que tenha admitido em parte o recurso. - No STJ haverá um novo juízo de admissibilidade do recurso, o relator sendo LIVRE para concordar ou discordar do tribunal a quo, o STJ NÃO fica vinculado ao juízo de admissibilidade do STJ. Sem o juízo de admissibilidade POSITIVO, “a porta” estará FECHADA para ir ao STJ. A devolutividade só existe na hipótese de admissibilidade positiva, so é devolvida a matéria ao STJ se a decisão do tribunal em relação ao juízo de admissibilidade for minimamente PARCIAL. Se não houver essa devolutividade, juízo de admissibilidade positivo a “porta para o STJ” é fechada. Porém se o recurso for admitido pelo tribunal, o STJ, devera examinar TODOS OS REQUISITOS, e deverá aplicar o direito. - - · Julgamento e admissibilidade -> aplicação direito a espécie - - Recurso especial (continuação) - sem efeito suspensivo ope legis, possível ope iudicis (1029, par.5, I, II e III) - RE tem recurso de natureza especial. Busca-se o exame de soberania do ordenamento positivo. Daí não se permite o reexame de fatos e provas nesses julgamentos. Parte-se que os julgamentos anteriores tenham violado o ordenamento infraconstitucional (105, III, alínea a) ou da presuposição de que um tribunal deu interpretação diversa a que outro tenha dado, sobre matéria de direito. Por isso, cabe ao STJ selecionar a melhor interpretação - No RE, a ação não se inicia na vara civel, mas direto no tribunal federal. Exemplo do MS contra o governador do estado do RJ. Competência do TJRJ. Se a decisão for denegatória, o recurso cabível é o RO para o STJ. Mas se a decisão for concessiva? O vencido poderá recorrer para o tribunal superior e a decisão é de última instância daquele tribunal. Por isso, cabe o RE nesse caso. Mas também cabe RExt. - REsp não é apelação. Tem limitações explícitas, não rediscutem fatos e provas e não é uma terceira instãncia, pois são instâncias que resguardam o cumprimento do ordenamento. Não tem efeito suspensivo (objeto de ataque do recurso tem eficácia imediata), e o recurso deve pedir a suspensão. - prejudicialidade do Resp em relação ao RE (1013, par. 1, 2 e 3) - Fungibilidade e conversibilidade do Resp em RE (1032) - RE e REsp podem ser ofertados simultaneamente. A parte prejudicada pode ofertar dois recursos contra uma decisão só. Terá que demostrar os requsitos de admissibilidade preenchidos. - Os requesitos específicos do RE e REsp são diferentes e todos devem ser preenchidos. - Devolutibilidade → mais de um fundamento (par. unico do 1034) - só é devolvida a matéria ao STJ se a admissibilidade for parcial. - Julgamento e admissibilidade → aplicação do direito à espécie - - 6) Recurso Extraordinário - 102, III da CRFB e 1029 a 1041 CPC - RExt também tem natureza excepcional, e visa proteger a integralidade do ordenamento jurídico. Não admite reexame de fatos e provas - requisitos genéricos - mesmo requesitos genéricos para qualquer outro recurso - tempestividade, de forma escrita, interesse recursal e etc. - requesito específico - repercussão geral (102, par. 3 da CRFB e 1035 CPC) - a parte deve comprovar que o tema discutido no RExt detém repercussão geral. Isto é, o tema tem que repercutir no ordenamento várias vezes. Quando houver atingimento a muitos sujeitos e que seja de interesse de toda sociedade. É uma causa que vá atingir e repercutir grande tecido social. São exemplos as questões tributárias e previdenciais que atingiriam grande número de pessoas. Quem diz o que terá repercussão geral é o STF. - Obs importante → decisão que cabe RExt não necessariamente precisa ser de tribunal. São os casos de juízados especiais civeis, em que são a primeira e única instância. Nesses casos, é possível oferta de RExt, mas não de REsp - cabimento - causas decididas em única ou última instância, quando a decisão - contrariar dispositivo constitucional - declarar a inconstitucionalidade de lei ou tratado - julgar válida lei ou local contestato em face da CRFB ou em face da lei federal - Questões de direito - fungibilidade e conversibilidade (1032) do REsp em RExt - com frequencia acontece de o relator entender que o REsp tem intensão de debater matéria constitucional. Por isso, o próprio relator pode entender que é RExt e não REsp e convertê-lo, dando prazo ao recorrente para prova sua repercussão geral. - procedimento (1030) - inadmissibilidade no juízo a quo - 1030, par.1 → agravo para o STF - 1030, par.2 → agravo interno, 1021 - prejudicialidade (1031) - O CPC diz que primeiro é jugado o REsp e depois o RExt. Pode acontecer que a parte peça pra julgar primeiro o RExt ou o relator pode entender que assim deve ser. A prejudicialidade é a possibilidade de repercussão do julgamento do recurso no julgamento do outro. Exemplo do recurso X em quea parte alega que houve descumprimento de lei federal, e em outro recurso diz que o dispositivo questionado no primeiro recurso é inconstitucional - prequestionamento (1025 e 941, par.3) - quando a parte recorre, ela questiona certos temas jurídicos. O tribunal, ao julgar os questionamentos, deve enfrentá-los. Há correntes que defendem que o prequestionamento é o questionamento das partes. Outras defendem que é o enfrentamento dos tribunais. E ainda há uma terceira corrente que acredita são ambos (invocação do tema jurídico pelo litigante e pronunciamento pelos tribunais via acórdão). - entende-se que prequestionamento, pelo novo CPC, é quando a parte, eventualmente alegar a matéria, e após embargar de declaração, persistir omissão do tribunal. Também existe préquestionamento quando, na técnica de julgamento não unânime, apenas os voto vencidos tratarem da matéria questionada - o REsp ou RExt precisam acarretar em acórdão que se posicione sobre o tema abordado. Há controvérsia sobre o fato de prequestionamento ser ou não prerequisito para RExt. Geralmente o prequestionamento ocorre quando há omissão em acórdão, e após se interpor ED, ainda continuava assim. Esse caso é um bom exemplo - a interposição de ED faz prequestionar o tema antes do RExt. Isso acontece porque a parte não pode invocar novos temas em RExt, não pode inovar, pois o STF e STJ são instâncias excepcionais - repercussão geral (1035, par. 1, 2 e 3) - para se chegar ao STJ ou STF, tem que ter repercussão geral. Isto é, a matéria tem que ter relevância para vários casos. Por isso, se diz que a repercussão geral ultrapassa os limites subjetivos no qual a causa foi adotada. Quem diz se tem ou não repercussão geral é o STF. São os casos elencados nos artigos acima. - os Supremos só se preocupam em dizer se há o direito. Só se preocupam com a existência deste. A aplicação do mesmo é de competência das instâncias ordinárias. - é requisito específico de admissibilidade do RExt. Se não tiver repercussão geral: não será admitido a origem ou será desconhecido no supremo - conversão em REsp - 1032 e 1033 - se o recurso tive natureza constitucional, poderá o relator converter o REsp em RExt e encaminhar ao STJ - juízo de admissibilidade tribunal aquo - 1030 - o juizo de admissibilidade aquo não vincula o ad quem. Logo, a admissibilidade do RExt na instância ordinária não impõe ao tribunal superior reconhecê-lo - sem efeito suspensivo ope legis - possível concessão ope iudicis (1034, par. un) - devolutividade mais de um fundamento (1034, par.único) - se o juízo de admissibilidade for aceito por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos fundamentos, examinando a causa na íntegra. - julgamento - aplicação do direito à espécie (1034) - quando for admitido nos supremos, o tribunal aplicará o direito aquela espécie. Uma vez ultrapassado o juízo de admissibilidade, pode o STJ/STF examinar fatos e provas? Até que ponto podem os tribunais aplicar o direito material? - REsp e RExt repetitivos (1036 a 1041) - multiplicidade de REsp/RE → fundamento idêntico - questão de direito - afetação para julgamento pelo STJ e STF (1036) - imposição aos supremos tribunais para elaborar uma tese para determinado tema jurídico que está sendo objeto de muitos REsp ou RExt. A partir desse acontecimento, o o STJ (quando for REsp) ou STF (quando for RExt) vai requerer aos TJs ou TRFs para que sejam selecionados dois ou mais recursos para análise dos supremos. São os recursos representativos da controvérsia. - seleção pelo TJ’s ou TRF’s de 2 ou mais recursos representativos e envio para o STJ ou STF com suspensão de todos os processos pendentes (par.1 do 1036) - relator no STJ ou STF também pode selecionar 2 ou mais recursos representativos da controvérsia (par.5 do 1036) - escolha TJ’s/TRF’s não vincula STJ/STF (par.4, 1036) outros recursos poderão ser selecionados - relator no STJ/STF poderá selecionar dois ou mais recursos (1036, par.5) - soemnte recursos admissíveis e com abrangente fundamentação/discussão (par.6) - devem ser selecionados os recursos bem feitos, bem fundamentados e reconhecidos. - após a