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Aula_04

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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
Aula 4- As organizações modernas e hipermodernas 
Tema da Apresentação
As Organizações Modernas e Hipermodernas – aula 4
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
O foco desta aula é o lócus da atuação do pedagogo: a organização. As organizações serão analisadas em uma perspectiva crítica, buscando compreender as funções sociais desempenhadas por elas, isto é, o papel que elas cumprem na manutenção das relações de produção capitalistas.
Relações sociais de produção são, na perspectiva marxista, as relações que definem um modo de produção, considerado como a maneira que cada formação social se organiza para garantir a produção das suas necessidades materiais. 
INTRODUÇÃO
Tema da Apresentação
As Organizações Modernas e Hipermodernas – aula 4
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
O modo de produção capitalista é constituído por relações de produção que operam uma separação entre os proprietários dos meios de produção (os capitalistas ou burgueses) e os não proprietários destes meios: os trabalhadores. Estes últimos, como não têm as condições objetivas de realizar um trabalho, já que não têm os meios e os instrumentos para produzirem, são obrigados a vender sua força de trabalho (isto é, sua capacidade de trabalho) para os capitalistas em troca de um salário. A classe proprietária compra essa força de trabalho como uma mercadoria. 
O capitalismo é um modo de produção conflitante e contraditório, com a disputa e a luta entre estas duas classes fundamentais, já que para que a classe proprietária sobreviva, ela precisa explorar a classe trabalhadora através da extração da mais valia. A classe trabalhadora, por sua vez, para que possa viver com mais dignidade, busca ampliar seus salários, o que acaba por ferir os interesses de lucro da burguesia
INTRODUÇÃO
Tema da Apresentação
As Organizações Modernas e Hipermodernas – aula 4
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
INTRODUÇÃO 
A estrutura produtiva, a base material da sociedade, forma com a superestrutura uma totalidade. A superestrutura envolve, o conjunto da sociedade política e da sociedade civil (englobando a escola, a mídia, a família, etc) e busca assegurar, pela força e pelo consenso (difusão da ideologia), a manutenção da ordem capitalista, isto é, a reprodução das relações de produção. O Estado se organiza para manter essa ordem pela difusão da ideologia e pelo uso da violência. É a difusão da ideologia, isto é, de uma visão de mundo que atende aos interesses de dominação capitalista, que "naturaliza" as desigualdades e os modos de ser e atuar na sociedade capitalista, garantindo a adesão de todos à ordem instituída. O consenso em torno da ordem capitalista, via difusão da ideologia, corresponde à hegemonia burguesa.
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Vamos então analisar as organizações como instituições da sociedade civil que desempenham um papel na construção da hegemonia burguesa, relativo à transmissão da ideologia e à aceitação da ordem burguesa. 
 “A análise de qualquer instituição que não passe pelo nível ideológico é sempre incompleta, porque se limita ao imediatamente visível, quando geralmente o importante está naquilo que permanece oculto”. (MOTTA, 1992, p.47)
Assim, privilegiaremos o desvendamento da ideologia, destacando os aspectos organizacionais que normalmente permanecem ocultos nas análises tradicionais
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As Organizações Modernas e Hipermodernas – aula 4
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
Conteúdo Programático desta aula:
os diferentes conceitos de organização
caracterização das organizações modernas e hipermodernas
mediações realizadas pelas organizações modernas no paradigma Fordista
mediações realizadas pelas organizações hipermodernas no paradigma Flexível
Tema da Apresentação
As Organizações Modernas e Hipermodernas – aula 4
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
ORGANIZAÇÕES EM UMA PERSPECTIVA NÃO-CRÍTICA
CONCEITO: Organizações são formações sociais articuladas, com funções internas diferenciadas, que possuem fins e objetivos específicos, estando ordenadas racionalmente para atingir esses fins
CLASSIFICAÇÃO: realizada com base alguns critérios, tais como:
a) a natureza das organizações. São divididas em coercitivas (cujo elemento básico de relacionamento e controle dos membros é a coerção, como por exemplo as prisões), utilitárias (cujo meio de controle é a recompensa, como por exemplo as oficinas, os escritórios e as organizações de profissionais)
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As Organizações Modernas e Hipermodernas – aula 4
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES EM UMA PERSPECTIVA NÃO-CRÍTICA
b) relativos aos objetivos das organizações. Divididas em organizações de benefício mútuo (como sindicatos e partidos, onde os sócios são os principais beneficiários), firmas comerciais (bancos, lojas, seguradoras, onde os proprietários são os principais beneficiários), organizações de serviços (hospitais, escolas, onde o público atendido é o principal beneficiário), organizações para o bem-estar público (corpo de bombeiros, serviços militares, onde o público em geral é o beneficiário), etc. 
