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REVISÃO COTOVELO, PUNHO E MÃO

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COTOVELO
01)- Defina epicondilite latera e medial, seus mecanismos traumáticos, músculos envolvidos e o tratamento fisioterapêutico.
Epicondilite lateral
Definição: Lesão crônica de repetição que acomete os tendões que se originam no epicôndilo lateral, podendo causar alterações de sua estrutura e degeneração 
Músculos envolvidos: extensor radial curto do carpo e extensor comum dos dedos 
Mecanismo traumático: trauma direto no epicôndilo lateral, movimentos repetitivos e uso excessivo dos extensores do punho e dedos. Movimentos excessivos de prono-supinação, biomecânica alterada, técnica errada.
Tratamento: Reduzir ou eliminar a sobrecarga que causa o problema, adequar a técnica, repouso, ultra som e laser para diminuir a inflamação e aumentar o colágeno, alongamento de punho, cinesioterapia ativa e cinesioterapia ativo resistida, mobilização neural, crioterapia. 
Epicondilite medial
Definição: Lesão crônica de repetição que acomete os tendões que se originam no epicôndilo medial, podendo causar alterações de sua estrutura e degeneração.
Musculos envolvidos: flexor radial do carpo, palmar longo e pronador redondo. 
Mecanismo traumático: trauma direto no epicôndilo lateral, movimentos repetitivos e uso excessivo dos extensores do punho e dedos. Movimentos excessivos de prono-supinação, biomecânica alterada, técnica errada.
Tratamento: Reduzir ou eliminar a sobrecarga que causa o problema, adequar a técnica, repouso, ultra som e laser para diminuir a inflamação e aumentar o colágeno, alongamento de punho, cinesioterapia ativa e cinesioterapia ativo resistida, mobilização neural, crioterapia. 
02)- Estabeleça a diferença da apresentação clínica e do tratamento entre a epicondilite medial e as lesões ligamentares mediais no cotovelo.
Em uma lesão ligamentar medial há presença de edema na região do ligamento lesado, não referindo dor no epicôndilo durante a contração para movimento do punho. Já na epicondilite medial não possui edema significante e refere dor no epicôndilo ao movimento do punho. 
No tratamento é de grande importância fortalecer os flexores do cotovelo, (bíceps), prevenindo uma extensão excessiva, que é o mecanismo de lesão da lesão do ligamento medial. 
03)- Estabeleça os princípios que devem ser observados na reabilitação pós fratura do cotovelo. 
A reabilitação precoce é benéfica para controle da inflamação, melhora da cicatrização, diminuição do edema e da dor, aumento da força e da amplitude de movimento. É importante que a reabilitação seja iniciada o mais precoce possível para os pacientes retornarem o quanto antes para suas atividades da vida diária e profissional. Em pacientes que possuem dores ao movimento no inicio do tratamento (fase aguda e subaguda) é importante não utilizar cinesioterapia passiva, utilizando apenas cinesioterapia ativa livre. Em estados crônicos ou em evolução do tratamento, se inicia exercícios ativos resistidos. 
04)- Defina Isquemia de Volkmann e sua relação com a fratura supracondiliana do úmero. 
Definição: isquemia aguda dos músculos do antebraço. É causada pela pressão na artéria braquial, possivelmente devido a um uso impróprio de um torniquete, uso impróprio de imobilização ou por síndrome compartimental. É mais comumente descrita na fratura supracondilar do úmero onde ela resulta em lesão/oclusão da artéria braquial.
Contratura isquêmica de Volkmann é uma contratura permanente de flexão da mão sobre o pulso, resultando em uma deformidade em forma de garra da mão e dos dedos.
O tratamento dessas fraturas com desvio, por redução fechada e gesso, tem sido relacionado a maior incidência de isquemia de Volkmann e desvio em varo. Optar por esse método, freqüentemente o cirurgião ortopedista se depara com um dilema, pois, se o cotovelo é fletido mais que 90º para manter a redução, a circulação pode comprometer-se. Em crianças este tipo de fratura é bem comum, é importante que não de mexa no braço da criança para que não haja oclusão da artéria braquial. 
PUNHO E MÃO
01)- Defina DeQuervain, músculos envolvidos, mecanismos de lesão e tratamento fisioterapêutico.
Definição: A tenossinovite estenosante De Quervain caracteriza-se por ser a inflamação da bainha do abdutor longo e extensor curto do polegar, no primeiro compartimento dorsal do punho, acometendo mais frequentemente as mulheres na faixa etária entre 30 e 50 anos.
Músculos envolvidos: abdutor longo e extensor curto do polegar
Mecanismo de lesão: movimento do punho associado a pinça do polegar; 
Fricção dos tendões contra o processo estiloide do rádio. 
Tratamento fisioterapêutico: repouso, crioterapia, massagem profunda na iminência tenar, alongamento do polegar e flexores do punho, mobilização articular de punho. Ultra som continuo (fases crônicas), cinesioterapia resistida. 
02)- Defina Dupuytrenn, músculos envolvidos, causas e tratamento fisioterapêutico.
Definição: doença fibro-proliferativa que acomete a fáscia palmar, caracterizando-se pela degeneração das fibras elásticas, espessamento e hialinização do feixe de fibras de colágeno dessa região, com formação de nódulos e contração.
Estruturas envolvidas: fáscia palmar.  Habitualmente, o dedo anelar é o primeiro a ser afetado, alcançando, por conseguinte, o mínimo e o médio.
Causas: Essa doença pode ser de causa hereditária, auto-imune, pode aparecer devido a um processo reumático ou até mesmo devido ao efeito colateral de algum medicamento, como por exemplo o Gadernal. Habitualmente ela é causada pelo movimento repetitivo de fechar a mão e os dedos, como ocorre ao fazer tricô, por exemplo
Tratamento fisioterapêutico: Nas sessões de fisioterapia podem-se utilizar recursos anti-inflamatórios como laser ou ultra-som por exemplo. Além disso é parte fundamental do tratamento a mobilização articular e a quebra de depósitos de cálcio no tendão, seja através de massagens ou com o uso de aparelhos.
03)- Estabeleça os parâmetros (princípios) avaliados para o tratamento de rupturas da mão (ex: quando iniciar movimentos passivos, ativo e resistido).
Pesquisas recentes mostraram que a movimentação estimula a cicatrização do tendão e evita a formação de aderências, melhorando a função final.
A regra da reabilitação é ter um equilíbrio entre não forçar o tendão excessivamente para evitar a ruptura da sutura e não imobilizar em demasia, evitando aderências.
Nesse período de reabilitação não se pode dobrar o dedo com força ou esticar o dedo fora da tala.
Durante as sessões de fisioterapia o ferimento será tratado com massagem da cicatriz com creme hidratante. Isso diminui o edema e o risco de possíveis aderências dos tecidos locais. Serão realizados exercícios para estimular a cicatrização do tendão e recuperar a mobilidade. Numa fase tardia serão feitos exercícios com ganho de força.
A cicatrização e a resistência completa do tendão ocorrem com oito semanas de sutura, e até esse período não de pode fazer qualquer movimento brusco. O resultado final, de potência e mobilidade, é observado com seis meses de evolução.
1 a 2 semanas: cinesioterapia passiva 
2 a 6 semanas: cinesioterapia ativa
6 a 8 semanas: ativo resistido com resistência leve 
8 a 12 semanas: exercícios ativos com maiores resistências.

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