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Aula 15- Principais abordagens teóricas em aprendizagem: a facilitação da aprendizagem o Behaviorismo ou Comportamentalismo, criado por Watson, com sua visão objetiva de homem cujo comportamento podia ser modelado através do uso de reforços, e a Psicanálise, criada por Freud, com ênfase nos processos inconscientes e psicossexuais do ser humano. Naquela época, surgiu uma nova e forte corrente que reagia à exclusão da emoção nos estudos behavioristas e psicanalíticos. O Humanismo defende a não determinação do homem por motivações instintivas ou ambientais, ou ainda dinamismos inconscientes. UM POUCO DA BIOGRAFIA DE CARL ROGERS Cria uma técnica psicoterápica baseada principalmente na reformulação e clarificação dos sentimentos, e na atitude de aceitação do paciente por parte do terapeuta. Na década de 1970, começa a interessar-se pela área da Educação, propondo uma pedagogia centrada no aluno, experiencial. Nos últimos anos de vida, empenha-se em grandes workshops transculturais ou de esforço pela paz e apresenta grande interesse pela dimensão espiritual do homem. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES DE ROGERS Campo fenomenológico é o conjunto das experiências conscientes e inconscientes do indivíduo, Self é uma parte distinta do campo fenomenológico que engloba o conjunto de percepções conscientes de valores do “eu”. É o self que estabelece a interação entre o organismo e o meio. Organismo é o indivíduo na sua totalidade Ego é a dimensão do self acessível à consciência. Congruência é a característica estabelecida, na relação interpessoal, de autenticidade, de apresentação plena de sentimentos e atitudes. Congruência é a característica estabelecida, na relação interpessoal, de autenticidade, de apresentação plena de sentimentos e atitudes. A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE CARL ROGERS Carl Rogers é considerado um dos mais importantes psicólogos da aprendizagem, tendo sido o criador do chamado ensino não diretivo. O primeiro objetivo do modelo não diretivo é ajudar o aluno a atingir níveis mais elevados de integração pessoal, de bem-estar e de autoestima. Para Rogers, ensinar é mais que transmitir conhecimentos inertes e muitas vezes desinteressantes para o aluno – é despertar a curiosidade. Rogers propõe que a aprendizagem leve o aluno a passar por etapas de crescimento pessoal, com estratégias de aprendizagem características: Etapas de crescimento do self Libertação de sentimentos e emoções Tomada de consciência Ação Integração Estratégias de aprendizagem Catarse (livre expressão dos sentimentos e das emoções, sem defesas ou impedimentos) Realização de novas percepções Exercício da tomada de decisões e escolha de novos objetivos Desenvolvimento da autonomia, confiança, independência e novas orientações de vida No livro Liberdade para aprender (1978), Rogers fala do contato não diretivo entre professor e aluno, bastante similar à situação da psicoterapia, definindo cinco etapas que apresentamos a seguir: Definição da situação de ajuda O professor encoraja a expressão livre dos sentimentos e das emoções Exploração do problema O professor ajuda o aluno a identificar e situar o problema Tomada de consciência do problema O aluno discute o problema e fala abertamente do que o preocupa Tomada de decisão O professor ajuda o aluno a tomar decisões que possibilitem a superação do problema Integração das decisões à vida O aluno aceita caminhar em direção a soluções originais e criativas O PROFESSOR – FACILITADOR DA APRENDIZAGEM Na visão de Rogers, o professor na realidade não ensina, mas facilita a aprendizagem e ajuda o crescimento da pessoa. Para Rogers, um bom professor é um estrategista da educação, que planeja o currículo escolar, suas aulas e o faz muito bem. Segundo Rogers, a facilidade da aprendizagem significativa repousa em certas qualidades de atitude que existem no relacionamento pessoal entre o facilitador e o estudante. Alguns aspectos importantes da ação do facilitador de aprendizagem: a) A autenticidade: É uma qualidade que pode ser desenvolvida e que conquista o respeito dos educandos. b) A compreensão empática: É necessário que o facilitador deixe o julgamento de lado e compreenda o educando. c) O apreço, a aceitação e a confiança: Isto significa ter carinho pelo estudante, considerar suas ações e reações, aceitá-lo como pessoa real. Para Rogers, se o professor e o aluno são corresponsáveis pela aprendizagem, não há necessidade de avaliação externa.
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