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Material Estimulação visual e Bobath (1)


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Este material foi confeccionado mediante anotações realizadas no curso 
Tratamento Neuroevolutivo Bobath e informações obtidas através dos 
materiais disponibilizados pelas professoras MARIA TEREZA 
GOLINELEO, CINTIA LESING e TERESINHA F. DE ALMEIDA PRADO, 
dentre outras referências. 
 
TERAPIA OCUPACIONAL E TRATAMENTO NEUROEVOLUTIVO BOBATH 
O objetivo do tratamento Neuroevolutivo – Conceito Bobath é modificar 
os padrões posturais de tônus e movimentos anormais, facilitando padrões 
motores e movimentos mais adequados, preparando a criança para uma 
variedade de habilidades funcionais como: vestir, comer, brincar, andar 
(Bobath, 1997). São utilizadas técnicas específicas de manuseio, que são 
adaptadas de acordo com as necessidades do paciente com dificuldades 
neuromotoras, as quais visam estimular os padrões mais funcionais do 
movimento, modificando aqueles indesejáveis e favorecendo as atividades 
sensório-motoras. 
 Quando o movimento se realiza de maneira mais funcional temos a 
possibilidade de uma melhor realização das atividades funcionais do cotidiano. 
O terapeuta inicia auxiliando a criança nos movimentos, e vai retirando sua 
ajuda progressivamente, favorecendo com que o paciente aprenda a controlar 
seus movimentos, através das diferentes sinergias. 
 O tratamento se baseia no preparo da mobilidade, mediante prática de 
componentes de movimentos necessários para a realização de tarefas 
específicas. Algumas questões também devem ser consideradas, como 
habilidades cognitivas e perceptuais. 
 A quantidade e a qualidade das experiências que a criança tem no seu 
dia-a-dia pode permitir que ela utilize as novas habilidades adquiridas junto ao 
trabalho terapêutico ocupacional, dentre os diversos ambientes e contexto que 
participa. 
 O trabalho com a família se torna indispensável diante deste contexto, 
para melhora e mudança em tal forma de realização das atividades. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO VISUAL NORMAL 
 O sistema visual é uma das principais via de acesso para 
aprendizagem favorecendo a troca de informações com o ambiente. O bebê 
utiliza-se da visão para aprender a discriminar cores, formas, diferenças, 
igualdades, e a partir disso constrói sua memória visual. As funções motoras de 
alcance, preensão são realizadas pelo bebê conjuntamente ao 
desenvolvimento de sua função visual. A partir do momento que ele enxerga o 
objeto, tem maior motivação para alcançá-lo. 
 Segundo ERHARDT (1993), a integração da informação sensorial deriva 
de receptores motores e sensoriais. Portanto a qualidade de postura e 
movimento da criança necessariamente influencia a aquisição da percepção 
visual. 
 Para que a criança use a visão de forma funcional é necessário 
habilidades para controlar os movimentos do corpo, incluindo os movimentos 
dos olhos. É necessário ainda habilidades cognitivas para ser capaz de 
reconhecer e atender a um estímulo assim como analisar, sintetizar e 
armazenar a informação visual com a informação recebida de outros sistemas 
sensoriais. 
O desenvolvimento visual normal se dá da seguinte maneira: 
 
Recém-nascido: Reage á luz mesmo de olhos fechados. Hyarinen (1993) traz 
que embora o recém-nascido apresente uma acuidade visual baixa, os olhos 
recebem sensações visuais, são alertas a certos estímulos e apresentam 
preferência pelo rosto humano, especialmente para os movimentos dos olhos 
e boca, objetos com padrões de alto contraste, cores fortes e vibrantes. Em 
relação ao desenvolvimento motor, tem predominância de tônus flexor, o que 
favorece a estabilidade proximal da cabeça e cintura escapular, importante 
para o início da mobilidade ocular periférica. 
 
