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A ESCOLA NO PENSAR NA PROPOSTA DE INCLUSÃO
 MOREIRA, Jussara Dos Santos RU 1393806
 BARCELOS, Carla Haas, Tutora
 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER POLO IJUÍ RS
Resumo
Este artigo objetiva abordar questionamentos da educação inclusiva partindo de referenciais no campo da sociologia, filosofia serão apresentados os conceitos de exclusão, segregação , integração e inclusão relacionando-os como a escola vem lidando com as pessoas portadoras de necessidades especiais. Ao refletir sobre esses aspectos buscamos compreender, repensar a efetivação da prática de inclusão na escola e demais espaços sociais, implicando um longo caminho na finalidade de minimizar atitudes discriminatórias e a importância de se respeitar as particularidades de cada individuo. Para que se efetive a educação inclusiva necessita-se de práticas e mudanças no âmbito escolar, na metodologia, currículo, avaliação e no espaço físico da escola, além da formação de profissionais que atuarão com estes alunos na sala comum para que desenvolvam o seu potencial.
Palavras-chave: educação inclusiva, diferenças individuais, direitos humanos.
INTRODUÇÃO
	Este texto tem como objetivo discutir se as escolas estão preparadas para receberem alunos portadores de necessidades especiais. A importância de abordar este tema se justifica pela criação da lei de inclusão ainda não ser uma realidade nas escolas públicas ou privadas do nosso país.
 	Existem registros históricos que revelam como pessoas portadoras de necessidades especiais eram tratadas antigamente, alguns exemplos parecem até mesmo inacreditáveis aplicados a seres humanos portadores de diferenças individuais.
 	Protestos de pensadores e profissionais ecoaram e repercutiram internacionalmente como uma necessidade do avanço das ciências sociais, da saúde e educação. Surgiu um amplo movimento em defesa dos direitos humanos opondo-se definitivamente à mentalidade da época. 
.Durante muito tempo, o processo de escolarização era privilégio de poucos, muitos eram deixados de fora dos ambientes sociais e impedidos de frequentarem espaços escolares.
 Este artigo utilizará como metodologia pesquisa bibliográfica, on-line, uso de livros, artigos em revistas e leis que tratam da inclusão no Brasil.
 DESENVOLVIMENTO
 1-Nossas escolas estão preparadas para educação Inclusiva?
Partindo da premissa que a inclusão é um principio educativo para garantir a todos os estudantes acesso e permanência no total desenvolvimento acadêmico independente de suas deficiências ou necessidades especiais, temos primeiro que adotar políticas e estratégias educacionais que assegurem plena escolarização e desenvolvimento desses estudantes.
 A partir de referenciais históricos e filosóficos referentes escola e sua função social e a relação exclusão/inclusão, segregação/integração no contexto escola inclusiva e consolidação dos direitos humanos, lei nº 10.172,de 9 de janeiro de 2001 que aprova o Plano Nacional de educação e o capitulo 8 destinado a educação especial faremos uma reflexão como se apresentam nossas escolas na educação inclusiva 
 Estas discussões não são recentes, um exemplo claro são as legislações sendo ela a constituição brasileira de 1988 que assegura os direitos das pessoas com necessidades especiais educativas ( NEE ), o documento produzido na conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtien – Tailândia em 1990, a declaração de Salamanca, fruto da conferência Mundial de Educação Especial realizada na Espanha em 1994 e a lei de Diretrizes e Bases da Educação ( lei 9394/96).
No Brasil as pessoas com deficiência passaram a ter atendimento educacional a partir da criação do instituto dos meninos cegos em 1845, e do instituto surdos mudos em 1857 atuais INES. 	Posteriormente foi criado o instituto Pestalozzi onde as pessoas com deficiência mental eram atendidas e em 1945 fundou-se a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.
 É pertinente lembrar que o primeiro atendimento educacional especializado para pessoas superdotadas aconteceu na sociedade Pestalozzi.
 Concepções pós-renascentistas que fundamentaram a Escola Nova e transformações sociais da época começaram ter consciência que deficiência e doença mental não poderiam ser confundidas.
 Estudos e interesses de alguns médicos educadores foram marcos relevantes na educação das pessoas com deficiências.
 Voltando ao foco de escola inclusiva conheceremos os paradigmas que historicamente caminharam na busca de uma educação inclusiva tais como: a exclusão, segregação, integração, até chegarmos a inclusão
2-1 Exclusão
Ato de afastar, omitir, deixar de lado, ação ou resultado de excluir, eliminar, expulsar.
De acordo com Silva (2009), na idade média muitas pessoas com deficiência foram vitimas de perseguição, julgamento e execuções.
