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- PROBLEMA 06- Anatomia voltada para clínica, Moore, sessão 5 – membro inferior - Ortopedia princípios e práicas, Hebert. 2ª ed. Cap. 28 – Traumatologia, conceitos e princípios gerais - Netter ortopedia. Cap. 9 – Fraturas e politraumas em adultos; Cap. 12 - Reabilitação - Descrever a anatomia da articulação coxofemoral - conexão entre membro inferior e cíngulo do membro inferior - uma articulação sinovial esferoidea multiaxial for e estável - ou bola soquete - sendo o fêmur a esfera e o acetábulo a cavidade - é uma das articulações mais móveis do corpo humano (depois do ombro) - na posição de pé, recebe o peso de toda a parte superior do corpo através dos ossos do quadril - faces articulares - cabeça do fêmur forma 2/3 de uma esfera - possui toda sua superfície coberta por cartilagem articular, que é mais espessa nas áreas de sustentação de peso - exceto a fóvea da cabeça do fêmur - o acetábulo é uma cavidade esférica na face lateral do osso do quadril - a face semilunar do acetábulo é coberta por cartilagem articular - fatores que aumentam a estabilidade da articulação - músculos periarticulares: rotadores medial e lateral - ligamentos intrínsecos da articulação do quadril - iliofemoral, pubofemoral, isquifemoral - fibras paralelas unem fêmur e acetábulo na camada fibrosa - quando há rotação, as fibras se tornam mais oblíquas e aproximam as duas estruturas - o lábio do acetábulo é uma orla fibrocartilaginosa que aumenta em cerca de 10% a área articular - o ligamento transverso do acetábulo é uma continuação do lábio - mais da metade da cabeça do fêmur encaixa-se no acetábulo - fossa do acetábulo, uma parte não articular - possui paredes finas - as faces articulares acetábulo-fêmur se encaixam melhor na posição de quadrúpede - fletido 90°, abduzido a 5° e rodado lateralmente a 10° - apesar disso, é a articulação humana mais estável, graças também à arquitetura esferoide completa (profundidade) - à resistência da cápsula, e as fixações dos músculos - cápsula articular - possui uma camada fibrosa externa (cápsula fibrosa) - e uma membrana sinovial interna - na parte proximal, a camada fibrosa se insere na região do lábio do acetábulo - na parte distal, se fixa no colo do fêmur - partes espessas dessa cápsula formam os ligamentos da articulação do quadril - seguem trajeto em espiral da pelve até o fêmur - o espiral aumenta ainda mais no movimento de extensão, aproximando as duas estruturas - aumenta a estabilidade e limita o movimento a 10-20° em relação à posição vertical - a flexão retifica mais os ligamentos e fibras espiraladas - permite considerável flexão da articulação do quadril - ligamentos: (1) ligamento Iliofemoral - anterior e superiormente; possui forma de Y; fixações: espinha ilíaca anteroinferior e ao limbo do acetábulo – linha intertrocantérica - considerado o ligamento mais forte do corpo - impede a hiperextensão (2) ligamento pubofemoral - anterior e inferiormente - fixações: crista obturatória do púbis, segue lateral e inferiormente e se une à camada fibrosa da cápsula articular - une-se à parte medial do ligamento iliofemoral - impede abdução excessiva (3) ligamento isquiofemoral - posteriormente - fixações: parte isquiática do limbo do acetábulo – base do trocânter maior - o mais fraco dos três ligamentos - a força dos ligamentos faz relação com a musculatura - anteriormente onde os músculos flexores estão em menor número e são mais fracos, os ligamentos são mais robustos - posteriormente onde os músculos rotadores mediais são abundantes e fortes, os ligamentos são mais fracos - a camada sinovial reveste internamente toda a camada fibrosa - assim como as superfícies ósseas intracapsulares - ligamento da cabeça do fêmur - basicamente uma prega sinovial que conduz um vaso sanguíneo - é fraco e tem pouca importância no fortalecimento da articulação - um corpo adiposo preenche parte da fossa do acetábulo não ocupada pelo ligamento da cabeça do fêmur - movimentos da articulação do quadril - flexão-extensão - abdução-adução - rotação medial-lateral - circundução - principais músculos - iliopsoas: flexão - adutor magno: adução, flexão e extensão - pectíneo, grácil + os 3 adutores: flexão e adução - glúteos médio e mínimo: abdução e rotação medial - glúteo máximo: extensão e rotação lateral - vascularização - artérias circunflexas femorais mediais e laterais - geralmente ramos da artéria femoral profunda (as vezes ramos da artéria femoral) - ramo acetabular da artéria obturatória (atravessa o ligamento da cabeça do fêmur) - artérias retinaculares: são as principais para a articulação do quadril - ramos das artérias femorais circunflexas - inervação - lei de hilton: nervos que inervam músculos de uma articulação e para isso a transpõem, também inervam a articulação - face anterior da articulação: nervo femoral (devido músculos anteriores) - face inferior da articulação: nervo obturatório (devido músculo obturatório externo) - face posterior da articulação: nervo do músculo quadrado femoral - face superior da articulação: nervo glúteo superior - rádio - osso lateral do antebraço - mais curto do antebraço - articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo e a ulna - tem uma epífise e duas diáfises - epífise distal: - incisura ulnar: face articular para ulna - incisura cárpica: côncava, lisa e articula-se com osso escafoide e semilunar - processo estiloide: projeção cônica - Conhecer a classificação de fraturas dos ossos longos - fratura representa a perda da capacidade do osso de transmitir a carga - devido perda da integridade estrutural - classificação - diversas bases para classificação - considerando agente, mecanismo, integridade do revestimento cutâneo, desvios presentes as características do traço de fratura - o aspecto radiográfico permite supor com razoável precisão: - o mecanismo do trauma em função da localização - a direção do traço - a quantidade de fragmentos - desvios - do ponto de vista do exame físico é indispensável analisar as condições das partes moles - verificando se a fratura é exposta (aberta) ou fechada - uma fratura exposta possui foco comunicante com o meio exterior; logo maior risco de contaminação - mesmo em fraturas fechadas, contusões, necroses, desluvamentos... tecidos moles são importantes e importam para decisão do tratamento - avaliação de lesões nervosas e vasculares - Classificação de AO - desenvolveu uma linguagem universal - classificação baseada em sistema alfanumérico - as lesões podem ser graduadas pela gravidade crescente e, consequentemente, maior dificuldade de tratamento - podem ser simples ou multifragmentares (cominutiva) - as simples possuem traço único – helicoidais, oblíquas, transversas - as cominutivas possuem 3 ou mais fragementos - cada osso longo é dividido em 3 partes - extremidade proximal e distal e diáfise - fraturas de extremidades em ossos longos são classificadas em: - extra-articulares (não há traço de fratura intra-articular) - articulares parciais (parte da região articular em continuidade com a diáfise) - articulares totais (nenhuma parte articular em continuidade com a diáfise) - Conhecer a abordagem ao paciente com fratura de ossos longos - avaliação - a avaliação do paciente se inicia com a história e o exame físico - a história do evento - se uma queda de berço, um acidenterelacionado a um deslizamento, um atropelamento - o tempo decorrido desde a lesão - pode influenciar no risco de infecções ou outras complicações (sobretudo se fratura exposta) - queixas adicionais de áreas dolorosas - sobretudo se o paciente sofreu trauma por mecanismos de alto impacto - informações sobre condições que podem influenciar no tratamento - diabetes, exposição a doenças infecciosas, cardiopatias, uso de medicamentos, alergias, tabagismo, complicações em cirurgias ou anestesias prévias - o exame físico deve incluir inspeção, palpação, teste de amplitude de movimentos - deve-se observar edemas, áreas sensíveis, equimoses, crepitações e instabilidades - registrar presença de qualquer assimetria entre pulsos e enchimento capilar - palpar