c) outros critérios são usuais, tais como o tamanho, a função das organizações na sociedade (econômica, religiosa, educacional, política), públicas ou privadas, etc
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As Organizações Modernas e Hipermodernas – aula 4
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
O ESTUDO DAS ORGANIZAÇÕES
As organizações são geralmente estudadas em sua estrutura interna, o que inclui a análise da existência de maior ou menor especialização entre seus membros, e a verificação dos níveis hierárquicos (isto é, do maior ou menor grau de poder que diferencia os trabalhadores). 
Em que pesem as diferentes aplicabilidades dessas análises, as organizações foram tradicionalmente estudadas pelas teorias da administração tomando por referência elas mesmas, isto é, sem relacioná-las ao ambiente externo no qual estão inseridas. Só mais tarde é que as teorias da Administração foram evoluindo em direção a uma concepção de organização menos fechada em si mesma
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
A ABORDAGEM CONTINGENCIAL
Nos anos 70, a Abordagem Contingencial destaca a adaptação das organizações diante das mudanças externas. A Teoria Contingencial tem como origem pesquisas feitas para verificar os modelos de organização mais eficazes. A pesquisa de Burns e Stalker visava conhecer a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo de 20 indústrias inglesas. Classificaram as empresas em dois tipos: mecanísticas (sistema mecânico, fechado e introspectivo, determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando o que ocorre no ambiente externo) e orgânicas (sistema vivo, aberto e complexo, extrovertido e voltado principalmente para interação com o ambiente externo).
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A ABORDAGEM CONTINGENCIAL
Concluíram que o sistema mecanístico era mais apropriado para condições ambientais estáveis, enquanto que o sistema orgânico se relacionava a condições ambientais de mudança. Haveria uma seleção natural, uma vez que as organizações mecanísticas, submetidas a condições ambientais de mudança, não sobreviveriam. Concluem então que o ambiente externo é que determina a estrutura e o comportamento das empresas. Que a estrutura de uma organização e o seu funcionamento são dependentes da sua relação com o ambiente externo. Diferentes ambientes exigiriam diferentes relações organizacionais, havendo um modelo próprio para cada situação. O formato organizacional seria contingencial em relação ao ambiente que rodeia a organização.
A Abordagem Contingencial muda o
olhar tradicionalmente desenvolvido pelas teorias da administração, deslocando o foco da gestão de dentro para fora da organização, trazendo como conseqüência uma ênfase no ambiente e nas necessidades do ambiente sobre a dinâmica das organizações. 
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CRÍTICA À ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES
Apesar dessa mudança de enfoque trazido pela Abordagem Contingencial, as organizações continuaram a ser analisadas sem tomar por referência as relações sociais que condicionam a realidade econômica e política na qual estão inseridas e da qual fazem parte. 
Considerar o ambiente como determinante da estrutura e do funcionamento das organizações não significa desenvolver um olhar mais crítico sobre as organizações e/ou sobre a realidade que as condiciona e as explica. Significa apenas ampliar uma já tradicional visão sistêmica sobre o processo, sem colocar no centro da análise as relações sociais e de poder mais amplas das quais as organizações são tributárias.
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
A visão tradicional, funcionalista, dominante em grande parte dos estudos organizacionais, é a que concebe as organizações como um conjunto de dados, objetivos e procedimentos do qual se busca conhecer as ligações, desenvolvendo uma visão integradora e não conflituosa da organização, tem sido bastante criticada. 
No fim dos anos 60 ganha corpo a análise crítica das organizações, trazendo para o campo da teoria das organizações a discussão de temáticas não tratadas anteriormente, tais como: as relações de poder dentro e fora das organizações, as questões ligadas à ideologia e a análise dos sistemas simbólicos. Vários autores passam a contestar a formação tecnicista dada pelos administradores e a visão limitada do indivíduo e da própria organização que predominava nas teorias funcionalistas, lançando novas linhas de estudos no universo organizacional.