- 0-2 meses: Processo de desenvolvimento visual primariamente reflexo, 
global e desorganizado. 
 
- 3 meses: Bebê já está pronto para a linha média, realizando 180 graus de 
amplitude de movimento para o seguimento visual. 
 
- 4 – 6 meses: Nesta fase a estabilidade da cabeça acompanha e a orientação 
da linha média acompanham o uso simétrico das mãos, conjuntamente à 
integração da visão binocular. 
 
- 6 meses: Os componentes essenciais dos movimentos voluntários dos olhos 
estão próximos a função de um adulto. O bebê explora visualmente com 
grande eficácia o ambiente. 
 
-7 meses em diante: Mediante as experiências vivenciadas, aquisições 
cognitivas e variabilidade de componentes de motores e visuais associados, o 
bebê vai desenvolvendo diversas percepções como profundidade, 
permanência do objeto, causa e efeito, memória visual, etc. Várias habilidades 
vão sendo refinadas, principalmente as que exigem coordenação olho-mão. 
 
 
Ao nascimento, portanto, a visão é bastante rudimentar e as funções 
visuais básicas estão prontas para se desenvolverem mediante condições 
favoráveis.Nos primeiros seis meses de vida a visão tem um desenvolvimento 
acelerado. Há o desenvolvimento da sensibilidade ao contraste e percepção 
do espaço, movimentos oculares começam a interagir com os movimentos 
globais do corpo. 
 Alguns reflexos visuais presentes desde o nascimento têm um impacto 
significativo sobre o desenvolvimento do bebê. Segundo Erhardt, podemos citar 
dentre os reflexos visuais: 
-Localização Visual (Habilidade dos olhos alcançarem um estímulo visual 
motivante) 
-Fixação Visual (Habilidade de manter os olhos sobre o objeto localizado) 
-Seguimento Visual (Habilidade dos olhos se manterem sobre um objetos 
mediante movimentos diversos como verticais, horizontais, circulares, 
diagonais) 
-Alternância Visual (Habilidade relacionada a mobilidade ocular em todos nos 
planos horizontal vertical e diagonal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO VISO-MOTOR DE 0-12 MESES 
Figuras extraídas do livro “Le développement pychomoteur de 0 à 3 ans em 
bandes dessinéss” e adaptadas pela profa. Terezinha Fernandes de Almeida 
Prado. 
RECÉM-NASCIDO - 1 MÊS 
 
 
 
 
2 MESES 
 
 
 
 
 
 
3 MESES 
 
 
 
 
 
 
4-5 MESES 
 
 
 
 
 
6-7 MESES 
 
 
 
 
 
 
8-10 MESES 
 
 
 
 
 
 
 
11-12 MESES 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMAS VISUAIS NAS DESORDENS NEUROMOTORAS 
As crianças com desordens motoras podem apresentar associadamente 
dificuldades visuais, o que pode gerar perdas funcionais. Abaixo cita-se alguns: 
 