compartimentos de tecidos moles para possíveis síndromes compartimentais - testes neurológicos motores e sensitivos das raízes nervosas ou nervos periféricos possivelmente lesados - feridas abertas devem ser registradas com localização, tamanho e natureza - as radiografias dos locais suspeitos devem incluir incidências ântero-posterior e perfil de boa qualidade - demonstrando a articulação acima e abaixo da fratura suspeira - incidências adicionais podem ser obtidas dependendo da lesão específica - a descrição de uma fratura inclui sua localização, seu padrão, presença ou não de desvio e angulação - a localização pode ser diafisária, metafisária ou intra-articular - as fraturas diafisárias ainda podem ser proximais, de terço médio ou distais - os padrões de fratura são transversa, oblíqua curta, oblíqua longa, espiral, cominutiva ou segmentar - o desvio e a angulação vão de acordo com a porção distal em relação com a porção proximal - padrões de desvio incluem sem desvio, desvio mínimo, translocação coronal ou sagital, rotação e/ou encurtamento - a angulação no plano coronal é descrita por varo (em direção à linha mé- dia) ou valgo (afastando-se da linha média) Classificação universal AO/ASSIF bastante completa e útil para documentação, porém muito difícil de memorizar. - 3 grupos básicos (A, B e C) com mais 3 divisões de grupo básico (grupos principais) e mais 3 subdivisões de cada grupo principal (subgrupos) - Extra-articularesQuadro clínico – rádio distal - paciente deve ser avaliado quanto a idade, dominância, ocupação, tipo de atividade, grau de energia que ocasionou a fratura e condição clínica geral - a avaliação inicial deve determinar se: fratura aberta ou fechada, comprometimento neurovascular e grau de deslocamento dos fragementos - o quadro clínico é semelhante em qualquer fratura: - dor intensa na região distal do antebraço - deformidade anatômica visível, aspecto “em dorso de garfo” - desvio radial do punho - deve-se procurar alterações neurológicas por compressão do nervo mediano - Tipo I: estável, sem desvio - Tipo II: instável, com desvio (A) reduzida estável (B) reduzida instável (C) irredutível - Intra-articulares - Tipo III: estável, sem desvio - Tipo IV: instável, com desvio (A) reduzida estável (B) reduzida instável (C) irredutível (D) complexa - avaliação radiográfica - é evidente nas incidências convencionais PA e perfil - deve-se observar: inclinação palmar e ulnar, comprimento do rádio, deslocamento lateral ou medial, congruência articular e cominuição - examinar a continuidade da superfície articular dos ossos do carpo e o espaço entre eles - Fêmur - fraturas de colo de fêmur intracapsular e extracapsulares da região trocantéricaPredominante em idosos. Comorbidades associadas (DM, HAS, etc); alta mortalidade e incapacidade; cerca de 1/3 apenas recupera sua condição funcional prévia - quadro clínico - dor no quadril após ocorrência de trauma simples - impotência funcional impedindo a locomoção - membro encurtado e em rotação lateral - os graus de encurtamento e rotação variam de acordo com o nível da fratura - as radiografias são essenciais para o diagnóstico - há situações de fraturas ocultas na radiografia simples, requerendo outros métodos de imagem (TC ou RM, em especial) - observado em 2-9% dos casos - o tratamento dessas fraturas é cirúrgico na maioria das vezes - raras exceções se trata de forma conservadora - Conhecer as complicações - muitos fatores podem interferir na consolidação e retardá-la ou mesmo impedi-la - infecção, afastamento de fragmentos, interposição de tecidos moles, imobilização insuficiente (inadequada ou por tempo incorreto) e outras - ou seja, ocorrem devido instabilidade ou vascularização insuficiente (1) Vascularização insuficiente - comprometimento de circulação óssea adequada e dos tecidos moles regionais - ocorre por fraturas expostas, lesão extensa de tecidos moles, manipulações repetidas, infecções (2) Instabilidade - a incapacidade do organismo e/ou do tratamento de superar a instabilidade inerente à fratura - há três