seleção, o relator proferirá decisão de afetação (I, II e III do 1037) - sem afetação → o relator, no STJ/STF, avisará os demais tribunais (par.1 do 1037) - prazo para julgamento dos recursos afetados → 1 ano (1037, par.4) - poderes do relator (1038, I, II e III) - acórdão abrangerá os fundamentos da tese jurídica (1038, par.3) - 7) Agravo em REsp e RE - 944, VIII e 1042, par.2 - cabimento → decisão de inadmissibilidade de REsp ou RE - 1030, V, par.1 e 1042, par.2 - cabe contra decisões denegatórias da admissibilidade do REsp ou RE. É endereçado ao presidente do tribunal. A regra geral é que não admitido pelo presidente, cabe recurso, e esse é o agravo. Não será cabível AREsp ou ARExt, se a decisão contra a qual se quer agravar tem fundamento em repercussão geral ou em julgamentos de recursos repetitivos (1042) - 1042, V e alíneas → são casos em que se deverá enviar o REsp e RExt ao supremos e permitem AREsp ou ARExt, quando tiver fundamento nesse inciso e alíneas. Se não enviar (der juízo de inadmissibilidade), caberá AREsp/AExt. O juízo positivo de admissibilidade ocorrerá desde que sejam preenchidos os requisitos das alíneas do inciso V. Se o juizo entender que falta um desses, caberá o agravo (par. 1 do 1030). - hipóteses de agravo interno (1021 - 1030, I e III, par.2) - diferença - cabimento de agravo interno nos casos do inciso I e III → aplicação do 1021 e não do agravo em REsp ou RExt - procedimento - petição endereçada ao presidente ou ao vice presidente do tribunal de origem, sem custas/depesas postais (par.2, 1042) - após as contrarrazões do agravado (prazo de 15 dias), sem retratação, remessa para o tribunal superior (par. 3 e 4 do 1042) - possibilidade de julgamento conjunto com REsp e RExt, com sustentação oral (1042, par.5) - um agravo para o REsp e outro para o RE, caso a interposição seja conjunta (1042, par.6) - remessa para o STJ em primeiro lugar (1042,par.7) - após o julgamento do agravo pelo STJ, remessa parao STF (1042, par.8) - 8) Embargos de divergência - 994, IX e 1043/1044 - objetivo - uniformizar a jurisprudência interna do STJ/STF - exemplo do jugamento feito pela primeira turma do STJ, em que o recorrido (eu) perco, e o recorrente ganha. Se eu descobrir que tinha um acórdão com disposição em contrário, emitido pelo STJ, mas de outra turma, posso embargar de divergência. Divergência não pode ser admitida, já que os supremos tem quedizer o direito. Terá união das turmas divergentes e deliberação de qual entendimento deve prevalecer. - cabimento - acórdão de órgão fracionário STJ/STF em REsp/RExt, que divergir do julgamento de outro órgão do mesmo tribunal, quanto ao mérito (1043, I) - divergência entre acórdão de mérito e outro que, apesar de não ser de mérito, tenha se pronunciado sobre a controvérsia (II, 1043) → inciso II do 1043 foi revogado - contronto entre as teses jurídicas (1043, par.1) - ações originárias X recursos - envolve sempre questões jurídicas, e não fáticas. Pode ser decorrente de uma ação origiária ou de um recurso, mas sempre sobre questões jurídicas, e não fatos. - divergência na aplicação do direito material ou processual (1043, par.2) - mesmo órgão julgador com composição diversa de mais da metade dos membros (1043, par.3) - prova da divergência pelo recorrente (1043, par. 4) → tem que ter o acórdão da turma, com dialeticidade com o acórdão embargado. Tem que ter semelhança com o caso enfrentado - procedimento - RISTJ/RISTF (1044) - procedimento é decorrente do regimento interno de cada tribunal. Se o juízo de admissibilidade for negativo, AI. - efeito interruptivo (1044, par.1) - interrompe o prazo recursal para outros recursos. Uma vez ofertado EbD, interrompe prazo para outros recursos - desnecessária a ratificação do RExt anteriormente interposto aos embargos de divergência (1044, par.2) Primazia do julgamento do mérito recursal - características - primeira das características - prevalência da análise de mérito do recurso em detrimento da forma. O NCPC optou por dar prevalência ao mérito - deve-se privilegiar para tentar resolver o mérito do recurso. Regras abaixo espelham opção do legislador para sanar vícios e buscar o julgamento de mérito recursal. - art. 4 - direito das partes ao julgamento de mérito em tempo razoável. A parte tem um direito de julgamento de mérito - art. 932, par.un - antes de proferir um juízo de admissibilidade negativo, relator dará prazo de 5 dias para sanar vício ao