O distúrbio óculo-motor é um deles, o qual faz com que a criança 
demore mais tempo para captar as informações visuais advindas do ambiente, 
atrasando a resposta que a mesma dará mediante tal estímulo.Sendo assim, a 
imagem pode ser visto “borrada”, em “duplicidade”, o que a faz geralmente 
reduzir seu interesse pela atividade e perder a atenção. 
O estrabismo se traduz na dificuldade que a criança apresenta 
relacionada a inabilidade de ambos olhos buscarem simultaneamente um alvo, 
o que pode afetar a visão binocular e o desenvolvimento do olho que sofre o 
desvio, já que a tendência é que a criança use cada vez menos esse olho. Isso 
ocorre devido ao desequilíbrio da musculatura extra-ocular. 
 O nistagmo é catacterizado por movimentos involuntários e rítmicos do 
globo ocular, podendo estar associado a baixa da acuidade visual. Algumas 
crianças podem adaptar a posição da cabeça através de uma inclinação, na 
tentativa de controlar estes movimentos para melhora da visão. 
As dificuldades na acomodação (acomodação consiste no 
ajustamento da curvatura das lentes oculares responsável por trazer a imagem 
nítida de várias distâncias à retina). Crianças com baixa da acuidade visual 
podem apresentar dificuldades na acomodação, sendo impedidas de captar 
imagens nítidas do objeto que se aproxima e afasta. 
Os errosde refração envolvem miopia, hipermetropia e astigmatismo. 
Na primeira, o olho é maior e a imagem é projetada antes do plano da retina, 
produzindo uma visão borrada para longe. Na hipermetropia o olho é menor e a 
projeção da imagem é atrás da retina, se configurando numa visão borrada 
para perto. Já no astigmatismo, a imagem é projetada sobre a superfície 
irregular da córnea, levando a imagem desfocada no plano da retina. A visão 
pode estar borrada para longe e perto. 
As perdas no campo visual podem ser ocasionadas por lesões 
neurológicas diversas. Se a criança perde por exemplo função de lobo occipital 
esquerdo, a criança pode passar a ter dificuldade ou não enxergar objetos 
situados no campo visual direito. 
As atrofias do nervo óptico podem restringir o campo visual da visão 
central, sendo que a acuidade visual pode estar afetada de moderado a severo, 
principalmente para visão à distância. 
A deficiência visual cortical na maioria dos casos está associada a 
lesão neurológica difusa. Acontece geralmente quando há uma perda visual 
inexplicável através apenas do exame ocular. Nestes caso a intervenção 
precoce é indispensável para melhoria do resíduo visual que estas crianças 
podem apresentar. 
A leucomalácia periventricular pode acontecer com bebês prematuros. 
Nesta há lesão da substância branca periventricular , o que gera disfunção 
visual traduzida em atraso na maturação visual. 
A maior parte destas dificuldades visuais pode estar associadas a 
desordens motoras, sejam relacionadas aos distúrbios neurológicos ou como 
estratégias para melhora do uso da visão. Daí a grande importância do 
terapeuta trabalhar integrando as funções motoras e visual, o que 
proporcionará melhora nas atividades funcionais da criança, como nas 
atividades de vida diária, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
INTEGRAÇÃO DAS FUNÇÕES MOTORAS E VISUAL
DE MATERIAIS DE ESTIMULAÇÃO VISUAL
Para melhora do desenvolvimento das atividades funcionais nas 
crianças que apresentam quadro de dificuldades de integração da função visual 
com a postura e movimento, temos que atentar pa
adaptações específicas para cada tipo de deficiência visual, organização do 
ambiente com luminosidade adequada, seleção de objetos de alto brilho e 
contraste, sempre atentando para a qualidade e a quantidade de luz que incide 
sobre a atividade realizada. A pos
imprescindível para que ela consiga manter o foco visual por exemplo, daí a 
necessidade de um trabalho motor de preparação para a atividade relacionada 
a estimulação visual. Objetos 
coloridos, papéis, fitas podem ser amplamente utilizados, sempre atentando 
para não causar ofuscamento.
Imagens retiradas da fonte:
 
 
 
 
INTEGRAÇÃO DAS FUNÇÕES MOTORAS E VISUAL E SUGEST
DE MATERIAIS DE ESTIMULAÇÃO VISUAL 
melhora do desenvolvimento das atividades funcionais nas 
crianças que apresentam quadro de dificuldades de integração da função visual 
com a postura e movimento, temos que atentar para diversos fatores, como 
tações específicas para cada tipo de deficiência visual, organização do 
ambiente com luminosidade adequada, seleção de objetos de alto brilho e 
contraste, sempre atentando para a qualidade e a quantidade de luz que incide 
sobre a atividade realizada. A postura durante a realização da atividade é 
ra que ela consiga manter o foco visual por exemplo, daí a 
necessidade de um trabalho motor de preparação para a atividade relacionada 
a estimulação visual. Objetos como: bolas, cubos, tapetes, recipientes 
coloridos, papéis, fitas podem ser amplamente utilizados, sempre atentando 
para não causar ofuscamento. 
Imagens retiradas da fonte: 
 