complicações importantes no processo de consolidação - o retardo de consolidação (ou atraso na consolidação) - a pseudoartrose (ou não união ou falta de consolidação) - a consolidação viciosa (com defeito anatômico – desvios e/ou encurtamento) - retardo de consolidação - evolução mais lenta do processo - deve-se tolerar um certo retardo, mas a média de tempo é entre 4-8 semanas - na avaliação clínica, observa-se estabilização progressiva, mas não completa com o passar do tempo - dor no foco da fratura aos movimentos - certo aumento de volume - aumento de temperatura local - radiográfico - não presença de evolução do calo - calo indireto não apresenta sinais de regularização (maturação, uniformização) - o tratamento básico é melhorar a estabilidade - imobilização externa ou osteossíntese (intervenção cirúrgica - pseudoartrose - é ausência de consolidação - é uma parada no processo progressivo de estabilização e consolidação - ao exame clínico há pouca ou nenhuma dor, mas impossibilidade de uso normal do membro - doente não confia no membro - radiográfico - não há evolução para consolidação, não se consegue reestabelecer continuidade - considera-se pseudo-artrose uma fratura não consolidada após 8 meses de tratamento adequado - embora alguns casos já possam dar indícios desta condição desde as primeiras semanas de tratamento - a causa fundamental é uma instabilidade maior do que a capacidade da natureza de neutralizá-la - em alguns casos, pode haver componente vascular associado - o tratamento é possibilitar estabilidade necessária e suficiente, oferecer aporte biológico (enxerto ósseo), remoção de material necrótico, quando necessário - consolidação viciosa - cura de uma fratura com deformidade anatômica - pode ser encurtamento e/ou desvios angulares ou rotacionais - normalmente o tratamento incruento muitas vezes resulta em pequenos desvios e encurtamentos - entretanto, há casos incompatíveis com uma função normal - podendo gerar sobrecarga articular e até facilitar a osteoartrite - o tratamento se dá quando intefere a função, para prevenir a osteoartrite e/ou por motivos estéticos - Conhecer o processo de remodelação óssea associado à consolidação de fraturas - é um processo biológico complexo, geralmente confiável, que leva a uma regeneração completa do tecido ósseo - em vez de formar tecido cicatricial, forma o próprio tecido ósseo- a consolidação requer tecidos vivos, bem vascularizados - envolve processo sequencial com envolvimento de grandes números celulares e sinais biológicos - o processo pode ser dividido em quatro estágios (1) inflamação (2) calo fibroso (3) calo ósseo (4) remodelação - inflamação - logo após a lesão e é caracterizada por dor, calor, sensibilidade local, instabilidade e, as vezes, febre - o sangramento gera um “hematoma de fratura”, liberação de citocinas, formação de coágulo e migração de células inflamatórias - fibroblastos, células mesenquimais e células osteoprogenitoras chegam logo depois - o baixo pO2 no ambiente gera angiogênese - calo fibroso - período de revascularização elevada - reabsorção de extremidades necróticas - desenvolvimento de um calo fibrocartilagíneo que circunda a fratura - o calo alarga e enrijece progressivamente - chegando ao ponto em que as extremidades não se movem mais livremente - calo ósseo - envolve a calcificação da fibrocartilagem e sua conversão para osso cortical - nesse processo há quantidades variáveis de ossificação endocondral (conversão cartilagem-osso) e intramembranosa (deposição direta) - as proporções de cada uma variam com o grau de desvio da fratura e o tipo de fixação utilizada - remodelação - pode durar meses ou anos - envolve a conversão do osso cortical (fraco) em osso lamelar (resistente) - processo envolve sincronização de osteoblastos e osteoclastosÁreas bem fixadas (compressão) podem ossificar, sem formação de calo significativo, através de ossificação intramembranosa e remodelação - organizam-se em “cilindros” que se movem através do osso cortical - reconstruindo os sistemas haversianos e osso lamelar - a remodelação também depende de forças biomecânicas - depositando mais osso em áreas de maior estresse (lei de Wolf) - Conhecer o tratamento clínico, cirúrgico e de reabilitação para pacientes com fraturas de ossos longos - fraturas não desviadas ou com pequenos desvios não requerem redução - são imobilizadas externamente por dispositivos (aparelhos gessados, talas) - visando conforto e proteção - a fixação interna ou externa pode ser necessária em locais de difícil imobilização e/ou que apresentem um risco de desvio - como fraturas de colo de fêmur - a redução significa realinhar os fragmentos ósseos (colocar no lugar) - pode ser realizada por meios fechados (manipulação da extremidade) ou por técnicas cirúrgicas - a redução anatômica restaura a lesão deixando-a exatamente como antes - como as feitas em lesões articulares, as quais requer alinhamento perfeito - já em outras fraturas, a redução anatômica não é necessária, como em fraturas diafisárias de ossos longos - exigem apenas uma redução aproximada do comprimento, rotação e alinhamento razoável - depois da redução, é necessário que haja alguma forma de imobilização - pensando no conforto e evitando novos desvios - ex: após uma fratura com redução fechada, faz uma imobilização gessada, tala - ou outra imobilização que incorpore a articulação acima e abaixo da fratura - tração esquelética pode proporcionar imobilização temporária - efeitos deletérios devido longos períodos de repouso ao leito - raramente usada nos dias atuais no tratamento de fraturas de adultos - fixadores externos possuem pinos ou fios que são inseridos através do osso - são conectados à amarrações externas - mais utilizadas quando existem lesões nos tecido moles - ou em fraturas que não precisam de fixação interna, mas maior firmeza que o gesso - incluem placas e parafusos, hastes intramedulares, pinos, fios, grampos, suturas - proteção e reabilitação - o osso deve ser protegido de deformações excessivas durante a consolidação - fraturas estáveis permitem certa transmissão de carga - permitindo certa carga precoce em sobre o gesso ou após fixação interna - os padrões instáveis não transmitem carga e devem ser ainda mais protegidos - os objetivos da reabilitação são: - retorno de um completo arco de movimento articular - manutenção da força e da resistência muscular - retorno do paciente a uma atividade próxima ao nível pré-fratura - rigidez articular e atrofia muscular ocorrem depois das imobilizações - grau de rigidez e atrofia relacionado à severidade da lesão e ao tempo de imobilização - cirurgia das fraturas - indicações: - limitar ou controlar hemorragias potencialmente letais - como nas fraturas de pelve - restaurar vascularização ou inervação de um membro - prevenir infecções - prevenir complicações sérias relacionadas às imobilizações - como SARA ou rigidez articular severa - para manter uma redução adequada - quando não se consegue através de redução fechada - para permitir a consolidação de certas fraturas com alto índice de pseudo-artrose - para facilitar cuidados pessoais - como em fratura bilateral de úmero - para permitir consolidação mais rápida, melhor e menos complicada - benefícios devem ser pesados com os riscos de complicações - como complicações anestésicas - pacientes com osteoporose, diabetes, doenças vasculares, desnutrição, tem limitações e maior risco de complicações - reabilitação - reabilitação bem sucedida significa que o paciente recebeu meios físicos e psicológicos para a restauração máxima da função - a reabilitação de lesões musculoesqueléticas demanda mais tempo que a redução e a fixação de fraturas - para maioria dos pacientes não é necessário equipamentos caros ou sessões prolongadasEntendendo que existem métodos cirúrgicos que reabilitam parcialmente, como a transferência de tendões - métodos não-cirúrgicos - Restaurando a mobilidade articular - rigidez articular secundária à imobilização mecânica - requer alongamento de tecidos moles contraídos - mais difícil em lesão intra-articular, imobilização prolongada ou artrite