recorrente. Dever do relator de dar chace ao recorrente de sanar vício. - não é mera faculdade de intimar o recorrente. É dever. Se não fizer, cabe AI - art. 1029, par.3 → 76, par.2 - possibilidade de desconsideração de vício formal não grave. O vício não grave é o possível de solucionar, com prazo. O par. 2 do 76 diz que se essa determinação (que pode ocorrer em qualquer instância - primeiro grau, tribunais e tribunais superiores) não for feita, e o recorrente não sanar, daí sim será recurso desconhecido e denegado - art. 218, par.4 - possibilidade de ser tempestivo o recurso interposto antes da formal intimação da parte. Superação do antigo CPC. Atempestividade faz reconhecer recurso. - art. 1017, par.3 - possibilidade de sanar vícios relativos a falta de juntada de cópias. - art. 1007 - se a parte deixar de comprovar o preparo, terá oportunidade com sanção de pagar em dobro A ordem dos processos nos tribunais - art. 929 a 946 - dispositivos estabelecem como os processos nos tribunais devem tramitar - imediata distribuição e conclusão - 931 - poderes e deveres do relator - 932 - relator deve elaborar relatório, síntese dos recursos e contrarrazões. Ele deve devolver os altos ao processo e designar data para julgamento, que deve estar em pauta. A pauta tem que ser publicada e as partes devem ser avisadas em até 5 dias antes do julgamento. As partes tem o direito de saber e estar presente em julgamento, para, se cabível, fazer sustentação oral - inciso II → não conhecer, hipóteses - inciso III → negar provimento, hipóteses - inciso IV → negação de orientação jurisprudencial do recurso; hipóteses de conduta do relator quando a sentença observa orientação jurisprudencial e o recorrente ainda quer recorrer da sentença “perfeita” - inciso V → hipóteses em que a decisão recorrida que desconsidera a orientação jurisprudencial - inciso VI → desconsideração de PJ - contraditório pleno e vedação “decisões surpresa” - 933 - recorrido e recorrente não podem ter decisão do recurso sem que não o ouça antes. Por isso, o CPC optou por tentar dar fim aos julgamentos em mesa (sem pauta incluída previamente). - art. 10 e 927 - inclusão em pauta de julgamento com intimação das partes - prazo de 5 dias - 934 e 935 (nova pauta) - sustentação oral - 937 - possibilidade de oralmente sintetizar o recurso - pedido de vista - 940 - pode acontecer do vogal (julgador posterior ao relator, juiz) pedir vista do processo para, com prazo, estudar mais o processo - proclamação do resultado - 941 - resultado não pode ser mais alterado depois de sua promulgação Incidente de assunção de competência - 947, par. 1 a 4 - 926 - dever dos tribunais acabarem com as divergências de orientação. Necessidade de uniformização e criar/manter estabilidade - 928 - legislador estabeleceu limites e amplitudes para o sistema de precedentes ao regulamentar esses dois precedentes - exemplos são os incisos do IV e V do art. 934 → se o recurso contrariar entendimento já consolidado, proveniente dos incidentes, pode o relator em juizo monocrático negar o provimento; ou ainda se o recurso estiver em concordância com o entendimento, ele deve dar provimento - julgamento de recurso/remessa necessária/proceso de competência originária/relevante questão de direito/repercussão social sem repetição em múltiplos processos - possibilidade de invocação de competência para outro órgão quando este se achar em competência. Não pode constar em vários processos. Tem que ter relevante interesse e só pode ser instaurado em um tribunal - incidentes ensejam uma resolução mais clara dos entendimentos de tribunais - necessidade de fundamentar o porque da aplicação ou não aplicação de um entendimento do tribunal sobre determinada matéria. Sistema de precedentes - julgamento pelo órgão colegiado (regimento) - par. 1 - interesse público na asunção de competência - par. 2 - efeito vinculante - par.3 - tanto o efeito vinculante vale para os órgãos fracionários quanto a possibilidade da tese fixada pode ser revista pelo próprio tribunal posteriormente - relevante questão de direito - prevenção/composição de divergência - par. 4 - previnir divergência entre orgãos do mesmo tribunal Incidente de resolução de demandas repetitivas - 976 a 987 - cabimento - requisitos simultâneos - 976, I e II - intervenção obrigatória do MP (976, par.2) - pedido de instauração dirigido ao presidente
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