E SUGESTÕES 
melhora do desenvolvimento das atividades funcionais nas 
crianças que apresentam quadro de dificuldades de integração da função visual 
ra diversos fatores, como 
tações específicas para cada tipo de deficiência visual, organização do 
ambiente com luminosidade adequada, seleção de objetos de alto brilho e 
contraste, sempre atentando para a qualidade e a quantidade de luz que incide 
tura durante a realização da atividade é 
ra que ela consiga manter o foco visual por exemplo, daí a 
necessidade de um trabalho motor de preparação para a atividade relacionada 
, tapetes, recipientes 
coloridos, papéis, fitas podem ser amplamente utilizados, sempre atentando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É extremamente importante observar qual a distância de melhor 
desempenho visual, e qual campo visual é mais utilizado. A variabilidade de 
experiências como de cor, tamanho, distância do objeto também favorece o 
processo de estimulação visual. 
 O processo de acomodação pode ser trabalhado durante a localização e 
fixação do objeto em diferentes distâncias focal. 
 As atividades combinadas, são muito efetivas. Na apresentação de um 
material é importante fazer com a criança perceba-o, o alcance e o manuseie. 
Assim, poderá combinar a localização do objeto com o alcance manual e a 
fixação com a preensão manual. As 
atividades devem ser aplicadas sempre se levando em conta o alinhamento 
postural, permitindo quando necessária posição adaptada da cabeça para 
utilizar melhor a visão. A criança deve ter oportunidades de experimentar 
padrões de postura antigravitacionais e movimentos adequados. 
 
DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO DE MMSS E FUNÇÃO VISUAL 
ALCANCE PRONO 
Recém-nascido: Inicia com extensão de úmero e adução de escápula. É 
capaz de girar a cabeça para o lado oposto. A parte superior do tronco 
apresenta diminuição dos graus de liberdade de movimento devido à elevação 
da pélvis. Cada vez que o bebê eleva ligeiramente a cabeça, o peso começa a 
ser transferido para trás em direção aos ombros. A elevação da cabeça em 
prono é o primeiro passo para o desenvolvimento ativo da extensão contra a 
gravidade. (Bly, 1997). 
Segundo e terceiro mês: Aumento da abdução do úmero, mãos 
começam receber peso na parte ulnar. Bebê inicia o uso do braços para 
empurrar-se para cima, mas ainda não tem o controle da cintura escapular . 
Esta postura ainda não é favorável para o brincar nesta fase. No terceiro mês o 
bebê busca visualmente objetos através da sustentação e rotação da cabeça 
para ambos os lados. 
Quarto mês: Ombros e cotovelos alinhados. Posição de braços 
associada a adução, elevação escapular e rotação para baixo da escápula. Há 
melhora do controle extensor. O peso corporal está nos cotovelos e 
antebraços. Com o aumento da flexão ativa do úmero, adução e rotação 
externa, o bebê consegue trazer seus braços para frente e para trás do corpo. 
Traz o braço para perto do corpo suportando o peso durante a elevação da 
cabeça. Nesta fase, começa a empurrar-se para cima através do suporte de 
peso sobre punho e mãos. 
Quinto e sexto mês: Bebê combina os movimentos de adução com 
flexão de úmero durante o alcance do objeto em prono. A flexão de úmero para 
alcançar objetos visualizados facilita a extensão da coluna torácica e lombar, o 
que promove o aumento da amplitude de movimento de alcance com o 
desenvolvimento da extensão da coluna. A extensão da coluna torna-se cada 
vez mais dominante, o que possibilita o bebê em prono alcançar objetos que 
esteja a sua frente.Aos seis meses conseguem alcançar objetos próximos e 
longe do corpo, utilizando movimentos proximais e distais. Progressivamente 
vai assumindo e mantendo suporte de peso em punho e mãos, o que necessita 
de atividade de extensores de tronco, estabilidade de cintura escapular , 
extensão ativa de cotovelos, punhos e dedos. Com o aumento da atividade 
escápulo umeral o bebê pode transferir peso sobre um braço e alcançar objeto 
com o outro. Passa a integrar cada vez mais movimentos ativos de flexão e 
extensão de cotovelo, auxiliando a melhora doalcance, preensão no brincar. 
Sétimo mês: Gosta de brincar nessa posição, pois já consegue controlar 
os braços, apresentando diversidade de movimentos e funcionalidade no 
brincar. Com a melhoria do controle de cabeça, é capaz de brincar na lateral, 
manipulando objetos. 
Oitavo e nono mês: Desenvolve movimentos bilaterais dos membros 
superiores, com grande dissociação, com aumento do controle unilateral dos 
braços. 
Décimo a décimo segundo mês: Se desloca no espaço através do 
engatinhar segurando objetos do lado ulnar e radial ativando a musculatura 
intrínseca de mãos. Utiliza os membros superiores para se puxar e colocar-se 
em pé. 
 
