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01/05/2018 1 Prof. Claudiney Luís Ferreira PROBLEMAS RELACIONADOS AO MEDICAMENTO (PRM) Problemas Relacionados aos Medicamentos PRM “...qualquer evento indesejável experimentado pelo paciente que envolve ou é suspeito de envolver a farmacoterapia e que interfere, de fato ou potencialmente, com um resultado desejado para o paciente”. Cipolle, Strand e Morley. Pharmaceutical Care Practice, 1998 Problemas Relacionados aos Medicamentos A segurança de um medicamento é resultante de um balanço entre um potencial risco inerente a sua utilização e seu uso racional, que envolve uma prescrição adequada em termos de escolha terapêutica, dose, posologia e duração do tratamento, além de sua correta administração e aquisição de produtos de qualidade, somado a estratégias para promover a adesão ao tratamento. WANNMACHER, L. Obesidade: Evidências e Fantasias. Uso Racional de Medicamentos, v.1, n. 3, p. 1-6, 2004. Problemas Relacionados aos Medicamentos Os erros de medicação, embora evitáveis, são mundialmente freqüentes, possuem causas multifatoriais, que envolvem desde o paciente, profissionais de saúde e as políticas de saúde de cada país. Em muitas situações, os erros não ocorrem por negligência ou por um ato deliberado, mas sim pela ausência de conhecimento ou pela má interpretação de determinada situação. 01/05/2018 2 Problemas Relacionados aos Medicamentos “A falta de informação correta e completa aos pacientes também condiciona a erros de emprego, submetendo os usuários a riscos potenciais. .. ... Onde não há informação, sobra espaço para antigos erros se repetirem” WANNMACHER, L. Erros: evitar o evitável. Uso Racional de Medicamentos:Temas Selecionados, v.2, n. 7, p. 1-6, 2005. 1 – Indicações não tratadas 2 – Seleção de medicamento inadequado 3 – Doses subterapêuticas 4 – O paciente não recebe o medicamento 5 - Sobredosificação 6 – Reações adversas a medicamentos (RAM) 7 – Interações medicamentosas 8 – Emprego de medicamentos sem indicação Problemas Relacionados aos Medicamentos HEPLER & STRAND, 90 Problemas Relacionados aos Medicamentos (PWDT) Em 1998, Cipolle, Strand e Morley (Pharmaceutical Care Practice), propuseram um alteração na classificação dos PRMs e os categorizaram em: A - PRM de Indicação B – PRM de efetividade C – PRM de segurança D – PRM de cumprimento Problemas Relacionados aos Medicamentos Cipolle, Strand e Morley. Pharmaceutical Care Practice, 1998. INDICAÇÃO 1. O paciente tem uma condição médica que requer o início de uma farmacoterapia nova ou adicional 2. O paciente está tomando farmacoterapia que é desnecessária para sua presente condição. EFETIVIDADE 3. O paciente tem uma condição médica para qual o medicamento incorreto está sendo tomado. 4. O paciente tem uma condição médica para qual muito pouco do medicamento correto está sendo tomado. 01/05/2018 3 Problemas Relacionados aos Medicamentos Cipolle, Strand e Morley. Pharmaceutical Care Practice, 1998. SEGURANÇA 5. O paciente tem uma condição médica resultante de uma reação adversa ao medicamento. 6. O paciente tem uma condição médica para a qual um excesso de medicamento correto está sendo tomado ADESAO 7. O paciente tem uma condição médica resultante de não tomar o medicamento apropriadamente. Método PW - Universidade de Minnesota Necessidades farmacoterapêuticas Necessidades farmacoterapêuticas Categorias de PRMCategorias de PRM INDICAÇÃO EFETIVIDADE SEGURANÇA ADESÃO 1. Necessidade de medicamentos 2. Medicamentos desnecessários 3. Medicamento não efetivo 4. Baixa dosagem 5. Reação adversa 6. Dosagem elevada 7. Não adesão Método Dáder III Consenso de Granada 2007 Resultados negativos da “medicação” (farmacoterapia) Resultados negativos da “medicação” (farmacoterapia) Categorias de RNMCategorias de RNM A - NECESIDADE B - EFETIVIDADE C - SEGURANÇA 1. Problema de saúde não tratado 2. Efeito de Medicamento Desnecessário 3. Inefetividade não quantitativa 4. Inefetividade quantitativa 5. Insegurança não quantitativa 6. Insegurança quantitativa. Classificação dos Resultados Negativos Associados aos Medicamentos A Necessidade • Problema de saúde não tratado (PRM /RNM1) O paciente sofre um problema de saúde associado por não receber