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Tecnologia de abate de equídeos Acadêmicas: Francine Daros e Mariana Rizzo Disciplina: Tecnologia de produtos de origem animal Universidade de Passo Fundo Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Curso de Medicina Veterinária Passo Fundo, Outubro de 2014 HISTÓRIA Na Europa, antes da idade média, caçavam cavalos selvagens para aproveitar carne e pele; Em 732 Papa Gregory III proibiu o consumo entre cristãos pois acreditava tratar-se de costumes pagãos; Judeus e islamitas também deixaram de consumir; Desde o início do século XIX o preconceito vem decrescendo. Hoje é consumida em diversos países, principalmente Suécia, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Alemanha, Europa Central, Suíça, França, Itália CARACTERÍSTICAS DA CARNE Sabor adocicado = quantidade de glicogênio (varia); Coloração vermelho escura a pardo avermelhada; Fibras finas e longas, consistência firme; Na Europa, crescente aceitação em salsicharias. Fonte: revistagloborural.globo.com Geralmente a carne equina não é destinada para consumo “in natura”; Os animais encaminhados para o abate são mais comumente animais de descarte, idosos ou doentes para a elaboração de derivados Fonte: www. curtindoojapao.com No Brasil ainda não há criações de cavalos exclusivos para o abate; Animais que foram criados para outra função; O aproveitamento desta carne não implica na mudança do objetivo de sua criação, mas constitui aproveitamento complementar da espécie Classe Água Albuminóides Graxas Hid.Carb. Cinzas Carne bovina gorda 56,2% 18,0% 25,0% - 0,8% Carne bovina magra 75,5% 20,5% 2,8% - 1,2% Carneeqüina 74,7% 21,5% 2,5% 0,3% 1,0% Rendimento médio de carcaça é 55%; Cortes de varejo semelhantes aos bovinos; Além do preconceito, fator econômico dificulta maior produção. Dados Maiores produtores de carne equina no ano de 2000: China: 165,6 mil toneladas; México: 78,9 mil toneladas; Cazaquistão: 57,9 mil toneladas Maiores exportadores de carne equina no ano de 2000: Bélgica: 28,9 mil toneladas; Argentina: 28,9 mil toneladas; Brasil: 15,4 mil toneladas; Produção no Brasil Produção e comercialização não é proibida, mas a lei é clara quanto a identificação do produto; O decreto 30691, que aprova o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA, estabelece no artigo 202: Art. 202 – “A carne de equídeos e produtos com ela elaborada, parcial ou totalmente, exigem declaração nos rótulos: ‘Carne de equídeo, ou preparado com Carne de Equídeos ou contém Carne de Equídeos.’’ Segundo o MAPA, há registros no SIF de quatro estabelecimentos que abatem equídeos, porém apenas dois estão em funcionamento; Maior parte da produção no Brasil é para exportação. Fluxograma de abate Insensibilização: Utiliza-se pistola de dardo cativo penetrante ou não penetrante, o ponto exato do golpe se localiza traçando-se uma linha imaginária da base da orelha até o olho oposto. Sangria: Realiza-se uma secção na região cervical próximo a entrada do peitoral do animal para que vários vasos sejam seccionados e assim a sangria sendo mais eficaz;. Esfola: O couro é removido através de um equipamento mecânico denominado rolete Desarticulação de Cabeça : A cabeça é destinada para o chuveiro, realiza-se a toalete removendo-se coágulos, gordura, sangue, resíduos em geral e é feita a inspeção detalhada desta Para exportação... Após o resfriamento, são retiradas da câmara, divididas em quartos, desossadas e acondicionadas em caixas de papelão com peso de 30 kg. As caixas fechadas são logo encaminhadas ao túnel de congelamento rápido, sob temperatura de -6° C, onde permanecem por 20 horas. Finalmente, vão para as câmaras de estocagem, onde ficam até o momento do embarque e de onde saem com temperatura em torno de -18° C. Para a exportação, a carne é classificada em dianteiro e traseiro . Todas as carcaças deverão passar pelo teste para Trichinella spiralis, Encefalomielite Infecciosa, Mioglobinúria, Mormo, Garrotilho, Tétano, Melanoma, Abscessos, Anemia Infecciosa Equina e Brucelose Fonte: www.studyblue.com Subprodutos e resíduos Os couros, depois de submetidos à salga por uns 60 dias, são vendidos no mercado interno ou exportados; As tripas são vendidas a fabricantes de lingüiça. Em muitos países da Europa, as tripas de cavalo são muito utilizadas na indústria de salsicharia. O intestino delgado, por sua firmeza e porosidade, é considerado como o envoltório ideal para embutidos de primeira qualidade; O intestino grosso, devidamente preparado, é usado como envoltório para mortadela. O tratamento é o mesmo feito nos intestinos de bovinos. O fígado, o sangue seco e algumas glândulas, são adquiridos por laboratórios fabricantes de medicamentos; As crinas são utilizadas por indústrias de escovas, pincéis e entretelas; Os ossos e os cascos, depois de moídos, são incorporados a adubos. Diferencial entre abate de bovinos e equinos No pré abate é feito o corte de crina e cauda em brete separado; A identificação convencional é feita na região do carpo em animais tordilhos e de pelagem branca; Na linha de inspeção do linfonodo pré escapular é feito o despaletamento; Não se faz a retirada do esôfago; É realizado rotineiramente o exame de Trichinella spiralis Obrigada! REFERÊNCIAS Carne de cavalo mesmo com polêmica frigorifico uruguaio investe na produção, disponível em http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI332983-18530,00, acesso em 07 de outubro de 2014. Os equinos como produtores de carne, disponível em http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/qualidade-da-carne. Acesso em 07 de outubro de 2014. Inspeção e tecnologia de produtos de origem animal, disponível em http://www.veterinariandocs.com.br/documentos/Arquivo/Inspe%C3%A7%C3%A3o-1/Inspe%C3%A7%C3%A3o%2003.pdf. Acesso em 10 de outubro de 2014.
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