. 	Crianças nascidas com deficiências eram consideradas como monstros , imagens dessas pessoas eram associadas a forças demoníacas, atos de bruxaria e feitiçaria, pois a sociedade da época era dominada pela religião. Acreditava-se que o homem devia ser a “imagem e semelhança de Deus”, ou seja, perfeito.
 Muitos eram condenados à morte, não considerada educável, sem prontidão para a escola, deveria viver isolados.
2-2- Segregação
É o processo mediante o qual os indivíduos perdem o contato físico e social com outros indivíduos e grupos. Essa separação ou distância social e física é oriunda de fatores biológicos e sociais como raça, riqueza, religião, profissão, deficiência física, etc..
Nos tempos Medievais surgiram as primeiras atitudes piedosas com os portadores de deficiências, alguns nobres e algumas ordens religiosas fundaram hospícios, albergues construídos bem distantes das cidades e povoados(Silva2009), a estes era recusado o direito de educação, eram recusadas matriculas em escolas com alunos “ normais “ .
 Acreditavam que o melhor lugar para essas pessoas eram em escolas especializadas onde teriam um atendimento próprio às necessidades deles. 
Beyer (2006) cita também que além das escolas especiais serem vistas como espaços segregadores estas ainda hoje desempenham a função de “ depósito “de rejeitados, fracassados e deficientes, cujo desempenho não satisfaz a normatividade do currículo regular,(p.21), ainda tem a função de trabalharem com crianças onde o sistema regular não sabe ou não quer lidar.
 Fez-se necessário a construção de escolas, instituições e classes especiais com a finalidade de possibilitar acesso a educação à alunos portadores de necessidades especiais.
 Este período caracteriza o principio da integração, porém o aluno teve que adaptar-se a escola fugindo da proposta de inclusão no qual a escola deveria adequar-se nos padrões para atender as necessidades destes alunos.
 O programa de capacitação de recursos humanos do ensino Fundamental(1988), fala que a inserção destes alunos em salas regulares não foi o suficiente para garantir seus direitos a educação pois ainda eram discriminados por suas condições.
2-4 Integração
Ato ou efeito de integrar ou tornar inteiro. Integração é também sinônimo de assimilação e reunião.
 Muito frequente esse termo no campo pedagógico, mesmo nesta área pode ser usado em contextos distintos como acompanhamento de alunos com dificuldade de aprendizado em uma turma, adaptação do aluno na sua vida escolar.
 Um aluno bem integrado no contexto escolar (tanto no âmbito da aprendizagem como do relacionamento com seus colegas) terá melhores resultados.
 A integração é um assunto essencial nas instituições escolares que remetem ao desenvolvimento de atividades para sua pratica.
 Inserir o aluno com necessidades especiais não é garantia de integração é preciso oferecer-lhes condições de aprendizagem capazes de desenvolverem o individuo em contato com as demais crianças ditas normais.
 O processo de Integração no sistema regularde ensino teve como objetivo normalizar o individuo a nível físico, funcional e social, pressupondo a proximidade física a aceitação.
 Na década de 80 do século XX, com os trabalhos desenvolvidos foi reconhecido o ano de 1981 como ano Internacional do Deficiente e o direito de igualdades e oportunidades, integração à normalização de crianças e jovens deficientes e sua plena participação numa sociedade para todos que correspondeu à intervenção centrada na escola. Pedia-se a escola que respondesse a individualidade de cada aluno e as necessidades educativas especiais de cada um.
 Entendemos que na integração o preconceito continua porém dentro da escola.
2-5 INCLUSÃO
E o ato de incluir, acrescentar, ou seja, adicionar coisas ou pessoas em grupos e núcleos que antes não faziam parte, a inclusão representa um ato de igualdade entre os diferentes.
 Inclusão escolar consiste na ideia de todas as pessoas terem acesso de modo igualitário ao sistema de ensino. Não é tolerado nenhum tipo de discriminação seja de gênero, etnia, religião, classe social.
 A compreensão do processo de inclusão de alunos com deficiência e outras condições atípicas de desenvolvimento, nos leva a problematizar a maneira como as escolas e instituições de ensino estão preparadas. Fato que da maneira que se apresenta o espaço seja no aspecto arquitetônico, organização pedagógica são desfavoráveis à inclusão reforçando a exclusão.
 Temos acompanhado um grande número de politicas e iniciativas que visam atender os princípios da inclusão escolar de pessoas portadoras de necessidades especiais.
 No Brasil temos observado imenso esforço desde a década de 1990 para a ampliação de matrículas nas escolas públicas principio da universalização sem, contudo, instituir uma politica de qualidade nessas instituições para receber esses alunos.
 Apesar de toda e qualquer dificuldade, nada deve impedir que a inclusão aconteça, uma vez que a inclusão está prevista na nossa carta maior a Constituição, isto faz da inclusão um direito inalienável e como direito subjetivo poderá se constituir crime a escola que não receber alunos com necessidades especiais. 