o(s) medicamento(s) que necessita; • Efeito de Medicamento Desnecessário (PRM/RNM 2) O paciente sofre um problema de saúde associado por receber o(s) medicamento(s) de que não necessita; B Efetividade • Inefetividade não quantitativa (PRM/RNM 3) O paciente sofre um problema de saúde associado a uma Inefetividade não quantitativa. • Inefetividade quantitativa (PRM/RNM 4) O paciente sofre um problema de saúde associado a uma Inefetividade quantitativa. C Segurança • Insegurança não quantitativa (PRM /RNM 5) O paciente sofre um problema de saúde associado a uma insegurança não quantitativa. • Insegurança quantitativa (PRM /RNM 6) O paciente sofre um problema de saúde associado a uma insegurança quantitativa. III Consenso de Granada – 2007 01/05/2018 4 Que padrões seguir ? - Regulamentação pelos órgãos de classe - Regulamentação sanitária - Formação pertinente Que padrões seguir ? Hepler e Strand, 1990. I. Declaração clara de compromisso com a AtenFar II. Ambiente organizacional externo que permita o intercambio entre profissionais III. Métodos adequados para reconhecer e avaliar a AtenFar IV. Ambiente organizacional interno que permita aos profissionais concentrarem-se nos pacientes individualmente e que permita uma fácil comunicação V. Uma aproximação da AtenFar racional e consistente, que integre a dispensação e a tomada de decisões. CASOS CLÍNICOS Paciente MAC, 60 anos, aposentado, caucasiano, IMC 27,7, em tratamento para hipertensão arterial, dislipidemia e hiperplasia prostática benigna (HPB), com uso dos seguintes medicamentos: Losartan (anti-hipertensivo), Doxazosina (Hiperplasia prostática benigna), Sinvastatina (dislipidemia), Finasterida (alopecia e HPB). Paciente não apresentou o resultado dos últimos exames laboratoriais, porém referiu colesterol total acima do valor de referência. Atualmente, sua principal queixa clínica é o fato de ter sentido tonteira, mal estar generalizado, taquicardia à noite. Em um desses episódios, sua pressão arterial apresentou os seguintes valores: 90 mmHg x 60 mmHg e freqüência de pulso de 120 bpm. Valor da PA por ocasião da entrevista com o farmacêutico (10:00h da manhã): 107 mmHg x 78 mmHg. Os sintomas de retenção urinária e ardência ao urinar foram resolvidos quase que completamente com o uso da medicação. Outros dados obtidos: 01/05/2018 5 a) Diante do quadro do paciente apresentado acima relate a existência ou não de Problemas relacionados aos medicamentos utilizados pelo paciente e, faça sua classificação de acordo com a Metodologia Dáder; b) Qual deverá ser a intervenção farmacêutica a ser adotada Um Senhor de 69 anos foi ao médico relatando fortes dores nas articulações. Após a análise clínica e vários exames complementares chegou ao resultado final que não havia graves problemas de saúde no paciente. Foi receitado Tylex® (Codeína 30mg + Paracetamol 500mg) 3 vezes ao dia. O paciente procurou a farmácia reclamando que depois que iniciou o tratamento não estava sentindo bem com mal-estar, aumento da diurese e confusão mental. Pressão arterial aferida pelo farmacêutico foi de 90 mmHg x 60 mmHg e 40 b.p.m. O farmacêutico relatou que a hipotensão está relacionada à intoxicação medicamentosa por codeína. Diante dos fatos e da Metodologia Dáder e PDWT o PRM classificado foi: C.L.M, masculino, tem 58 anos e portador demal de Parkinson sendo usuário de Cloridrato de Biperideno 2mg (1-0-1). Tem hipercolesterolemia fazendo uso de Sinvastatina 20mg (0-0-1) e angina controlada pelo uso de AAS 100mg (0-2-0). O paciente usa Dorflex® (relaxante muscular) e Paracetamol (analgésico) para dor muscular por automedicação. Com o farmacêutico queixou de intestino preso e tontura. Diante dos fatos e da Metodologia Dáder o PRM classificado foi: O processo assistencial AVALIAÇÃO INICIAL Assegurar que a farmacoterapia está indicada, é efetiva e segura, e que o paciente pode seguir as instruções. Identificar PRM PLANO DE ATENÇÃO Resolver PRM Assumir metas terapêuticas Prevenir PRM AVALIAÇÕES SUCESSIVAS Recopilar resultados atuais. Avaliar status e progresso das metas terapêuticas Avaliar novos problemas Estabelecer uma relação terapêutica Seguimento continuado ao longo do tempo.
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