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placas interoclusais

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DISPOSITIVOS INTEROCLUSAIS – TIPOS E INDICAÇÃO
Em 1901 surgiram as primeiras placas interoclusais que tinham como objetivo tratar pacientes com bruxismo. Na década de 1920, a perda de dimensão vertical era tida como principal problema articular. Para o tratamento utilizava-se um dispositivo apenas nos dentes posteriores, com o uso, percebeu-se uma intrusão dos dentes, o que agravava muito mais o problema. Em 1960 criou-se uma placa lisa, com desoclusão lateral e protrusiva pelos caninos – conhecida como placa de Michigan.
O dispositivo interoclusal, também conhecido como placa oclusal, placa de mordida, placa noturna, placa de bruxismo, “splint” oclusal, placa estabilizadora, que é a mais utilizada.
É um dispositivo removível, frequentemente construído de resina acrílica rígida, que se ajusta sobre a superfície oclusal e incisal dos dentes no arco, buscando contatos oclusais estáveis com os dentes do arco oposto. Apresenta baixo custo e atinge um elevado índice de sucesso.
FUNÇÃO: Atua promovendo uma função articular balanceada, protegendo os dentes de desgastes e mobilidade, relaxando músculos da mastigação, redistribuindo as forças aplicadas à mandíbula, melhorando a função da ATM controlando assim o bruxismo, disfunções e dores nas articulações e músculos da mastigação. 
Além disso, quando corretamente fabricado, o dispositivo interoclusal, permite um assentamento do côndilo na posição de relação cêntrica.
De acordo com Clark (1984), as placas oclusais possuem a finalidade de estabilizar e melhorar a função da articulação temporomandibular (ATM), reduzir a atividade muscular anormal e proteger os dentes de sobrecargas.
ESQUEMA: Os dispositivos interoclusais promovem a estabilidade dos componentes articulares, levando a uma oclusão funcional adequada e garantindo uma reorganização das atividade neuromusculares que culminam na redução de atividade anormal e garantindo uma função equilibrada.
Tipos de Aparelhos Oclusais
Quanto ao material, podem ser rígidos ou resilientes (elásticos). Os primeiros são geralmente confeccionados em resina acrílica, porém existem também os metálicos. Dentre os materiais resilientes, destaca-se o silicone. 
Em relação ao desenho, podem diferir em muitos aspectos como espessura, extensão da cobertura oclusal e configuração horizontal.
De acordo com o tipo de ação, os aparelhos classificam-se em reposicionadores e estabilizadores. 
Em relação ao tipo de material, encontram-se aparelhos de acrílico autopolimerizável, acrílico termopolimerizável, acrílicos resilientes e silicone. 
Quanto ao método de confecção, destacam-se a técnica direta (na boca, a partir de uma placa de acetato), as técnicas indiretas (encerada e prensada em laboratório) e pré-fabricadas. 
Baseado na cobertura oclusal, os aparelhos podem ser de cobertura parcial com contatos apenas nos dentes anteriores (Jig, Front-platteau), de cobertura parcial com contatos apenas nos dentes posteriores (placa de Gelb) e de cobertura total envolvendo todos os dentes do arco.
Okeson (2000) classificou-os em: aparelhos de estabilização, de reposicionamento e de relaxamento. Os dois primeiros são os mais importantes e comumente usados no tratamento das DTM. 
Aparelho de Estabilização
Também conhecidos como placas miorrelaxantes ou placa de Michigan.
Quando a placa está em posição, os côndilos se acham em sua posição musculoesquelética mais estável, ao mesmo tempo em que os dentes estão contatando bilateral e simultaneamente. 
O objetivo do tratamento com aparelho de estabilização é eliminar qualquer instabilidade ortopédica entre a posição oclusal e a posição da articulação, excluindo, portanto, essa instabilidade como fator etiológico da DTM (Okeson,2000). 
Os aparelhos oclusais podem trazer resultados positivos no tratamento de bruxismo, disfunções musculares e articulares, trauma de oclusão, dores de cabeça de origem muscular, dores mio-faciais e algumas formas de artrites, principalmente artrite traumática. 
Ainda segundo esses autores, pacientes com bruxismo possuem um elevado grau de hiperatividade muscular, e uma das formas de tratamento para essa desordem, quando o fator etiológico for oclusal, é a colocação do aparelho oclusal seguida de ajuste oclusal no sentido de harmonizar os componentes articular, neuromuscular e dental. 
Essa hiperatividade pode ser causada por estresse emocional, dor de dente e de outras estruturas bucais, dores de cabeça ou por interferências e contatos prematuros dos dentes.
É ajustado para se obter contatos múltiplos, simultâneos e estáveis com os dentes antagonistas e com uma guia nos dentes anteriores que permite a desoclusão dos dentes posteriores nos movimentos excursivos (aparelho de Michigan. 
Aparelho de Reposicionamento Anterior
É uma placa interoclusal que possui rampa guia utilizada para propiciar à mandíbula assumir uma posição mais anterior do que a posição de intercuspidação.