 
Erhardt, R./93 - Figuras adaptadas pela profa. Terezinha Fernandes de 
Almeida Prado. 
 
ALCANCE SUPINO 
Recém-nascido: Membros superiores próximos ao corpo, com discreta 
adução e rotação externa de úmero, flexão de cotovelo e pronação de 
antebraço. Movimentos globais e difusos. 
Primeiro mês: Início do desenvolvimento da extensão e redução da flexão 
fisiológica dos MMSS. Começa aumentar o movimento dos membros 
superiores, aumenta gradativamente rotação externa com abdução do úmero. 
Segundo mês e Terceiro mês: Há aumento da mobilidade para abdução e 
rotação externa de úmero o que leva à adução escapular, facilitando a 
extensão da coluna em supino. Mãos começam buscar o brinquedo, mas ainda 
não consegue segura-lo. Isso faz com que as mãos apareçam no campo visual 
do bebê. No terceiro mês, a simetria é mais evidente e a cabeça na linha média 
facilita a coordenação dos movimentos oculares incluindo seguimento visual. 
Com o ganho da orientação na linha média consegue iniciar a coordenação 
bilateral dos MMSS. As mãos começam, se aproximar o que aumenta a 
exploração corporal. 
Quarto mês: Há aumento da estabilidade dinâmica da escápula o bebê começa 
a mover os braços no espaço. Começa a brincar com as mãos juntas acima do 
corpo. Apresenta vários movimentos ativos dos membros superiores nesta 
postura, bem como alcance visual e manual do objeto. Com o aumento da 
linha média dos olhos e mãos, o bebê realiza a flexão da cabeça realizando 
“chin tucking”, o que o permite olhar para baixo e buscar as mãos, favorecendo 
assim a aquisição de noções de profundidade. Usa o padrão de alcance 
bilateral. Geralmente perde o brinquedo que alcançou porque tal habilidade 
ainda está em movimento. Realiza esta com pronação de antebraço e extensão 
de punho, sendo que o corpo participa como um todo. Traz o objeto para 
exploração oral, já que ainda não esta pronto para manipulação.Inicia a 
formação de desenvolvimento de consciência de forma, tamanho, textura. 
 
Erhardt, R./93 - Figuras adaptadas pela profa. Terezinha Fernandes de 
Almeida Prado. 
 