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
Pagès, Boneti, Gaujelac e Descendre realizaram no final dos anos 70 uma pesquisa para analisar como ocorrem os fenômenos de poder nas organizações. As organizações não são vistas como um sistema, seja ele aberto ou fechado ao meio ambiente. São vistas como um produto das contradições existentes na sociedade. 
A organização é produto do sistema social e se interpõe entre as contradições de classe, buscando evitar ou atenuar os conflitos sociais. Busca prevenir os conflitos existentes entre os interesses de trabalhadores e as finalidades da organização. Realiza mediações para impedir o surgimento dos conflitos internos entre os trabalhadores, evitando que eles se transformem em conflitos coletivos, criando um sistema orientado para a subordinação, para o enquadramento do indivíduo.
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VISÃO CRÍTICA DA ORGANIZAÇÃO
A organização atua de forma contraditória, pois, ao mesmo tempo em que ela precisa desenvolver as forças produtivas, isto é, um sistema de produção moderno com trabalhadores cooperadores e capazes, ela precisa garantir o controle e a subordinação das forças produtivas desses trabalhadores aos objetivos da empresa e do sistema capitalista. Entretanto, quanto mais a empresa desenvolve as forças produtivas, mais os trabalhadores se tornam capazes de lutar e se organizar contra a própria empresa e contra a dominação social e, por conseguinte, as empresas precisam desenvolver meios mais eficazes de controle e contenção. As organizações respondem, então, a esta dupla necessidade de desenvolvimento e de controle do sistema produtivo. 
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VISÃO CRÍTICA DA ORGANIZAÇÃO
A necessidade dupla de desenvolvimento e controle é resolvida pela empresas através da oferta de vantagens aos trabalhadores, que integram os indivíduos às organizações, fazendo com que eles aceitem as restrições e até mesmo os objetivos de exploração e dominação da empresa. Os privilégios concedidos atuam como uma forma de ocultar a contradição existente entre os objetivos da empresa, os objetivos do sistema capitalista (a dominação) e os interesses dos trabalhadores. Essa oposição de objetivos e interesses é ocultada pelos benefícios concedidos pela empresa, como forma de evitar o comportamento de resistência dos trabalhadores. Os dirigentes ocultam essa ação mediadora dos conflitos e, com base nesse ocultamento, é que fundamentam o seu poder. É exatamente porque essa ação mediadora dos conflitos fica oculta é que a organização pode ser apresentada como tendo uma ordem “natural”.
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VISÃO CRÍTICA DA ORGANIZAÇÃO
Historicamente o que se observou foi que quanto mais desenvolvidas as forças produtivas, isto é, quanto mais os trabalhadores forem qualificados e escolarizados, mais eles se tornaram capazes de se opor aos objetivos das empresas e da dominação capitalista, o que fez com que as organizações fossem ampliando os privilégios e vantagens oferecidas aos trabalhadores, como uma forma cada vez mais sofisticada de cooptação e controle, visando reforçar a dependência dos trabalhadores e destituir seu poder de organização e luta social.
A organização busca desenvolver políticas positivas de bem-estar dos trabalhadores, de satisfação dos clientes, não revelando que o que ela está querendo com isso é evitar os conflitos. A empresa moderna é a empresa da solicitude, do segredo e da manipulação. 
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QUESTÃO: Como as organizações têm realizado essas mediações no fordismo e no paradigma flexível? 
RESPOSTA
Pagés et al identificaram 2 tipos de organizações: as organizações modernas e as hipermodernas.
Essas organizações realizam mediações relativas aos domínios: 
econômico,
político,
ideológico 
psicológico 
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
ORGANIZAÇÕES MODERNAS - SISTEMA DE MEDIAÇÕES POUCO DESENVOLVIDO.
a) econômicas. Possuem relações de clientela clássicas. Não oferecem vantagens econômicas significativas aos trabalhadores. 
b) políticas. Desenvolvem um sistema decisório centralizado, centrado na figura do chefe, que exerce um papel autoritário, atuando como um soberano local e como intérprete das regras da organização.
c) ideológicas. Trabalhadores desqualificados. Não são, portanto, construídos mecanismos de controle interno. Estas organizações buscam apoio nos aparelhos ideológicos da sociedade global: a família, a escola, a religião, de modo a conformar as mentes e os corpos dos trabalhadores.
d) psicológicas. Organizações paternalistas: a dominação psicológica e o controle são exercidos efetivamente pelo chefe. O chefe é o objeto da identificação, da projeção e introjeção dos trabalhadores. É amado/detestado. É o alvo das relações de submissão e revolta.