preexistente - movimentos podem ser ativos, passivos ou ativos assistidos - ativos envolvem movimentos sob controle direto do paciente - fortalecimento muscular é o principal objetivo destes - amplitude de movimentos também pode ser melhorada - nos movimentos passivos, um fisioterapeuta, um familiar ou mesmo o paciente movimentam a articulação - pode ocorrer lesão se força de manipulação exceder a força dos tecidos - logo a força deve aumentar gradativamente - nos ativos assistidos há combinação de contração muscular com movimento assistido da articulação - úteis principalmente nas fases iniciais de tratamento, quando movimentos são limitados e músculos fracos para completar amplitude total - fortalecimento muscular - exercícios podem ser isométricos, isotônicos e isocinéticos - isométrico envolve contração do músculo sem movimentar a articulação - útil em fases iniciais quando a movimentação da articulação é dolorosa e limitada - isotônico é a elevação de pesos padrão - a carga não muda, mas a resistência muscular, ou força mudam continuamente - conforme a articulação mexe o efeito roldana e a eficiência do músculo alteram - isocinético requer equipamento especial - incorpora sistema hidráulico para manter uma velocidade constante contra a resistência - permite contração máxima do músculo - deve ser o método mais eficaz de fortalecimento - entretanto, o resultado final é semelhante entre isocinética e isotônica - questiona-se os custos - de forma geral, após lesão, pacientes devem começar exercícios isométricos e isotônicos de baixa resistência - modalidades terapêuticas - técnicas de fisioterapia - inclui calor, frio, água, estimulação elétrica - efeitos psicológicos difíceis de diferenciar de efeitos biológicos - arecuperação dos movimentos e força devem ser objetivo primário - entretanto, como essas modalidades podem melhorar o processo e reduzir a dor, podem permitir melhor avanço terapêutico - mais úteis nas fases iniciais de recuperação - crioterapia - método tradicional de reduzir edema imediatamente após entorse ou luxação - também pode ser útil redução da dor nas fases iniciais da reabilitação - reduz a dor provavelmente por agir reduzindo a estimulação (teoria do portão da dor) - cuidado com lesões dermatológicas, condições imonológicas exacerbadas com o frio e extremidades sem sensibilidade - termoterapia - calor causa analgesia, hiperemia, hipertermia local e reduz tono muscular - mecanismo de analgesia desconhecido - aumenta fluxo sanguíneo para a pele e tecido subcutâneo - entretanto a aplicação em tecidos profundos não é confiável pois o fluxo sanguíneo depende de fatores metabólicos dentro do músculo - se aplicado antes do exercício pode facilitar o alongamento de articulações rígidas localizadas superficialmente - contraindicações incluem sensibilidade reduzida, insuficiência vascular, trauma agudo, desordens hemorrágicas, neoplasia e doença cardíaca significativa - banhos de contraste - podem ser utilizados no alívio da dor, sobretudo em condições de edema acentuado - 30s em água fria e 30s em água morna (tão fria e quente quanto tolerável) - em ciclos de 5 minutos com última imersão feita em água fria - diatermia - ultrassonografia e ondas curtas - produz calor profundo - faz alongamento dos tecidos de colágeno, permitindo alongamento de tecidos contraídos - nos músculos tem efeito indireto, pois aumenta fluxo sanguíneo - se o tratamento danificar os tecidos pode estar afetando o fluxo sanguíneo de maneira adversa - ondas curtas aquece tecidos mais profundos usando ondas de rádio - não existe documentação de sua eficácia comparada com modalidades mais simples - contraindicações incluem uso na virilha ou próximo a medula pós laminectomia - diabetes, problemas cardíacos, tromboflebite, trauma agudo (hemorragia pode ser agravada) - estimulação elétrica - não comprovada - quando a contração voluntária está inibida a estimulação elétrica pode ser útil nas fases iniciais de tratamento - dispositivos ortóticos -
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