ALCANCE SENTADO 
Sexto mês: Postura instável, assim pega objetos a frente utilizando a sinergia 
de flexão e adução do úmero facilitando a extensão de cotovelo, punho e 
dedos. 
Sétimo e oitavo mês: Aumento da atividade abdominal e controle de quadris, 
facilitando o alcance manual do brinquedo. 
Oitavo e nono mês: O controle de tronco melhorou consideravelmente, sendo 
assim alcança o objeto em várias direções. Pode se mover rapidamente de 
sentado para gato e vice-versa para buscar brinquedos visualmente 
interessantes. No caso da criança com deficiência visual, deve-se favorecer 
estas aquisições mediante estímulos aos sentidos remanescentes. Nesta 
transição o bebê utiliza os componentes de movimento de suporte e peso 
sobre os membros superiores. 
Décimo – Décimo segundo mês: Criança apresenta amplitude completa de 
movimento em relação à flexão de úmero, o que faz com que consiga alcançar 
objetos acima da cabeça. Utiliza as mãos de maneira bem mais eficiente, 
utilizando-se do “feedfoward”. Apresenta grande variedade de movimentos com 
os membros superiores, e através de suas experiências sensório-motoras vai 
desenvolvendo todas as habilidades funcionais de coordenação de mãos. 
 
Figura adaptada pela professora Terezinha F. de Almeida Prado de Barnets 
Synmill. 
 
 
PADRÕES ANORMAIS DE MOVIMENTOS DE MEMBROS SUPERIORES 
Lesões neurológicas podem levar ao atraso do desenvolvimento 
neuromotor, produzindo padrões posturais e de movimento atípicos, devido ao 
tônus anormal. 
 O tônus postural anormal é freqüentemente é resultado de uma lesão de 
origem central, a qual afeta diferentes níveis do controle neural produzindo um 
desarranjo na postura e nos componentes dos movimentos voluntários 
(Bobath, 1997). 
As alterações no alinhamento podem acontecer devido encurtamentos 
musculares, atividade reflexa. Ainda observamos a pobre movimentação 
voluntária devido a diminuição da amplitude do movimento ou resposta 
exagerada frente aos estímulos oferecidos. 
A função do terapeuta é favorecer através de manuseios e atividades o 
equilíbrio do movimento para realização de determinada função. 
No desenvolvimento motor atípico a estabilidade dinâmica da escápula 
não se desenvolve. Os movimentos independentes e dissociados do úmero 
sofrem atraso, o que impossibilita o alongamento da musculatura entre 
escápula e úmero. 
 
AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL – MOTORA 
Deve ser realizada dentre uma tarefa específica, dentro da função. 
Observar: 
-Qualidade do tônus global na atividade específica, variação dos 
movimentos nas diferentes atividades, variações do tônus de acordo com a 
variação de atividades, alinhamento biomecânico das articulações envolvidas, 
movimentação global, movimentos isolados, qualidade dos movimentos, 
padrões primitivos, padrões atípicos, limitações primárias, limitações 
secundárias, limitações globais, compensações biomecânicas, atividade reflexa 
que interfere na atividade, resolução de problemas 
AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL – VISUAL 
Deve ser realizada dentre uma tarefa específica, dentro da função. 
Observar: 
 
 - Estabelecimento de contato visual, reação a luz, brilho, cores, 
exploração visual do ambiente, distância que provoca uma reação visual, 
adaptações em ambiente claro e escuro, reações a padrões de alto e baixo 
contraste, amplitude de campo visual, visão central, visão periférica, 
identificação de gravuras, símbolos, miniaturas, 
 - Alinhamento dos olhos, fixação, seguimento, alternância, coordenação 
dos movimentos oculares, coordenação olho-mão, coordenação olho-objeto, 
aproximação de objetos, posição de cabeça, reconhecimento de rostos 
familiares, objetos familiares, procura objetos escondidos, combina objetos a 
gravuras, identifica objetos em gravuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS 
BOBATH, 1997 
EHARDT, RP. Developmental Visual Dysfunction Models for Assessment and 
Management, Arizona. Therapy Skill Builders, 1993. 
APOSTILAS E MATERIAIS DE AULA