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As transformações no perfil dos trabalhadores ocorridas depois dos anos 70 modificam as condições de luta social. Essa maior qualificação traz para os trabalhadores a possibilidade de questionamento dos fundamentos da dominação, de desvendamento das finalidades das organizações capitalistas e dos mecanismos por elas utilizados para docilização e cooptação dos trabalhadores. Para que esse tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com
as finalidades da organização, passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas mediações, pois fica mais difícil controlar os trabalhadores. Assim, as organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as mediações exercidas, de modo a manter os trabalhadores sob sua orientação.
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
ORGANIZAÇÕES HIPERMODERNAS - SISTEMA DE MEDIAÇÕES MUITO DESENVOLVIDO
a) mediações econômicas mais amplas. Salários mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, para que os trabalhadores aceitem o trabalho excessivo, os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista.
b) mediações políticas. Sistema decisório, de autonomia controlada, impessoal e distante, sobre o qual os trabalhadores não têm domínio. As organizações substituem as ordens e interdições por regras e princípios interiorizados, mais sutis e sofisticados, que os trabalhadores internalizam de modo não autoritário, reproduzindo-os sem muita reflexão.
c) mediações psicológicas. Dominação psicológica realizada a nível inconsciente e exercida de modo diferenciado. A organização torna-se uma máquina de prazer e de angústia. O trabalhador desenvolve uma dependência psicológica da organização. Uma dependência despersonalizada, que não é encarnada na figura da chefia, mas que tem como foco a própria estrutura organizacional. O trabalhador não se identifica com pessoas, mas com a empresa.
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ORGANIZAÇÕES HIPERMODERNAS - SISTEMA DE MEDIAÇÕES MUITO DESENVOLVIDO
d) mediações ideológicas. Em função da maior qualificação dos trabalhadores, a empresa não conta mais apenas com as instâncias produtoras de ideologia externas à instituição. Ela passa a produzir uma ideologia conformista, uma religião da empresa, na qual todos os trabalhadores devem acreditar e devem compartilhar e aderir.
Os empregados são permanentemente submetidos a uma evangelização representada pelos manuais, pelo treinamento, pelas regras que lhe são impostas, pela entrevista de avaliação, através da qual fornecem ao empregado os parâmetros e as diretrizes de comportamento reconhecidos pela organização, os quais ela espera que as pessoas cumpram com devoção. A fé na organização é praticamente uma religião cultuada todos os dias. 
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RESUMO DA AULA
O conceito de organização, a partir de duas importantes matrizes teóricas: a que é tributária das teorias da administração tradicionais e a marxista, de acordo com a qual as organizações são vistas como um produto das contradições existentes na sociedade e cumprem uma importante função: a prevenção dos conflitos. Os conflitos são evitados através de mediações econômicas, políticas, psicológicas e ideológicas, que contribuem para o enquadramento dos trabalhadores e para uma aceitação passiva do sistema capitalista e da ordem social. Para tanto, as organizações oferecem vantagens que integram os indivíduos às organizações, fazendo com que eles aceitem as restrições e até mesmo os objetivos de exploração e dominação da empresa. 
Constatamos que quanto mais os trabalhadores se qualificam, mais eles se opõem aos objetivos das empresas e à dominação capitalista. Assim, no paradigma flexível, as organizações foram ampliando as vantagens, como uma forma cada vez mais sofisticada de cooptação e controle, visando reforçar a dependência dos trabalhadores e destituir seu poder de organização e luta social.
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
PARA REFLEXÃO 
Compreender o modo como as organizações operam para manter a dominação capitalista é fundamental. Entender as funções sociais que as organizações exercem na sociedade capitalista, desvendar os mistérios que a ideologia encobre, é fundamental para o educador que busca atuar em uma perspectiva de transformação social. É fundamental para o pedagogo que assume uma postura crítica e que afirma constantemente seu compromisso com a democratização das relações e dos espaços sociais 
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