Seu objetivo é promover um relacionamento côndilo-disco melhor na fossa de tal forma que os tecidos tenham uma oportunidade maior de adaptação e reparo.
 O objetivo do tratamento não é alterar a posição mandibular permanentemente, mas sim mudar essa posição temporariamente para permitir uma adaptação dos tecidos retrodiscais. 
É usado principalmente para tratar as desordens de desarranjo no disco articular, especialmente o deslocamento de disco com redução como pacientes com sons articulares, travamento crônico ou intermitente da articulação e algumas desordens inflamatórias como retrodiscites, quando um ligeiro posicionamento anterior dos côndilos é mais confortável para o paciente.
Esse tipo de aparelho posiciona o côndilo numa posição mais anteriorizada "recapturando" o disco deslocado, promovendo, assim, melhor alinhamento do côndilo em relação ao disco.
 Deve ser utilizado por 24 horas (inclusive durante a alimentação) durante 3 meses. 
Após este período, se os sintomas forem reduzidos significantemente, o aparelho reposicionador deverá ser convertido em um aparelho de estabilização.
Aparelho de Mordida Anterior
Conhecido como Front-plateau é um aparelho de acrílico duro usado no maxilar superior que tem contato somente com os dentes anteriores inferiores.
 Sua função principal é desocluir os dentes posteriores e assim eliminar sua influência na função do sistema mastigatório e também é utilizado para promover relaxamento muscular e estabelecer uma nova dimensão vertical.
Para Molina (1995) o aparelho de mordida anterior elimina temporariamente a informação nociceptiva a partir da região oral, periodontal e articular. 
Assim, esse dispositivo oclusal pode reposicionar o côndilo, eliminar o contato dos dentes posteriores e como consequência eliminar o deslize cêntrico, os contatos prematuros e as interferências oclusais.
Esses aparelhos apresentam vantagens como facilidade de fabricação e procedimentos de ajuste e adaptação e desvantagens como movimento dental descontrolado.
Aparelho de Mordida Posterior
O aparelho de mordida posterior é normalmente confeccionado para os dentes inferiores e consiste de duas áreas de acrílico duro localizadas sobre os dentes posteriores e conectadas por uma barra lingual metálica.
Os objetivos do tratamento são proporcionar alterações maiores na dimensão vertical e posicionamento mandibular.
Segundo Okeson (2000), o aparelho de mordida posterior tem sido indicado em caso de perda severa de dimensão vertical ou quando há necessidade de maiores mudanças na posição anterior da mandíbula. 
O uso deste aparelho pode ser indicado para certas desordens no disco articular. Como no aparelho de mordida anterior, a maior preocupação em torno desse aparelho é que ele tem contato apenas com os dentes posteriores e dessa forma tem o potencial de permitir a extrusão dos dentes sem contato ou até a intrusão dos dentes em contato. 
Aparelho Pivotante
O aparelho pivotante é feito de acrílico duro, cobrindo um dos arcos e normalmente apresenta um único contato posterior em cada quadrante,sendo este estabelecido o mais posterior possível. 
Foi originalmente desenvolvido com a ideia de diminuir a pressão intra-articular e assim aliviar a carga nas superfícies articulares da ATM.
Tem sido indicado para o tratamento de sintomas relacionados com doença articular degenerativa da ATM. 
Se este aparelho for indicado, não deverá ser utilizado por mais de uma semana, pois provavelmente irá intruir o dente utilizado como pivot.
Aparelho Resiliente ou Macio
São aparelhos fabricados com material resiliente, usualmente adaptados ao maxilar, com o objetivo de alcançar contatos uniformes e simultâneos com os dentes opostos.
São de fácil construção, porém menos duráveis e difíceis de ajustar, uma vez que a maioria dos materiais resilientes não se ajusta prontamente aos requisitos exatos do sistema neuromuscular.
Estão indicados como dispositivos protetores para pessoas que correm o risco de receberem traumas em seus arcos dentais (por exemplo, atletas), pois diminuem a possibilidade de danos às estruturas orais quando um trauma acontece.
Também têm sido indicados para pacientes com sinusites repetitivas ou crônicas, diminuindo os sintomas de sensibilidade dolorosa em dentes posteriores às forças oclusais.
Efetividade dos Aparelhos Oclusais
Um argumento aceito por todas as teorias que tentam explicar a efetividade dos aparelhos é que uma oclusão defeituosa é interrompida pelo aparelho oclusal. Se a oclusão defeituosa é o fator etiológico predominante, um aparelho oclusal convencional deveria ser mais efetivo que um aparelho sem cobertura oclusal no alívio dos sinais e sintomas de DTM.
Em 1972, Greene e Laskin, avaliaram três tipos de aparelhos interoclusais com diferentes arquiteturas para tratamento da dor-disfunção mio facial. O primeiro aparelho era do tipo não obstrutivo da oclusão, ou seja, desempenhava um efeito placebo; o aparelho dois possuía uma plataforma anterior e o terceiro aparelho era de cobertura total, recobrindo todos os dentes. Dentre os 71 pacientes avaliados, 87% reportaram melhora da condição sintomatológica, sendo que o aparelho de cobertura total teve maior efetividade.

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