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Teoria do Processo: Autonomia, Divergências e Princípios

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COMPLEXO DE ENSINO SUPERIOR DE SANTA CATARINA – CESUSC
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS DE FLORIANÓPOLIS
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: TEORIA DO PROCESSO (DIN31)
PROFESSOR: FELLIPE DE SOUZA FARINELLI MEDEIROS
ACADÊMICO: DIRNEI LEVANDOWSKI XAVIER
QUESTIONÁRIO 2
1. O direito processual possui autonomia diante do direito material? Explique abordando as três (primeiras) fases da teoria processual.
Não, simplesmente porque o direito processual não conseguiria alcançar a sua finalidade sem o direito natural, sem o processo também não existiria o direito, pois o direito não conseguiria alcançar os seus fins. Portanto, o direito processual e o direito tem uma relação muito íntima, uma relação circular, logo, um depende do outro para operar. Entretanto, existem algumas teorias processuais que adotam teorias diferentes, essas teorias são as seguintes: teoria unitária ou monista, defendida por Carnelutti, que reza sobre a impossibilidade do direito material resolver todas as situações conflituoso-litigiosas, necessitando do processo para complementar o comando abstrato previsto na norma jurídica. Portanto, os direitos subjetivos só surgem com a sentença do juiz, buscando, dentro desta perspectiva compor a lide. Já a teoria dualista sobre os ensinamentos de Chiovenda divide a norma jurídica em duas: 1ª) é a norma jurídica do direito material que de um caso concreto se subsumi a hipótese abstrata, criando direitos subjetivos e obrigações à 2ª) é a norma jurídica do direito processual que visa propiciar instrumentos para efetivar as normas jurídicas do direito material, não criando direitos e obrigações subjetivas, mas apenas realizando a sua pratica e 3ª) é a fase instrumentalista que é dotada de uma visão critica do direito processual, preocupando-se com o resultado que o processo gera na “vida real”.
2. Há divergência doutrinária quanto à unicidade da Teoria do Processo para o 
Processo Civil e para o Processo Penal. Qual a sua posição? Explique os argumentos que justificam sua opinião.
 Há algumas divergências doutrinarias referente à separação da teoria geral do processo civil e penal, a posição que me parece mais fundamentada é a que não é adepta a uma teoria geral, defendendo que ambas tem a mesma raiz, mas se diferenciam em alguns aspectos. Um exemplo seria que no processo penal não ocorre à possibilidade da Lide, que existe no Ceara civil, servindo como demais exemplos, a forma e a garantia de atuação do poder, a distribuição do ônus da prova, a defesa e revelia e a nulidade.
3. O que é jurisdição voluntária? Ela é propriamente jurisdição? Explique os argumentos que justificam sua resposta.
 É a atividade administrativa que o judiciário exerce para a tutela de direitos subjetivos, individuais em determinados negócios jurídicos. O CPC disciplina os procedimentos especiais de jurisdição voluntaria, usando de terminologias inteiramente adequadas a sua qualificação como função administrativa do judiciário. Ai se fala em procedimento, e em nenhum passo em processo. Não há referencia a ação, e sim a propagação. Os sujeitos do procedimento não tem o nome de partes, e sim de interessados (jusbrasil.com.br) . Os argumentos que justificam são: O objeto que é constitutivo > preventiva > voluntaria e/ou declaratória > repressora > contenciosa, e não há a possibilidade de substituição.
4. Qual a diferença entre princípios constitucionais (ou garantias constitucionais ou direitos fundamentais) do processo e os princípios gerais do processo?
Os princípios constitucionais do processo não podem ser suprimidos ou esquecidos, muitos deles são cláusulas pétreas, já os princípios gerais do processo, às vezes, podem ser suprimidos, por não terem o aspecto constitucional. 
5. Qual origem do due process of law? Qual o conteúdo de suas perspectivas formal e substantiva (substantive due process of law)?
 A origem do devido processo legal está intimamente ligado com a Magma Carta de 1215 de João Sem Terra, Inglaterra. No período anterior da implementação da Magma Carta foi aumentado os impostos cobrados dos vassalos, que originou inúmeros conflitos entre os nobres e o Rei, dentro destas insatisfações foi produzido a Magma Carta que defendia a propriedade dos Senhores Feudais, tudo sobre o viés dos costumes e proteção ao direito a terra. O aspecto formal esta ligado ao respeito ao contraditório e a ampla defesa, era imparcial, respeitando igualmente as partes, já o substantivo assegurava a isonomia (perseguindo a igualdade entre as partes), entretanto, não afastava a garantia ao direito de ação.
6. Qual o conteúdo do direito fundamental ao contraditório?
 Que é um processo sem investigação secreta, sem decisão surpresa e com a liminar só depois de ouvidas todas as partes envolvidas. 
7. Há processo em procedimentos administrativos? Há processo na arbitragem?
Sempre ocorrera processo quando tiver contraditório, segundo Enzo Fazzallari: “processo é o procedimento em contraditório”. Portanto, o processo é um instrumento da atuação da jurisdição, sempre sendo observadas as garantias constitucionais.
8. Como as ações podem ser classificadas quanto à carga de eficácia da sentença segundo a teoria quinaria? Explique cada uma das cargas de eficácia.
Declaratória (que retroage a data da ação); Constitutiva (modifica um direito); Condenatória (condena alguém a fazer alguma coisa); Mandamental (subespécie da condenatória); e Executiva Lato Senso (se auto executiva, não precisando de sentença).
9. Exponha, resumidamente, a evolução da teoria da ação, abordando o sincretismo, a teoria abstrata e a eclética.
A teoria da ação Imanentista considera a ação como o próprio direito material, Savigny era o principal defensor desta tese, posteriormente esta tese foi criticada pela teoria autônoma de Windscheid e Muther que estudava o direito Romano e trazia para a sua realidade, separando a ação do direito material. Entretanto, a Teoria Concreta concordava que a ação é diferente do direito, mas que eles dependeriam um do outro, posteriormente a Teoria Abstrata não estava se importando com o direito, só queria que o Estado há qualquer momento deixasse que qualquer ação poderia ser movida, separando o direito de ação (processo ao direito material). Já a Teoria Eclética é uma mistura das anteriores, sendo que, a ação é abstrata, mas tem condições para o exercício da ação, desde que, respeitado algumas características: a) A Possibilidade Jurídica do Pedido; b) O Interesse de Agir; c) Legitimidade. Contudo, sem estas características ocorreria uma carência de ação.

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