Aceitar e respeitar as diferenças é uma dessas virtudes sem o que a escuta não se pode dar. Se discrimino o menino ou menina pobre, a menina ou menino negro, o menino índio, a menina rica, se discrimino a mulher, a camponesa, a operária, não posso evidentemente escuta-las e se não as escuto, não posso falar com eles, mas a eles, de cima para baixo. Sobretudo, me proíbo entendê-los. Se me sinto superior ao diferente, não importa quem seja , recuso-me escutá-lo ou escutá-la. O diferente não é o outro a merecer respeito é um isto ou aquilo, destratável ou desprezível. ( FREIRE,Paulo, 1996.p.136). 
3- CONCLUSÂO
Quanto as nossas escolas elas não estão mesmo preparadas para receber alunos com necessidades educativas especiais.
 É urgente o inicio de divulgação das leis no amparo das pessoas portadoras de necessidades especiais para de fato lutarem pelos seus direitos. 
Na carta Magna do Brasil no inciso III do artigo 208 estabelece que o atendimento especializado para pessoas com deficiências deve se dar preferencialmente na rede regular de ensino bem como define no artigo 205, a educação como direito de todos e no artigo 206,inciso I estabelece a igualdade de acesso e permanência na escola.
 Apesar da lei ser bem clara a situação de nossas escolas na realidade é bem diferente para o cumprimento das leis em prol desses alunos. Contradições entre lei e pratica submetem esses alunos a uma educação que não atende suas necessidades específicas e mais do que isso é dado meramente um atendimento educacional a essas pessoas como medida assistencialista. 
Paulo Freire nos fala da “pedagogia do inédito- viável “que buscamos no processo escolar, pensar na possibilidade de transformar algo não vivido mas muito sonhado tal qual Paulo Freire preconizava.
 Na pratica não encontramos aplicação das leis, uma coisa é o que está escrito( nas leis, convenções e declarações), outra é o que encontramos no cotidiano das escolas e salas de aula.
 As escolas seguem reproduzindo um sistema educacional conservador, ultrapassado e preconceituoso dando ênfase maior aos impedimentos do que o potencial do educando. Surgem argumentos: não temos dinheiro suficiente, não fomos preparados para tomar conta dessas crianças, não tenho especialização na área, as outras crianças serão prejudicadas, não temos um currículo flexível para esses alunos, ainda há os mais radicais não ganham para isso.
 De maneira alguma profissionais da educação devem assumir essa triste máxima e sim lembrar que tem o dever de lutar por uma diferente realidade, lutar por uma escola que ofereça as condições adequadas para que seja cumprido um direito garantido por lei aos estudantes que necessitam de um atendimento diferenciado por suas particularidades individuais.
“.” Temos o direito de ser iguais quando a diferença não inferioriza e direito de ser diferentes quando a igualdade nos caracteriza”. ( Santos).
 A escola não pode continuar ignorando os acontecimentos ( brasil, mundo), ela é um espelho da sociedade , e se a sociedade muda ela tem a obrigação de mudar. Se a sociedade somos todos, a escola é para todos.
 Diferenças culturais, sociais, étnicas e religiosas se fazem presentes por sermos um país de multiplicidade e estão presentes no dia a dia de nossas escolas que se encontram despreparadas para a educação inclusiva. A escola e o professor devem estar preparados para receber todo tipo de deficiências: visual, física, auditiva, autismo...
 
 
REFERENCIAS
SILVA, Maria Odete Emygdio Da. Da exclusão a Inclusão: concepções e praticas. Revista Lusófona de educação, 2009. 13.135-153. Disponível em :http://www.scielo acesso em 4 de abril de 2013
Declaração de Salamanca. Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais UNESCO. Salamanca, 1994
BRASIL, Constituição da república Federativa do Brasil, 1988 disponível em http://wwwdji.com.br/constituição acesso 07 de abril de 2013
BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola: de alunos com necessidades educacionais especiais. 2ª edição Porto Alegre Mediação 2006
BRASIL, Lei de diretrizes e Bases da Educação. Lei 9.394/96
Brasil, Plano Nacional de educação lei 10.172/2001
Freire, Paulo Pedagogia do Oprimido: São Paulo Paz e Terra 1978
Geral- Significados disponível em Http://google significados geral acesso 10 de Junho de 2018
Rodrigues, D educação e diferença: valores e praticas para uma educação inclusiva. Porto Portugal: porto Editora , 2001,p16
SANTOS, B. S. entrevista com o professor Boa ventura de Souza santos disponível em http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/boaventura/boaventura-e.html acesso em 27 de agosto 2005

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